O louro-do-japão é originário da Ásia – China, Coréia do Norte, Coréia do Sul e Japão. Sua família é a Garryaceae.
Trata-se de uma planta arbustiva, lenhosa, de folhagem e frutificação ornamentais e conhecida por se adaptar a condições adversas de poluição, sombra, seca e frio. Condições estas que combinadas raramente permitem o cultivo de plantas ornamentais.
Apresenta formato arredondado e é perenifólio. Suas folhas são opostas, ovais a lanceoladas, coriáceas, brilhantes e verdes na espécie típica. No entanto, as formas de folhas variegadas e manchadas são mais comuns em cultivo, pela sua folhagem diferente.
Entre estas podemos citar a ‘Crotonifolia’ e a ‘Golden King’, de folhas pontilhadas, a ‘Gold Dust’ e a ‘Variegada’, com manchas amarelas, a ‘Goldieana’, com folhas predominantemente amarelas, a ‘Nana’, de porte baixo e a ‘Rozannie’, com flores de ambos os sexos.
Floresce no início da primavera, despontando flores pequenas, com pétalas marrom-arroxeadas, em cimeiras nos exemplares machos e em cachos axilares nas fêmeas. Se polinizadas, as plantas fêmeas produzem belos cachos de bagas brilhantes e vermelhas, duráveis e tóxicas, que são evitadas pelos passarinhos. Cada fruto contém uma única semente.
O louro-do-japão entra para preencher espaços em locais sombreados, formando renques informais, forração alta sob árvores de copa densa, ou em composições com outras plantas em corredores mal iluminados, muitas vezes como pano de fundo.
A planta é uma excelente substituta para os crótons e dracenas coloridas, em locais frios e escuros, com a folhagem vibrante das variedades variegadas, douradas e pintalgadas. Permanece denso, mesmos sob baixa luminosidade, ao contrário de muitos arbustos ditos tolerantes à sombra.
É muito longevo e permite podas de rejuvenescimento nos exemplares mais velhos. Seu plantio em vasos também é interessante, onde ele pode ser aproveitado na decoração de ambientes internos, como salas de estar, escritórios, etc.
As plantas fêmeas, se plantadas próximas a pelo menos um exemplar macho, produzem cachos com frutos vermelhos e persistentes, que são bastante atraentes também.
Seu cultivo deve ser sob meia sombra, ou sombra clara, em solo perfeitamente drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado apenas durante o primeiro ano de implantação e sob estiagem prolongada.
Apesar de tolerar tantas intempéries, o louro-do-japão não resiste ao calor e umidade constantes, principalmente no solo, o que pode rapidamente provocar doenças fúngicas. No Brasil, é próprio para a região sul e áreas serranas, onde o clima é subtropical a temperado.
Sob clima tropical, ele prescinde de lugares sombreados e frescos, e suas folhas podem se queimar sob sol pleno. Tolerante também à salinidade dos ventos marítimos. Sua multiplicação é facilmente feita por sementes e estaquia de ramos lenhosos ou semi-lenhosos, em qualquer época do ano.