Conhecido em algumas regiões como açafroa, açafrão-bastardo, açafrão-dos-pobres ou sultana, o cártamo pertencente à Família das Compostas, a mesma do girassol e da margarida.
Os povos antigos extraíam de suas flores uma espécie de extrato vermelho e amarelo – ambos eram usados para tingir tecidos e também como corantes para uso culinário.
Como as flores produzem dois pigmentos – um amarelo e outro vermelho – sua aplicação como corante sempre foi muito bem explorada. O pigmento vermelho, por exemplo, misturado com um talco bem fino, era usado como rouge para embelezar a face das mulheres.
Das flores é que são as extraídas as substâncias usadas em tinturaria – especialmente a cartamina – que até hoje é utilizada em pinturas. Já as sementes são muito ricas no famoso óleo de cártamo.
As sementes apresentam elevada quantidade de óleos (35 a 40%) utilizados tanto para consumo humano, como para uso industrial.
O óleo extraído das sementes do cártamo é ainda usado popularmente para dar alívio a paciente portadores de uma inflamação crônica do intestino conhecida como “doença de Crohn”.
Além das flores e das sementes, as folhas também eram usadas na medicina popular e sua infusão indicada como sudorífica e antitérmica.
Há registros de seu cultivo na Ásia, antes da Era Cristã. Atualmente, o cultivo do cártamo é mais difundido na China, Egito, Estados Unidos, Índia e no México.
A planta é anual e pode medir 1 m de altura, possui caule ereto e ramificado, folhas serrilhadas e espinhosas. Os capítulos florais são volumosos, isolados, de coloração amarelo-alanjada, que surgem de numerosas brácteas. O sistema radicular é bastante desenvolvido e de característica pivotante.
O cártamo é uma planta rústica e resistente à seca, às altas temperaturas e aos ventos fortes. Sua capacidade de adaptação a diferentes condições de solo e clima também merece destaque.
Sua multiplicação é feita a partir de sementes e seu cultivo em larga escala é feito em sulcos, no espaçamento de 70 a 90 cm. O cultivo do cártamo tem se destacado atualmente não apenas com a finalidade de produção de óleo para consumo humano, mas também como alternativa para a indústria (especialmente na fabricação de tintas, esmaltes e sabões) e na produção de biodiesel.