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Posts para categoria ‘Vegetação e Solos’

rododendro
Cuidado às plantas que exigem uma terra ácida ou alcalina!

A acidez de um solo constitui, com a sua textura, um fator essencial para as plantas que têm exigências específicas na matéria. Uma terra alcalina é caracterizada geralmente pelo seu teor em calcário. Uma terra ácida quanto a ela define-se pela ausência total de calcário. Uma planta que exige um solo ácido sofrerá em terra calcária. Ao contrário, uma planta de terra calcária vai periclitar em solo ácido. É portanto, importante conhecer a acidez da sua terra.

Para isso, vários métodos podem ser utilizados. Primeiro, utilize seu sentido da observação; certas plantas que crescem de maneira espontânea traem uma terra ácida, como os juncos, as digitalis, as giestas, azedas selvagens… e a urze naturalmente, dado que “a terra de urze” é um terrico ácido. Pelo contrário, as plantas de terra calcária, como o carvalho pubescente, o cítiso, o bordô campestre, as íris, o rosmaninho, etc., sugerem que o solo dos arredores seja rico em calcário.

Estas informações são úteis porque onde estes vegetais crescem de maneira espontânea, não terá dificuldade normalmente em fazer crescer as formas cultivadas. Relatevize no entanto estas indicações, porque a natureza do solo pode variar sobre uma curta distância. Para mais segurança, efetua uma medida mais precisa.

Uma escala de medida
A acidez mede-se, com efeito, através do pH (para “potencial Hidrogênio”). É sempre compreendido entre 1 (acidez extrema) e 14 (alcalinidade total), um valor de 7 é considerado como neutro (nem ácido, nem alcalino). No jardim, o pH situa-se entre 5 (terra muito ácida) e 9 (terra muito calcária). O pH exato não pode ser adivinhado e deverá munir-se de um kit especial, graças ao qual poderá estimá-lo. Seu emprego é muito simples e informativo.

Assim, para valores compreendidos entre 6 e 7, a terra é ligeiramente ácida. É mais favorável aos vegetais de terra de urze, mas poderá cultivar numerosas plantas. Um pH mais fraco indica uma terra muito ácida: os legumes vão crescer mal, certos arbustos arriscam não agradar-se, como as lavandas, os cistes… Em contrapartida as camélias, os bordos do Japão, as hortênsias…

Os solos alcalinos
Além de um pH de 7, uma terra é alcalina (diz-se também “básica”, porque rica em “bases”, a outra denominação das matérias alcalinas). Conterá portanto uma parte importante de calcário, sobretudo se o pH for compreendido entre 8 e 9.

Manter rododendros e andrômedas por exemplo será difícil : deverá arranjar fossas de terra de urze. Os vegetais os mais sensíveis ao excesso de calcário, como as roseiras e as hortênsias, arriscam-se a amarelar devido ao clorose férrica, um mal frequente em terra calcária. Única solução: fornecer-lhes um tratamento anticlorose (em rega) uma vez que os sintomas aparecem. Um aplicação regular de composto maduro ao pé das plantas vai evitar este problema. Numerosas plantas prosperam em solo calcário sem a qualquer preocupação: os pinhos, as figueiras, os buxos, os cotonéasters, etc.

A natureza não é assim tão mal feita, numerosas plantas permanecem indiferentes à acidez do solo, e vêm tanto em terra ácida que calcária. Como por exemplo os agapantos, as clematites, as heras cultivadas, as macieiras, o lilás, etc. E se quiser alterar o pH da sua terra, é possível! Acrescente enxofre em pó ou sulfato de ferro para acidificá-la. Incorpore pelo contrário cal apagada ou dolomita para reforçar o seu caráter alcalino.

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solo
Solos não Coesivos (Granulares):
Como solos não coesivos compreendem-se os solos compostos de pedras, pedregulhos, cascalhos e areias, ou seja, de partículas grandes (grossas).
Estas misturas, compostas por muitas partículas, individualmente soltas, que no estado seco não se aderem uma à outra (somente se apoiam entre si), são altamente permeáveis. Isto se deve ao fato de existirem, entre as partículas, espaços vazios relativamente grandes e intercomunicados entre si.
Em um solo não coesivo, em estado seco, é fácil reconhecer, por simples observação, os tamanhos dos diferentes grãos.
A capacidade para suportar cargas dos solos não coesivos depende da resistência ao deslocamento, à movimentação, entre as partículas individuais. Ao se aumentar os pontos, ou superfície de contacto, entre os grãos, individualmente, por meio da quantidade de grãos por unidade de volume (compactação, aumenta-se a resistência ao deslocamento entre as partículas e, simultaneamente, melhora a transmissão de força entre os mesmos.

Solos Coesivos: Individualmente os grãos destes tipos de solos são muito finos, quase farináceos, se aderem firmemente um a outro e não podem ser reconhecidos a olho nu. Os espaços vazios entre as partículas são muito pequenos. Devido à sua estrutura estes solos apresentam resistência à penetração de água, absorvendo-a muito lentamente. Entretanto, uma vez que tenha conseguido penetrar no solo, a água também encontra dificuldade para ser extraída do interior do mesmo.
Ao receber água, tendem a tornar-se plásticos (surge a “lama”). Apresentam maior grau de estabilidade quando secos.
Devido às forças adesivas naturais (coesão) existentes entre as pequenas partículas que compõem estes tipos de solo, é que a compactação por vibração não é a ideal nesta situação. Estas partículas tendem a agrupar-se, dificultando uma redistribuição natural entre elas, individualmente.

Solos Mistos: Como já foi dito, na natureza a maioria dos solos está composta por uma mistura de partícula de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos finos (coesivos) com outros de maior granulometria. Seu comportamento está diretamente relacionado à percentagem de partículas finas existentes, em relação às partículas grossas.
É importantíssimo se dizer que solos mistos compostos de partículas redondas e/ou lisas são muito mais susceptíveis à compactação que aqueles compostos por partículas com arestas vivas ou angulares. Entretanto, ao se comparar solos com igual grau de compactação, aqueles que possuem partículas angulares e/ou de arestas vivas (alto grau de rugosidade) possuem maior capacidade de carga que aqueles compostos por partículas de textura lisa, ainda que estes últimos apresentem menor granulometria.

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Vasos

* Mistura rica em matéria orgânica:
1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
2 partes de composto orgânico

Ideal para plantas como: licuala ou palmeira-leque (Licuala grandis), camélia (Camellia japonica), cróton (Codiaeum variegatum), cica (Cycas revoluta), gardênia (Gardenia jasminoides), lantana (Lantana camara), planta-camarão amarelo (Pachystachys lutea), azaléia (Rhododendron xsimsii), flor-de-cera (Hoya carnosa), calceolária (Calceolaria herbeohybrida), petúnia (Petunia x hybrida), calêndula (Calendula officinalis), margarida (Chrysanthemum leucathemum).

* Mistura argilosa:
2 partes de terra comum de jardim
2 partes de terra vegetal
1 parte de areia

Ideal para plantas como: papiro (Cyperus papyrus), gladíolo ou palma-de-santa-rita (Gladiolus), narciso (Narcissus poeticus), bastão-do-imperador (Nicolaia elatior), prímula (Primula obconica), gloxínia (Sinningia speciosa), estrelitzia (Strelitzia reginae, copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), calla (Zantedeschia aethiopica ‘Calla’).

* Mistura arenosa:
1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
2 partes de areia

Ideal para plantas como: palmeira-bambu (Chamaedorea elegans), planta-camarão vermelho (Beloperene guttata), buxinho (Buxus sempervirens), caliandra ou esponjinha(Calliandra), bico-de-papagaio ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hidrangea macrophylla), ixora (Ixora chinensis), giesta ou vassoura espanhola (Spartium junceum), primavera (Bouganvillea spectabilis), lírio-da-paz (Spatiphylum wallisii), espada-de-são-jorge (Sanseveria trifasciata), lança-de-são-jorge (Sanseveria cylindrica), onze-horas (portulaca grandiflora).

* Mistura areno-argilosa:
1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
1 parte de composto orgânico
1 parte de areia

Ideal para plantas como: palmeira-rápis (Rhapis excelsa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias fruticosa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias guilfoylei), gerânio (Pelargonium sp.), gerânio pendente (Pelargonium peltatum).

jard

solos

Nem sempre o terreno que encontra na natureza é o melhor para reproduzir as plantas do seu jardim. Se estiver a preparar um jardim e quiser saber que tipo de terreno é o seu, terá que conhecer as diversas opções possíveis.

Em geral, um solo pode ser de três tipos: arenoso, barrento e argiloso. O solo “perfeito” necessita muitas vezes de uma intervenção no sentido de corrigir os excessos possíveis e prepará-lo para cada tipo de planta.

Dependendo da história da sua formação e da utilização a que foi sujeito, um solo pode ter uma textura constituída por uma gama de partículas mais finas e pequenas ou pelo contrário, ter menos partículas, mais irregulares e maiores.

Um solo pode ser descrito consoante o tipo predominante de partículas presentes – areia, lodo ou barro. Com um teste simples você pode determinar com facilidade qual o tipo de solo. Se verificar existirem diferenças de um local para outro, poderá repetir este teste com várias amostras de solo.

Para isso basta colocar uma pequena quantidade de terra do seu jardim na palma da mão esquerda, umedeça-a ligeiramente, apertar entre dois dedos e ver o que sente: se o solo for arenoso sentirá rugosidade; se for lodoso, terá uma sensação de pó de talco molhado, suave; mas se ficar peganhento, escorregadio e duro quando seco, então o seu solo é do tipo argiloso.

Cada um destes três tipos de solo tem características físicas únicas, que são determinadas pela maneira como foi formado. Se em tempos existiu um fluxo de água corrente, é provável que o solo tenha características lodosas que serão diferentes se for um local perto de uma montanha rochosa. Estas características básicas podem perfeitamente ser melhoradas ou manipuladas, no bom sentido, desde que não se abuse ou se cometam erros na gestão do solo.

Há ainda outro modo de estudar um solo:
1. Encha um recipiente transparente (frasco) com solo de superfície até 1/3 da altura e acrescente água até ao cimo.
2. Tape com a rolha e abane vigorosamente até desfazer todos os torrões existentes no solo.
3. Ponha o recipiente no parapeito de uma janela e observe à medida que as partículas maiores começam a depositar-se no fundo.
4. Num minuto ou dois, a parte do solo que corresponde à areia (mais pesada) deposita-se no fundo e nessa altura, faça uma marca lateral com uma caneta de feltro no recipiente.
5. Deixe a mistura repousar sem lhe mexer durante várias horas. Verá que as partículas mais finas de lodo se depositarão gradualmente sobre a areia, numa camada de cor diferente da anterior, conforme o tipo de partículas de que se compõem.
6. Deixe o recipiente repousar durante a noite. A camada que se deposita sobre o lodo poderá ser de barro.

Faça uma marca em cada uma das camadas que conseguir identificar. No topo da mistura deverá encontrar uma fina camada de matéria orgânica. Alguma desta matéria orgânica poderá flutuar à superfície da água ou toldar a água que, entretanto se concentrou à superfície. Se não existirem estes elementos numa camada de água turva, é provável que tenha de melhorar a fertilidade e a estrutura do solo adicionando material orgânico.

Estude finalmente a proporção das diversas camadas e verificará se o seu solo é constituído por mais areia, lodo ou argila. Depois o adapte de acordo com o tipo de plantas que pretende cultivar.

Qualquer solo, por mais pobre que seja, pode ser substancialmente melhorado e o esforço para consegui-lo – muitas vezes ao longo de vários anos – é recompensado através do nascimento de plantas com raízes mais fortes, com caules mais vigorosos e em geral mais saudáveis e produtivas.

Vejamos então como é possível melhorar e gerir adequadamente cada um destes três tipos de solo.

No solo arenoso, as partículas constituintes são grandes e irregulares (areias) com uma maior percentagem de rocha. Os espaços de ar entre as partículas são grandes deixando a água escoar-se a maior velocidade, arrastando consigo os nutrientes antes das raízes da planta terem tido a oportunidade de absorvê-los convenientemente. Por esta razão, em geral os solos arenosos são muito pobres em substâncias nutrientes.

Como existe muito ar entre as partículas, os microorganismos consomem mais rapidamente as substâncias orgânicas que possam existir, deixando o solo com muito pouco barro ou matéria orgânica, ou seja, sem grande capacidade para formar uma estrutura consistente. Neste tipo de solos as partículas não se agregam umas às outras, nem mesmo quando são molhadas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo arenoso:
- Introduza na superfície uma camada de 7,5 a 10 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto;
- Cubra o solo em volta do pé das plantas com folhas secas, pedaços de madeira, cortiça, palha ou feno. Esta cobertura retém a umidade e refresca o solo.
- Anualmente acrescente pelo menos 5 cm de matéria orgânica;
- Onde for possível, semeie plantas próprias para depois serem incorporadas no solo enriquecendo-o (tremoceira, etc.).

No solo argiloso, as partículas são pequenas e espalmadas. Têm tendência para se colarem umas às outras de tal modo que não deixam quase nenhum espaço poroso entre elas. Quando molhados, estes solos ficam lamacentos e impossíveis de trabalhar. Drenam a água com muita dificuldade e acumulam umidade até ao princípio da Primavera. Quando finalmente secam, tornam-se em geral tão rijos que racham com o calor.
Porque têm pouco espaço poroso no solo argiloso não se desenvolve suficiente substância orgânica nem os microorganismos. As próprias raízes têm dificuldade em romper a barreira dura que encontram, muitas vezes agravada pelo tráfico de pessoas ou de máquinas que também ajudam a compactar este tipo de solo. Em contrapartida, o solo argiloso é com frequência rico em minerais que, quando se consegue melhorar a estrutura, passam a desempenhar um papel muito benéfico para o desenvolvimento das plantas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo argiloso:
- Introduza na superfície uma camada de 5 a 7,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto; continue a adicionar 1 cm de matéria orgânica todos os anos;
- Faça este tratamento se possível no Outono;
- Para melhorar a drenagem, faça canteiros elevados e evite pisar o terreno onde pensa ter as plantas;
- Reduza ao mínimo a utilização de pás e ancinhos.

No solo lodoso, existem pequenas partículas irregulares de rocha partida, em geral muito densas e com relativamente pouco espaço poroso proporcionando má drenagem. Tendem porém a ser mais férteis do que os solos arenosos ou os argilosos.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo lodoso:
- Introduza todos os anos pelo menos uma camada de 2,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto na superfície;
- Concentre a sua atenção nos primeiros 30 cm do solo, evitando que crie crosta;
- Não circule nem calque o solo a não ser que seja absolutamente necessário;
- Considere a possibilidade de construir canteiros elevados, para melhorar a drenagem.

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