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Posts para categoria ‘Vegetação e Solos’

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Como testar a drenagem do solo da planta?
Normalmente nos rótulos de sementes de plantas vêm escritas as instruções sobre plantar em solo bem drenado, para que as raízes não morram. Mas como saber se o solo está suficientemente drenado?

Além de saber o tipo correto, você precisa testar se a drenagem é suficiente. A seguir algumas dicas do que você pode fazer para verificar a drenagem da terra para sua planta.

Maneiras de testar a drenagem do solo da planta
Quando estamos em dúvida sobre a drenagem do solo no local que desejamos plantar, precisamos realizar alguns teste antes. Muitas vezes a análise apenas visual não é suficiente, pois o problema está por baixo da superfície. Você pode fazer o teste em vários locais do jardim.

Comece cavando um buraco de 30 centímetros de largura e uns 30 a 45 centímetros de profundidade. Não precisa ser o tamanho exato, pode ser aproximado.

Encha o buraco com água e deixe escorrer completamente. Quando escorrer, encha o buraco novamente e agora calcule o tempo que a água leva para drenar. Meça com uma régua ou metro, colocando em pé até o fundo do buraco.

Se o solo for bem drenável, a água vai descer a uma taxa de 2,5 cm por hora.

Se a água descer mais rápido que isso, quer dizer que o solo é arenoso ou muito solto, indicando que este local pode ser seco demais para sua planta.

Um escoamento mais lento que 2,5 cm por hora, quer dizer que o solo não é bem drenável, tome os cuidados necessários para melhorar a drenagem.

Ou plante espécies que sejam tolerantes ao excesso de água ou à seca, de acordo.

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Como melhorar a drenagem do solo?
Uma maneira de melhorar a drenagem do solo é colocando composto de folhas, são folhas decompostas ao longo do tempo com ajuda de água.

Você pode encontrar este tipo de composto em lojas de jardinagens, ou fazer você mesmo seu composto de folhas (mas o processo leva quase um ano).

Se o solo for encharcado, então o ideal é construir canteiros elevados, com 15 a 20 centímetros do solo.

Você irá saber quando o solo não drena bem, verificando as raízes da planta. As raízes precisam respirar, mas quando o solo não drena corretamente, o espaço entre as partículas do solo ficam preenchidas de água ao invés de ar.

O que acaba causando o apodrecimento das raízes. Se você retirar a planta do solo e verificar, as raízes estarão em decomposição, com cor escura e gosmenta. Se estiver saudável, as raízes são firmes e brancas.

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Substrato é o termo técnico pra nomear aquilo no que uma planta é plantada. Não é a mesma coisa que “terra” (um conjunto de características físicas, químicas e biológicas a que se dá o termo técnico de “solo”), mas você pode se referir a ele como a “terrinha” na qual a planta cresce, que não mata ninguém.

Para uma orquídea de árvore, casca de pínus pode ser um ótimo substrato, mas, pra um cacto, o substrato perfeito precisa ter muita areia. Percebe, então, que não existe um substrato capaz de atender com os mesmos ingredientes a todas as plantas?

Nos gardens e floriculturas, você encontrará produtos com nomes como “terra vegetal”, “terra preta”, “condicionador de solo” ou, simplesmente, “substrato para mudas”, o mais comum e abrangente, no qual plantamos quase tudo, de horta a árvore.

O que vem dentro do pacote, no entanto, varia imensamente de acordo com cada fabricante. Pode incluir um ou muitos desses ingredientes (e ainda muitos outros): areia, turfa, carvão, húmus de minhoca, terra comum, composto orgânico, casca de pínus, pó ou fibra de coco, folhas secas, palha (de café, arroz, bambu, eucalipto e dezenas de outras plantas) e até mesmo “lodo orgânico de uso autorizado pelo órgão ambiental” (pasme!).

Com tanta variedade, é natural que a cabeça dê um nó, então, abaixo será mostrada a lógica por trás do substrato, pra que você consiga manipular o material que tem em casa, pensar em substituições e, principalmente, adaptar o substrato pras necessidades de cada planta.

Aqui vão coisas importantes pra você levar em conta quando for comprar substrato, reformar um vaso ou adaptar o substrato que tem em casa pra uma necessidade específica de uma planta. Ah, também tem uma lista de substituições, pra gente conseguir se virar com o que tiver à mão.

* Pedaço grande fica seco, grãozinho fica molhado
Primeira coisa, a saber, é que quanto maior o grão, menos água ele guarda – e quanto menor o grão, mais umidade ele segura. É como se a gente comparasse um vidro cheio de bolinhas de gude e outro cheio de farinha: grão grande deixa ar, que é exatamente por onde a água e os adubos passam depressa.

Substrato com pedaços grandes de qualquer coisa vai ser sempre mais seco, imitando a areia da praia, que mal é molhada pelo mar, já vai perdendo água.

Chamamos de arenoso o solo que segura pouca umidade, composto por quantidades maiores de areia e de pedrinhas e quantidades menores de argila e matéria orgânica.

Um substrato que seja arenoso vai ser mais leve de manipular, deixar as raízes mais secas, mas também vai segurar pouco adubo e rega. Pode ser perfeito para suculentas, para hortaliças de raiz (batata, macaxeira, cenoura, beterraba, rabanete), pra plantas bulbosas (tulipa, amarílis, jacinto, caládio, cebola, alho) e pra toda planta que não curta muita água nas raízes.

Por outro lado, substrato miúdo, tipo farinha, tem pouco ar entre os grãos, então, a água demora a passar. O solo que naturalmente tem grãos menores e é chamado de argiloso.

Como qualquer substrato, o argiloso também tem seus prós e contras. Por um lado, é super fértil, segura o adubo por mais tempo e é rico em matéria orgânica.

Por outro, empoça com facilidade, é pesado pra ser manuseado e pode abafar raízes de plantas mais delicadas. Substrato argiloso é perfeito pra forrações, especialmente se tiverem folhas largas, justamente porque segura água por mais tempo – experimente em ajuga, periquito e maranta, por exemplo.

Também é o tipo de textura preferida de biri, cóstus, alpínias e helicônias, além das plantas que amam áreas alagadiças.

Ingredientes em pedaços grandes, como brita, rolha, carvão picado e argila expandida (como mostra a foto abaixo), por exemplo, não chupam praticamente água nenhuma, mantendo o substrato mais seco do que um feito com material bem fino, como areia, coco triturado, carvão em pó ou borra de café.

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Geralmente, o que é mineral – areia, pedra, brita, seixo, caco de vaso de barro, telha quebrada, azulejo partido, isopor picado – segura menos água do que aquilo de origem vegetal, como cascas, folhas e sementes variadas. Há exceções, é claro, pra deixar a gente bem doido.

Mesmo sintética, a bucha de cozinha (foto abaixo) segura bastante água, assim como TNT, pano, estopa e Perfex. Se precisar aumentar a umidade de um substrato, você pode picar até mesmo pedaços de espuma de colchão pra misturar ao vaso e deixá-lo mais úmido.

Por outro lado, embora seja mineral, a vermiculita estufa com as regas e mantém o substrato molhado por mais tempo, enquanto as conchas, que são de origem animal, costumam deixar o vaso seco rapidamente.

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* Conheça bem o seu substrato
Não importa com que nome você comprou substrato, toque-o com as mãos nuas. Sinta a textura que ele tem: é áspero ou macio? Quanto mais areia ele tem, mais esfola as mãos ao ser manuseado, quanto mais argila, mais agradável será ao toque.

Há pedacinhos de madeira no meio, pedras, grãos de tamanhos diferentes? Essas diferenças são importantes ao se escolher o que plantar – talvez seja preciso peneirar um substrato irregular ao semear sementes muito miudinhas.

Ponha rente do nariz e cheire. Tem cheiro de terra molhada? É um sinal de que provavelmente é bem fértil, com composto orgânico ou resíduos vegetais na composição.

O cheiro parece azedo, tipo feijão estragado? Sinal de que seu substrato ficou tempo demais no sol e algo ali dentro fermentou (é bem raro de acontecer, mas vai que você deu azar?). Se estiver com um odor desagradável, evite usar.

Há substratos que, curiosamente, não têm cheiro de nada – são estéreis, inertes, autoclavados, praticamente só com ingredientes minerais, então, você terá de adicionar adubo separadamente a esse tipo.

Pegue um bom punhado e olhe bem atentamente. O que dá pra enxergar no substrato? Muitos produtores incluem areia, turfa, vermiculita, argila expandida triturada e outros materiais pra conseguir características especiais.

Um substrato para samambaia, por exemplo, costuma ter muita turfa e pó de coco, aumentando a umidade pra esse tipo de planta, enquanto o saco de substrato para rosa-do-deserto provavelmente terá areia e perlita fina misturadas ao composto orgânico, pra aumentar a drenagem da água e não apodrecer o caudex da planta.

Uma última análise visual do seu substrato envolve a vida que há nele. Tem minhocas? Opa, sinal de que provavelmente inclui húmus e, portanto, tem uma dose extra de cálcio.

Se encontrar tatuzinhos, centopéias ou formigas, não precisa pirar, esses seres crocantes não farão mal à planta se você cobrir o substrato com uma grossa camada de palhinhas protetoras – mas, nesse caso, plante nele apenas as espécies que gostam de umidade.

* O substrato tem que ajudar a planta, não atrapalhar
Pensa no substrato como a casa das raízes. Pra que uma planta se sinta à vontade, essa casa tem de ser muito do agrado dela, certo? Então, leve em consideração que raiz fininha pede substrato miúdo, raiz grossa aceita substrato maiores.

Planta de folha grande, larga e fina, quase sempre as folhagens verdes, precisa de substrato mais úmido, enquanto planta que tem algum gordinho (nas folhas, no caule, no tronco, nas raízes) sempre vai preferir substrato mais seco.

Planta que passa o dia inteiro no sol está acostumada com substrato arenoso, enquanto aquelas de sombra imploram por um substrato argiloso. Se ventar muito onde o jardim está, talvez seja uma boa ideia pedir um help pro substrato e torná-lo capaz de segurar um pouco mais a umidade, evitando regas diárias.

Isso, aliás, é o que um bom profissional faz ao planejar a linha superior de um painel vertical, incorporando nos vasos do alto um mineral chamado vermiculita até cinco vezes o seu peso em água, mas mantêm as raízes arejadas.

Semente também tem seus caprichos: quanto maior o grão, menos água o substrato em que ele está deve ter, senão, a semente apodrece antes de germinar. Semente miúda, um cisco, tipo de alface, por exemplo, prefere um substrato capaz de segurar um pouquinho mais de água e ajudar o grão a estufar e logo brotar.

Plântula, a semente que está com o primeiro par de folhas, precisa ser cuidada com cuidado: não deixe que tome vento demais, sol demais ou que sinta sede demais. Nisso, outra vez, um substrato esperto pode ajudar.

Aqui vai uma lista de ingredientes que juntam mais ou menos água, pra você poder manipular o seu substrato como bem entender (e ainda improvisar com itens caseiros):

Muito secos
- areia grossa
- carvão em pedaços
- isopor picado
- pedras em geral (brita, quartzo, seixo de rio)
- argila expandida (também chamada de cinasita)

Secos
- areia fina
- conchas
- cacos de barro (de vasos, telhas, pisos e azulejos cerâmicos)
- rolhas de cortiça
- perlita
- carvão em pó
- serragem (de madeireira, nunca de marcenaria)
- aparas de grama (secas)
- palha de arroz (natural ou carbonizada)
- casca de pínus grande

Úmidos
- composto orgânico
- chips ou fibra de coco
- casca de pínus média
- cavaco de madeira
- sementes em geral
- vermiculita
- palha de palmeira (jussara, piaçava, carnaúba)
- casca de café, cacau e macadâmia
- capulho de algodão

Muito úmidos
- argila
- turfa
- estopa
- borra de café
- pó de coco
- bagana de cana
- casca de pínus pequena
- espuma de colchão
- esfagno
- bucha (sintética ou vegetal)
- musgo verde (vivo ou desidratado)

* Substrato e adubo não são a mesma coisa
Estamos indo bem nessa aula de substrato até você chegar aqui e querer plantar direto no húmus de minhoca ou na torta de algodão. Substrato e adubo são coisas diferentes, mesmo que, de bater o olho, pareçam iguais.

Se o substrato é a casa da raiz, o adubo é a comida da planta. A casa tem comida dentro dela, mas a comida não é a mesma coisa que a casa, certo?

Também no mundo dos adubos há centenas de variações. O adubo mais comum do mundo é justamente um dos maiores componentes dos substratos, o composto orgânico.

Lembrem-se da tal “terra vegetal” a “terrinha” escura que surgiu da decomposição de folhas, gravetos, cascas de frutas, talos de verduras, podas de árvores e arbustos, aparas de grama e outros resíduos vegetais.

Esse material pode apodrecer de forma controlada, sem gerar cheiro ruim nem atrair baratas, como qualquer pessoa que tem um minhocário ou composteira doméstica sabe. E, como subproduto, o composto orgânico ainda gera um líquido super nutritivo que muita gente chama errado de “chorume” e que, na verdade, é um biofertilizante super potente, ou mais adubo.

Há outros adubos que podem ser misturados ao substrato, mas primeiro conheça bem a composição do substrato que você tem pra não exagerar no adubo, ok?

Abaixo uma listinha de adubos, naturais ou minerais, que você pode encontrar pra comprar ou já incorporados ao substrato:
- Composto orgânico
- Bokashi
- Estercos (de vaca, frango, porco, coelho, cavalo, morcego…)
- Húmus de minhoca
- Farinha de osso
- Farinha de sangue
-Torta de algodão
- Torta de mamona
- Torta de algas
- NPK (sólido, líquido, granulado, em bastão ou pastilha, Peters, Osmocote, Basacote e outros nomes comerciais)
- Preparados mistos do tipo Magro, Super Magro, Viagra pra Planta

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Nem sempre o terreno que encontra na natureza é o melhor para reproduzir as plantas do seu jardim. Se estiver a preparar um jardim e quiser saber que tipo de terreno é o seu, terá que conhecer as diversas opções possíveis.

Em geral, um solo pode ser de três tipos: arenoso, barrento e argiloso. O solo “perfeito” necessita muitas vezes de uma intervenção no sentido de corrigir os excessos possíveis e prepará-lo para cada tipo de planta.

Dependendo da história da sua formação e da utilização a que foi sujeito, um solo pode ter uma textura constituída por uma gama de partículas mais finas e pequenas ou pelo contrário, ter menos partículas, mais irregulares e maiores.

Um solo pode ser descrito consoante o tipo predominante de partículas presentes – areia, lodo ou barro. Com um teste simples você pode determinar com facilidade qual o tipo de solo. Se verificar existirem diferenças de um local para outro, poderá repetir este teste com várias amostras de solo.

Para isso basta colocar uma pequena quantidade de terra do seu jardim na palma da mão esquerda, umedeça-la ligeiramente, apertar entre dois dedos e ver o que sente: se o solo for arenoso sentirá rugosidade; se for lodoso, terá uma sensação de pó de talco molhado, suave; mas se ficar pegajoso, escorregadio e duro quando seco, então o seu solo é do tipo argiloso.

Cada um destes três tipos de solo tem características físicas únicas, que são determinadas pela maneira como foi formado. Se em tempos existiu um fluxo de água corrente, é provável que o solo tenha características lodosas que serão diferentes se for um local perto de uma montanha rochosa. Estas características básicas podem perfeitamente ser melhoradas ou manipuladas, no bom sentido, desde que não se abuse ou se cometam erros na gestão do solo.

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Há ainda outro modo de estudar um solo:
1. Encha um recipiente transparente (frasco) com solo de superfície até 1/3 da altura e acrescente água até ao cimo.
2. Tape com a rolha e abane vigorosamente até desfazer todos os torrões existentes no solo.
3. Ponha o recipiente no parapeito de uma janela e observe à medida que as partículas maiores começam a depositar-se no fundo.
4. Num minuto ou dois, a parte do solo que corresponde à areia (mais pesada) deposita-se no fundo e nessa altura, faça uma marca lateral com uma caneta de feltro no recipiente.
5. Deixe a mistura repousar sem lhe mexer durante várias horas. Verá que as partículas mais finas de lodo se depositarão gradualmente sobre a areia, numa camada de cor diferente da anterior, conforme o tipo de partículas de que se compõem.
6. Deixe o recipiente repousar durante a noite. A camada que se deposita sobre o lodo poderá ser de barro.

Faça uma marca em cada uma das camadas que conseguir identificar. No topo da mistura deverá encontrar uma fina camada de matéria orgânica. Alguma desta matéria orgânica poderá flutuar à superfície da água que entretanto se concentrou à superfície. Se não existirem estes elementos numa camada de água turva, é provável que tenha de melhorar a fertilidade e a estrutura do solo adicionando material orgânico.

Estude finalmente a proporção das diversas camadas e verificará se o seu solo é constituído por mais areia, lodo ou argila. Depois adapte-o de acordo com o tipo de plantas que pretende cultivar.

Qualquer solo, por mais pobre que seja, pode ser substancialmente melhorado e o esforço para o conseguir – muitas vezes ao longo de vários anos – é recompensado através do nascimento de plantas com raízes mais fortes, com caules mais vigorosos e em geral mais saudáveis e produtivas.Veja como pode melhorar o seu solo no post que se segue.

Vejamos então como é possível melhorar e gerir adequadamente cada um destes três tipos de solo.

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No solo arenoso
As partículas constituintes são grandes e irregulares (areias)com uma maior percentagem de rocha. Os espaços de ar entre as partículas são grandes deixando a água escoar-se a maior velocidade, arrastando consigo os nutrientes antes das raízes da planta terem tido a oportunidade de os absorver convenientemente. Por esta razão, em geral os solos arenosos são muito pobres em substâncias nutrientes.

Como existe muito ar entre as partículas, os microorganismos consomem mais rapidamente as substâncias orgânicas que possam existir, deixando o solo com muito pouco barro ou matéria orgânica, ou seja, sem grande capacidade para formar uma estrutura consistente. Neste tipo de solos as partículas não se agregam umas às outras, nem mesmo quando são molhadas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo arenoso:
- Introduza na superfície uma camada de 7,5 a 10 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto;
- Cubra o solo em volta do pé das plantas com folhas secas, pedaços de madeira, cortiça, palha ou feno. Esta cobertura retém a umidade e refresca o solo.
- Anualmente acrescente pelo menos 5 cm de matéria orgânica;
- Onde for possível, semeie plantas próprias para depois serem incorporadas no solo enriquecendo-o.

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No solo argiloso
As partículas são pequenas e espalmadas. Têm tendência para se colarem umas às outras de tal modo que não deixam quase nenhum espaço poroso entre elas. Quando molhados, estes solos ficam lamacentos e impossíveis de trabalhar. Drenam a água com muita dificuldade e acumulam umidade até ao princípio da Primavera. Quando finalmente secam, tornam-se em geral tão rijos que racham com o calor.

Porque têm pouco espaço poroso no solo argiloso não se desenvolve suficiente substância orgânica nem os microorganismos. As próprias raízes têm dificuldade em romper a barreira dura que encontram, muitas vezes agravada pelo tráfico de pessoas ou de máquinas que também ajudam a compactar este tipo de solo.

Em contrapartida, o solo argiloso é com frequência rico em minerais que, quando se consegue melhorar a estrutura, passam a desempenhar um papel muito benéfico para o desenvolvimento das plantas.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo argiloso:
- Introduza na superfície uma camada de 5 a 7,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto; continue a adicionar 1 cm de matéria orgânica todos os anos;
- Faça este tratamento se possível no Outono;
- Para melhorar a drenagem, faça canteiros elevados e evite pisar o terreno onde pensa ter as plantas;
- Reduza ao mínimo a utilização de pás e ancinhos.

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No solo lodoso
Existem pequenas partículas irregulares de rocha partida, em geral muito densas e com relativamente pouco espaço poroso proporcionando má drenagem. Tendem porém a ser mais férteis do que os solos arenosos ou os argilosos.

Eis o que há a fazer para melhorar um solo lodoso:
- Introduza todos os anos pelo menos uma camada de 2,5 cm de esterco animal bem curado ou de adubo vegetal bem decomposto na superfície;
- Concentre a sua atenção nos primeiros 30 cm do solo, evitando que crie crosta;
- Não circule nem calque o solo a não ser que seja absolutamente necessário;
- Considere a possibilidade de construir canteiros elevados, para melhorar a drenagem.

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Será que existe o solo perfeito, equilibrado, rico? Embora possam existir jardins onde o solo é perfeito, muitos jardineiros quando começam encontram condições terríveis: compra-se o lote de terreno, constrói-se a casa e quando tudo parece pronto para tornar aquele pequeno local no jardim dos nossos sonhos, eis que se percebe que o que até aqui era terra “normal” à vista desarmada, não passa de amontoado de entulho, pedra, argila, areia ou que há acidez em excesso.

Não se desespere. Transformar um solo pobre num solo preparado para o crescimento saudável de uma planta não é uma tarefa tão difícil quanto se possa imaginar, desde que se compreenda quais são as componentes de um solo saudável. E é disso que trata este artigo.

O solo é basicamente constituído por partículas provenientes da erosão de rochas e por matéria orgânica. Mas a verdadeira “magia” por detrás de um solo rico são os organismos vivos – pequenos animais, vermes, insetos e micróbios – que se multiplicam apenas e só quando um solo é saudável e equilibrado.

Minerais
Em regra quase metade do solo no seu jardim é constituído por pequenas partículas inorgânicas, resultantes de rochas que com o tempo se vão partindo em pedaços cada vez mais pequenos, principalmente devido aos fatores da erosão (vento, chuva, frio, calor e elementos químicos e biológicos naturais).

A característica básica de um solo depende muito do tamanho e da proporção destas matérias inorgânicas: a areia tem partículas maiores, o lodo tem partículas médias e o barro tem partículas muito pequenas.

A quantidade de cada um destes componentes num pedaço de terra determina a textura desse solo e afeta de forma determinante a capacidade de drenagem, interferindo com a retenção dos nutrientes e em consequência, com a riqueza do mesmo solo.

Matéria orgânica
Trata-se dos resíduos decompostos de organismos e das plantas que entretanto chegam ao fim do seu ciclo, tal como folhas, ramos, líquens, musgos e outros tipos de matéria vegetal. Embora só constituam 5 a 10% de um solo, são absolutamente essenciais ao seu equilíbrio.

São estes materiais orgânicos que “colam” as partículas do solo umas às outras e as transformam em torrões ou grãos porosos, permitindo que o ar e a água circulem, constituindo o meio favorável ao processo vegetativo.

A matéria orgânica que retém a umidade (quase 90% do peso de húmus é água) é ainda capaz de absorver e armazenar os nutrientes necessários. Acima de tudo, a matéria orgânica alimenta os micro organismos e as outras formas de vida existentes no solo, tornando-o “vivo”.

Conhecendo isto, você pode acrescentar a quantidade de matéria orgânica necessária, juntando por exemplo estrume animal, folhas secas, vegetais de cozinha, matos verdes, capins ou madeiras trituradas. Dado que a maior parte do solo “vivo” e das raízes se encontra nos 30 cm superiores do solo, concentre-se nesta porção do terreno e melhore-o gradualmente.

Mas não exagere na quantidade de materiais com elevado teor de hidrocarbonetos (palha, folhas ou lascas de madeira), porque os micro organismos tenderão a consumir elevados teores de nitrogênio para digerir estes materiais e por essa razão, este elemento, que é essencial à saúde das  plantas, em breve desaparecerá do seu solo.]

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Solo vivo
As bactérias, os fungos, os protozoários e nematóides,  bactérias, minhocas e outras pequenas criaturas que habitam num solo saudável, são essenciais para o crescimento das plantas, pois ajudam a converter a matéria orgânica e os minerais do solo em vitaminas, hormonas e outros componentes que evitam doenças e acrescentam nutrientes próprios para a alimentação.

As secreções que digerem contribuem também para unir as diversas partículas entre si, o que permite que um solo solto e arenoso se transforme num agregado consistente.

Uma das principais funções de um jardineiro é criar as condições ideais para que estes organismos vivos cumpram a sua tarefa, providenciando fontes de alimento abundante (carboidratos de matéria orgânica), oxigênio (presente num solo bem arejado) e água suficiente.

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Cerca de 25% de um solo saudável contem ar. Todos os organismos que habitam no solo necessitam de ar para viver, sendo crucial ainda para a produção de nitrogênio atmosférico utilizado pelas plantas.

Um solo bem arejado é constituído por espaços porosos entre as suas partículas, mas não em demasia, pois nesse caso o processo de decomposição das matérias orgânicas acelera, tornando-as ineficientes.

Assim, um solo com pequenas partículas – por vezes tão pequenas que não permitem que o ar sequer penetre – terá menos quantidade de ar e é barrento ou lodoso. Um solo com partículas maiores, como a areia,  terá muito ar e retém pouca água.

Para garantir que o solo do seu jardim possui uma quantidade equilibrada de oxigênio, junte bastante matéria orgânica e evite pisar ou calcar com equipamento muito pesado nos locais onde as plantas irão ser colocadas, para não o compactar demasiado. Nunca trabalhe o solo enquanto estiver muito úmido.

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Água
Os restantes 25% do solo são de água. Assim como o ar, a água encontra-se nos espaços porosos das partículas do solo. Se as partículas forem maiores, a água (da chuva e das regas) escorre para o subsolo, ajudando a alimentar as raízes.

No caso dos solos arenosos, os espaços entre as partículas são tão grandes que a força de gravidade faz com que a água se escoe excessivamente depressa sem permitir alimentar a raiz da planta e secando rapidamente.

Quando as partículas são médias, a água circula no sentido descendente e volta a subir sozinha através do sistema capilar, não se perdendo no subsolo.

Por outro lado, o que se passa em solos demasiado úmidos é que a água enche completamente os espaços porosos expulsando o ar neles existente. Deste modo, os organismos vivos sufocam e as raízes apodrecem.

Numa situação ideal, deve coexistir uma combinação de espaços porosos médios e pequenos com uma dose equilibrada de matéria orgânica, o que estimulará a formação de torrões de solo, ou de terra solta capaz de incentivar a existência de organismos vivos e o crescimento vegetativo.

Quando conseguir que estes cinco elementos (minerais, matéria orgânica, micro organismos, ar e água) se conjuguem de forma equilibrada no seu solo, você terá um jardim não só mais saudável como mais produtivo. Se não sabe que tipo de solo tem, terá que fazer um teste.

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