Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Tóxicas e Venenosas’

09-Espirradeira (1)

Nome científico: Nerium oleander L.
Família: Apocynaceae
Características Botânicas

As folhas estão em pares ou em três, são coriáceas e verde escuras. São estreitas lanceoladas com margem inteira. As flores crescem nos conjuntos na extremidade de cada ramo. O fruto é uma cápsula estreita e longa. Como sua origem ocorreu em região seca, as folhas dessa espécie apresentam modificações estruturais que auxiliam em seu crescimento em locais com pouca água e temperaturas elevadas, como a presença de cutícula espessa, hipoderme e estômatos em criptas. Diferentes colorações encontradas nas flores de Nerium oleander. As tonalidades róseas são as mais comuns. Estrutura anatômica das folhas de Nerium oleander. As setas da figura da esquerda indicam os estômatos presentes nas criptas. A figura da direita mostra a cripta e a estrutura foliar vista em microscopia de fluorescência

Usos – É uma espécie ornamental, utilizada em parques, praças e jardins. Há mais de 400 variedades ornamentais, com diferentes colorações nas flores. É muito utilizada principalmente nas regiões tropicais. Em Niterói é muito utilizada nos canteiros de avenidas importantes da cidade

Composição química – Essa espécie tem alto grau de toxicidade, devido à presença de glicosídeos cardiotônicos (oleandrina, neriina). Sua casca possui rosagenina, uma substância com efeitos semelhantes à etriquinina. Toda a planta possui látex tóxico que pode causar a reação adversa. Esses efeitos permanecem mesmo após a planta ser desidratada. Existem casos registrados de intoxicação e morte de humanos que utilizaram o ramo de Nerium oleander como espeto de churrasco. A propagação é feita por enraizamento de estacas. Pode ser cultivada em sol pleno, pouco exigente em temperatura e umidade, desenvolvendo-se até em climas frios e áridos. Floração na primavera-verão. Deve ser cultivada sempre a pleno sol. A poda anual renova a folhagem e estimula uma boa formação e floração. É tolerante à seca.

Por ser muito tóxica deve ser manipulada com luvas e muito cuidado, além de ficar longe do alcance de crianças e animais domésticos.

Existem inúmeras espécies vegetais que embora sejam ornamentais e muito apreciadas em casas, praças e jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza, pois apresentam caráter tóxico.

Entende-se por plantas tóxicas todas aquelas que, de um modo ou de outro, quando ingeridas pelo animal ou pelo homem causam danos que refletem na sua saúde ou vitalidade. Estas plantas apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas. São, ainda, aquelas que podem concorrer para a degeneração física ou mental quando usadas como remédio por desconhecimento de sua natureza química.

Felizmente, a maioria das plantas consideradas nocivas possui um paladar desagradável, desencorajando as pessoas a ingerir tais vegetais. O mesmo não se aplica às crianças ou às pessoas com alguma debilidade mental – que, por inocência, acabam sendo as maiores vítimas – e também os animais de estimação.

O processo de intoxicação pode ser crônico, agudo ou até fulminante. O princípio ativo age geralmente em órgãos específicos. Quanto à natureza das substâncias tóxicas, temos dois grandes grupos: o dos Alcalóides e dos Glicosídeos. Os alcalóides abrangem os entorpecentes que afetam o sistema nervoso do indivíduo, onde se destacam substâncias como a quinina, cafeína, nicotina, cocaína, morfina, estriquinina, etc. Já os glicosídeos podem atuar como veneno, agindo em diversas regiões do organismo. Dentre eles, agrupam-se a digitalina, estrofantina, apocinina, oleandrina, nerina, entre outras.

Para confirmação de qualquer suspeita, se um determinado vegetal é ou não nocivo, se apresenta ou não substâncias ativas tóxicas, recorre-se a testes laboratoriais. Hoje, sabe-se que 90% das plantas de jardim com princípios tóxicos provocam reações na pele, principalmente aquelas que secretam leite ou látex; atuam também nas mucosas mais sensíveis, causando irritações na boca, língua e garganta. Os outros 10% acarretam alterações no coração, com retardamento ou acelaração das batidas. Há também relatos de cólicas, geralmente acompanhadas de desinteria. A alergia, por ser um processo fisiológico, variável de indivíduo para indivíduo, é mais difícil de ser definida ou relacionada diretamente à determinada espécie. Remédio ou veneno – depende da quantidade.

A primeira medida de segurança contra a intoxicação por vegetais ornamentais é evitar o seu cultivo em locais freqüentados por crianças, como playgrounds e jardins caseiros. Outra medida é evitar o cultivo de plantas tóxicas em vasos de interior. Uma vez constatado que houve intoxicação por ingestão de alguma planta, a pessoa dever ser levada ao pronto socorro mais próximo, de preferência levando uma amostra da planta responsável pela intoxicação. Isto é muito importante porque a identificação do vegetal vai orientar o tratamento.

Cuidados:
1 – Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos.
2 – Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características.
3 – Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).
4 – Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada.
5 – Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6 – Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
7 – Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingerí-las.
8 – Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.

Na elaboração de um jardim, a escolha das espécies exige cautela e conhecimento. Algumas espécies, aparentemente parecem ser inofensivas, mas quando ingeridas ou em contato com a pele, causam sérias intoxicações e alergias. Algumas espécies contêm substâncias nocivas à saúde de animais e seres humanos, podendo até ser fatais. Existem aproximadamente 400 espécies de plantas ornamentais tóxicas.

Segundo o Centro de Toxicologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o índice de óbitos por intoxicação de plantas é baixo, e quando acontece, na maioria dos casos, tem como responsáveis principais a Mamona (Ricinus communis), e a Mandioca-Brava (Manihot utilissima). Os acidentes mais frequentes dão-se devido a ingestão de espécies como a Trombeteira ou Saia-Branca (Brugmansia suaveolens), a Coroa-de-Cristo (Euphorbia milli), Comigo-Ninguém-Pode (Dieffenbachia maculata “Picta”), e a Espirradeira (Nerium oleander), que são espécies mais comuns nas casas.

A maior parte dos casos ocorre com crianças com idade entre dois e sete anos, embora sejam também registrados casos com adultos e animais. Veja abaixo algumas precauções e outras espécies ornamentais tóxicas:

Precauções:
1. Ensine as crianças a não colocar plantas na boca;
2. Conheçam as todas as plantas da casa, seu nome e características;
3. Não coma, nem faça chás de plantas desconhecidas;
4. Quando reformar ou fizer um jardim, informe-se sobre as espécies a serem utilizadas;

Algumas Espécies Ornamentais Tóxicas: Jasmim Manga (Plumeria rubra);Samambaia (Pteridium aquilinum);Canela-de-Veado (Sessea brasiliensis); Cambará (Lantana camara);Cróton (Codiaeum variegatum “Blume”); Leiteiro Vermelho (Euphorbia cotinifolia); Leiteiro Branco (Euphorbia leucochephala); Avelós (Euphorbia tirucalli); Batata do Inferno (Jathropha podagrica “Hook”); Avenca Japonesa (Nandina domestica); Flamboyanzinho (Caesalpinea pulcherrima); Espatódea (Sathodea capanulata); Suína (Erythrina crista-Galli)

Existem pelo menos uma dezena de plantas mortais, com toxinas venenosas que podem matar quem entrar em contato com elas. Mas não dá para fazer um ranking incontestável das mais venenosas.

Primeiro, porque o efeito da toxina varia muito de pessoa para pessoa – as vítimas mais resistentes podem ter apenas vômitos ou outras reações menos pesadas; as mais fracas podem morrer.
Segundo, porque a quantidade de veneno capaz de causar problemas ao ser humano muda de planta para planta.
E terceiro, porque existem várias formas de contágio: comendo a planta, tendo contato pela pele e até cheirando o perfume que ela exala.

Aqui tem algumas espécies muito letais, que são encontradas em algumas partes do mundo e também aqui no Brasil. Essas são consideradas muito venenosas e causam acidentes domésticos. As principais vítimas são as crianças, que costumam achar saborosas plantinhas como a comigo-ninguém-pode, cultivada para espantar o mau-olhado. Mas, quando a planta é mastigada, pequenos cristais ferem a boca e a faringe, provocando um inchaço que impede a passagem de ar e causa morte por asfixia.

Outro motivo de envenenamento é confundir uma planta tóxica com outra inofensiva. Isso pode ocorrer, por exemplo, com a mandioca e suas parentes venenosas, que são bem parecidas na forma, mas bem diferentes na composição química. Para evitar esse perigo, o melhor é prevenir: não mande para a panela vegetais desconhecidos e avise a molecada para não pôr na boca as plantas do jardim.
Alguns vegetais que tem todo jeito de serem inofensivas e são as mais conhecidas e comuns no Brasil.

Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta Schott)

comigo_ninguem_pode

Por que ela é tóxica: O caule e as folhas têm cristais de oxalato de cálcio, substância que provoca inflamações no corpo.
Efeitos causados: quando são mastigadas, a planta fere as mucosas da boca, faringe e cordas vocais. A inflamação causa inchaços que impedem a passagem do ar e podem levar à asfixia.
Tratamento: a vítima tem que receber analgésicos contra a inflamação e passa por uma lavagem gástrica. Tomar leite e óleo de oliva ajuda a eliminar a toxina.
É comum ser cultivada dentro de casa por ser considerada um amuleto contra o mau olhado. Na América do Norte, ela é conhecida como “cana de mudo”, já que o inchaço impede a pessoa de falar até que a inflamação melhore.

Jequiriti (Abrus precatorius L.)

jeriqui 2c

Por que ela é tóxica: suas sementes vermelhas têm uma substância chamada abrina, que mata quando mastigada.
Efeitos causados: a abrina provoca a aglutinação das células vermelhas do sangue, formando coágulos e impedindo a circulação corpórea.
Tratamento: é necessário levar a vítima rapidamente a um hospital. O procedimento inclui lavagem gástrica e remédios anticoagulantes. São abundantes em regiões tropicais.

Pinhão-de-purga: (Jatropha curcas L.)

pinhão de purga

Por que ela é tóxica: por causa da ricina que contém nas sementes.
Efeitos causados: causa aglutinação das hemáceas e dificuldade da circulação do sangue. A ingestão de quatro ou mais sementes de pode causar a morte
Tratamento: deve-se ir direto para o hospital. Depois de passar por uma lavagem gástrica, é preciso evitar a desidratação com soro.
É considerada uma planta invasora, o pinhão-de-purga ocorre como praga em pastagens e lavouras nas zonas rurais. Como ele não é muito comum nas grandes cidades, há menos registros de acidentes com esse vegetal

Mamona (Ricinus communis L.)

mamona

Por que ela é tóxica: sua semente tem ricina, uma toxina letal quando ingerida.
Efeitos que causa: assim como a abrina, a ricina causa coágulos sanguíneos. Há vários casos de morte de crianças que ingeriram uma única semente, e de adultos que comeram duas delas. Em casos menos graves, a toxina ocasiona queimação na garganta, vômitos intensos, taquicardia e diarréia.
Tratamento: internação imediata, com lavagem gástrica e anticoagulantes
Elas são aparentemente inofensivas, esse arbusto originário da Ásia meridional cresce em qualquer terreno baldio. Uma simples dentada pode causar vômitos e diarréia

Mandioca-brava (Manihot utilissima Pohl)

mandioca brava

Por que ela é tóxica: as suas raiz e folhas possuem linamarina, uma substância tóxica que pode matar qualquer um que coma a planta.
Efeitos que causam: quando as intoxicações são fortes, a linamarina causa asfixia e convulsões, que se não forem tratadas podem ser fatais.
Tratamento: hospitalização e lavagem gástrica. Os principais remédios são antídotos específicos, como o nitrito de amila.
Essa planta nativa do Brasil é venenosa quando crua. Mas, ao ser cozida, sua substância tóxica deixa de fazer efeito. Hoje em dia, já dá para encontrar no mercado exemplar geneticamente modificado, que não têm o veneno encontrado na natureza