Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Técnicas de Propagação’

estaca de jaboticabeira
A estaquia, ou “multiplicação por estacas”, é um meio de reprodução assexuada (propagação vegetativa), muito utilizada nas produções de mudas de plantas, principalmente as ornamentais e frutíferas.

O método consiste no plantio de um ramo ou folha da planta, desenvolvendo-se uma nova planta a partir do enraizamento das mesmas.

Não são todas as plantas que podem ser reproduzidas por estaquia. Cada espécie de planta possui um método diferente mais adequado para sua multiplicação. Algumas espécies muito difíceis de multiplicar por estaquia, podem ser reproduzidas facilmente por outro método: a alporquia.

As grandes vantagens de multiplicarmos as plantas por estaquia são a facilidade de fazê-la, e a possibilidade de propagarmos as melhores plantas, conservando as características da mesma.

Como fazer estaquia?
Como já foi dito, cada planta possui um método mais adequado de propagação. Há alguns tipos diferentes de estaquia, que apresentaremos a seguir. Para fazer a estaquia, é recomendável que procuremos saber qual é o melhor método para a planta que se pretende reproduzir. Caso você não encontre essa informação, tente alguns métodos até que dê certo, já que é um processo relativamente fácil.

Em alguns casos, o uso de hormônios enraizadores (em geral auxinas), ajuda a melhorar a formação de raízes nas estacas. Mas o uso domiciliar é raro, devido ao alto custo e dificuldade de manuseio.

Várias partes da planta podem ser usadas como estacas, com procedimentos levemente diferentes que detalhamos a seguir:

A) Estacas de ramos novos (ponteiros)
É o método mais adequado para ser utilizado para grande parte das plantas ornamentais, já que as plantas geradas por esse método são em geral, mais parecidas com a planta que as originou.

Passo-a-passo:
-
Cortarmos uma ponta de ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 7 a 12 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
- Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas.
- Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas. Em alguns casos, colocam-se as bases da estaca em água ao invés de substrato, plantando as mudas em terra assim que enraizadas.

B) Estacas de ramos semi-lenhosos (tenras na ponta e firmes na base)
Em plantas ornamentais, esse método é muito utilizado para propagar plantas arbustivas.
- Cortamos um ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 10 a 15 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
- Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração.
- Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

C) Estacas de ramos lenhosos (firmes, lignificados)
É o método mais utilizado para árvores (a maioria das frutíferas), arbustos e roseiras. Para as plantas cujas folhas caem no inverno (planta decíduas), é recomendado que as estacas sejam feitas quando a planta estiver sem folhas, perto do período de rebrota das folhas.
- Cortamos um ramo lateral firme, formando uma estaca de aproximadamente 15 a 30 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
- Caso a estaca possua folhas, retire as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração. No caso das roseiras, recomenda-se a utilização de ramos que já floriram, mas sem flores no momento.
- Colocamos os ramos (estacas) em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Essas estacas podem ser plantadas também diretamente no local definitivo, apesar disso, é recomendado o seu plantio anteriormente em vasos ou sacos de mudas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

D) Estacas de folhas
É um método utilizado em plantas ornamentais principalmente em suculentas, mas são utilizadas comercialmente na produção de mudas de algumas espécies de eucalipto. As plantas geradas por este método são muito parecidas com a planta que as originou, sendo por isso um processo interessante.

Um exemplo: Reprodução da violeta-africana.
- Cortamos uma folha saudável da planta, retirando-a até a base.
- Enterramos aproximadamente um terço da folha em um substrato adequado, com a base da folha para baixo. Para o substrato, pode ser utilizada areia, terra, etc. O mesmo processo pode também, em alguns casos, ser realizado na água. Assim, as folhas enraizarão e formarão novas plantas.

Fadinha

Daylily - Hemerocallis - clump division

Sementeira:
Toda a planta que dá flor produz sementes. A sementeira é o único método para propagar plantas anuais. Após a floração, as plantas anuais produzem sementes em finais do verão e depois morrem. As bienais, plantas que sobrevivem dois anos, também se propagam por semente. No primeiro ano produzem folhas e no segundo flores, depois sementes. Para as vivazes, a sementeira não é o método indicado pois é mais demorado conseguir uma planta estabelecida a partir de sementes do que a partir de estacas e as plântulas são mais sensíveis às doenças que as estacas.

Estacas caulinares e lenhosas:
A técnica de propagar a partir de estacas caulinares é sempre a mesma, mas os caules herbáceos cortam-se na primavera e as dos lenhosos no Outono. As estacas caulinares são um modo eficaz de propagar plantas, em especial aquelas cujas sementes são estéreis ou cujo desenvolvimento em sementeira é lento.

Mergulhia:
Com este método propagam-se as plantas no local onde ela se encontra encorajando-a a lançar raízes sem a separar da planta-mãe. A mergulhia é uma das técnicas de propagação mais antigas, baseada na observação da forma como as plantas se auto propagam. É frequente os ramos de um arbusto, encostados ao solo pelo peso das folhas, criarem raízes. Deve usar-se esta técnica na primavera ou no Outono, quando o solo está quente.

Estacas de raiz:
As plantas que emitem raízes rastejantes e as plantas com longas raízes aprumadas propagam-se por meio de estacas de raiz ou radiculares. A melhor altura é a primavera, quando a energia da planta está concentrada na raiz, antes da parte aérea crescer, ou no Outono quando a parte aérea abranda. Consoante o tipo de raiz podem usar-se três métodos: nas plantas com raiz aprumada corta-se uma fatia, nas que tem raiz rastejante, uma secção com dois nós e nas que têm os dois tipos de raiz, corta-se uma fatia de raiz com um nó.

Divisão de raiz:
A divisão de raiz implica levantar o torrão e cortá-lo, obtendo-se plantas mais pequenas. É adequado às plantas herbáceas rústicas cujo interior pode, com o tempo, começar a morrer.  Dividir uma planta ajuda a mantê-la saudável e vigorosa. Outras vantagens da divisão são: obter mais plantas rapidamente, libertar espaço no jardim e estimular a emissão de novos lançamentos. A melhor altura para a divisão é a primavera e o verão.

Olhando-pela-janela_

Enxerto

Enxerto é um processo de propagação de caráter vegetativo que é praticado há muito tempo, especialmente em fruticultura e floricultura. Consiste em retirar um ramo ou uma borbulha de um vegetal e inseri-los em outro. Geralmente, os enxertos são feitos entre variedades diversas da mesma espécie.

O vegetal sobre o qual se enxerta recebe o nome de cavalo ou porta enxerto. O vegetal que vai sobre o cavalo é o enxerto propriamente dito ou cavaleiro. Quando se tem, por exemplo, uma laranja forte, mas que não produz uma variedade mais doce e produtiva, porém fraca e suscetível de doenças. Também há roseiras bonitas que se enxertam em outras menos belas, porém mais fortes. Uvas, igualmente, são, em geral, cultivadas apenas em enxertos.

As vantagens da utilização de enxertos são numerosas, mas, uma das maiores é garantir que a planta que se multiplica seja exatamente a que se quer. Quando se planta de semente, não há esta garantia, pois uma planta considerada boa pode produzir sementes que dão plantas de boa ou de má qualidade. No enxerto também se abrevia a época de inicio da produção. Há outra vantagem, ainda: o enxerto possibilita propagar plantas que enraízam dificilmente. Faz-se enxerto sobre outra já enraizada e o problema está resolvido.

Existem diversos tipos de enxertos, os mais comuns são de borbulha ou escudo, os de garfo e os de copulação. A enxertia é realizada geralmente durante um período de descanso da planta. Quando é época de despertar, a gema que vai entrar em crescimento, já está transposta para o porta enxerto.

Em todos os casos, depois e amarrado o enxerto, com barbante ou com ráfia, reveste-se o conjunto da parte enxertada com cera. Esta substância é impermeável e evita a entrada de água de chuva ou de rega, que acarretaria o apodrecimento dos tecidos.

vento

touceira

A técnica de fazer muda pelo processo da divisão de touceira é simples, porém delicado. Método muito utilizado em jardinagem para propagação vegetativa de plantas ornamentais, (orquídeas, samambaias, etc.), e também em alguns casos em plantas alimentícias, (bananeiras, gengibre, açafrão, etc.).

A divisão de touceiras também chamada de divisão de rizomas, ou divisão de plantas,  como o próprio nome diz, é repicar uma planta matriz em vários pedaços  para transformá-la em várias mudas, Porém requer muito cuidado para  não danificar suas gemas de brotação nem comprometer demais o seu sistema radicular.

A Multiplicação por touceiras apresenta alguma vantagem, quando plantas entouceiradas que poderiam perfeitamente ser multiplicadas por sementes demandarem mais tempo para atingirem a fase adulta e florescer. Além de que, a divisão de touceiras é um método fácil e garantido, ideal para propagação de plantas domésticas.

Dividindo as touceiras:
Método simples e poderá ser descrito da seguinte forma:
. Verificar se a planta está realmente entouceirada.

- Se a planta estiver em vasos:
. Remover a planta do vaso, com todo o cuidado para não danificar as frentes de crescimento (brotos).
. Remover o excesso de substrato para facilitar a visualização do sistema radicular.
. Estudar a planta para observar onde deverá ser recortada de forma que cada parte permaneça com um número de brotação não inferior a 3.
. De posse de uma tesoura de jardim ou qualquer outro instrumento cortante, separar as novas mudas, sem machucar demasiadamente os rizomas além do necessário.
- Se a planta estiver plantada no chão:
. De posse de uma ferramenta apropriada, ex: enxada, remover a planta com cuidado.
. Em seguida seguir as mesmas orientações acima.

- Dividida as partes:

- Plantar cada muda  em seu respectivo vaso, com substrato apropriado para cada tipo de planta.
. Na maioria dos casos, a nova muda já poderá ser transplantada diretamente em seu local definitivo.
. Colocar os vasos em locais sombreados até o pegamento total da muda.
. Recomenda-se  regar as plantas regularmente, sem encharcamentos.
. Assim que a novas plantas começarem a emissão de brotos e folhas, já poderão ser colocadas em seus locais apropriados.

bird3