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Posts para categoria ‘Técnicas de Propagação’

rizomas
Rizomas

A divisão de touceiras, ou também chamada de divisão de rizomas, é uma das técnicas mais utilizadas na jardinagem para propagação vegetativa de plantas ornamentais, sendo também utilizada em algumas plantas alimentícias. A técnica consiste no corte dos rizomas subterrâneos, gerando novas plantas. Alguns exemplos de plantas que podem ser reproduzidas por esse meio são: estrelitzia, flor-de-leopardo, moréia, agapanto, grama-preta, várias orquídeas, bananeira, entre muitas outras plantas.

Vantagens – As plantas denominadas “entouceiradas”, geralmente não podem ser reproduzidas por estaquia, enxertia ou alporquia. Normalmente essas plantas podem ser reproduzidas por sementes, demorando mais a atingir a fase adulta e florescer, do que as mudas geradas por divisão de touceiras. Quase todas as plantas podem ser reproduzidas por micropropagação em laboratório, mas é algo inviável para realização doméstica, por motivos óbvios. Além disso, a divisão de touceiras é um método fácil e mais garantido, ideal para multiplicações em pequena escala.

Limitações – Muitas vezes, cada planta gera poucas outras plantas por vez que é dividida, diferentemente da reprodução por sementes e pela micropropagação.

Como realizar a divisão de touceiras – Este é um método relativamente fácil de ser aplicado. O método pode ser generalizado da seguinte forma:
1) Certifique-se de que a planta já pode ser dividida, contando-se o número de brotação, que em geral, devem ser de no mínimo 6. Se a planta estiver no solo, devemos desenterra-la inteira ou parcialmente, com uma boa quantidade de solo, de preferência, com o auxílio de uma enxada. Se estiver em um vaso, retire a planta totalmente do vaso.
2) Retire o excesso de solo, para que o rizoma e as raízes possam ser vistos melhor. Separe a planta em partes que contenham pelo menos 3 brotações, para que haja melhor pegamento. Assim, obtém-se novas mudas da planta.
3) Na maioria dos casos, a nova muda já pode ser plantada em seu local definitivo, por já ter suas estruturas bem formadas. Recomenda-se a rega regular, sem encharcamentos.

sementes

Sementes

Essa é a técnica mais conhecida, muitas vezes banalizada por sua simplicidade na maioria dos casos.

As sementes podem ser semeadas ao ar livre, à meia-sombra ou sob proteção de telhados e estufas, em canteiros, em caixas ou em bandejas. Devemos analisar qual é o método mais adequado para a planta em questão e qual é a estrutura disponível para realizarmos a semeadura.

De um modo geral, as plantas ornamentais são semeadas em sulcos rasos, cobrindo as sementes com terra fofa ou pó de serragem.

Os diferentes métodos de semeadura das plantas ornamentais são muito semelhantes aos das hortaliças

micropropagação

Multiplicação in “vitro”

O que é – A micropropagação, ou também chamada de multiplicação in vitro, ou multiplicação em meio-de-cultura, é um método de propagação vegetativa amplamente utilizado nos dias atuais na produção de mudas. A técnica consiste na separação de algumas células de tecido vegetal, fazendo com que ela se reproduza, formando uma nova planta. Essa técnica de laboratório se baseia no princípio da chamada “totipotência” celular, que é a capacidade de uma única célula vegetal se multiplicar e gerar uma nova planta, o que não é possível nos humanos, exceto com células-tronco.

Vantagens – Por meio dessa técnica, é possível a produção de mudas em larga escala, gerando plantas completamente livres de qualquer doença. Além disso, o processo gera mudas que, em geral, florescem mais rapidamente que as mudas geradas por sementes.

Desvantagens – Alto custo de implantação do sistema, além da necessidade de mão-de-obra especializada.

Como é realizada – É uma técnica inviável para uso doméstico, sendo destinada apenas à produção comercial de mudas, ou à pesquisa. Por esse motivo, não detalharemos a técnica nesse tópico.
Basicamente, uma pequena parte do tecido de uma planta é retirada, sendo colocada em meios de cultura específico, em ambiente com iluminação artificial. As mudas produzidas são transferidas a outros recipientes, até a sua venda e plantio definitivo.

A mergulhia é uma técnica de reprodução assexuada de plantas (propagação vegetativa), semelhante à estaquia, sendo a alporquia um tipo particular de mergulhia. O método consiste no enraizamento da planta a ser multiplicada, na própria planta. Isso é feito através do enterramento (mergulho) de um ramo ainda ligado à planta, sendo por isso chamado de mergulhia. Comercialmente, algumas espécies são multiplicadas dessa forma: jabuticabeira, macieira, abieiro, camu-camueiro, entre outras.

Vantagens – Algumas plantas que não podem ser reproduzidas por estaquia, podem ser reproduzidas facilmente por mergulhia.

Desvantagens – É um método mais difícil que a estaquia, sendo recomendado somente quando a estaquia não é possível.

Como realizar a mergulhia: Há vários tipos de mergulhia, mas de maneira geral, podemos simplificar em alguns passos:

1 – Escolher um ramo que seja flexível e alcance o chão, sem quebrar. Devemos verificar qual parte do ramo que poderá ser enterrada. A parte enterrada não deve ser o ponteiro, mas sim na parte mediana do ramo. Nessa parte que será enterrada, devemos fazer um anelamento (retirada da casca) de 2 a 3 cm e/ou a retirada das folhas do local.

2 - Abaixar o ramo até o solo, e enterrar uma pequena parte do ramo (a que está anelada e/ou desfolhada), prendendo esse ramo ao solo com uma estaca de bambu, pedra, estaca de madeira, ou mesmo com um arame grosso. Recomenda-se regar constantemente, mantendo o solo úmido, sem encharcar, até que ocorra o enraizamento.

3 – Após o enraizamento do ramo, basta cortarmos o ramo de uma só vez, ou gradativamente, formando assim uma nova muda. É recomendado que a planta seja plantada em um vaso ou saco de mudas antes do plantio no local definitivo.