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Posts para categoria ‘Técnicas de Propagação’

estaca de bonsai
O ser humano por natureza é imediatista, tudo deseja, porém sempre para ontem.
Quase sempre esquecemos que o passado é imutável, o futuro está por vir, e o que nos pertence é o presente, e é nele que deve residir nossos sonhos e realizações, que nossos resultados futuros, dependem do hoje.

Sashiki que seria as mudas feitas por estacas, personifica bem, e colabora com nossa vontade urgente e imediata de resultados, pois necessita de menos tempo para formação e possibilita antever o nosso “bonsai” .

As estacas para nossos futuros Bonsai, podem ser selecionadas de praticamente todos os tipos de árvores e arbustos. O principal cuidado reside no momento da escolha de nossas mudas, não necessariamente de um bonsai já formado, mas também de árvores e arbustos na natureza, devem ser fortes e saudáveis, e possuir a forma que desejamos a nosso futuro bonsai, não esquecendo que estacas menores desenvolvem raízes e crescimento mais rápido.

Basicamente, devemos seguir um pequeno roteiro:

1. O corte da estaca deve ser em diagonal, gerando uma maior área de contato e possibilitando um maior e uniforme enraizamento;
2. Pode ser utilizado hormônio para acelerar o enraizamento, utilize a dosagem recomendada na embalagem, deixe de molho por 10 minutos;
3. Utilize um recipiente com furos, para possibilitar uma melhor drenagem da água e assim evitar o apodrecimento das mudas;
4. Como solo para estacas utilizo uma mistura de pedriscos (de areia lavada, 40%) e terra preta (60%), tendo o cuidado de esterilizar esse material (utilizo uma chapa de metal direto no fogo);
5. Coloque as estacas no recipiente, deixando espaço entre elas;
6. Molhe o suficiente, até que a água saia pelos furos do recipiente;
7. Coloque no recipiente alguns arames para servirem de suporte, e então instale um plástico sobre eles, produzindo então um efeito estufa, mantendo assim umidade e calor necessários ao desenvolvimento das mudas;
8. Lembrar de molhar diariamente as mudas, tantas vezes quanto forem necessárias, deixando o solo úmido e não encharcado;
9. Inicialmente deixar as estacas a meia-sobra;
10. Entre 30 e 60 dias começarão a crescer as raízes, e então as colocar em ambiente de incidência normal do sol;
11. Adubar com fertilizante líquido (utilizar a metade da dosagem recomendada nas embalagens) a partir dos 180 dias;
12. A partir de 12 meses devem ser plantadas em recipientes individuais, cortando a raiz principal e as mais grossas, possibilitando um crescimento uniforme de toda a massa de raízes.

Começa então a formação propriamente dita de nosso “Bonsai”, precisa-se apenas de dedicação e tempo, qualidade e condição que é característica da alma de cada bonsaísta.

folhinhas2

hidroponia-
Hidroponia –
A palavra Hidroponia origina-se do grego hidro, água, e ponos, trabalho. Sua definição básica é o trabalho com água. Numa concepção mais ampla, define-se hidroponia como uma técnica utilizada para cultivar plantas sem o uso de terra.

A Hidroponia é uma técnica alternativa de cultivo de plantas criada como uma forma de se utilizar os 2/3 de água existente na Terra. Mas o cultivo hidropônico apresenta ainda uma série de vantagens, como melhor qualidade das plantas, tempo de desenvolvimento menor (cerca de 1/3 que o método convencional), alta produtividade, economia de tempo, trabalho e insumos, higiene dos produtos, além de não haver necessidade de rotação de culturas.

Sabe-se que as plantas necessitam de 16 elementos para sua completa nutrição. O Carbono e o Oxigênio são fornecidos pelo ar e o Hidrogênio pela água. Os demais elementos são fornecidos por sais minerais e são agrupados em macro e microelementos.
O Biofert Plus é um fertilizante mineral à base de sais minerais, cientificamente balanceados, e que contém 14 nutrientes necessários ao completo desenvolvimento, floração e frutificação das plantas. Plantas sadias são mais fortes e estão menos suscetíveis a pragas e doenças nutricionais.

O preparo da solução nutritiva de Biofert Plus para utilização em Hidroponia é muito simples. Basta diluir o Biofert Plus em água, começando com uma diluição de 1:400 (um volume de Biofert Plus para quatrocentos volumes de água), correspondente a 50% da indicação no rótulo e chegando no máximo a diluição de 1:200 (um volume de Biofert Plus para duzentos litros de água). Se verificar queima ou apodrecimento de raízes, aumente o volume de água na solução. Você estará dando à planta uma alimentação mais constante e contínua, portanto, esta deverá ser bem menor do que usualmente se faria em culturas na terra.

Após a diluição deve-se verificar o pH da solução final, corrigindo rapidamente, se necessário for, adicionando Ácido Clorídrico (HCl) caso esteja acima do ideal, ou Hidróxido de Sódio (NaOH) caso esteja abaixo. O pH ideal para o cultivo hidropônico está entre a faixa de 5.0 e 6.5. Espere no mínimo uma hora, após a adição do corretivo, para medir o pH novamente. Só deixe a solução nutritiva circular pelos dutos ou canos com o pH na faixa ideal. Também deve-se verificar a condutividade elétrica da solução, que deve estar entre 1.8 e 2.0 no verão e 2.5 e 2.8 no inverno, de maneira geral a condutividade ideal é entre 2.0 e 2.5.

Sempre que o nível do tanque abaixar, pode-se completá-lo somente com a quantidade consumida de solução nutritiva, procedendo da mesma forma, diluindo o Biofert Plus em água e medindo o pH, antes de adicioná-lo ao tanque.

O cuidado com o pH da solução é muito importante pois caso esteja fora do intervalo indicado, a planta poderá sofrer vários danos e até morrer. Além do cuidado com o pH é importante também que não haja incidência de luz solar direta na solução, seja no tanque ou nos canais, pois isso poderá acarretar uma excessiva proliferação de algas que além de consumir os nutrientes, também apodrecerá as raízes das plantas, caso se aloje nelas.

Para que o cultivo hidropônico seja bem sucedido é necessário ter um aguçado senso de observação, para que se veja o que está acontecendo com as plantas, e bom conhecimento sobre hidroponia e botânica para que se possa corrigir os possíveis problemas com os vegetais.

alporquiaA alporquia é um dos métodos de propagação vegetativa mais antigos. Indícios históricos mostram que os chineses já a utilizavam há 4 mil anos com sucesso. Devido ao fato de não ser tão agressivo como a estaquia, a alporquia é um método indicado para plantas que têm dificuldade de enraizar por estacas e para aquelas que queremos rejuvenescer. A alporquia é muito semelhante à mergulhia, diferindo desta por ser utilizada sem vergar os ramos até o solo, levando pelo contrário o solo até o ramo. A alporquia também pode ser chamada de mergulhia-aérea.

O método consiste em estimular o crescimento de raízes em um ramo ou no caule principal de uma planta, sem que esta seja separada da planta mãe. Desta forma, o ramo que está se desenvolvendo, continua sendo alimentado com seiva, sem sofrer com a desidratação e o enfraquecimento que geralmente acontecem na estaquia. Em larga escala, a alporquia é um método caro e de baixo rendimento, se comparado à estaquia, portanto é indicado apenas para plantas que têm dificuldade de se propagar por outros métodos.

A alporquia além de método de propagação, também é uma  ótima maneira de rejuvenescer plantas que se desenvolveram demais em altura e apresentam caule compridos e desfolhados. A alporquia com esta finalidade é comum em Fícus, Dracenas, Crótons, Comigos-ninguém-pode, Filodendros, etc.

O local da anelamento deve ser coberto com esfagno e protegido com plástico

Há duas principais maneiras de se fazer a alporquia. Uma destina-se principalmente a ramos herbáceos e semi-lenhosos, e consiste em se fazer um pequeno corte transversal no ramo, mantendo-se o corte aberto.

A outra é mais indicada para ramos lenhosos e trata-se de se fazer dois cortes circulares e paralelos e o descascaque do local, permanecendo um anel, chamado de anel de Malpighi. A diferença principal entre os métodos é que o primeiro não interrompe a circulação de seiva elaborada, sendo mais suave, e o segundo permite apenas a circulação de seiva bruta, interrompendo totalmente a passagem da seiva-elaborada. O anelamento também pode ser realizado através do amarrio de um arame metálico, chamado de “forca” ou “torniquete”. Pode-se fazer ainda um anel incompleto, com um pequeno segmento permitindo a passagem de seiva elaborada.

Após o corte, em qualquer um dos métodos, se procede à aproximação de musgo, esfagno ou outro substrato úmido, envolvendo bem o local, com a utilização ou não de hormônio enraizador no local do corte. Cobre-se então o substrato com plástico, preferencialmente escuro, amarrando-se em ambas as extremidades com barbante ou fita adesiva, sem apertar. Pode-se deixar um pequeno orifício na parte superior que permita regar o substrato.

Com o passar de algumas semanas ou meses, dependendo da espécie, as novas raízes já estarão bem formadas e o alporque poderá ser cortado, logo abaixo das raízes e replantado em um vaso. As raízes nesta fase, são muito finas e delicadas e ao se retirar o plástico, o pequeno torrão deve ser preservado. Após o plantio em vasos, as mudas assim formadas devem permanecer em estufa úmida até o completo enraizamento, antes do plantio no local definitivo.

Passo à passo

1 – Com uma faca ou canivete afiado, faça dois cortes logo abaixo da última folha do tronco ou ramo escolhido. Retire a casca entre os cortes, tomando o cuidado de não danificar a parte interna do caule;

2 – Logo em seguida, pincele a parte que foi descascada com um pouco de pó de hormônio enraizador (encontrado em lojas especializadas);

3 – Prepare um pouco de esfagno ou substrato de coco que retenha a umidade bem, colocando-o na água e, depois, espremendo-o bem para retirar o excesso de água;

4 – Amarre um plástico ao redor do caule, logo abaixo do corte, formando uma espécie de saco;

5 – Encha o saquinho plástico com o esfagno umedecido, apertando-o bem ao redor do corte, de forma que fique totalmente coberto;

6 – Feche o saquinho, amarrando-o com um barbante ao redor do caule. Para garantir a umidade interna, vede as extremidades amarradas com fita isolante impermeável;

7 – Coloque o vaso sobre um prato com pedrinhas e água, mantendo-o num ambiente quente e úmido. Após algumas semanas, as raízes começarão a surgir através do esfagno. Retire o plástico e corte o caule logo abaixo da bola de esfagno, usando uma tesoura de poda e fazendo um corte horizontal;

8 – Prepare um novo vaso com uma mistura de solo adubado e plante a nova muda imediatamente. Mantenha o esfagno no local, para não danificar as novas raízes. Regue em seguida.

Neste método, o pedaço de um ramo é envolvido por terra ou musgo em um pedaço de plástico ou pano umedecido. Após algum tempo, formam-se as raízes, e o ramo pode ser destacado para ser plantado. Para que o método seja efetivo é necessário interromper o fluxo descendente da seiva, mediante retirada prévia de um anel da casca da planta ( anel de Malpighi ) ou colocando um anel de arame metálico no local desejado para as futuras raízes ( vulgarmente chamado de ” forca”). O processo pode ser acelerado com a ajuda de pó enraizador.

samambaia
O sistema de reprodução das samambaias é muito peculiar e diferente da maioria das plantas, já que elas se multiplicam por esporos.
Mas existe uma técnica alternativa e bem simples para reproduzir essa espécie: o processo vegetativo. Veja como, seguindo estes passos.

Material necessário:

Planta mãe         1
Faca                    1
Vaso                    1
Terra preta                   quantidade necessária
Casca de pinheiro         quantidade necessária

1 – Retire cuidadosamente a planta mãe do vaso, tomando cuidando para não quebrar o torrão. O inverno é a época mais indicada para aplicar esta técnica.

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2 – Coloque a samambaia sobre uma superfície plana. Corte com uma faca bem afiada uma porção da planta incluindo folhas, caules e raízes, como se fosse um pedaço de bolo.

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3 – Coloque a planta mãe de volta no vaso e complete com terra preta o espaço antes ocupado pela parte retirada.

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4 – Coloque a parte extraída em um novo vaso e complete com uma mistura de terra preta e casca de pinheiro.

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5 – Regue diariamente para manter a umidade do substrato. Com a chegada da primavera a nova planta entrará na etapa de crescimento e se desenvolverá como uma planta nova.

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Esta técnica pode ser aplicada para a maioria dos tipos de samambaia, mas não funciona para o caso do asplênio ou ninho-de-passarinho (Asplenium nidus).

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