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Posts para categoria ‘Técnicas de Propagação’

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São muito comuns as dúvidas sobre como lidar com a cápsula de sementes após seu amadurecimento (o tempo de maturação varia conforme a espécie). Isso porque a semeadura é um assunto que assusta. Mas as aparências enganam, o procedimento é simples e feitos com materiais baratos e fáceis de encontrar.

Qualquer pessoa pode reproduzir orquidáceas, basta ter um cantinho disponível em casa. É preciso acabar com o conceito generalizado de produzi-las em laboratório exige equipamentos sofisticados e de alto custo.

Vale a pena ressaltar que a higiene é determinante para o sucesso da técnica. É importante realizá-la em uma capela, que pode ser de papelão ou vidro, e desinfetar todo o material evitando a contaminação por vírus e fungos.

Para começar a semeadura caseira temos que partir de uma cápsula fechada (que deve estar madura para germinar). Pesquise sobre o tempo de maturação de sua orquídea e mão à obra.

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Antes de iniciar o processo, esterilize a capela, com uma solução desinfetante e use luvas de látex, avental e utensílios limpos. Também pulverize a solução desinfetante nas mãos revestidas pelas luvas.

Materiais necessários
Cápsulas de orquídeas;
Estilete;
Isqueiro;
Frasco com solução desinfetante (1/3 de água sanitária e 2/3 de água destilada);
Pulverizador manual;
Frasco de vidro com “salada de frutas” *;
Lamparina de álcool.

* Preparo da “salada de frutas”
Essa salada de frutas será o material de cultivo onde serão dispostas as sementes. A mistura será produzida com uma mistura de produtos orgânicos, ou seja, sem agrotóxicos.

Ingredientes
- 5 bananas-nanicas quase verdes e picadas com casca;
- 300 ml de água de coco-verde;
- milho-verde de 1 espiga;
- 1 colher (sopa) de açúcar orgânico ou biodinâmico;
- 1 colher (sobremesa) de pó de carvão vegetal.
Bata todos os ingredientes no luquidificador por dois minutos. Coloque porções (uma camada de dois dedos) nos frascos de vidro previamente lavados, desinfetados e escorridos. Feche-os com a tampa plástica resistente, vede-os com película PVC e esterelize-os em banho-maria por 30 min.
Deixe esfriar e inicie a semeadura.

Acenda a lamparina de álcool e mantenha-a acesa durante todo o processo, pois inibe a proliferação de micro-organismos.

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Com o estilete, corte as duas pontas da cápsula da orquídea.

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Faça um sulco em toda a sua extensão.

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Porém sem aprofundar muito para não atingir e danificar as sementes.

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Coloque apenas uma porção mínima de sementes no frasco de vidro com a salada de frutas

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Atente para que a quantidade de mudas seja compatível ao espaço da cultura.

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Mantenha o recipiente bem próximo da chama e passe sua tampa para flambar no fogo, eliminando qualquer possibilidade de contaminação. Finalize fehando o vidro com a tampa plástica.

Cole uma etiqueta no frasco com o nome da orquídea, semeadura e data do procedimento. Mantenha-o em local bem iluminado – com luz natural ou lâmpada fluorescente -, mas proteido do calor.

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Em poucos dias, as mudas começarão a brotar.

Como a semeadura com cápula fechada, produz um grande número de mudas, pode ser necessário fazer o repique, ou seja, passar uma parte das mudas para outro recipiente. Elas só serão retiradas definitivamente do frasco de vidro depois de um ano.

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ALPORQUIA
A alporquia constitui um dos métodos mais antigos para se multiplicar certos gêneros, em especial os que produzem caules e ramos rijos, mais lenhosos. Os primeiros na utilização dessa técnica foram, provavelmente, os chineses, pois tudo indica que há mais de 4000 anos já reproduziam exemplares por meio de alporques, com bastante êxito.
Pode-se fazer o alporque em ramos que tenham pelo menos 20 cm de comprimento. Em ramos mais compridos, pode-se fazer vários alporques, porém um de cada vez.
Faça um corte oblíquo até atingir a parte dura da planta, ou retire um anel completo de 2 cm de largura da casca, em torno do caule a enraizar;

Polvilhe hormônio enraizador (opcional)
Enrole uma tira de plástico transparente de forma a obter um saquinho, amarrando-o na base. Encha-o com esfagno ou coco desfibrado, ou mesmo terra escura e fofa. Umedeça o mesmo. Feche a outra extremidade do saquinho.
Depois de 1 a 2 meses (dependendo da planta), o corte terá enraizado. Corte o alporque com a muda e plante em vaso ou jardim, tornando o cuidado de retirar a embalagem plástica.

Plantas: Ficus, crótons, falsas-arálias.

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BULBOS
São caules subterrâneos que apresentam pequeno crescimento vertical, em virtude do pequeno número de nós e, principalmente pelo reduzido comprimento dos entrenós. Caracterizam-se pelo acúmulo de reservas e presençaa de “”prato”", que consiste no verdadeiro caule, e apresentam a forma de um cone bastante achatado.

Técnica
Após o florescimento, esperar que sequem as folhas naturalmente, então, recolher o bulbo juntamente com os novos bulbinhos que surgiram. Separá-los, secar bem e pulverizar com fungicida. Guardar em local fresco e seco, bem ventilado, em saco de papel ou tecido, caixa de madeira ou papelão. Nunca sacos plásticos. Replantar em época propícia. Ex. Palma-de-Santa-Rita.

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ESTACAS DE FOLHAS
Diversas plantas apresentam folhas com a característica de regenerarem plantas completas. Isto ocorre com begônia-rex, bromélias, gloxínia, violeta-africana e outras.

Técnica
Begônias – cortar uma folha inteira e sadia, seccionar as nervuras, colocar sobre uma caixa com 2/3 de areia e 1/3 de composto orgânico. Firmar com grampos ou pedrinhas e abrigar da luz direta do sol. Pulverizar com fungicida. Conservar a umidade, sem encharcar a areia (enraizamento em 5 ou 6 semanas)
Violeta-africana – destacar uma folha inteira, cortar 1/3 do pecíolo e enterrá-lo em substrato preparado. Depois de enraizada, (6 semanas) plantar uma muda em cada vaso.

ESTACAS DE RAÍZ
Algumas plantas apresentam raízes com habilidade de desenvolverem gemas adventícias. Assim é o ipê, o manacá e outras, quando têm suas raízes seccionadas, regeneram novas plantas.

Técnica
Tomar pedaços com 30-40 cm de comprimento, 8-10 cm de diâmetro, colocá-los horizontalmente no solo, e cobri-los com uma camada de terriço.

Processo no qual pequenas porções de hastes (caules), folhas ou raízes são postas sob condições que favorecem o enraizamento, no qual produzem raízes e hastes, formando nova planta.

ESTACAS DE CAULE
As estacas de caule de plantas lenhosas podem ser tomadas de diferentes regiões da planta, podendo ser classificadas quanto a consistência, em:
Herbáceas: tomadas das porções apicais dos cautas ainda em crescimento, em geral com folhas;
Semi-lenhosas: tomadas da região de meia-maturação;
Lenhosas: tomadas da região madura dos ramos ou caules;

Quanto ao preparo, podem ser classificadas em:
Simples: tomada de uma porção de caule, crescida na mesma estação. Ex.: azaléa, jasmim, crisântemo, hibisco, etc.
Com talão: tomada de uma porção de um ramo com pequeno pedaço (cortado ou lascado) do ramo que lhe deu origem. Ex.: buxo
Em cruzeta: tomada de modo semelhante à estaca com talão, porém com o pedaço basal do ramo de origem, maior.
De gema: composta por uma seção do ramo contendo apenas 1 gema, podendo ou não conter a folha que lhe é adjacente Ex.: hortênsia, camélia, calanchôes, fícus, peperômia.

Técnica
a) Cortar da planta-mãe, uma extremidade do caule ou ramo jovem e viçoso;
b) Deixar secar por algumas horas, se for suculenta como as cactáceas. No caso de estacas lactíferas, deixar escorrer na sombra por 3 dias;
c) Recobrir a extremidade cortada com hormônio enraizador e plantar em solo bem fofo (50% areia, 25% de terra vegetal, 25% de terra coletada de solo de campo;
d) Colocar a estaca no substrato da seguinte forma: inclinada, enterrando 1/3 se for tenra e 2/3 se for lenhosa.

Nenhuma folha deverá ser coberta ou ficar próxima do solo.

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MERGULHIA
A mergulhia é o método de propagação vegetativa que nos permite enraizar uma porção da planta, sem desligá-la da planta-mãe. Assim, durante o enraizamento, ocorre suprimento de reservas, de água e de hormônios pela planta-mãe, tornando o método mais efetivo.
Neste processo, um ramo de planta-matriz é forçado a passar por dentro do solo, mergulhado, deixando de fora a porção ligada à planta e a sua parte apical.
Pode ser utilizado em qualquer planta, desde que se tenha disponibilidade de ramos adequados. Ex.: caules de plantas flexíveis como trepadeiras e alguns arbustos como glicínia, madressilva e jasmim.

Técnica
Há muitas variações desta técnica, podendo o ramo ser mergulhado uma vez só (mergulhia simples), mais de uma vez (mergulhia contínua) ou somente a base (mergulhia de base ou de monte).
Fazer um corte inclinado, de 1 a 2,5 cm, num ramo jovem e flexível que esteja próximo ao solo;
Manter um corte aberto com uma pequena pedra pontuda ou com areia grossa;
Preparar uma mistura com vermiculita ou areia grossa e turfa em partes iguais e firmar o ramo nesse composto;
Utilizar pedaços de arame forte, curvados em forma de ganchos, com 25 a 30 cm de comprimento, para fixar os ramos;
Amarrar a extremidade do ramo num pedaço de bambu espetado no solo, verticalmente, a fim de conseguir um bom formato.

As raízes devem se formar dentro de 6 a 12 meses, quando os brotos podem ser removidos da planta-mãe e cultivados em local definitivo.
Fazendo-se cortes ou anelagem na porção mergulhada, pode-se facilitar o enraizamento.

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Pontos Fortes
O resultado é imediato. Aplica-se à maioria das plantas de interior.

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Como fazer
Comece por regar bem a planta a dividir uma a duas horas antes da tarefa.

Retire a planta do vaso, se tiver muitas raízes pode ter que fazer alguma força.

Comece por soltar a terra da parte inferior das raízes

Divida a planta com cuidado, com as mãos, até ao ponto em que as raízes se confundem.

Se as raízes forem muito duras, carnudas ou tantas que já estão muito embaraçadas, separe-as até onde puder e depois utilize uma forquilha (ou um garfo) ou uma faca para as separar.

Se necessário, corte as raízes maiores, mas tente deixar as pequenas.

Coloque as plantas divididas em vasos com terra nova de boa qualidade, regue, proteja-as do sol direto até que se adaptem.

Plantas que podem ser divididas
Fetos, marantas e familiares, como a cataleia, antúrios e aspidistras entre muitas outras.

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É praticamente impossível obter determinadas plantas a partir da semente. Um dos métodos que pode aplicar para reproduzir as suas plantas preferidas é a estaquia.

A estaquia, ou “multiplicação por estacas”, é um método de reprodução assexuada de plantas, consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas que, plantados em meio úmido, se desenvolvem em novas plantas.

Como fazer
Comece por escolher recipientes suficientemente fundos, entre 10 e 15 cm, individuais ou não, mas tendo o cuidado de nunca tentar reproduzir variedades diferentes no mesmo vaso. Depois, tenha cuidado na escolha da terra. Um substrato leve, composto por húmus e areia, que deverá “apertar” ligeiramente antes de abrir os buracos para as estacas. Estes deverão ter no mínimo 5 cm de profundidade para facilitar o enraizamento, o que significa que o seu recipiente deve conter uma mistura de terra com pelo menos 7,5 cm.

Escolha uma planta adulta e saudável. Se os nós dos caules forem visíveis, tente cortar uma secção com pelo menos 4 nós. Se não forem, corte estacas com cerca de 15 cm. Pode também optar por um cortar um ramo novo, lateral, aproveitando assim para dar forma à planta original.

Para preparar a estaca para o enraizamento, retire todas as folhas em cerca de 1/3 do caule, deixando nua a parte inferior. Havendo nós, deverá deixar, por baixo do último, não mais de 5 mm. O corte, em qualquer situação, deverá ser limpo, não deixando feridas nem rasgos na estaca. Corte as pontas das folhas grandes, que consomem energia de que a estaca precisará para o enraizamento. Retire também todas as flores ou “botões” que possa haver.

Coloque as mudas nos recipientes de destino e aperte a terra em volta das mesmas. Quando todas estiveram mudadas, umedeça a terra e a estaca com a ajuda de um pulverizador. Procure deixá-las num lugar abrigado, com luz. mas sem sol direto. Se cobrir os vasos com um saco de plástico, pode utilizar suportes como canas ou outros para criar uma mini-estufa. Não feche completamente a parte inferior, permitindo a circulação de ar fresco que ajudará a reduzir problemas de manchas e bolores, mantendo no entanto, a umidade.

O tempo de enraizamento varia de espécie para espécie, mas não espere ver raízes antes de passados pelo menos 10 dias. Pode verificar como estão se comportando as suas estacas, levantando a terra por baixo da mesma com cuidado, com um garfo, por exemplo, ou no caso de recipientes individuais de plástico, apertando com cuidado e levantando todo o conteúdo.

Se tiver terra e espaço suficientes, pode deixar as suas estacas nesta terra até à mudança definitiva de local. Se não, aguarde que as raízes mais longas atinjam 1 cm e mude-as para novo recipiente contendo o mesmo tipo de terra para a qual as mudará mais tarde.

Dicas
Prepare as estacas de manhã, quando as plantas estão repletas de água. O caule por si só não vai conseguir absorver muita água nos próximos tempos. Se aparecerem rebentos, mas a umidade não for suficiente, acabarão por morrer.

Se pretende enraizar a sua estaca diretamente no local de destino, rodeie-a de pedras, por exemplo. e coloque por cima uma jarra ou um copo de vidro. Isto vai ajudá-la a conservar a umidade. Mas atenção, vidros com raios de sol diretos, podem assar a sua estaca.

Tome nota das datas em que preparou as estacas. Se o fizer em diferentes épocas do ano, obterá resultados diferentes. Se tomar nota, saberá sempre qual a melhor época para propagar cada uma das suas plantas.

Existe no mercado, um hormônio de enraizamento, em forma de pó, que poderá utilizar. Tenha sempre o cuidado de apenas de mergulhar no pó apenas metade da parte do caule que irá ficar enterrada e de deixar uma camada extremamente fina, sacudindo cuidadosamente os excessos.

Esta técnica é particularmente indicada para: Ásteres, campânulas, crisântemos, clematites, dálias, alfazemas, e gerânios entre outras inúmeras variedades.

Boa sorte !!

estações do ano