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Posts para categoria ‘Técnicas de Jardinagem’

transplantar
Quando você cultiva plantas em vaso, é importante saber que elas necessitam ser transplantadas de tempos em tempos. Plantas no jardim têm espaço e liberdade para crescer e encontram na terra os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Porém, as plantas em vasos se deparam com limitações que podem prejudicar o seu crescimento e, mesmo que o solo seja adubado regularmente, com o passar do tempo, ele empobrece  em nutrientes. Por isso, é fundamental fazer o transplante.

Florescimento escasso ou inexistente, raízes saindo por baixo do vaso ou aparecendo na superfície da terra e surgimento de folhas muito pequenas ou defeituosas são apenas alguns dos sinais da hora de trocar sua planta de lugar.

Veja como:
Materiais utilizados: Planta a ser transplantada; substrato para o cultivo de flores (saco grande); argila expandida; brita ou caco de telha; manta bidim; manta de drenagem ou areia; vaso; luva de borracha e regador.
1 – Regue a planta a ser transplantada na noite anterior ao transplante, para facilitar a retirada da flor do vaso. Se os vasos novos forem de cerâmica de barro, mergulhe-os num tanque cheio de água até que cessem as bolhas de ar. Isso além de limpá-los, evita a absorção da umidade na mistura de terrá a ser usada.
2 – Prepare a drenagem no vaso, colocando de 1 a 2 cm de argila expandida, cacos de telha de cerâmica ou pedras de construção (brita) no fundo do vaso e, por cima, a manta de bidim/manta de drenagem ou de 1 a 2 cm de areia.
3 – Coloque uma parte da mistura de substrato no fundo do vaso a ser utilizado e reserve.
4 – Afofe a terra da planta a ser transplantada superficialmente com uma faca ou pá. Para retirar uma planta de um vaso grande, passe a lâmina de uma faca longa entre o torrão de terra e o vaso. Quando perceber que o torrão está solto, puxe a planta delicadamente.
5 – Deposite a planta no vaso novo e termine de colocar a mistura de solo, que deve ser rica em nutrientes orgânicos, firmando bem a planta.
6 – Cuide para que a terra cubra bem as raízes sem encostar nas folhas inferiores.

Para evitar bolhas de ar e acomodar a terra, bata o vaso levemente sobre uma mesa e pressione a superfície com os dedos.

Pronto! Sua planta está devidamente replantada.

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Técnica de DendrocirurgiaTécnica de Dendrocirurgia

Dendrocirurgia é uma técnica que objetiva a recuperação de árvores, através da eliminação de tecidos necrosados, especialmente na região do tronco, com a posterior desinfecção através da utilização de fungicidas à base de cobre.

As cavidades resultantes, se amplas e profundas, são preenchidas com material de alvenaria com vistas a sustar a progressão da necrose e obter a cicatrização da lesão. Modernamente estão sendo experimentados materiais líquidos que têm a propriedade de se expandir no interior do tronco e preencher a cavidade, assumindo textura semelhante a de um isopor, que pode ser impermeabilizada e pintada com uma cor próxima da do fuste.

Este tratamento deve ser aplicado em casos muito especiais como: árvore considerada monumento histórico; árvore adulta de crescimento lento; espécies raras nativas ou exóticas.

Caso contrário, o replantio torna-se mais prático e econômico, já que estes tratamentos irão depender de muitos fatores que poderão desfavorecer o sucesso de sua aplicação, tornando incerta a aceitação da árvore aos tratamentos.

A prática deste tratamento requer pessoas habilitadas especialmente em práticas fitossanitárias para o emprego adequado de certos produtos químicos no combate de fungos apodrecedores, cupins, formigas e outros organismos aproveitadores de pequenas lesões presentes nas árvores.

Além disto, deve conhecer a capacidade de regeneração das espécies, idade da árvore, vitalidade ou vigor da espécie e grau de resistência da espécie aos ataques de fungos e insetos.

O diagnóstico em uma árvore pode ser feita da seguinte forma:
a) Observar se há galhos mortos, ou ponteiros secos, pode ser um sinal do ataque de brocas, cupins ou parasitas, como a erva-de-passarinho;

b) Examinar cuidadosamente o tronco principal, tentando detectar orifícios. Muitas vezes diminutos estes orifícios podem apresentar um pequeno rastro de serragem ou terra, denunciando brocas e cupins;

c) Verificar a possível existência de lesões superficiais de origem mecânica não cicatrizadas – podas mal feitas, mutilações, etc;

d) Examinar a possível existência de cavidades, tentando encontrar porções ocas sob a casca, ou por trás de grandes ferimentos. Esta região costuma apresentar madeira já bastante apodrecida, com sinais de colonização por insetos;

e) Verificar cuidadosamente, sobretudo o colo da árvore. As cavidades localizadas nessa região, tendem a ser fatais se não cuidadas a tempo;

f) Tentar detectar a presença de parasitas, como erva-de-passarinho, por exemplo. Mas lembre-se que samambaias, orquídeas e bromélias, entre outras plantas superiores, não são parasitas e sim epífitas, buscam apenas apoio;

g) Observar se há desfolhamento ou amarelecimento de porções da copa.

Sugestões de tratamentos
Para ferimentos superficiais:
Recortar a casca numa forma ovalada e eliminar os tecidos já comprometidos. A seguir esterilizar com calda bordalesa e aplicar um cicatrizante ao longo de toda a extensão da ferida. Existe um produto chamado “Mastique Dr. Moura Brasil”. Esses curativos devem ser refeitos periodicamente, até que se verifique a cicatrização com formação de calos.

Para ferimentos em grandes cavidades:
Fazer inicialmente uma raspagem, com remoção de todo o tecido apodrecido, até que seja encontrado tecido sadio. Em seguida desinfectar com pasta bordalesa, que é semelhante à calda, porém, mais concentrada. Depois, a cavidade deve ser preenchida com argamassa, feita com cimento colante.

Deve-se observar que o limite da obturação não deve exceder o limite interno da casca, para permitir o fechamento. E finalmente aplicar “Mastique Dr. Moura Brasil”, nas bordas da casca ferida, para auxiliar a cicatrização.

Para casos graves:
Quando uma árvore perde uma parte do tronco, seja exteriormente ou, na forma de uma grande cavidade, o que compromete sua sustentação. Nestes casos, é necessária a introdução de um núcleo mais rígido e apoio de sustentação.

Isso pode ser feito com a criação de escoras de concreto armado, mediante a instalação prévia de formas. Outro modo de se tratar o problema é a introdução de ferragens entrelaçadas no interior das cavidades.

Às vezes, forma-se sapatas ou fundações no solo, preenchidas com cimento, se o colo da planta estiver completamente oco.

Receitas caseiras
• Mastique: 200g de cera de abelha, 60g de breu, 25g de sebo de vaca. Derreta no fogo, mexendo com espátula. Conservar o vasilhame fechado ou em pequenos tabletes.

• Calda bordalesa: 100g de cal virgem e 100g de sulfato de cobre diluídos em 10 litros de água.

• Pasta bordalesa: 200g de cal virgem e 100g de sulfato de cobre. Dissolver a cal em 600mL de água e o sulfato em outros 600ml. A seguir, misturar as duas soluções.

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jardim

Preparar um jardim não é simplesmente plantar uma planta, a tarefa exige certos cuidados para que elas cresçam saudáveis e bonitas. Segue a seguir algumas informações básicas de como prepará-lo.

SOLO – É a parte superficial da crosta terrestre e tem sua origem na decomposição de rochas e minerais. Em relação às plantas, tem como função primordial fornecer nutrientes e servir de suporte às raízes.

TEXTURA – Diz respeito à distribuição das partículas que formam um solo (areia, silte e argila). De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:
- Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila,
- Solo de textura média: de 15 a 35% de argila,
- Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila.

Como determinar a textura do solo
- Solo argiloso: liso e pegajoso. O solo argiloso é formado de partículas minúsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e pegajoso. Embora difíceis de serem trabalhados, costumam ser bastante férteis.
- Solo arenoso: seco e solto. O solo arenoso seca rapidamente e não retém bem os nutrientes. Precisa de maior manutenção do que o argiloso, mas, inicialmente, é mais fácil de ser trabalhado.

NUTRIENTES – São os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos vitais. São divididos em macronutrientes e micronutrientes.
- Macronutrientes
São aqueles requeridos em grandes quantidades: C-carbono, H-hidrogênio, O-oxigênio; N-nitrogênio; P-fósforo; K-potássio; Ca-cálcio; Mg-magnésio e S-enxofre.

- Micronutrientes
São aqueles requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro; Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-manganês; B-boro; Mo-molibdênio e Co-cobalto.

- pH do solo
Está relacionado com o índice de acidez, variando segundo a escala abaixo:
0——————————-7———————————-14
pH ácido              pH neutro                   pH básico

Cada espécie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu desenvolvimento é ótimo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

CALAGEM – É uma prática de manejo da fertilidade do solo que consiste na aplicação de calcário, com o objetivo de eliminar ou minimizar os efeitos prejudiciais da acidez e fornecer cálcio e magnésio para as plantas.

Tipos calcário
- Calcíticos: possuem cálcio,
- Magnesianos: possuem magnésio,
- Dolomíticos: possuem cálcio e magnésio.

Época de calagem
A calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do plantio. Esse período é necessário para que a acidez do solo seja corrigida, deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas.
A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da análise química do mesmo, feitas em laboratório.
Aplicação de calcário: dependendo da área, pode-se fazer a aplicação do calcário manual ou mecânica. A distribuição manual é feita a lanço e deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possível. A distribuição mecânica é feita por distribuidora centrífuga à tração mecânica.
Incorporação do calcário: o calcário deve ser incorporado a uma profundidade de 15 a 20 cm. A incorporação deve ser uniforme para permitir boa eficiência do calcário. A incorporação pode ser feita por gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

ADUBAÇÂO – Consiste na incorporação de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes:

a) Fertilizantes ou adubos minerais simples: podem ser classificados em:
Nitrogenados: contêm nitrogênio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amônio, uréia, salitre do Chile e nitratos em geral.
Fosfatados: contêm fósforo(P), que atua no crescimento das raízes, crescimento das plantas, floração e frutificação. Ex.: superfosfato simples e superfosfato triplo.
Potássicos: contêm potássio(K), que atua na produção de flores, bem como na resistência da planta ao aparecimento de doenças. Ex.: cloreto de potássio, sulfato de potássio.

b) Fertilizantes ou adubos mistos: são aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potássio). São representados pela letra símbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), nas formulações percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10.
Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma líquida.

c) Fertilizantes ou adubos orgânicos: podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de sangue, tortas vegetais (soja, algodão, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e húmus de minhoca.

d) Composto orgânico: é formado pela decomposição de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roça, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e até mesmo cinza.

Preparo do composto orgânico
1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seção trapezoidal, intercalando uma camada de restos vegetais com uma fina camada de material inoculante (esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento variável, de acordo com a disponibilidade de material.

2. Manter o material sempre úmido, molhando-o pelo menos uma vez por semana.

3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.

4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estará curtido e transformado em matéria orgânica. O produto final deve ter a cor escura, ser rico em húmus, moldável quando apertado entre as mãos, cheiro de terra e temperatura baixa no interior do monte.
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Jardinagem

jardim

O solo
Se o solo escolhido for conhecido, ou seja, possui nutrientes necessários para as plantas, então não é preciso adubar. Se o solo for pobre em nutrientes deve ser feito uma adubação.
A adubação é dividida em dois tipos, a adubação química (quando é utilizado adubo industrializado que é constituído de nitrogênio, fósforo e potássio, o chamado NPK) e a orgânica (quando é usado resíduos animais, como por exemplo fezes de bovinos, ou vegetais, os quais contêm nitrogênio).

As vantagens e desvantagens das duas adubações é que a adubação orgânica tem como resultado caracteres físicos que a química não pode oferecer, como por exemplo aumento da permeabilidade do solo e capacidade de absorção de água e redução da coesão do solo ou seja não empoça água e nem empedra. O problema é que os adubos orgânicos para suprirem as necessidades dos vegetais, precisam ser administrados em grandes quantidades, ao passo que os químicos como são concentrados, é utilizado uma quantidade muito menor.

Em um jardim residencial, pode-se usar os dois tipos de  adubação, se o solo for muito argiloso usa-se mais a adubação orgânica e se for mais arenoso, o recomendado é a adubação química. Os adubos nunca devem ser administrados diretamente na raiz, sempre coloca-se ao redor da planta para que ela absorva gradativamente.

Adubação química
Os adubos químicos podem ser adquiridos em floriculturas, casa agropecuárias e a quantidade a ser utilizada deve ser recomendada por um agrônomo, que determinará a fórmula e a quantidade adequada. Deve-se seguir a risca as recomendações do agrônomo, pois uma diminuição na dosagem pode não obter um resultado satisfatório e o excesso pode queimar a planta causando a morte. Nas casas especializadas, vende-se o adubo já preparado, sem que se tenha o trabalho de fazer o cálculo da quantidade de nutrientes.

Adubação orgânica
Pode-se conseguir um adubo orgânico em casa, usando-se restos orgânicos de animais e vegetais misturando-se três partes de restos vegetais para uma parte de restos animais revolvendo tudo e deixando descansar para fermentar.

Os restos vegetais podem ser folhas secas, palhas, papel, etc., e os orgânicos são os diversos estercos como os de galinha, bovinos, sangue, etc.

Depois de feito o monte, deixa-se fermentar por uns quinze dias mantendo sempre úmida e não encharcada revolvendo o monte uma vez a cada quatro dias mais ou menos, colocando as partes internas do monte por cima para que a fermentação fique por igual. Se o monte ficar em lugares muito abertos onde venta muito e pode pegar chuva, coloca-se um plástico para evitar o ressecamento ou o encharcamento.

Depois a cada quinze dias, revolver o monte uma vez até completar noventa dias, quando estará pronto para ser utilizado. O revolvimento do composto é importante pois promove a fermentação de forma aeróbica que desprende gás carbônico e repele as moscas, não havendo revolvimento, a fermentação se dá anaerobicamente o que vai provocar mau cheiro e moscas.

Solo
O solo apresenta potencial de hidrogênio, ou seja, pH, e varia de 0 a 14. Se o pH for 7 ele é considerado neutro, abaixo de 7 é considerado ácido e acima é básico.

A maior parte dos solos do Brasil é ácido, variando o pH entre 5 e 5,5.  A correção é feita com adição de cálcio ou magnésio, esse processo chama-se calagem. A calagem deve ser feita 30 dias antes do plantio, sendo que o material mais usado é o calcário dolomítico. Pode-se usar também a cal virgem desde que aplicada nas dosagens corretas.

Para um solo alcalino, que pode provocar o enrolamento das margens das folhas ou queda das mesmas, ou também fazer com que o florescimento diminua, as raízes se desenvolvam mal etc., usa-se gesso residual ou sulfato de ferro para acertar o pH.

Alguns solos podem conter sal, impedindo a germinação das plantas, podem provocar queima das folhas ou matar a planta. Uma irrigação periódica pode ajudar na diluição desses sais.

Preparação do solo
Antes de se plantar é necessário revolver o solo a fim de descompactá-lo e deixá-lo solto para que as raízes desenvolvam-se adequadamente. Deve-se revolver o solo aproximadamente  a uma profundidade de 30 cm, passando posteriormente o ancinho para eliminar torrões maiores, pedras, galhos, etc.

Depois de pronto o solo, abrem-se as covas, o tamanho recomendado para o plantio de árvores é de 60 cm de largura por 60 cm de comprimento com 70 cm de profundidade.  Para arbustos o tamanho é de 40 cm de largura por 40 cm de comprimento e 50 cm de profundidade.

A terra retirada para fazer a cova, será usada para fazer a mistura que cobrirá a cova. Faz-se uma mistura da terra com adubo orgânico na proporção de duas partes de solo para cada parte de adubo orgânico. A essa mistura acrescenta-se o adubo químico constituído de fósforo e potássio, acrescenta-se também a mistura como outra opção, a torta de mamona que contêm os três nutrientes, porém em quantidades menores.

Mudas
A aquisição das mudas podem ser feitas em lojas especializadas e em viveiros, fique atento a doenças ou pragas que podem já estar nas mudas, procure não adquirir plantas com ramos quebrados, cascas rachadas, de aparência pouco viçosa ,etc.

Em relação as raízes, verifique se as mesmas ocupam o solo do vaso de modo denso e uniforme, se estiver enroladas nas paredes, indica que a planta já está há muito tempo no mesmo. Quando as mudas estiverem enroladas em estopa, verifique se está bem amarrada no torrão que deverá estar duro ao toque, pois se estiver mole e a estopa frouxa, é provável que as raízes estejam danificadas e a árvore pode não suportar o plantio.

Em relação ao tamanho da muda, é melhor escolher mudas de tamanho pequeno, se for muda de árvore escolha em torno de um metro de altura, pois oferecem menos problemas no transporte, o seu plantio é mais simples e a adaptação da planta ao solo é mais fácil.

Um outro cuidado a ser tomado em relação as mudas, é o de se retirar as mudas do seu recipiente atual que pode ser lata, saco plástico,etc. e mergulhar em água por aproximadamente 5 minutos. Esse procedimento é importante porque os torrões chegam ressequidos pela demora no transporte ou pelo calor e, se as mudas forem colocadas nas covas, mesmo regando logo após o plantio, a água escorrerá pelos torrões e só um tempo depois é que vai absorver a água. Pode ocorrer a morte da muda simplesmente pela falta de água, não adiantando em nada as regas.

Algumas mudas podem ser adquiridas com suas raízes expostas, chamadas de raízes nuas, como por exemplo, o castanheiro, pessegueiro, uva, ameixeira, nectarina, macieira, etc. Nesse estado é importante manter sempre úmida até que seja feito o plantio, podemos envolver as raízes com panos ou deixá-las em um recipiente com água.

A melhor época para se fazer plantio é a época das chuvas, de preferência em dias sem sol, antes ou depois de uma chuva, ou ao entardecer. Não esqueça que deve-se retira a muda do seu recipiente atual, como por exemplo sacos plásticos, latas,etc.

Para começar o plantio, deve-se colocar uma mistura de tal modo que seja suficiente para que o nível do torrão seja o mesmo do terreno, evitando o sufocamento do caule. Para o preenchimento das covas, a cada 20 cm, é preciso irrigar para que a terra assente no fundo, evitando bolsas de ar.

Após o plantio, devemos fazer uma coroa em volta da muda que deve ser aproximadamente um pouco mais larga que a copa da muda com uma profundidade de 5 cm . Aplica-se então um adubo nitrogenado de cobertura, que pode ser o salitre do Chile ou o sulfato de amônia na proporção de  40g por cova para arbustos e 100g por cova para árvores, não colocar o adubo junto aos caules, pois podem queimá-los.

Pragas mais comuns
As pragas mais comuns que encontramos em um jardim são, as cochonilhas, os pulgões, os trips, os ácaros,as formigas, as lagartas, gafanhotos e grilos.

As cochonilhas são insetos da ordem Homóptera, e se fixam na parte inferior das folhas e de galhos novos, formando colônias esbranquiçadas, chamadas de cochonilhas de escamas. Existem também as cochonilhas cabeças de prego, cuja cor vai do castanho ao amarelo ou branco, medem aproximadamente 5 mm, são recobertas por uma camada de cera que as protege da água e contra inseticidas. Pode-se combater as cochonilhas pulverizando a cada quinze dias, com um inseticida fosforado não sistêmico misturado a um óleo emulsionável, que recobre as carapaças e asfixia as cochonilhas.

Sugam a seiva da planta fazendo com que o crescimento estacione, excretam um líquido adocicado que faz com que os caules e a folhas fiquem pegajosos.

Os pulgões pertencem a ordem Homoptera também, são insetos com forma de pêra medindo cerca de  3mm, sugam a seiva das folhas e flores, que ficam encrespadas, brilhantes e pegajosas, pois do mesmo modo que as cochonilhas, eles excretam uma substância adocicada. Quando o ataque dos pulgões é intenso, podem provocar um bolor preto que chamamos de fuligem. Para sua eliminação podemos esmagá-los com as mãos ou lavar a planta com água e sabão, ou usar qualquer inseticida fosforado.

Os trips ou lacerdinhas, são insetos muito pequenos, que causam mal as plantas e podem também causar irritação na pele de pessoas e ardência nos olhos. As folhas ficam pálidas, quase prateadas, e há formação de manchas pretas. O controle é feito pela queima dos ramos atacados e através de inseticidas organofosforados.

Os ácaros são aracnídeos muito pequenos, formam teiazinhas na face inferior das folhas, o que podem causar sua queda e tornar o caule torto e escuro. Combate-se o ácaro com um acaricida e isolamento da planta para que não haja infestação das demais.

As formigas (ordem Hymenoptera), gafanhotos e grilos(ordem Orthoptera), são as pragas mais vorazes para plantações em geral, podem acabar com um jardim em pouco tempo, em lavouras causam muito prejuízos. As formigas podem ser combatidas com iscas que são carregadas pelas formigas para dentro do formigueiro matando toda a casta, se não for muito grande. As lagartas, gafanhotos e grilos são eliminados através de inseticidas piretróides.

Algumas doenças
Existem três doenças mais comuns que ocorrem nas plantas que são a murcha, o tombamento, e a orelha de pau. A murcha é causada por uma praga chamada nematóide, que causa o murchamento repentino de todas as folhas da planta, as raies se deformam e apodrecem. O tombamento é causado, por exemplo, por fungos produzidos em excesso por umidade excessiva. As plantas tombam e morrem  devido ao apodrecimento dos seus caules.
A orelha de pau é resultado de podas mal feitas, onde a orelha de pau se desenvolve em troncos mortos e depois passa para os sãos corroendo seu lenho fazendo com que a planta caia de uma hora para outra.

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