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Posts para categoria ‘Pragas e Doenças’

camelia

Bonitas e frágeis, as Camélias são o alvo preferido de fungos, bactérias e até vírus, mas seria possível mantê-las saudáveis?

O gênero Camellia compreende aproximadamente 200 espécies, sendo uma das mais conhecidas é a Camélia japonica. Esta planta pode ser muito sujeita a certos tipos de doenças. Mas só quando não recebe os cuidados adequados.
Dos cuidados, o mais decisivo, sem sombra de dúvida, é a acidez do solo, que costuma ser neutralizada pela água clorada usada nas regas. Portanto, uma vez por ano, seria conveniente incorporar ao solo, em volta da planta, cerca de 150 gr de sulfato de ferro ou sulfato de alumínio. E adicionalmente, sempre que possível, usar água amanhecida. Ou seja, deixar a vasilha descansar por uma noite, antes de regar.

Segue abaixo uma relação das doenças mais frequentes das Camélias e como livrá-las deste incômodo:

Mofo-cinzento – o principal sintoma desta doença é a queda prematura das flores, sem falar que os botões ficam deformados e não conseguem desabrochar.
Antes da flor cair, aparecem manchas acinzentadas escuras nas pétalas. No caule desenvolve-se um bolor esbranquiçado e salpicado de pequenas pintas negras. Como na maioria das doenças causadas por fungos, o mais adequado seria pulverizar toda a planta com fungicidas. No caso, a base de benomyl.

Virose – quando começam a surgir manchas e anéis amarelados nas folhas e flores da Camélia, é sinal de que ela está com algum tipo de virose. De qualquer forma, apesar do aspecto de apodrecimento que ela apresenta, não é muito difícil tratá-la. Basta eliminar as partes afetadas. Aliás, esta providência evita o contágio das outras plantas, já que os insetos como a cochonilha e o pulgão são eficientes transportadores destas adversidades.

Bacteriose – esta doença não chega a afetar as flores. Porém, as folhas são muito prejudicadas com manchas negras e arredondadas, que se transformam em podridão e caem em seguida. O tratamento mais adequado para esse tipo de moléstia, seria a eliminação das folhas infectadas, com a posterior pulverização de defensivos a base de cobre.

Antracnose – começa a se manifestar na Primavera com o surgimento de pontos negros nas folhas, que acabam por virar úlceras, E, portanto, é imprescindível que as camélias sejam tratadas logo que os primeiros sintomas aparecem. Assim, seria conveniente pulverizar toda a planta com fungicidas a base de benomyl ou mancozeb, que devem ser aplicados a cada 2 ou 3 dias.

Cancro dos ramos – as plantas mais velhas são as mais propícias a adquirir esta doença. Na casca dos ramos começam a aparecer áreas vermelho-escuras que incham. Logo em seguida, o galho se rompe expondo o tecido necrosado. E não é raro as folhas e galhos jovens começarem a amarelar e a secar.

Se a infecção já estiver muito avançada, toda a Camélia pode vir a morrer. Por isso, é indispensável efetuar o tratamento logo no princípio. O melhor seria pulverizar fungicida a base de cobre, com as áreas mais afetadas pela doença já retiradas da planta. A propósito, essas partes eliminadas devem ser queimadas, para que novos contágios sejam evitados.

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As plantas de jardim interno, por estarem confinadas em ambiente restrito e quase isoladas do exterior, requerem uma severa vigilância para debelar no início qualquer ataque de pragas ou doenças, as quais, proliferando rapidamente, em âmbito limitado, podem causar estragos desastrosos em curto espaço de tempo.

Geralmente os maiores problemas relacionam-se à infestação por fungos, propiciada pela umidade atmosférica elevada. Os fungos, quando não eliminados em tempo hábil, enfraquecem as plantas e, exaurindo-lhes as defesas, facilitam a instalação de outras doenças que podem ser fatais. Cumpre, portanto ao primeiro sinal de fungo, proceder-se à pulverização de fungicida eficiente, repetindo-se a dose até que seja sanado definitivamente o problema.

Pragas como as cochonilhas, pulgões ou lagartas também devem ser combatidas e eliminadas com presteza; utilizando-se para isso desde a catação manual até, em caso extremo, o emprego de inseticidas adequados a cada caso. Entretanto, o uso de tais produtos apresenta alto risco de intoxicação das pessoas, perdurando esses riscos mesmo decorridos alguns dias de sua aplicação. Fica pois o alerta: o ser humano pode ser o alvo mais direto desses produtos agrotóxicos que eliminando ou não os insetos e pragas, chegam a levar o homem à morte por choque anafilático.

Existem métodos atóxicos para o homem e animais domésticos, sendo preferível a sua utilização quando se deseja eliminar pragas e doenças, apesar dos efeitos mais lentos.
Quando as condições oferecidas às plantas de um jardim interno forem adequadas e bem próximas das ideais, dificilmente ocorrerão o ataque de pragas e doenças ou a infestação por fungos.

A seguir, adicionando informações sobre os jardins internos, organizamos uma tabela que determina a seleção relativa das espécies de plantas adequadas e suas exigências em índices de luminosidade. Seu uso facilita ao paisagista agir com maiores possibilidades de acerto no planejamento do projeto, resultando em perfeito desenvolvimento e êxito na obra concluída.

Relação de algumas das plantas adequadas para Jardim Interno – pleno sol

Nome popular Nome científico
Acalifa Acalypha spp
Agapanto Agapanthus orientalis
Agave Agave spp.
Bananeira de jardim Musa zebrina
Bananeira do mato Heliconia spp
Calanchoe Kalanchoe spp
Camarão Pachystachys lútea
Capim dos pampas Cortadeira selloana
Coleo Coleus spp
Cróton Codiaeum vagiegatum
Dracena Dracaena spp
Exória Ixora coccínea
Filodendro Philodendron spp
Fórmio Phormium spp
Onze horas Lampranths spp.

Relação de algumas das plantas adequadas para Jardim Interno – meia sombra

Nome popular Nome científico
Afalandra Aphelandra squarrosa
Amor perfeito Viola tricolor
Antúrio Anthurium andreanum
Azálea Rhododendron simsii
Begônia Begônia spp.
Brinco de princesa Fuchsia spp.
Clívia Clívia miniata
Columéia Columnea spp
Comigo ninguém pode Dieffenbachia spp
Cróton Codiaeum variegatum
Dinheiro em penca Muehlenbeckia complexa
Dracena Dracaena spp
Ixora coccínea Exória
Filodendro Philodendron spp
Flor de cera Hoya carnosa
Fórmio Phormium tenax spp
Impatiens Impatiens spp
Jibóia Scindapsus aureus
Miosote Myosotis sylvatica
Moréia Morea spp
Peperômia Peperômia spp
Petúnia Petúnia hybrida
Prímula Prímula spp
Ráfia Rhapis excelsa
Samambaia Nephrolepis spp
Violeta Viota odorata
Violeta africana Saintpaulia ionantha

Relação de algumas das plantas adequadas para Jardim Interno – sombra

Nome popular Nome científico
Aglaonema Aglaonema spp
Avenca Adiantum spp
Brinco de princesa Fuschia spp
Bromélia Aechmae spp
Chamadorea Chamaedorea elegans
Comigo ninguém pode Dieffenbachia spp
Dracena Dracaena spp
Fitônia Fittonia spp
Filodendro Philodendron spp
Grama preta Ophiogon japonicus
Maranta Calathea spp
Peperômia Peperômia spp
Peléia Pilea spp
Prímula Prímula spp
Sheflera Sheflera arborícola
Singonio Syngonium spp

Relação de algumas das plantas adequadas para Jardim Interno – obscuridade

Nome popular Nome científico
Avenca Adiantum spp
Grama preta Ophiogon japonicus
Maranta Calathea spp
Rafiodofora Raphidophora decursiva
Singonio Singonium spp
Tradescância Tradescantia spp

ferrugem

Nome Popular: Ferrugem, ferrugem-da-folha, ferrugem-do-colmo, ferrugem-amarela, ferrugem branca, ferrugem asiática, ferrugem polisora
Nome Científico: Hemileia vastatrix, Puccinia horiana, Phakopsora pachyrhizi, Physopella zea, Puccinia coronata, Puccinia cymbopogonis, Puccinia graminis, Puccinia melanocephala, Puccinea polysora,Puccinia recondita, Puccinia sorghi, Sphenospora kevorkianii, Tranzschelia discolor, Uredo behnickiana
Classe: Urediniomycetes
Filo: Basidiomycota
Reino: Fungi
Partes Afetadas: Folhas, caules, flores e colmos.
Sintomas: Lesões de coloração amarela a vermelha e em alguns casos branca, de formato arredondado a oblongo. Presença de esporos pulverulentos semelhantes à ferrugem.

Muitas espécies de plantas são atacadas pela doença mais conhecida como ferrugem, mas embora o nome seja o mesmo, muitas vezes o agente causador da ferrugem não é o mesmo em se tratando de plantas distintas. Por exemplo, a ferrugem branca do crisântemo é causada pelo fungo Puccinia horiana e a ferrugem das orquídeas pelo Sphenospora kevorkianii.

Entre as grandes culturas alimentícias destaca-se a ferrugem-do-colmo do trigo, causada por Puccinia graminis, e a ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, entretanto existem outras espécies de fungos que causam ferrugens em café, roseira, milho, capim-limão, pessegueiro, goiabeira, macieira e jabuticabeira, entre tantos outros. As ferrugens são assim denominadas devido à lesão com massa de esporos pulverulenta de coloração amarela a avermelhada.

Os esporos são estruturas de dispersão dos fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos sendo que, para haver nova infecção, basta que um único esporo germine em condições ideais de temperatura e umidade. No entanto a viabilidade germinativa dos esporos é restrita e nem todos os produzidos acabam por gerar novas infecções. O principal mecanismo de dispersão dos esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares de quilômetros. As ferrugens geralmente se beneficiam de climas amenos, com temperaturas moderadas e alta precipitação. Observa-se maiores incidências em anos chuvosos e propensos a formação de orvalho sobre as folhas. Estes fatores se relacionam com a necessidade de haver molhamento das folhas para que o esporo germine. Por isso, irrigação mal manejada pode favorecer aparecimento de ferrugem, o ideal é irrigar o solo ou substrato e evitar molhar em demasia as folhas, principalmente se há histórico da doença no local.

Os danos causados às plantas são irreparáveis partindo do ponto de que os tecidos vegetais afetados não têm capacidade regenerativa. Em ornamentais o ideal é destruir as plantas atacadas para evitar que outras plantas sejam afetadas. Em grandes culturas, o uso de fungicidas pode minimizar o impacto negativo sobre a produção que é o objetivo dos cultivos. Infelizmente, não existem produtos fungicidas curativos, apenas preventivos, por isso as doenças são um sério problema.Existe uma receita de fungicida caseiro fácil de preparar e muito utilizada na agricultura, trata-se da Calda Bordalesa.

Consiste na mistura de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e água. Esta calda tem eficácia comprovada sobre muitas espécies de fungos e bactérias em muitas plantas, sejam ornamentais, frutíferas, produtoras de grãos ou hortaliças. As aplicações devem ser feitas preventivamente, como a Calda Bordalesa age por contato, após alguns dias ou após uma chuva de média intensidade, deve ser feita nova aplicação. Não aplicar diretamente sobre todas as plantas, deve-se testar em poucas folhas e averiguar se não há toxidez, pode diluir ou concentrar a calda caso necessário. Vale ressaltar que a sanidade das plantas deve sempre ser averiguada no momento da compra, muitas doenças são transmitidas via substrato contaminado ou plantas doentes. Portanto, muito cuidado na hora de comprar, certamente este é o melhor método de prevenção não só da ferrugem, mas de outras doenças.

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Phyllocnistis_unipunctella_2

Nome Popular: Lagarta-minadora, minadora, minador, larva-minadora
Ordem: Lepidoptera
Nas plantas ataca as brotações, tecidos tenros e folhas verdes causando enfraquecimento, formação de galerias em folhas e brotações novas.

A lagarta-minadora é um tipo muito peculiar de inseto, pelo menos em se tratando de sua forma de atacar as plantas. É chamada de minadora porque em sua fase larval se desenvolve-se sob a primeira camada de tecido foliar, formando galerias por onde passa. Os gêneros mais comuns infestando as plantas são Phyllocnistis e Liriomyza. Essa praga ataca brotações e folhas de diversas plantas como: tomateiro, citros diversos, couve e muitas espécies de plantas ornamentais.

adulto da larva minadora
O inseto adulto é bem conhecido, trata-se de uma pequena mariposa de no máximo 1 cm de comprimento que coloca os ovos sobre as folhas das plantas e, quando esses eclodem, a lagarta penetra e alimenta-se de tecido vegetal. Esse ciclo leva de 8 a 20 dias para completar-se, fazendo com que a infestação cresça rapidamente.
Além do dano causado por si, a minadora ainda facilita a entrada de microorganismos que causam doenças nas plantas como fungos e bactérias. Ocorre durante o ano todo, principalmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. A irrigação derruba os ovos e as larvas que não penetraram nas folhas ou ramos, o que pode diminuir a incidência da praga. Em condições naturais, a praga é controlada por parasitóides dos gêneros Diglyphus, Chrysocharis e Halticoptera e por predadores de pupas como as formigas.

O controle químico é o mais usado, porém, tem efeito satisfatório apenas nos adultos ou em larvas recém eclodidas, nas lagartas que estão minando, o tecido vegetal acaba por proteger a minadora. Arrancar folhas com a praga e destruí-las também é importante para controlar a população.

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