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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

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Há vários modos de se propagar plantas carnívoras:
* por sementes (reprodução sexuada): algumas plantas necessitam ser polinizadas, outras polinizam-se sozinhas; colha as sementes quando a haste floral e a flor ficarem bem secas (isto é, quando o fruto estiver formado); para alguns gêneros, semeie logo após colhidas, outros (como
Sarracenia) necessitam de um período de alta umidade e baixas temperaturas (chamado de “estratificação”) para simular o inverno; para semear, jogue as sementes sobre um substrato úmido e forneça bastante luz e umidade.

* por folhas: retire uma folha saudável da planta (junto com o máximo de pecíolo possível) e deixe-a sobre um substrato úmido, novas mudas devem brotar após algum tempo (aplica-se à algumas espécies de Drosera, de Genlisea e a Dionaea).).

* por armadilhas: o mesmo procedimento para cortes de folhas, acima descrito (aplica-se à algumas poucas espécies de Genlisea).

* por raízes: retire um pedaço das raízes e siga o mesmo procedimento para as folhas (aplica-se à algumas espécies do gênero Drosera).

* por estacas: corte um pedaço do caule contendo duas folhas, corte 1/3 das folhas; forneça água e umidade até que se formem novas raízes (aplica-se às Nephentes).

* por divisão: divida o rizoma (aplica-se à espécies dos gêneros Sarracenia e Heliamphora) ou a planta inteira (aplica-se à algumas espécies de Drosera e Pinguicula) em duas partes.

* por brotos laterais: retire brotos laterais da planta mãe e plante-os em separado (aplica-se somente às bromélias, no caso, Brocchinia e Catopsis).

Note que nem todos os métodos funcionam para todas as espécies (há, por exemplo, espécies que podem ser propagadas apenas por sementes). Alguns têm alta taxa de sucesso, outros, muito baixa. Em geral, os métodos de reprodução assexuada resultam em uma planta adulta em bem menos tempo que se propagada por sementes.

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Nos cuidados específicos das principais carnívoras, é importante antes, falarmos sobre o substrato usado para o cultivo.
O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (ácido). A exceção fica por conta de algumas espécies de Pinguicula, que necessitam de pH alto. Não há exatamente um consenso entre os cultivadores no que diz respeito ao substrato que deve ser usado.

Alguns utilizam a mistura de pó de fibra de coco e musgo (do gênero Sphagnum) em partes iguais; outros preferem uma mistura de: pó de de fibra de coco, musgo e areia em partes iguais.
Para eles, a areia melhora a drenagem do solo, tornando-o mais próximo do tipo de solo do habitat natural de algumas carnívoras.

A areia deve ser de rio e não do mar (pois contêm muitos sais, prejudiciais a estas plantas). Esta areia deve ser bem lavada, até que a água escorra de cor clara. Com o passar do tempo (em média 2 a 3 anos), o musgo se decompõe, sendo necessário replantar a carnívora em um novo substrato.

Tanto o pó de fibra e coco como o musgo são ser encontrados em lojas de produtos para jardinagem.

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Dionéia:
Necessita de muita luz, calor e umidade. O ideal é mantê-la em um local onde receba um pouco de sol direto por dia. Recomenda-se manter o substrato sempre úmido, regando duas vezes ao dia ou mantendo o vaso em um pratinho com água (sempre sem cloro). Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: Retirar mudas laterais que se formam com o tempo e plantar em outro vaso. Outro método simples é retirar uma folha saudável, sem a parte da “boca”, e deixá-la deitada em um vaso com a mistura descrita acima. Mantenha num local sem luz direta, com o substrato sempre úmido até surgirem novas mudinhas. A multiplicação por sementes e por meristema são métodos bem mais complicados para serem realizados em casa.

Drosera
Droseras:
Conhecidas popularmente como droseras, elas possuem um líquido parecido com cola que cobre suas folhas e atrai os insetos pelo do seu odor. Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias, resumindo-se em muita luz, calor e umidade. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: As droseras se multiplicam com muita facilidade por meio de sementes que se soltam quase o ano todo. Só é necessário colocar as mudas novas em outros vasos preparados com o substrato.

sarracênia psittacina
Sarracênias:
Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias e droseras. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: As sarracênias multiplicam-se por meio da divisão de touceiras. A nova muda deve ser plantada num vaso pequeno preparado com o substrato.

Nepenthes alata x ventricosa
Nepenthes:
A Nepenthe é uma das poucas plantas carnívoras que se adapta à meia-sombra: gosta de local sem sol direto, mas com muita luminosidade. Recomenda-se regá-la de duas a três vezes por semana. Embora existam controvérsias, alguns cultivadores indicam uma adubação mensal com uma mistura de farinha de osso com torta de mamona.
Para obter novas mudas: A multiplicação é feita por meio de estacas: corte um pedaço de 15 cm da planta com 2 a 3 folhas. Espete 5 cm da estaca para dentro do substrato.

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Existem 3 requisitos para um local ideal para a suas plantas:
1 – Deve ser um lugar que bata sol.
2 – Que tenha umidade.
3 – Que não tenha muito vento.
Um lugar que costuma ter estas 3 coisas em todas as casas é na parte de dentro de uma janela.

A planta carnívora deve ser plantada em solo com poucos nutrientes. O ideal é usar uma mistura de pó de xaxim com musgo sphagnum seco. Caso você não encontre o pó de xaxim poderá ser usada fibra de coco, casca de pinus ou qualquer outro substrato para orquídeas. Se quiser você poderá plantar musgo sphagnum vivo em volta da planta para que este segure a umidade. O importante é nunca plantar em terra e nunca usar adubo.

A maioria das plantas carnívoras gostam de muita água. Deixe um pratinho com água em baixo do vaso ou regue todos os dias. Durante o inverno elas poderão receber um pouco menos de água. Utilize água sem cloro (para remover o cloro da água basta deixá-la em repouso por 48H). Se no substrato da sua planta já tiver musgo não é necessário usar o pratinho de água, pois o musgo ira reter toda a água necessária.
As plantas carnívoras não se alimentam de carne ou de insetos mortos por inseticidas. Para a sua alimentação utilize sempre qualquer tipo de insetos vivos como: moscas, formigas, vespas, besouros, joaninhas etc. As vezes elas podem capturar vertebrados como: lagartixas, sapos, ratos e até passarinhos, mas isso acontece acidentalmente.

O ideal é deixar a planta capturar sozinha o seu alimento, mas caso ela tenha dificuldade para capturar uma presa, você poderá dar uma ajudinha. Ao dar um inseto a planta procure deixá-lo meio atordoado (por exemplo, poderá colocar o inseto na água por um tempo até ele ficar meio tonto) para que este não fuja. No caso da Dionaea Muscipula, nunca coloque insetos em todas as armadilhas ao mesmo tempo, no máximo deixe 2 armadilhas fazendo a digestão e as outras livres.

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A planta prefere insetos e aracnídeos como: aranhas, moscas, lagartas, grilos, lesmas.
Se outras plantas podem se desenvolver com gases do ar e com a água do solo, por que a dionéia come insetos? Na realidade, as dionéias obtêm grande parte de seu sustento como as outras fazem, por meio do processo da fotossíntese.
Durante a fotossíntese, as plantas usam a energia do sol para impulsionar a reação que converte dióxido de carbono e água em açúcar e oxigênio. O açúcar produzido é então convertido em energia na forma de ATP, por meio do mesmo processo usado por outros organismos para processar carboidratos.
Entretanto, além de sintetizar glicose, as plantas também precisam produzir aminoácidos, vitaminas e outros componentes celulares para sobreviver.

Para fazer isso, elas precisam de nutrientes adicionais como:
nitrogênio - para sintetizar aminoácidos, ácidos nucléicos, proteínas
fósforo - como parte da molécula de transporte de energia a molécula ATP
magnésio - como fator coadjuvante que ajuda muitas enzimas a funcionar
enxofre - para compor alguns aminoácidos
cálcio - como enzima coadjuvante para compor as paredes das células das plantas
potássio - para regular a movimentação de água para dentro e fora da planta

Nos ambientes preferidos pela dionéia, o solo é acido e os minerais e outros nutrientes são escassos. A maioria das plantas não sobrevive nesse ambiente porque não consegue fabricar os blocos de construção de que necessitam para crescer.
A dionéia desenvolveu a capacidade de prosperar nesse nicho ecológico único encontrando um meio alternativo para obter nutrientes importantes como o nitrogênio. Criaturas vivas, como insetos, são uma boa fonte de nutrientes que faltam no solo, podendo também conter carboidratos, uma poderosa fonte de energia.

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