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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

Drosera Intermedia
Quando pensamos em plantas, só o que vem à nossa cabeça é a possibilidade delas conseguirem seus nutrientes pelas raízes (água e minerais) e também da fotossíntese. Isso confunde, quando, por exemplo, vemos uma planta que se alimenta de outros animais.

As chamadas plantas carnívoras ou, na sua maioria as plantas insetívoras, são plantas com a capacidade de atrair pequenos animais, incluindo insetos (principais presas), aracnídeos e até mesmo anfíbios, répteis e aves, capturar (através de armadilhas compostas por folhas modificadas), digerir (através de enzimas digestivas) e utilizar os nutrientes (principalmente compostos nitrogenados) de suas presas.

Habitam geralmente solos pobres, encharcados e ácidos (baixo pH) com pouca disponibilidade de nitratos (essenciais para a síntese da molécula de clorofila), dependendo assim do nitrogênio contido nas proteínas dos animais, mas, como todo vegetal, é dependente da energia proveniente da luz para sobreviver.

As plantas carnívoras ocorrem predominantemente na faixa tropical do planeta, ocorrendo grande biodiversidade nas Américas, Austrália e Sudeste Asiático. Um menor número de espécies ocorre no sul da Europa e da África, sendo que as mais bem adaptadas ao seu habitat de ocorrência são encontradas em locais inóspitos como o Alasca, Escandinávia e deserto australiano.

Plantas carnívoras
Como já foi dito acima, tais plantas capturam e se alimentam de insetos e outros animais, para conseguir energia, pois vivem em solos pobres em nitrogênio e a proteína da presa é essencial para produzir compostos essenciais que participam de diversas reações que mantém a planta viva, sendo um destes processos a fotossíntese.

Portanto, estas plantas realizam fotossíntese como tantas outras plantas. A captura é feita por folhas modificadas, mas ela ainda mantém células com cloroplastos. As únicas plantas que não fazem fotossíntese não tem a cor verde característica da clorofila e vivem parasitando outras plantas para sobreviver (Monotropa uniflora e cipó-chumbo).

Monotropa uniflora

Cipó-chumbo (Cuscuta Umbellata)-
Como funciona o mecanismo de captura?
Como existem diferentes famílias (Nepenthaceae, Sarraceniaceae, Droseraceae e Lentibulariaceae) que são as principais e outras com algumas espécies que têm este hábito, também existem diferentes mecanismos de captura. Estas folhas modificadas produzem químicos que atraem as presas e também apresentam estruturas pegajosas que capturam elas.

Algumas formam estruturas foliares em forma de poço onde o inseto ou outro animal não consegue sair ou como em algumas espécies que têm um mecanismo sensível ao toque que, através da perda de água, faz com que a folha se feche e pronto, adeus para o bichinho. Ele será digerido por enzimas que vão dissolver todo o material orgânico, disponibilizando as moléculas necessárias para a sobrevivência da planta.

O interessante é ver que vários tipos diferentes de plantas que não têm nenhuma relação de parentesco evolutivo apresentam tal hábito. Isto quer dizer que plantas insetívoras e/ou carnívoras apresentam uma evolução paralela, em que esta adaptação apareceu diversas vezes durante a história evolutiva. A isto chamamos convergência evolutiva.

As famílias

Nepenthaceae

Nepenthes sibuyanensis
É uma família de plantas carnívoras angiospérmicas (plantas com flor). O grupo é monotípico e conta apenas com um gênero, Nepenthes, que ocorre nos trópicos do Velho Mundo, nomeadamente no sul da China, Indonésia e Filipina, Austrália Índia e Nova Caledônia.

As plantas desta família possuem na ponta de suas folhas estruturas semelhantes a jarros, sendo na verdade continuações da própria folha modificadas, com as bordas do limbo unidas formando uma ânfora.

Sobre a abertura desta ânfora encontra-se uma estrutura semelhante a uma “tampa”, normalmente colorida, servindo de proteção estática para que a armadilha não se encharque. Isso faz com que apenas uma porção de líquido encontre-se em seu interior, e é neste líquido que insetos, aranhas e mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo – atraídos pelas cores e pelos odores segregados pelas glândulas situadas na base da tampa.

Uma vez dentro, uma parede cerosa e pêlos no interior da folha voltados para baixo evitam que esta possa ser escalada, e ali os animais são digeridos. Esta família possui os maiores espécimes de plantas carnívoras, e tem a forma de uma trepadeira (sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras).

Esta família possui algumas das maiores espécies de plantas carnívoras e tem a forma de uma trepadeira, sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras.

Sarraceniaceae
É uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor). O grupo compreende 15 espécies, classificadas em três gêneros de plantas carnívoras. As sarraceneáceas atraem as presas através do cheiro característico do seu néctar e aprisionam-nas dentro de folhas de formato tubular, cheias de água e enzimas digestivas (bactérias no caso de Darlingtonia).

Darlingtonia

Sarracenia

Heliamphora neblinae
Os gêneros Darlingtonia e Sarracenia são oriundos da América do Norte, enquanto que as espécies de Heliamphora são nativas da América do Sul.

As Sarraceneáceas crescem em solos pobres em nutrientes, de características ácidas, e usam os insetos capturados como suplemento nutricional. São plantas perenes, que crescem todos os anos a partir de um rizoma e que desaparecem durante o Inverno.

Esta família consiste de plantas carnívoras com folhas saindo de um rizoma subterrâneo, folhas estas unidas pelas bordas formando um comprido jarro, semelhante à família Nepenthaceae. São encontradas na sua maioria em climas temperados, e entram em um período de dormência nas épocas mais frias do ano.

Algumas espécies de aranhas-caranguejeiras podem viver em suas armadinhas para caçar suas presas, mas como apenas sugam os fluidos dos insetos, nem a planta nem a aranha saem prejudicadas.

Droseraceae
É uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor). A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída na classe Magnoliopsida (Dicotiledôneas): desenvolvem, portanto embriões com dois ou mais cotilédones.

As droseráceas são plantas carnívoras que se alimentam de uma forma singular, as plantas possuem gotículas de uma substância pegajosa em suas folhas e caule, de modo que se um inseto pousar nela, a planta se dobra na região em que o ser pousou e suga os seus corpos.

Drosera paleacea ssp

Dionaea

Aldrovanda vesiculosa
A família abriga os gêneros Drosera, Dionaea e Aldrovanda (Aldrovanda vesiculosa). As plantas do gênero Drosera, o único da família com mais de uma espécie, possuem tricomas glandulares (”tentáculos”) que recobrem principalmente suas folhas e que, ao secretarem uma substância pegajosa, atraem suas presas. Estas ficam aprisionadas nas armadilhas adesivas onde morrem e são lentamente digeridas, tendo os nutrientes de seus corpos absorvidos pela superfície das folhas. O gênero Dionaea é composto apenas pela espécie Dionaea muscipula, a popular “papa-moscas”.

Lentibulariaceae
É uma família composta por aproximadamente 340 espécies de plantas carnívoras, fragmentadas em 3 gêneros, Pinguicula, Genlisea e Utricularia, com ocorrência principalmente nas regiões tropicais e temperadas.

Pinguicula-esseriana

Genlisea flexuosa

Utricularia pubescens
Frequentemente são responsáveis por formarem grandes populações em áreas de brejo, sendo assim complementam a massa de matéria orgânica, nesses ambientes, indicando sua grande importância ecológica. No Brasil a família está representada pelos gêneros Genlisea e Utricularia. Destacamos o gênero Utricularia, com aproximadamente 220 espécies distribuídas por todo o mundo, exceto em regiões áridas e ilhas oceânicas, ocorrendo em sua grande maioria na  América do Sul..

Essa família apresenta tricomas do tipo glandular ou sésseis. Tricomas que são encontrados em toda a folha. As suas folhas são alternas ou verticiladas, ausência de estípulas. Possui inflorescências que são racemos terminais, as vezes resumidas em uma única flor.

Apresentam flores bissexuais, com cálice com quatro a cinco sépalas e corola bilabiada. A antera possui apenas um lóculo e o ovário sincárpico, com placentação central-livre e ínfero.

O gênero Pinguicula pertence à família Lentibulariaceae, mas possui estratégia parecida com as Droseras. Esta família também possui estratégias passivas e ativas. Em Utricularia, gênero de plantas basicamente aquáticas, a maior parte das folhas (senão todas) são submersas e extremamente modificadas em filamentos muito ramificados.

Em alguns pontos destes filamentos, encontram-se pequenas câmaras vazias, seladas por uma válvula e guarnecidas por pêlos. Larvas ou animais planctônicos, ao encostarem nestes pêlos, detonam um processo semelhante ao da Dionaea, abrindo a válvula e provocando uma súbita corrente de água para o interior das câmaras, carregando o animal consigo, onde ele será digerido.

Outras famílias
Além destas quatro famílias, há plantas carnívoras menos conhecidas em outras famílias:

Cephalotaceae Neger
Cephalotaceae
É uma família cuja única espécie é Cephalotus follicularis. Esta espécie possui uma elaborada, mas pequena, armadilha do tipo ânfora (uns poucos centímetros no máximo), e está restrita ao sudoeste da Austrália.

Drosophyllum lusitanicum

Drosophyllaceae
Essa família inclui o Drosophyllum lusitanicum, uma planta carnívora endêmica de Portugal, Espanha e norte de Marrocos.

Há também algumas espécies de Bromeliaceae, como a  Brocchinia reducta e Catopsis berteroniana, que são reconhecidamente plantas carnívoras.

Brocchinia reducta

Catopsis berteroniana

As Bromélias são monocotiledôneas, e como são naturalmente plantas coletoras de chuva pela forma de sua folhagem, e muitas espécies são epífitas e coletam detritos (Bromélia tanque), não é de se espantar que algumas tenham desenvolvido um hábito em direção à carnivoria ao adicionar cera, glândulas digestivas e pêlos voltados para baixo à sua estrutura.

Como a maioria das carnívoras, Cephalotus e Bromélias carnívoras são encontradas em regiões de solos pobres (ou com deficiência de nutrientes, como ocorre com as bromélias epífitas), alta luminosidade, muita umidade e incêndios naturais regulares ou outras perturbações do habitat. Elas realizam a fotossíntese, mas mesmo assim precisam se alimentarem de animais pequenos para suprir suas necessidades biológicas, esses insetos possuem nitrogênio, muito importante para a planta, e a fotossíntese fica responsável pelos açúcares.

Como a presa é atraída?
Na hora de atrair a presa, a planta carnívora se utiliza de um tipo muito particular de estratégia. O odor mais forte e a cor vibrante são elementos muito centrais nesse momento. Porém, quando se trata de um animal, não é suficiente apenas apostar na cor e cheiro. Assim, a planta carnívora se vale do próprio corpo. Como? Adequando sua folhagem para que esta se torne uma espécie de armadilha.

Em todo o mundo, há pesquisas que apontam para a existência de quase 600 espécies de plantas com esse padrão. A diversidade de armadilhas é bem ampla: há algumas folhas que se fecham, outras liberam substâncias e líquidos pegajosos que tornam a presa cativa. Há ainda as plantas que se revestem de pelos “colantes”.

Mais recentemente, a ciência catalogou uma espécie de carnívora que possui folha pegajosa abaixo do solo. Assim, consegue capturar germes. Chamada de Philcoxia minensis, pode ser observada no Cerrado brasileiro.

Philcoxia minensis
A Philcoxia minensis mostrou ser letal com os vermes. O gênero tem espécies em Minas Gerais, na Bahia e em Goiás, que também podem ser carnívoras. Ela esconde sob a areia minúsculas folhinhas grudentas que usa para capturar vermes

A planta carnívora, diferente do que é mostrado nos filmes, não é sempre gigantesca. A maioria delas possui média de 15 cm de altura. Em alguns casos, chegam a ter mais de metro. Como são menores, dão preferência às presas inseridas no universo dos insetos. Daí alguns pesquisadores até chamarem esse tipo de espécie de insectívora. As chamadas de Nepenthes são maiores e podem capturar animais de maior porte. Mas, não há condições de se alimentarem de pessoas.

folhasaovento

nephentes

A Planta-jarro é pertencente ao gênero Nepentes, originária da Ásia e Oceania. É uma planta carnívora pertencente à família Nepenthaceae.

Em sua grande maioria o gênero são trepadeira ou epífitas, cultivadas em todo mundo por colecionadores e que, ultimamente tem se popularizado ganhando os jardins comuns. São cerca de 100 espécies e são originárias de diferentes regiões tropicais do velho mundo.

Há, atualmente, centenas de híbridos com diversas e grandes variações nas cores, formas e tamanhos, para satisfazer todos os gostos.

As plantas podem ser divididas em dois grupos principais, as de terras altas, que crescem em regiões montanhosas e preferem noites frescas, e as de terras baixas, que apreciam muito o calor e a umidade. Os híbridos mais comuns são oriundos de espécies de terras baixas, por serem mais fáceis de cultivar.

As plantas jovens e as que não são trepadeiras formam delicadas rosetas, enquanto que as plantas trepadeiras podem desenvolver caules longos e lenhosos.

Suas folhas são grandes, elípticas na base (pecíolo laminar), mas em sua ponta se desenvolve uma fina haste, semelhante a uma gavinha, que termina em um curioso jarro bojudo e muitas vezes colorido. Este jarro, chamado de ascídio, nada mais é do que a folha modificada, de forma a criar uma inteligente armadilha para pegar insetos e pequenos vertebrados.

Armadilha e Digestão
São os “jarros” que atraem, capturam e digerem as presas. Seu tamanho varia de pequenos 4 cm até imensos 50 cm (de altura, sendo capaz de capturar presas maiores como sapos e pássaros (mas é muito incomum).
E são eles, “os jarros” a parte ornamental da planta, de diversos formatos e combinações de cores (cada planta forma dois tipos diferentes de “jarros”: os “inferiores”, destinados à capturar presas que escalam a planta, e os “superiores”, destinados a capturar presas voadoras) e os intermediários são os jarros que apresentam características dos inferiores e dos superiores, podendo os 3 estarem presentes num mesmo indivíduo.

A atração das presas se dá graças à glândulas de néctar presentes no interior dos “jarros” e pelas glândulas localizadas próximas à base do limbo, aliado às vivas cores destes. Tendo a presa entrado no “jarro”, ela dificilmente consegue manter o equilíbrio devido às células desta base que produzem uma substância cerosa que tornam a parede (onde o inseto pousa) escorregadia, levando o visitante ao fundo do ascídio (contendo grande quantidade de líquido digestivo, cuja produção é estimulada pelo movimento das patas da própria presa.

Tal processo de digestão ocorre em aproximadamente 48 horas.
Diante da incapacidade de absorção da carapaça quitinosa dos insetos, a Nepenthes tende a acumulá-las, determinando tempo vital do tubo coletor, uma vez que cheio, o mesmo murcha e se desfaz.

A floração das Nepenthes é bastante incerta quanto à época do ano, o que pode dificultar os trabalhos de polinização. A inflorescência surge em racemos ou panículas, com pequenas flores apétalas. Sabe-se que os sexos são separados (planta dióica), e é necessário que ambos os sexos floresçam ao mesmo tempo para que a fertilização possa ocorrer. A polinização pode ser realizada artificialmente por meio de um pequeno pincel. O fruto que se segue é um cápsula, deiscente, contendo numerosas sementes filiformes.

Cultivo
Por ser este um gênero com tantas espécies, nem todas obedecem às mesmas regras.
O que vale para todas, no entanto, é a necessidade de um alto teor de umidade, algo em torno de 75% ou mais (para que os “jarros” sejam formados).

Nunca coloque os vasos sobre pratos com água para aumentar a umidade, pois as raízes logo apodrecerão se tal for feito (o recomendado é deixá-las em vasos pendurados, para que o excesso de água escorra). Se possível, borrife-a com água várias vezes ao dia para manter a alta taxa de umidade.

As plantas-jarro são ideais para o cultivo em interiores, próximo à janelas bem iluminadas. Eles são graciosos e adicionam um certo exotismo oriental ao ambiente.

Plante-os sempre em vasos bonitos, mais largos que profundos. É cada vez mais frequente também o seu uso em jardins verticais, devido às condições de umidade e luz próprios destes jardins, que tornam um ambiente propício ao cultivo de Nepenthes.

Substrato
O ideal é que seja bem “arejado”, para tal, adicione uma boa porcentagem de misturas de vermiculita, isopor e menos areia, esfagno, turfa, perlita, casca de pinus, fibra de côco, carvão e pedras, com um pH final de 6, deixando o substrato menos.compactado.

Sol e Iluminação
Cada espécie requer um tipo de incidência solar; algumas podem ficar mais expostas ao sol ou em estufa e adquirindo um belo tom avermelhado desde as folhas até os ascidios, outras são exigentes quanto ao calor, preferindo mais sombra e luminosidade indireta aceitando o sol por apenas poucas horas do dia, sendo nas primeiras horas da manhã ou nas últimas horas da tarde.

Temperatura e Dormência
Quanto à temperatura, as espécies de pequenas altitudes (consideradas mais fáceis) devem ser submetidas à faixa de 21 a 29ºC; as de grandes altitudes, à faixa de 10 a 20ºC, para melhor desenvolvimento (ou, se não for possível fornecer baixas temperaturas de dia, pelo menos à noite tal exigência deve ser fornecida, já que temperaturas menores à noite são essenciais para essas plantas).
Tais plantas não passam exatamente por um período de dormência, mas o crescimento é retardado no inverno para os casos de plantas que preferem o clima mais quente ou no verão para aquelas que preferem o clima mais frios.

Troca do substrato ou replantio de mudas jovens
Ao replantar, tome cuidado para não danificar as raízes, pois estas são muito frágeis. Ele pode ser efetuado quando as plantas estiverem muito grandes para o vaso, ou quando nota-se que o substrato está esgotado. É normal as plantas se ressentirem um pouco após a operação. Prefira transplantar as plantas-jarro para vasos de barro ou cerâmica.

Propagação

A propagação pode ser realizada via sementes recém colhidas e semeadas em esfagno, sendo que as plantas de terra altas, apreciam temperaturas entre 10 e 21°C para germinar, enquanto que as de terras baixas, preferem temperaturas entre 25 e 27°C. Para cultivadores menos experientes é mais fácil propagá-las por estacas de ramos e folhas, além de alporquia.

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dionaea
A mosca penetra na sala, num dia ensolarado. Zumbe em círculos e, depois, pousa naquela planta estranha, cujas folhas possuem “dentes”. De repente, duas folhas, imóveis até então, fecham-se num movimento brusco, prendendo a mosca com seus “”dentes”" entrelaçados. A planta carnívora acabou de assegurar mais uma refeição.

Embora essa descrição assemelhe-se a uma história de ficção científica, trata- se de um acontecimento comum para quem cultiva uma espécie como a Dionaea muscipula, uma das muitas plantas que se alimentam de insetos. Um exemplar desses é, no mínimo, uma planta bastante curiosa para se ter em casa. De manutenção relativamente fácil, essas plantas fazem baixar a população de insetos que azucrinam a vida doméstica. Além de seus estranhos hábitos alimentares, muitas delas revelam-se bonitas, em especial quando florescem.

Como funcionam?
Essas incríveis criaturas desenvolveram-se através dos tempos, sobrevivendo em locais em que o solo sempre foi muito pobre em nutrientes, tais como pântanos e brejos. De maneira gradual, foram modificando suas formas a ponto de conseguirem atrair e aprisionar insetos, para complementar sua parca dieta.

Nem todas têm o mesmo funcionamento. A dionéia tornou-se uma das mais apreciadas por seu “desempenho” espetacular. Bem ao lado dos bordos das folhas, podem ser observadas, olhando-se bem de perto, cerdas sensíveis, que ao serem tocadas fazem acionar o mecanismo de fechamento da parte terminal das folhas, a qual se contrai bruscamente.

Os “”dentes”" dispostos ao longo dos bordos se entrecruzam e assim a presa não escapa. A planta então passa a secretar sucos que dissolvem o animal.

Se você quiser observar a armadilha em funcionamento, coloque um minúsculo pedaço de carne ou peixe numa das folhas inferiores. Isso agradará à planta, se houver escassez de insetos na casa. No entanto, essa guloseima só deve ser oferecida ao exemplar muito esporadicamente, pois há risco de prejudicar a planta por super-alimentação, pois cada folha só pode “engolir” cinco vezes, antes de morrer.

A Sarracenia não precisa se mexer para aprisionar um inseto. Ela produz um líquido cujo cheiro atrai o animal. Essas plantas apresentam uma pequena urna, em hastes de até 90 cm. No fundo das urnas encontra-se o líquido; quando o inseto rasteja dentro da peça, escorrega e cai no fundo. O líquido – uma espécie de suco digestivo – dissolve a presa para nutrir a planta.

A Drosera constitui outro gênero de planta carnívora, semelhante à Dionaea, mas que funciona de maneira diferente. Suas folhas recobrem-se de tentáculos que secretam uma substância pegajosa. Quando o inseto pousa na folha, fica logo preso e as folhas se enrolam, aprisionando o animal definitivamente.

Que aparência tem?
A Dionaea é pequena e compacta e pode ser cultivada por divisão do exemplar em várias mudas. Raramente exige um vaso com mais de 10 cm de diâmetro de boca, onde viceja por anos seguidos. Colore-se de verde-claro, mas, se for mantida sob clara luminosidade natural, adquire nuances avermelhadas. Apresenta florada branca, na primavera ou no começo do verão.

A Sarracenia assume colorido mais vivo e floresce na primavera ou no verão. O híbrido Sarracenia x catesbaei possui urnas rosadas e flores bem vermelhas, revelando-se uma planta de fácil cultivo em ambientes interiores. A espécie S. fiava tem longas hastes com urnas verde-claras contrastando com flores amarelas. A S. leucophila apresenta urnas altas e brancas (com veios verdes ou vermelhos) e flores vermelhas. A S. purpurea revela-se a menor de todas, com urnas pequenas e vermelhas e flores rosadas ou vermelhas. Apesar de o gênero apresentar plantas altas, não há necessidade de vasos com mais de 15 cm de diâmetro de boca.

Outra planta com as mesmas características, mas pertencente a outro gênero, é a Darlingtonia californica. Suas urnas verde-amareladas, com veios vermelhos e manchas brancas no topo, nascem na ponta de hastes com 60 cm, assumindo uma postura de uma cobra no bote. Em outubro ou novembro, surgem flores verde-claras com veios carmesins, dispostas em pedúnculos incomuns e arqueados.

A Drosera assemelha-se à anêmona-do-mar e revela-se de fácil cultivo. A Drosera binata tem folhas com reentrâncias e tentáculos bem vermelhos, contrastando com as flores brancas. A D. capensis diferencia-se por sua florada púrpura. Ambas as espécies atingem cerca de 15 cm de altura e florescem desde o começo até meados do verão.

BLUEBIRDS

São chamadas Plantas Daninhas, as plantas que concorrem com qualquer planta cultivada, ou aquela planta que cresce onde não é desejada, tais plantas competem em nutrientes, água e luminosidade com as plantas cultivadas, prejudicando o desenvolvimento e o manejo dos gramados.

As plantas daninhas são classificadas em:
Plantas de folhas redondas, nas quais se encontram as seguintes plantas:

Desmodium_incanum

Desmodium incanum, conhecida como Carrapixo ou Beiço-de-boi

Zornia_latifolia
Zornia ou Maconha-brava - Zornia latifólia,  planta de difícil controle em gramados.

soliva pterosperma

Roseta – soliva pterosperma – Planta rasteira e de desenvolvimento rápido

oxalis sp

Azedinha ou Falso Trevo – oxalis sp. – desenvolvimento por rizomas, e assim como a tiririca, a densidade da grama impede o desenvolvimento.

Plantas de folhas estreitas, grupo no qual estão:

Cyperus_rotundus
A Tiririca – Cyperus rotundus – Planta da família das ciperáceas, caracterizada pela formação de rizomas, que lhe dá a possibilidade do rebrote contínuo e se espalha pela área, causando grandes infestações. Para se desenvolver, essa planta necessita de uma boa incidência de luz, se o gramado estiver vedado, a tiririca não consegue se estabelecer.

Brachiaria

A Brachiária (Braquiária) – Planta de difícil controle em gramados, já que também é uma gramínea.

Controle
Para o controle cultural das plantas daninhas podem ser utilizadas técnicas que melhorem a capacidade de desenvolvimento do gramado, possibilitando que ele se adense, impedindo o desenvolvimento das plantas daninhas, com:

A Aeração do solo, utilizando substratos que possibilitem ao gramado um melhor desenvolvimento do sistema radicular,

A fertilização, colocando nutrientes que faltam, de acordo com análise do solo, juntamente com uma adubação à base de nitrogênio, dando condições de desenvolvimento satisfatório ao gramado.

Manutenção dos níveis de umidade do solo, sem o déficit hídrico a planta poderá desenvolver-se com maior vigor, isso inclui irrigar no período de seca, evitando que o gramado seque.

Para o Controle Manual das plantas, é necessário apenas paciência e animo, viável apenas em pequenas áreas, consiste em arrancar a planta daninha, e em caso de plantas com rizomas, arrancar também o rizoma, para impedir a rebrota.

Para o controle Químico das plantas, existem alguns herbicidas testados para o controle das plantas daninhas, no qual deve ser consultado um Técnico ou Agrônomo da EMATER ou de empresas que comercializam defensivos agrícolas.

Alguns herbicidas químicos seletivos eliminam as plantas por características biológicas de cada planta, e para um controle efetivo, o produto a ser aplicado, deverá ser escolhido de acordo com a infestação existente.

Para controle das ervas daninhas de folha redonda, podem ser utilizado herbicidas que contenha 2,4-D, ou outros comerciais a serem recomendados.

Para controle da Tiririca ou Brachiária em grama esmeralda, esmeraldinha e outras, utilizar o produto com princípio ativo chamado MSMA, o nome comercial e a dosagem será recomendada por um Técnico, para que o controle seja efetivo, a brachiária deve estar pequena, caso contrario não funciona.

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