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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

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Família: Pedaliaceae
Origem: Brasil, Austrália, EUA
Tipo Armadilha: Passivo
Dimensão: de 13 a 50cm
Temperatura: 15-30ºC (Verão) planta de verão
Substrato: 70% de terra para jardim e 30% areia
Luminosidade: Direta
Umidade: 50-70%
Dificuldade: Fácil, plantar ou semear na primavera como uma planta normal.

Esta planta vive em zonas semi desérticas, encontrando se perfeitamente adaptada a esses solos. Aproveita a pouca umidade do ar para sobreviver durante o verão. Sendo uma planta anual, as sementes voltam a fazer “renascer” a planta na primavera seguinte.

De um aspecto semelhante a um arbusto com folhas redondas de 10cm de diâmetro. As flores de 2 a 3cm, de um amarelo vivo com pontos avermelhados são muito decorativas.
Uma flor muito bonita sem dúvida. A planta produz um fruto com 5cm que dispõe de um “corno” retorcido com 10 cm, dai o nome de “unhas do diabo”.

Esta planta é uma infame caçadora de mosquitos.

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Como captura as presas
Esta planta é passiva na forma como captura os insetos. Atua como um vulgar papel “caça moscas” semelhante à byblis ou drosophylle. Os insetos ficando colados à planta ao simples contato. A planta está recoberta de pelos transparentes, finos e muito perto uns dos outros. Alguns segregam um muco, outros têm a função digestiva.

Não rege a planta em demasia, deixe o solo semi-seco ou mesmo seco. A planta retira do ar a umidade, pode por isso vaporizar se tal for necessário, ou pelo menos deixar secar entre as regas.

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drocera

As plantas carnívoras são frutos da evolução de certas espécies que buscaram uma forma de sobreviver nos solos pobres em nutrientes orgânicos. Essas plantas passaram a retirar do ambiente o complemento alimentar que a terra não lhes fornecia. As primeiras plantas carnívoras que surgiram na Terra desenvolveram métodos para aprisionar e digerir animais e, assim, utilizar suas proteínas – ricas em nitrogênio – como fonte de nutrientes.

Acredita-se que as plantas carnívoras evoluíram a partir de plantas que capturavam parasitas para se defender deles, como no caso do Plumbago. Os insetos ficavam presos nas glândulas colantes das folhas e, com o tempo, morriam e apodreciam. Daí, as novas carnívoras especializaram suas folhas, distribuindo glândulas colantes por toda sua extensão para melhor capturar as presas. O interessante é que elas evoluíram também para atrair as presas. Dessas folhas colantes, de ação passiva, evoluíram folhas de ação ativa, mais complexas, como as armadilhas da Dionaea (dionéia), os ascídios das Nepenthes e Sarracenia e até as esquisitas armadilhas subterrâneas/aquáticas da Utricularia e Genlisea.

Em um certo ponto, as enzimas que normalmente realizam a digestão de proteínas em sementes teriam sido transferidas para outras regiões da planta, assim se especializando na digestão das pragas capturadas, tornando-se plantas competitivas nos solos pobres em nutrientes. Atualmente, são conhecidas mais de 500 espécies de plantas carnívoras, espalhadas pelo mundo. No Brasil, existem mais de 80 espécies diferentes. Somos o segundo país do mundo a possuir mais espécies de carnívoras; o primeiro é a Austrália. Aqui, elas crescem principalmente nas serras e chapadas. Podem ser encontradas em quase todos os estados, sendo mais abundantes em Goiás, Minas Gerais e Bahia.

As plantas carnívoras crescem em solos pobres em nutrientes – a maioria em solos encharcados (como brejos), de pH baixo (ácido), às vezes pedregosos. Ao contrário das flores, que atraem e às vezes até prendem insetos para garantir a polinização, as plantas carnívoras têm como comportamento típico a necessidade de atrair, capturar e digerir pequenos seres do reino animal. Muitas carnívoras atraem suas presas da mesma forma que as flores atraem seus polinizadores: com formas, cores, substâncias químicas e odores. Outras se aproveitam dos padrões de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores.

É comum encontrarmos na literatura o nome “insetívora” para estas plantas, mas muitos dos estudiosos sobre o assunto discordam e afirmam que tal termo não é correto. Insetos são o principal elemento de seu cardápio, mas a dieta das carnívoras pode ser bem variada, incluindo desde organismos aquáticos microscópicos, moluscos (lesmas e caramujos), artrópodes em geral (insetos, aranhas e centopéias) e, ocasionalmente, pequenos vertebrados como sapos, pássaros e roedores.

As plantas do gênero Nepenthes são as que possuem as maiores armadilhas, podendo chegar a meio metro de altura cada e armazenar até 5 litros de água! Estas plantas com freqüência capturam presas grandes. Na verdade, supõe-se que os vertebrados tornam-se presas acidentalmente: ao procurar por insetos presos nas armadilhas, em busca de alimento, os mais debilitados não conseguem escapar e acabam passando de predador à presa. De jaulas a folhas colantes há vários tipos de armadilhas utilizadas pelas plantas carnívoras para capturar suas presas:

* As armadilhas “jaula” – são as mais famosas por ser a própria representação da ação carnívora por meio de vegetais! As folhas são divididas em duas partes, como se fosse uma boca, com gatilhos no interior. Ao ser tocado pelo inseto, o gatilho aciona um mecanismo que fecha as metades da folha em incríveis frações de segundo. Elas só voltam a se abrir após as enzimas terem digerido o animal. A propósito, tais enzimas proteolíticas são fracas e, por isso, inofensivas à pele humana e aos animais de médio e de grande porte. Esse tipo de armadilha é encontrado na Dionaea (Dionéia) e Aldrovanda. A dionéia é a mais popular e ativa das plantas carnívoras; tem folhas de 8 a16 centímetros. O inseto capturado é digerido pelas glândulas digestivas da folha da dionéia durante 5 a 15 dias.

* Armadilhas de “sucção” – são utilizadas por todas as espécies de Utricularia, pois elas vivem submersas em água doce ou brejos. Essas espécies possuem pequenas ‘bolsas’ (utrículos), cada qual com uma minúscula entrada cercada por gatilhos que quando estimulados provocam a abertura dessa entrada. Em razão da diferença de pressão entre o interior e o exterior da ‘bolsa’ quando a entrada é repentinamente aberta, tudo ao redor é sugado para dentro, incluindo a presa que estimulou o gatilho.

* Armadilhas do tipo “folhas colantes” – são as mais simples e encontradas em algumas famílias sem parentesco próximo. Basicamente, são glândulas colantes espalhadas pelas folhas ou até pela planta toda. As presas são, na maioria das vezes, pequenos insetos voadores. Esse tipo de armadilha é encontrado em Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum. Dentre estas, a Drosera apresenta movimento nas glândulas, às vezes na folha toda, enrolando-se sobre a presa para colocar mais superfície em contato com ela, de forma a ajudar a digestão e a subseqüente absorção. Com folhas de 2 a35 centímetros, com longos pêlos glandulares, semelhantes a tentáculos que segregam líquido pegajoso, brilhante e com odor de néctar, elas se curvam para prender os insetos e raramente reagem a um movimento que não seja o de uma presa em potencial. Quanto mais o inseto se debate, mais preso fica pelo líquido viscoso, que contém as enzimas digestivas. Os nutrientes do animal são absorvidos em cerca de 5 dias. Após isso, a folha se desenrola, pronta para nova captura.

*Ascídios – são folhas altamente especializadas, inchadas e ocas, que se parecem urnas ou jarras, com uma entrada no topo e um líquido digestivo no interior. Também podem estar presentes em algumas famílias sem parentesco próximo: Cephalotus, Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes, Sarracenia, etc. Capturam desde pequenos vertebrados até minúsculos invertebrados. As presas caem no líquido digestivo, ali se afogam e são digeridas. Seus restos se acumulam no fundo, às vezes enchendo a armadilha até o topo! A Darlingtonia, por exemplo, é popularmente chamada de planta-jarra. As folhas, inicialmente delgadas, adquirem forma tubular. As maiores chegam até 90 centímetros de comprimento, assumindo finalmente o aspecto de jarra, com ápice alargado. A jarra é provida de nervuras vermelhas e funciona como armadilha. Os insetos caem no líquido que se acumula no interior da urna em função da cera adesiva que existe na parede interna da parte superior da jarra. Esta espécie é encontrada normalmente em barrancos úmidos e nas margens dos rios. Sua principal característica é o fato de usar bactérias para fazer a digestão dos insetos que aprisiona.

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Byblis_gigantea

Familia: Byblidacea
Origem: Australia
Tipo Armadilha: Passiva
Dimensão:d e 30 a 90 cm
Temp:2 0-30ºC (Verão) 4-12(inverno)
Substracto: mistura de 3/4 turfa e 1/4 areia
Luminosidade: Direta
Humidade: 70 – 80%
Dificuldade: Planta de difícil cultivo

Planta originária das regiões tropicais do nordeste da Austrália no caso da linilfora e zonas semi áridas do este Australiano para a gigantea

Com um aspecto verde amarelado coberta de glândulas em forma de gotículas e com um rizoma dispondo de raízes com 60 cm, que lhe permitem sobreviver em zona muito áridas e até renascer depois de um incêndio.
Produz ramificações durante todo o ano de 0,5 a 1Cm de diâmetro. As mesmas dispondo de folhas estreitas de 15 a 30Cm de comprimento. No topo, produz uma flor de cor lilás magenta em estrela, com 3 a 5Cm de diâmetro.

A Byblis liniflora é semelhante a gigantea mas com ramificações mais espalmadas e com folhas enroladas em espiral. As flores vão de um Azul pálido até um rosa azulado. São anuais.

Byblis_linifolia

Como apanha as presas
Encontramos nas plantas dois tipos de glândulas. As primeiras segregam as gotículas brilhantes e as segundas, microscópicas, assimilam as presas. Os insetos são atraídos pelos reflexos brilhantes das gotículas e ai ficam presos ao tentar debater-se. Entram finalmente em contacto com as glândulas digestivas que segregam as enzimas.

Por vezes a planta pode estar totalmente recoberta de insetos capturados.

Ao semear, tenha atenção em colocar um vaso de grandes dimensões, elas toleram pouco serem replantadas. Na natureza, as sementes da Byblis gigantea só germinam depois de um incêndio.
Em cultivo é necessário deitar as sementes em água a ferver e deixar até que a água esfrie.

carnivora

planta-daninha

O ser humano convencionou chamar os vegetais que crescem onde não são desejados de “Plantas Daninhas”, “Ervas-Más”, “Mato” ou “Plantas Invasoras das plantações”.
Ninguém até hoje definiu cientificamente as ervas daninhas. Essas plantas crescem em geral em áreas revolvidas pelo homem ou pelos animais domésticos. Qualquer planta pode ser daninha.

Uma planta que não se tenha pretendido cultivar é daninha, pois cresce onde não queríamos que crescesse. Um tomateiro no meio de um jardim será considerado erva daninha e um lírio o será numa plantação de tomates. O centeio e a aveia nos tempos pré-históricos eram as ervas daninhas dos campos de cultura do trigo e da cevada. As ervas daninhas se espalharam pelo mundo inteiro levadas pelos navios, trens, aviões, etc.

Antes de aparecerem esses meios de transporte, a disseminação das plantas era lenta e restrita. A competição das plantas daninhas com as culturas tem grande influência na produtividade, pois elas concorrem por água, luz e nutrientes, reduzindo a qualidade e a produção das plantas cultivadas. Para o desenvolvimento normal, o algodoeiro, por exemplo, exige solos livres das plantas daninhas que acabam prejudicando o tipo e as características tecnológicas da fibra.

Na cultura das plantas aromáticas e medicinais, o controle das plantas daninhas é uma tarefa importante, pois podem misturar-se por ocasião da colheita, ocasionando efeitos tóxicos, alérgicos, etc., e contribuírem negativamente quando da comercialização dos produtos. Muitas plantas daninhas são hospedeiras de insetos, ácaros, nematóides, vírus, bactérias e fungos, muitos deles nocivos às plantas aromáticas e medicinais.

Algumas crescem em abundância quando o solo é rico em matéria orgânica, como o caruru (Amaranthus) e a beldroega (Portulaca oleracea) rica em sais minerais, ferro, cálcio e fósforo. Uma única planta pode produzir 10 mil sementes que podem permanecer dormentes no solo por mais de 20 anos. Outro exemplo é a erva-de-são-joão, também conhecida por picão-roxo (Ageratum conyzoides) uma única planta chega a produzir cerca de 40 mil sementes. Outras invasoras são comestíveis como a serralha (Sonchus oleraceus), a serralhinha (Emilia sonchifolia), o mastruço (Lepidium sp) e o melão-desão-caetano (Marmodica charontia).

As plantas chamadas de daninhas desenvolveram mecanismos próprios de sobrevivência como: elevada produção de sementes com grande facilidade de dispersão e longevidade das mesmas, o que faz delas elementos de alta agressividade, competitivas em relação às plantas cultivadas pelo homem e isso lhes garante a perpetuação da espécie.

A maior parte das sementes produzidas por uma planta daninha se conserva em estado de dormência temporária, vindo a germinar muitos anos mais tarde, ao contrário das sementes das plantas cultivadas, que têm a sua viabilidade germinativa apenas durante alguns meses.

No Brasil, cujo clima equatorial tropical, subtropical e temperado, onde chove muito, o agricultor “pena muito” para manter suas plantações livres de ervas daninhas, tendo que para isso, capinar com muita freqüência. A tiririca (Cyperus) de origem indiana, já é cosmopolita. A erva-macaé (Leonurus sibiricus) de origem asiática, causa inúmeros danos às plantações.
As plantas chamadas “daninhas” vivem também em meios aquáticos, como o aguapé (Eichornia crassipes) e até como parasitas-cipó-chumbo (Cuscuta racemosa).

Nem todas as ervas chamadas de daninhas devem ser eliminadas. Algumas são medicinais, comestíveis, outras ajudam a sanear solos decaídos e há até aquelas que atuam como repelentes. As “plantas invasoras” surgem em circunstâncias bem definidas como indicadoras de carência ou excessos de elementos do solo.

Para combater as invasoras, não basta capinar para eliminá-las. É preciso saber por que elas aparecem.
Conhecendo as razões do seu aparecimento, ficamos mais preparados para combatê-las ou corrigir os desequilíbrios do solo.

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