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Posts para categoria ‘Jardins e Manutenção’

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O Jardim desértico ou rochoso tem por objetivo reproduzir uma paisagem árida. Ele é caracterizado principalmente pela presença de plantas xerófitas, espécies que desenvolveram a habilidade de reduzir a perda de água e acumulá-la para períodos de estiagem.
Os jardins desérticos podem ser informais, temáticos ou até contemporâneos: O jardim desértico informal segue linhas orgânicas, como no estilo inglês. Neste jardim há pouco ou nenhum acessório. O jardim temático está relacionado com a cultura e as plantas xerófitas de um determinado país ou região. Assim podemos ter jardins representando a caatinga do nordeste brasileiro, jardim do cerrado, jardins mexicanos – com cores vivas e terrosas, jardins mediterrâneos, etc. Os jardins desérticos contemporâneos são livres na forma e contêm elementos ousados, como vasos, pedras e acessórios com formatos inovadores e materiais novos.

Apesar das variações, os jardins desérticos, apresentam elementos em comum, como as plantas simétricas e com formas geométricas intrigantes. Os espinhos também estão muito presentes o que torna este jardim uma boa solução para quem sofre com cães e gatos frequentemente destruindo as plantas. Devido aos espinhos e escamas – defesas naturais contra a perda de água, as plantas dos jardim desérticos têm uma textura própria, além de tonalidades acinzentadas e amareladas muitas vezes.
É um jardim que requer pouquíssima manutenção. Não exige regas constantes ou podas. As adubações são leves e os replantios bem esparsos. Apesar de simples de manter, este jardim necessita de um excelente sistema de drenagem, já que seus habitantes não toleram nenhum tipo de encharcamento. É um jardim marcado pela rusticidade e próprio para lugares inóspitos, com insolação direta e até mesmo com ventos fortes. Por esta característica é ideal para coberturas de prédios e para varandas ensolaradas.

As forrações com pedriscos e areia são também muito importantes neste jardim. Elas trazem naturalidade ao espaço e realçam a bela forma das plantas. Também são auxiliares na drenagem do solo. No entanto, deve-se ter cuidado na escolha e utilização destes pedriscos, pois a mistura de pedras, de cores e formas muito contrastantes, pode prejudicar o efeito. Um exemplo de mal uso de pedriscos é a mistura de brita (angulosa e escura) com arenito polido (claro e arredondado). Aflorações de rochas maiores são muito bem vindas e complementam o jardim, mas devem seguir as cores, formas e tonalidades dos pedriscos utilizados como forração. Há que ter cuidado também com pedras modificadores do pH do solo, como rochas calcáreas, evitando-as para não afetar a fertilidade.

No jardim árido deve-se evitar gramados verdejantes ou qualquer outra planta de folhas largas e macias. As plantas do jardim desértico têm geralmente ausência de folhas ou folhas rudimentares (cactos e euforbiáceas), folhas suculentas (agaváceas, crassuláceas), ou folhas fibrosas e finas (agaváceas).
Apesar de muitas pessoas acharem este jardim demasiado agressivo e sem graça, ele sabe conquistar sua fatia de admiradores. Afinal admirar as magníficas flores do deserto é privilégio exclusivo dos amantes de plantas xerófitas. São jardins muito ecológicos por economizarem a preciosa água. Além disso, dispensam agrotóxicos, pois são muito resistentes a pragas e doenças.

Sugestões de Plantas:
Cactáceas (cadeira-de-sogra, urumbeta, coroa-de-frade, orelha-de-coelho, etc);
Agaváceas
(agave, agave-dragão, piteira-do-caribe, iucas, etc.);
Crassuláceas (babosa, rosa-de-pedra, calanchê-fantasma, etc.); Aizoáceas (rosinhas-de-sol, liptops, cacto-margarida, etc.); Bromeliáceas (de folhagem estreita, acinzentada e espinhenta);
Euphorbiáceas (cacto-candelabra, etc.);
Lamiáceas
(alecrim, lavanda, etc.);
Asclepiadáceas
(estapélia, etc.);
Asphodeláceas (bulbine, lírio-tocha); Algumas palmeiras e árvores de regiões desérticas (barrigudas).

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Neste jardim temos a sensação de que o homem não interferiu muito na paisagem. Assim como no estilo inglês, o jardim tropical também tem caminhos de contornos naturais. Sua essência é descontraída e avessa a podas e simetrias.
Plantas de cores vivas e formas esculturais como palmeiras, dracenas, bromélias, helicônias, bananeiras, gengibres e orquídeas estão entre as muitas opções. Neste estilo também não podem faltar pedras, lagos ou fontes sempre com a aparência o mais natural possível.

Jardim Tropical

Estes jardins acabam se tornando os preferidos de aves e insetos coloridos que acrescentam mais vida e beleza ao ambiente. Reforce sua atenção para isto e ofereça água limpa e comedouros apropriados aos passarinhos.

Aqui os elementos como bancos, pergolados, vasos, são bem-vindos, desde que se integrem harmonicamente. Para isto dê atenção aos materias e texturas que devem ser naturais ou boas imitações de madeira, pedra, cipó, vime, sisal, bambu, coco, etc. Os equipamentos de iluminação podem ser discretos ou de aparência rústica.

Jardim tropical

Sugestões de plantas: Palmeiras diversas, Helicônias, Pândanos, Calatéias, Samambaias, Filodendros, Estrelitzas, Cheflera, Dracenas, Gengibres, Agaves, Bananeira Ornamental, Costela-de-adão, Árvores, Bromélias, Orquídeas

Quase todo mundo tem um jardim ou parte do jardim à sombra. Há sempre aquela enorme árvore do vizinho, ou um muro para atrapalhar. Um corredor que não recebe sol, ou pelo menos um jardim interno mal iluminado. À primeira vista, tem-se a impressão de que estes locais serão sempre desagradavelmente úmidos e sem charme. Mas basta um pouco de atenção com o solo, escolher as plantas certas e a coisa toda muda de figura. Em outras palavras, planejando direito podem-se obter resultados surpreendentes. E já que estamos falando em planejamento, é bom lembrar que, para se ter um bonito jardim à sombra, é importante ficar atento para alguns detalhes, tais como drenagem e textura do solo.

Comecemos por eles:
Drenagem ou como evitar o excesso de umidade –
O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para permitir uma maior drenagem da água. Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos, 90 centímetros a 1 metro de profundidade. Forra-se o fundo da vala com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e, finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim.
O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende drenar.

A textura do solo pode ajudar muito – Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens, misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a textura da terra tornando-a mais permeável.

Luminosidade é importante – Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra, está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim, deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural. Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa, ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras, pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural.

Ajuda do Oriente – Há séculos, os orientais descobriram que o jardim não é um reino exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza.
Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas realmente difíceis. Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias fluírem e crie você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a manutenção.

Como manter este belo jardim – Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias. Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o desenvolvimento das plantas seja prejudicado.

Algumas delas:
Mantenha a área sempre bem arejada –
Evite o encharcamento por excesso de regas. Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para facilitar a aeração do solo. Fique de olho nas pragas e doenças.

Sintomas de problemas futuros – Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos microorganismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas. O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal.

Para combater estes microorganismos, o melhor é: Eliminar a parte afetada da planta. Pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim. Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um pouco mais fraca. Você já viu a maneira certa de planejar, e os cuidados que precisa ter com seu jardim à sombra. Conheça agora algumas das plantas mais recomendadas:

Plantas para jardins à sombra e meia sombra
Plantas floríferas –
Bananeira do mato (Heliconia); Malvavisco (Malvaviscus roseo); Justícia (Wacobinia carnea); Planta-camarão (Beloperone); Hortência (Hydrangea); Afelandra (Aphelandra); Bela-emília (PIumbago); Nandina (Nandina doméstica); Antúrio (Anthuriun); Lírio-da-paz (Spathiphylun); Maria-sem-vergonha (Impatiens)

Trepadeiras – Lanterna Japonesa (Abutilon); Maracujá (Passiflora); Filodendro (Philodendron); Brinco-de-princesa (Fuchsia); Gloriosa (Gloriosa); Jasmin-de-madagascar (Stephanotis)

Folhagens -Tinhorão (Caladjum); Dracenas (Dracena); Asplênio (Asplenium nidus); Costela-de-adão (Monstera deliciosa)

Samambaias diversas – Cheflera (Schefflera); Samambaiaçu (Blecnum)

Forrações – Hera (Hedera); Brilhantina (Pilea); Maranta (Maranta ieuconeura); Hera-sueca; (Plectranthus); Grama-preta (Ophiopogon); Planta-pavão (Calathea)

Revistas, livros, cursos e profissionais são fundamentais para se amadurecer uma idéia de um jardim. Mas no trato diário posterior o que fazer? Ou melhor, o que não fazer? Isso mesmo, o que não fazer, pois às vezes o excesso de cuidados pode ser ainda mais prejudicial do que a falta dele.

Aqui estão algumas dicas, do que não fazer:
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Não se deve adubar o jardim no final do verão, principalmente se você mora em regiões frias, sujeitas à geadas. A razão é simples: quando fertilizamos uma planta, enviamos uma informação para que ela cresça e se desenvolva. Esse broto ficará sujeito a temperaturas baixas e ventos frios, correndo o risco de se danificar. Além disso, é o período que a planta está se preparando para descansar, depois de vários meses se desenvolvendo.
- A grama sim deve ser adubada. Especialmente para as que se desenvolvem em climas quentes, devemos evitar a adição excessiva de nitrogênio. Para aquelas em climas frios, podemos proteger o gramado, fazendo uma cobertura com solo.
- Não devemos podar o gramado muito baixo. Além de prejudicar o crescimento da grama, ainda proporcionamos o crescimento de ervas daninhas.
- Não devemos estaquear as mudas de árvores pensando em orientá-las a crescer retas, verticais. Os tutores servem mais para sinalizar e protegê-las de danos e quebras. As árvores seguirão sempre em busca do sol e da luminosidade, com ou sem estacas.
- Não ande sobre os canteiros, ou pelo menos, pise somente o necessário. Defina bem os caminhos, pois, ao pisarmos mo solo, este fica compactado e prejudica o crescimento das plantas.
- Não trabalhe muito o solo. Algumas pessoas acreditam (erroneamente), que um bom solo é aquele bem fininho, homogêneo. Na verdade, quanto mais diversificada a matéria do solo melhor. Um solo muito homogêneo se compacta muito fácil. O ideal é que ele tenha bastante matéria orgânica para que possa ter uma boa drenagem e se mantém úmido por mais tempo, além de fornecer mais nutrientes às plantas.
- Não use agrotóxico. Este é o meu preferido. Antes de chegar a este extremo, existe uma infinidade de opções para se combater pragas e ervas daninhas. Para cada tipo de ataque temos um contra ataque que não terá efeitos colaterais, não contaminará o solo e não prejudicará o meio-ambiente nem sua família.