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Posts para categoria ‘Jardins e Manutenção’

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Os frutos, explicam-se pela sua utilidade alimentícia. As folhas, por suas utilidades biológicas e eco-ambientais. O mundo não sobreviveria sem folhas e frutos. Mas passaria bem sem flores. A maioria delas não se pode comer, não se pode transformar, não se pode fazer nada além de olhar e admirar. São bilhões de espécies de flores, das maiores às menores, das mais cheirosas às mais inodoras, das mais belas às mais estranhas, das mais corriqueiras às mais raras. Tantas, de tantos tipos, arranjos e cores. Salvo para abelhas e beija-flores, todas sem utilidade prática. Assim como os sentimentos e outras futilidades, flores são tão dispensáveis quanto inevitáveis. Difícil não querer uma flor por perto de vez em quando, nem que seja pra ficar rodando o caule dela entre os dedos, sentindo as pétalas balançarem. Mas não são todos que querem flores sempre, por todos os lugares. Porque, tal como crianças, animais domésticos e sonhos, flores precisam de cuidado. intenso.

No entanto, há quem dedique sua vida a cuidar das flores, corajosas e empreendedoras pessoas. Cultivá-las, pesquisá-las, catalogá-las, entendê-las, admirá-las, e ofertá-las. Há quem plante jardins modestos, em espaços arrumados dentro de um quintal de concreto. Há quem faça canteiros cheios de pequenos vasos, espremidos. E há quem pode e decide plantar jardins imensos, cheios de flores. E quem é ou um dia arriscou-se a ser jardineiro, sabe que cuidar de uma flor não é tarefa fácil.

Flores são seres temperamentais, em sua maioria. Mesmo as pequenas e simples exigem esforço, e mais esforço, e esforço de novo. Esforço periódico. Até as flores selvagens costumam estar protegidas pela natureza ao redor, ocultas em troncos de árvores, debaixo de folhas, cercadas por grama e folhagens. Flores raras costumam ficar em lugares quase inacessíveis, e não se deixam domesticar facilmente. Alguns biólogos passam a vida em laboratórios tentando transformar a cor, o tamanho, a simplicidade sofisticada de alguns tipos de flores – às vezes têm sucesso, às vezes não. Os biólogos modificam, mas o jardineiro é quem cuida. E cuidar de uma flor, além de técnica e esforço, exige uma decisão, um entrosamento.

Cada flor tem uma condição climática, um tipo de solo, um cuidado especial para poder sobreviver. Embora sejam frágeis, depois de arraigadas, são difíceis de extinguir. Flores precisam de poda, de adubo, de remédio, de conhecimento específico. Não podem conviver todas juntas, todo o tempo, conforme os tipos. Luz especial, nem muito, nem pouco vento, o lugar ideal, a hora certa de regar. Cuidar de flores, seja por método ou intuição, pode ser esgotante, decepcionante. Principalmente porque, de tantas sementes e mudas plantadas, nem todas vingam, e há muitos investimentos perdidos.

Jardineiros, normalmente, são pessoas simples e de grande sensibilidade natural. Colocam a mão na terra, sentem o cheiro dela, observam em detalhes as plantas que cultivam. Ao contrário dos agricultores, o interesse de um jardineiro não é a produção, não é olhar um campo cheio a perder de vista; mas sim o crescimento de poucos e conhecidos pés. O jardineiro conhece sua flor, sabe a origem dela, a dificuldade, a necessidade, o tempo. E sabe que tudo isso é cuidado.
O cuidado delicado é um reflexo da delicadeza que ele almeja ver em suas plantas, e, como bom jardineiro, ele sabe que um descuido, um relaxo, um lapso pode ferir uma planta tão profundamente que ela nunca mais volte a florescer, ou no mínimo demore anos pra isso.

O cuidado é um esforço, o esforço de ver o que ainda não existe, de enxergar a flor no botão, de enxergar o novo botão na flor que morreu. O cuidado é um ato de amor altruísta, um investimento; portanto, não pode ser facilmente aprendido, é quase uma vocação.

Existem plantas que demoram anos e anos para florescer, e florescem apenas uma vez para ficar mais anos e anos em silêncio. E ainda assim, o jardineiro as vê, cuida delas com paciência e constância. Outras plantas são de beleza inigualável, mas cheias de espinhos e fiapos. Algumas são atrativos para fungos e insetos parasitas. E em tudo isso o jardineiro cuida.

Ao cuidar e proteger sua flor, o jardineiro cuida e protege a si mesmo, pois sabe que precisa da beleza e do perfume do seu jardim para viver. E aí, a flor não é mais um ser inútil, e sim substancial. Uma vez que ele se afeiçoa e se acostuma à beleza do jardim, nunca mais viverá feliz sem ele, ao menos não se em sua alma estiver a paixão de quem experimenta a jardinagem.

Um mundo sem flores poderia ser útil, mas insuportavelmente feio e triste.
A verdade é que, no fundo, todo mundo sonha ter um jardim. Mas muitos não sabem como, não sabem por onde começar, nem como continuar. Alguns até arriscam-se a plantar algumas flores, mas poucos conseguem chegar a colocar em sua alma o caldo do jardineiro.

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Selaginella kraussiana
Selaginella kraussiana

Os jardins de musgos ficaram muito populares no Japão antes de vir para o ocidente, para a nossa consciência cultural. os Japoneses os vêm plantando por séculos; de uma perspectiva religiosa, acha-se que os jardins de musgo trazem um estado mental calmo e contemplativo. Há muitos musgos diferentes para se escolher quando for plantar o seu jardim – variedades amarelas, verdes, marrons e mesmo brancas. Alguns, como o musgo macio, são exatamente como o nome diz, enquanto musgos que crescem em pedras oferecem uma cobertura vibrante em quaisquer pedras grandes que você puser em seu jardim. Algumas plantas que nós consideramos musgo não são tecnicamente musgos, mas são classificados como hepáticas ou antóceros. Essas plantas têm aparência e comportamento similar aos musgos. Como eles são plantas não vasculares, eles não têm raízes, folhas e talos.

Por que você iria querer começar um jardim de musgos (ou simplesmente deixar os seus musgos atuais crescerem e prosperarem, se for o caso)? Eis algumas boas razões.
- Em muitos casos, eles são mais calorosos do que as nossas flores e plantas ornamentais. Musgos crescem com água e pouca luz solar – boas notícias para os vários amantes de musgo que vivem em áreas temperadas com muitas chuvas por ano. A maioria das pessoas planta grama todo ano onde ela não vai crescer devido à baixa quantidade de sol; musgo cresceria facilmente ali. Se você vive em climas áridos e secos, um jardim de musgo não é a idéia mais prática de paisagismo.

- Eles não contribuem para a sua alergia a pólen. Grama e outras alergias a pólen são algumas das causas mais comuns de secreção nasal, garganta arranhada e espirros que muitas pessoas têm em meses de verão. Por que alimentar a sua alergia com o que você planta em seu quintal? Faça do seu quintal um santuário, nutrindo os musgos ao invés de matá-los em detrimento do seu gramado.

- Produtos químicos e fertilizantes que matam musgos. No país inteiro, peixes estão morrendo e as nossas águas frescas sendo cada vez mais contaminadas pelos produtos químicos que nós usamos para nutrir os nossos jardins e gramados artificiais. Químicas usadas para erradicar os musgos, assim como fertilizantes químicos usados para promover o crescimento de flores em jardins convencionais entram na água drenada da chuva e eventualmente nos rios. Ao acolher os musgos e apreciá-los por sua beleza natural, nós também podemos reduzir a poluição e manter a água e os peixes vivos e saudáveis.

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Você já passeou por uma floresta depois de uma chuva e admirou as camadas brilhantes de musgos pegando um pouco de sol embaixo de uma grande árvore? Grama nunca poderia ser tão brilhante. Você pode ter o mesmo brilho no seu quintal plantando um jardim de musgos!

Selaginella martensiiSelaginella martensii

Algumas regras para plantar o seu jardim de musgo.
- Água. Alguns musgos podem sobreviver longos períodos secos, se recuperando rapidamente quando forem umedecidos de novo. Porém, a maioria dos musgos exige umidade e pouco sol para prosperarem. Se o local do seu jardim de musgos já tem musgos nascendo, isso geralmente é um excelente indício que o local é hospitaleiro a musgos. Uma vez que o seu jardim de musgos está prosperando, o único cuidado que ele geralmente exige é um pouco de água durante qualquer período seco.

- Sombra. Ao contrário de plantas que precisam de muito sol, musgos preferem crescer com pouco sol. Na verdade, o musgo é uma ótima adição a qualquer jardim na sombra. A maioria dos musgos se sente melhor em condições de sombra, ou pelo menos em lugares onde eles não ficam expostos constantemente ao sol. Uma quantidade moderada de sol é aceitável. Em áreas ensolaradas, você pode planejar o local do seu jardim de musgos na sombra de uma árvore grande. No hemisfério norte, é melhor plantar no lado nordeste da árvore, e o contrário é válido para o hemisfério sul. Mais uma vez, se você escolher um lugar onde já tem musgos, você terá sucesso com o seu jardim de musgos. Se parte do seu local desejado para o jardim tem muita exposição ao sol, tente plantar nesses locais musgos que não são tão dependentes de sombra. Musgos Byrum, encontrados comumente em paredes ou frestas na calçada se adequam melhor do que a maioria dos musgos à exposição do sol. Musgo Grimmia é outra variedade a se considerar para trechos com maior exposição ao sol.

- Preparando o solo. Capine a superfície do solo e remova qualquer gramado. O musgo provavelmente matar a grama de qualquer jeito, mas remover qualquer grama presente com antecedência pode assegurar que o seu jardim de musgo cresça sem nenhuma competição.

- Transplantando o musgo. Se algum de vocês já têm musgos crescendo no seu quintal, sorte a sua, você pode simplesmente cortar um pedaço de emaranhado de musgo e movê-lo para o local desejado do seu jardim. Quando você transplanta um emaranhado de musgo, molhe o solo e o musgo antes de plantá-lo. Certifique-se que ele fique no mesmo nível do resto do solo em volta. Mais importante, coloque a terra bem apertada em volta e abaixo dele.

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Adotar práticas preventivas é a melhor maneira de ter um jardim saudável. Veja um roteiro para evitar os problemas mais comuns nos jardins: bactérias, vírus e fungos.

Passos
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Aplique sistematicamente fungicidas contra as doenças mais comuns do outono, como oídio, míldio e botrytis.

- Reduza a quantidade de rega durante o inverno para evitar a proliferação de fungos e mofos.

- Cubra as plantas com lonas nas noites de inverno para protegê-las das geadas

- Aplique acaricida nas cascas das árvores para combater o ataque dos insetos que perfuram a madeira. Eles se propagam principalmente durante a primavera e o verão.

- Para manter a grama saudável, regue constantemente e adube regularmente o terreno. Também é importante garantir uma dose equilibrada de luz.

- Uma vez por mês, revolva a terra em volta dos caules principais das plantas para favorecer a oxigenação do substrato.

- Arranque as ervas daninhas regularmente, a fim de evitar sua proliferação, que pode afetar a saúde das plantas.

Se aparecerem sintomas de doenças desconhecidas, chame imediatamente um especialista para controlar o foco e evitar que o problema se espalhe pelo jardim.

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Fique alerta e evite transtornos na área verde.

Trepadeiras: O hábito simples de revestir muros e paredes com trepadeiras pode se tornar um pesadelo. É preciso analisar o comportamento da espécie escolhida, verificando volume, características das raízes, tolerância ao clima do local e manutenção.

A Unha-de-gato (ficus pumila), por exemplo, deve ser empregada com cautela, pois suas folhas e raizes têm crescimento acelerado, além de ser pesada quando adulta, sobretudo, se for mal podada, gerando carga excessiva sobre o muro ou a parede, que poderá sofrer fissuras e até desabar.

A Primavera (bougainvillea glabra), deve ser evitada em jardineira de edifícios, devido à habilidade de penetrar nas redes de drenagem e nos canos. Além de avaliar a solidez da estrutura, também é essencial verificar a altura, já que a planta necessita ser podada constantemente. Basicamente estes são os cuidados com as trepadeiras. Outro problema comum é o surgimento de bichos, como baratas, que usam o volume de suas folhas como esconderijo. Sendo assim, é prudente fazer a manutenção com dedetização, para isso contrate empresas especializadas neste tipo de combate que pode ser até mesmo na área de paisagismo.

Ervas Daninhas: a lista de plantas popularmente conhecida como mato é bem extensa: tiririca(Cyperusrotundus), cararuru rasteiro (amaranthus deflexus), picão (Bidens Pilosa), falsa -serralha (emilia sonchifolia), dente-de-leão (taraxacum officinale), quebra-pedra (phyllanthus tenellus), etc. Em comum , todas são rústicas, agressivas e competem com as ornamentais por água, nutrientes e luminosidade, prejudicando seu desenvolvimento. Existem diversas maneiras delas “aparecerem”, suas sementes podem permanecer viáveis no solo por longos períodos e até anos. Também existe a contribuição de animais, sobretudo pássaros, e do homem ao introduzi-las por meio de mudas e propágulos (sementes, estolões, tubérculos, etc.), ou então são levadas pelo vento, chuva e maquinário ou ferramenta agrícola. Embora seja difícil impedir seu aparecimento, há maneiras de evitá-los, como realizar limpeza no local, retirando as invasoras antes do plantio definitivo das ornamentais, adquirir substratos e mudas em empresas que já tem esta preocupação com o controle de ervas daninhas e manter as ferramentas e os maquinários sempre limpos, mas se no entanto, já foi detectado sua presença, a contenção pode ser feita com herbicidas, desde que tenha orientação de um especialista e tomando cuidado para não matar as outras plantas.

Raízes Agressivas: Flamboyant (Delonix regia), primavera (bougainvillea glabra), ficus (ficus benjamina) e árvores de copa muito larga, apresentam raízes agressivas, ou seja, crescem vigorosamente, podendo danificar tubulações, calçadas, muros, pisos, piscinas, entre outras estruturas, pois elas enovelam o sistema hidráulico, quebrando-o, e ainda comprometem as redes elétricas e de drenagem subterrâneas, causando sérios prejuízos aos imóveis. Essa característica na verdade, é uma habilidade do vegetal de buscar água e nutrientes, fazendo parte do seu processo evolutivo. Porém elas podem ser integradas ao jardim desde que seja feito um estudo do local onde serão plantadas e colhidas informações sobre a dimensão da sua agressividade.
É prudente mantê-las distante de construções, paredes, pisos e rede hidráulicas, elétricas e de drenagem, bem como saber mais sobre seu sistema radicular. Não é possível conter as raízes agressivas, porém existem métodos de conduzi-las parcialmente, utilizando tubulações próprias para o isolamento. Outra alternativa é plantá-las em vasos de concreto ou jardineiras resistentes, no caso o melhor seria de concreto, mas com o cuidado de isolar o vaso do solo, pois, com o tempo, as raízes atravessam o dreno do recipiente e penetram na terra, retomando o problema do crescimento desordenado.

Corte de Árvores: Ao manejar o jardim, é importante aproveitar as espécies arbóreas existentes no local, porque, mesmo estando dentro de um terreno particular, seja na área urbana ou rural, elas são bens de utilidade pública, por isso, é ilegal seu corte sem autorização da Secretária do Meio Ambiente Municipal. Nunca se deve retirar ou podar uma árvore, a menos que exista uma indicação técnica concedida pelo órgão responsável de sua cidade, e na maioria dos casos é necessário uma compensação ambiental, ou seja, plantar o dobro de exemplares derrubados. Para conseguir esta permissão só se o plantio foi mal planejado, causando problemas estruturais ou de segurança.

Para calçada é importante optar por árvores de 4 m a 6 m de altura, como o hibisco (hibiscus rosa-sinensis), resedá (lagerstroemia indica), aroeira-salsa (schinus molle), alfeneiro-do-japão (ligustrum lucidum) a cássia-do-nordeste (cassia excelsa) e para garantir um plantio bem sucedido, vale seguir algumas regras: recuo mínimo de 0,50 m do meio fio; distância de 1 m da entrada da garagem é de 7 m da esquina; os vãos livres entre a copa e a rede elétrica precisam ser, respectivamente, 2 m e 1 m; a árvore de porte pequeno (até 4 m de altura) necessita ficar a 5 m da placa de sinalização, já a de tamanho médio (até 6 m de altura) a 7 m de distância das placas.

Densidade da Copa: Uma bela árvore na área verde sempre é bem vinda, tanto pela ornamentação quanto pelo agradável sombreamento.
No entanto, existem muitas duvidas de como aproveitar todos os seus benefícios, acreditamos que a sombra pode ser melhor aproveitada através da colocação de bancos, mesas e redes.
Para complementar o local com vegetação use forrações que toleram a sombra, como singônio (syngonium angustataum) filodendro (philodendron sp) pileia (pilea cadierei), maria-sem-vergonha (impatiens walleriana), clorofito (chlorophytum comosum) e grama-preta (ophiopogon japonicus).
Também sugiro trabalhar com outros materiais para revestir o solo, por exemplo, deque, piso de pedra, pedrisco ou casca de pinus.

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