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Posts para categoria ‘Hortas e Medicinais’

confrei

Nome popular: Confrei
Nome científico: Symphytum officinale L.
Família: Boraginaceae
Origem: Europa e Ásia.

Propriedades: Cicatrizante, analgésica (reduz a dor), antiinflamatória, tônicas (renova a energia) e galactogênicas (aumenta produção de leite).

Características: Erva perene, de aproximadamente 90 cm de altura. A planta é cultivada também em larga escala como forrageira e na preparação de rações para aves, pois é rica em proteínas. Suas folhas são empregadas desde a antiguidade tanto na alimentação como na medicina popular na sua região de origem.

Parte usada: Folhas, flores e raízes.

Usos: A literatura etnofarmacológica refere seu uso na forma de chá das folhas, sucos e saladas, no tratamento caseiro de doenças gastrointestinais, disenterias, inflamações, reumatismo, hemorróidas, tosse, bronquite e irregularidades menstruais.

As raízes moídas têm uso como hemostático (estanca sangue), curativo em ferimentos abertos, equimoses e especialmente no tratamento de fraturas de ossos. São usadas também como cataplasma no alívio do incômodo gerado por queimaduras e picadas de insetos.

Forma de uso / dosagem indicada: O tratamento cicatrizante de feridas, inclusive de úlceras varicosas e irritações da pele, pode ser feito em aplicação local de compressas e lavagens, várias vezes ao dia. A cataplasma pode ser feita colocando-se pó de folha em uma vasilha, despejando-se água fervente em seguida, até formar uma pasta grossa, sendo colocado sobre o local afetado ainda quente, protegido por gaze fina.

Outro modo de preparo da cataplasma é misturando-se partes iguais de pó de confrei e farinha de trigo, adicionando-se um pouco de água fervente em seguida, formando uma pasta lisa e homogênea, que deve ser aplicada diretamente sobre a parte afetada.

Atenção: Embora ensaios farmacológicos registrem para o extrato aquoso das folhas atividade inibitório do desenvolvimento de tumores mamários, seu uso interno, em doses altas ou por tempo prolongado, pode ocasionar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios e na bexiga, conseqüentes do desenvolvimento de doença venooclusiva, causada pelos alcalóides nesses órgãos, complicados com o extravasamento de hemácias e necrose hemorrágica.

Considerando esta atividade tóxica, o confrei teve seu uso por via oral proibido pelos órgãos governamentais de saúde de quase todos os países ocidentais, embora seu uso local como cicatrizante seja permitido e estimulado. Apesar das evidências, existem controversas quanto à dosagem necessária para um efeito tóxico.

girassol_borboletas

babosa

Nome popular: Babosa, Aloe
Nome científico
: Aloe vera (L.) Burm. f.
Família: Liliaceae.
Origem
: África.

Propriedades: Cicatrizante, antimicrobiana, emoliente (hidratante da pele).

Características: Planta herbácea suculenta, de até 1 metro de altura. Quando cortadas deixam escorrer um suco viscoso, amarelado, e muito amargo. Além de ser cultivada para fins medicinais, cosméticos e ornamentais, cresce também de forma espontânea em toda a região nordeste brasileira. Outras espécies desse gênero são igualmente cultivadas para os mesmos finas, das quais as mais importantes são: A. arborescens Mill. e Aloe ferox Mill.

Parte usada: Folhas.

Usos: Esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloe, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é no tratamento dos cabelos.

O líquido da planta possui atividade fortemente cicatrizante que é devida ao polissacarídeo e uma boa ação antimicrobiana sobre bactérias e fungos, resultante do complexo fitoterápico (conjunto de substâncias).

Forma de uso / dosagem indicada: É indicada como cicatrizante nos casos de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha. Depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel.

No caso de hemorróidas são usados pedaços cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente cortados com o auxílio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável. Nas contusões, entorses e dores reumáticas emprega-se a alcoolatura preparada pela mistura de pequenos pedaços das folhas (50g) com meio litro de uma mistura de álcool e água passada através de um pano. Esta mistura pode ser aplicada na forma de compressas e massagens nas partes doloridas.

Alguns compostos na planta podem ser tóxicos quando ingeridos em grandes quantidades, especialmente em crianças, causando grande retenção de líquidos que pode levar à morte.

Cultivo: Prefere solos arenosos, não exigindo muita água. Pode ser multiplicada por separação dos brotos laterais (filhação).

passarinho

Ginkgo-biloba-

Nome popular: Gingko; Ginko, Árvore-avenca
Nome científico: Ginkgo biloba L.
Família: Gimnospermae.
Origem: China e Japão.

Propriedades: Estimulação da circulação, dilatação de brônquios, antifúngico e antibacteriano.

Características: Árvore primitiva, decídua, de 6 a 10m de altura. É considerada fóssil vivo, por ser muito semelhante a encontradas em fósseis. No Brasil, floresce e frutifica somente nas regiões de altitude, onde é mais cultivada com planta ornamental, assim como em outras regiões de clima temperado do mundo.

Parte usada: Folhas e sementes.

Usos: Suas sementes são empregadas na medicina tradicional chinesa há séculos e mais recentemente suas folhas têm sido utilizadas na Europa e outras regiões do Ocidente.

Suas folhas são amargas, adstringentes, possuindo a capacidade de dilatar os brônquios pulmonares e os vasos sanguíneos, e controlar as respostas alérgicas e estimular a circulação. Possui também propriedades antifúngicas e antibacterianas.

É empregada internamente no tratamento da asma, batimentos cardíacos irregulares, e tosse. No Brasil sua comercialização tem sido ampla na forma de cápsulas, para problemas circulatórios. Por promover maior circulação sanguínea no cérebro, é indicada para tratar sintomas de disfunção cerebral, melhorando a concentração e a memória, claudicação intermitente no ato de andar, vertigem e zumbido no ouvido. Seus principais constituintes químicos não são encontrados em nenhuma outra planta.

Forma de uso / dosagem indicada
: Suas folhas secas são moídas e ingeridas na forma de comprimidos ou em uma colher de sobremesa de suas folhas secas e moídas todos os dias.

Cultivo: Pode ser multiplicada através de estaquia, colhendo-se estacas de ramos novos, enquanto a planta encontra-se dormente (sem folhas).

florzinha

aromáticas

Temos no Brasil uma exuberância em plantas aromáticas, cujas folhas, caule, flores, frutos, ou raízes, exalam seus odores característicos, que em muitas vezes atraem nossos sentidos de tal modo que vamos logo identificá-las. Essas plantas distinguem pela produção de substâncias ou óleos essenciais, que geralmente são voláteis, principalmente em contato com o sol. Tais aromas e a denominação dessas plantas são extremamente elásticas, pois elas procedem de diferentes famílias, que vai desde os simples arbustos como a erva-cidreira até grandes árvores, a exemplo do eucalipto. Melhor definindo, plantas aromáticas são aquelas que possuem aroma e/ou perfume, capazes de sensibilizar nosso olfato de modo agradável. A percepção dos aromas depende da sensibilidade de cada pessoa: umas são mais sensíveis, podendo até desenvolver alergias e, outras menos sensíveis, desfrutam simplesmente do prazer em sentir o aroma das plantas.

Essa riqueza da flora às vezes se subtrai pela invasão dos roçados e culturas, mas sobrevivem em sua maioria em locais preservados e contribuem para a pesquisa, desde que a maioria delas é medicinal. É interessante perceber, que muitas plantas apresentam três propriedades simultaneamente: são aromáticas, medicinais e condimentares.Desde a antiguidade o homem vem utilizando essas plantas para os mais diversos fins, como chás, cozimentos e banhos. Segundo a lenda, o imperador chinês, Shen Nung, ficou conhecido como “Pai do Chá”, que descobriu ao acaso diante suas observações quando algumas folhas caíram na água que ele fervia, produzindo um agradável aroma e um sabor especial, o que lhe causou ótimo bem-estar ao beber. Baseado em seus experimentos Shen escreveu diversos documentos sobre plantas, difundindo seu uso no oriente. Depois vieram os egípcios que utilizavam as ervas aromáticas na cosmética, culinária e medicina. Eles já usavam plantas que são comuns em nosso dia-a-dia como cebola, coentro, cominho, papoula, tominho e alho. De uma forma geral, os estudiosos costumam apresentar a história das ervas medicinais a partir do Oriente, em um longo caminho que evolui até, mais recentemente, a América. Entretanto, naquele tempo Shen já avisava que os chás aromáticos não devem ser ingeridos a esmo, pois muitas plantas com aromas e sabores excepcionais são, na verdade tóxicas, e podem causar sérios danos à saúde.

Em seguida o uso de ervas aromáticas se difundiu pelo mundo e hoje, uma em três pessoas, não passa sem o uso do chá em seu dia a dia uma vez que o café, embora tido como bebida independente é, na verdade, um tipo de chá.

Observa-se também na cultura popular o uso de plantas aromáticas para fins mais ecléticos. Algumas pessoas acreditam que dormir sobre um travesseiro contendo plantas aromáticas pode fazer bem à saúde, principalmente naquela soneca da tarde. Diz-se que o alecrim tonifica a mente, portanto é ótimo para o cansaço mental; o alfavacão é um excelente antisséptico pulmonar e expectorante; a alfazema serve para insônia e TPM. Além dessas, utiliza-se muito a camomila, o capim limão, a erva doce, que são calmante, o guaco, que é antitussígeno. E a lista vai do hortelã à sávia, passando pelo levante, majericão, melissa, poejo e por aí afora.

mal-me-quer