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Posts para categoria ‘Hortas e Medicinais’

bardana

Nome Científico: Arctium lappa
Nome Popular: Bardana,  Bardana-maior, Carrapicho-de-carneiro, Carrapicho-grande, Erva-dos-pega-massos, Erva-dos-tinhosos, Gobô, Labaca, Lapa, Orelha-de-gigante, Pega-nossa, Pegamassa, Pegamasso, Pegamoço, Pejamaço, Perga-masso, Erva-dos-tinhosos
Família: Asteraceae
Origem: Europa
Ciclo de Vida: Bienal

A bardana é uma planta herbácea, bastante popular no mundo todo por suas características nutricionais e fitoterápicas. Sua utilização na alimentação e medicina remonta à Grécia Antiga. A bardana apresenta caule robusto, alto, capaz de alcançar 2 metros de altura, podendo ser verde ou arroxeado de acordo com a variedade. Suas folhas são grandes, cordiformes, com pecíolos longos e pubescentes na página inferior. As inflorescências são capítulos globulares que reúnem graciosas flores róseas a arroxeadas.

A inflorescência é protegida por um invólucro de brácteas que terminam em gancho, resultando em uma forma espinhuda capaz de se dispersar por longas distâncias, presas na pelagem dos animais. Fibras semelhantes ao algodão se formam entorno dos “espinhos”. Os frutos são do tipo aquênio, com sementes castanhas, alongadas, lisas e pequenas, envoltas em pelos urticantes. As raízes são carnosas, adocicadas e levemente amargas e atingem cerca de 50 cm de comprimento. Elas são geralmente de cor clara, mas oxidam rapidamente em contato com o ar.

A bardana é planta indispensável em qualquer horta, pois é atóxica, nutritiva e com muitos poderes medicinais. Diz-se até que é uma farmácia completa. Além disso, é rústica e fácil de cultivar. Ela também pode ser aproveitada na culinária, principalmente na japonesa, que se especializou no preparo da planta. As raízes da bardana são ótimas para sopas, refogadas em óleo de soja, com arroz, em refogados de carne e até mesmo fritas como chips. As folhas podem ser utilizadas da mesma forma como a acelga, crua ou cozida. As flores também podem ser aproveitadas e têm sabor semelhante às alcachofras.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Adapta-se a uma ampla variedade climática, mas prefere o clima mais ameno. Para a obtenção de raízes longas e bonitas, sugere-se preparar os canteiros  da mesma forma que para cenouras, elevando-os em pelo menos 15 cm de altura. Responde muito bem à adubação nitrogenada. Multiplica-se por sementes, postas a germinar no meio do verão. A colheita de raízes se inicia cerca de 4 meses após o plantio. As folhas e raízes devem ser colhidas antes da floração, para que não percam suas propriedades ou fiquem fibrosas.

No uso medicinal são indicadas para: Afecções da pele, mucosas e cabelos (na forma de cataplasmas), problemas digestivos e do fígado, escorbuto, reumatismo, diabetes, herpes simples, picadas de insetos, depuração do sangue.

Suas propriedades: Antisséptico, bactericida, diurética, diaforética, adstringente, antiinflamatória, anestésica, calmante, tônica, rica em vitamina C, fungicida, colagoga, cicatrizante.

Partes usadas: Folhas e raízes (Uso interno e externo).

passarinho

malva sylvestris zebrinusMalva sylvestris L

Cultivada como planta ornamental pela beleza das suas flores, a malva (Malva sylvestris L.) é uma planta pertencente à família das Malváceas, originária da Europa, que pode atingir até cerca de 1 metro de altura. Popularmente, recebe vários nomes, como malva-de-botica, malva-maior ou malva-selvagem. É uma planta usada em fitoterapia e apreciada como hortaliça desde o século VIII a.C. Suas folhas são mais usadas na medicina popular, entretanto, as flores da malva constam das farmacopéias da Itália, França, Alemanha e da Suíça. Além disso, em muitos países da Europa, as flores secas são muito mais consumidas do que as folhas.
Ainda como medicinal, a malva também é aplicada na veterinária, nos casos de prisão de ventre de animais domésticos, principalmente em cães.
A planta contém mucilagens, antocianina, tanino e um óleo essencial volátil com propriedades calmantes, emolientes e laxativas. O uso da malva é indicado nas inflamações da boca (aftas e gengivites) e garganta, principalmente na forma de gargarejos. O chá é usado em casos de prisão de ventre, úlceras e gastrite. Na forma de emplastro, a malva é recomendada para tratar abcessos e as compressas feitas com as folhas são consideradas ótimas para aliviar queimaduras de sol.

As folhas da planta são bem verdes, com longos pecíolos, serreadas nas bordas e com pêlos ásperos, embora moles e macios ao tato. Já as flores são bem características: quando totalmente abertas, apresentam cinco pétalas afastadas, estreitas na base, largas e chanfradas na parte superior, a coloração é rósea e o florescimento se dá nos meses mais quentes do ano e, dependendo da região, pode ocorrer do final da primavera até meados do outono.

Esta planta vegeta espontaneamente nos continentes europeu, africano e americano. No Brasil, desenvolve-se bem em locais de clima mais ameno, como a região Sul. A Malva sylvestris L. não deve ser confundida com outras plantas existentes no Brasil ou no exterior e conhecidas pelo mesmo nome popular de “malva”, pertencentes a outras espécies ou gêneros como Pavonia, Sida, Althaea, Abutilon, Eremanthus, etc.

Dos 40 gêneros da família das malváceas existentes no mundo, 20 deles são encontrados na flora indígena brasileira, ou são cultivados, como o algodoeiro, o quiabo, a altéia, etc. Do gênero “malva”, existem umas 30 espécies e é preciso muito cuidado com as confusões, pois as finalidades medicinais de algumas malvas são diferentes.

A malva propaga-se por meio de sementes, divisão de touceiras ou estaquia. Embora seja nativa de climas temperados, a malva tolera climas mais quentes. Seu cultivo exige luz solar direta pelo menos 4 horas por dia e recomenda-se proteger a planta contra geadas e frio intenso. Em regiões onde o inverno é muito rigoroso, a malva comporta-se como planta anual.

Solo ideal: rico em matéria orgânica

Regas: freqüente durante a fase de formação dos botões florais e espaçadas nos outros períodos;

Cuidados gerais: controlar a invasão de ervas daninhas e evitar a umidade excessiva, que pode provocar a proliferação de fungos;

Colheita: as folhas da malva devem ser colhidas durante o período de floração e as flores, antes da abertura dos botões florais.

passarinho

ervas

Ervas também conhecidas como plantas medicinais são plantas que contém substâncias bio-ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas. Muitas destas plantas são venenosas ou pelo menos levemente tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado.

Existe um grande número de espécies em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) e suas propriedades são estudadas nos laboratórios das empresas farmacêuticas, a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais (princípio ativo) e assim, produzir novos fármacos. Muitas destas ervas também são usadas na culinária, sendo chamadas de ervas aromáticas, usadas como condimentos, também chamados de temperos ou especiarias. As ervas são, na maior parte das vezes, definidas de duas formas:

- Plantas de caule macio ou maleável, normalmente rasteiro, sem a presença de lignina (podendo, geralmente, ser cortado apenas com a unha) – ou seja, sem caule lenhoso, também chamadas de plantas herbáceas.

- Plantas cujo caule não sofre crescimento secundário ao longo de seu desenvolvimento.

condimentos

horta_
Comece escolhendo a área mais plana do terreno, porque naquelas em declive as águas da chuva acabam levando a camada superficial do solo, que é a que contém os nutrientes indispensáveis para as verduras que serão cultivadas.

Evite os espaços que são mais castigados pelos ventos, já que estes ressecam por demais as hortaliças. Pronto! Agora cavoque a terra deixando ela bem fofa e sem mato.

Com a mesma enxada que usou na capina organize os canteiros, eles devem ficar a 15 cm de altura, se o terreno escolhido tiver um solo úmido, caso contrário podem ser feitos a nível do chão. A largura ideal é de 1,20 m e o comprimento máximo de 8,00 m. Deixe 60 cm entre os canteiros, uma distância menor pode prejudicar os trabalhos de lavoura posteriores.

Um substrato fino misturado a terra, que deve estar livre de qualquer tipo de entulho, é aconselhável para que as sementes germinem bem. Pode-se adicionar, também por m²:

- 2 k de esterco de boi, cavalo ou porco, bem curtido ou 700 g de esterco de galinha;
- 100 g de torta de mamona;
- 250 g de farinha de osso ou de sangue;
- 2 litros de cinzas de lenha, limpas de gordura e de sal;
- 10 g de salitre do Chile;
- 50 g de superfosfato simples ou 40 g de termofosfato magnesiano.

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