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Posts para categoria ‘Gramados e Forrações’

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Em lugares sem pisoteio, ao redor de árvores e sob pequenos bosques de árvores e arbustos, a cobertura vegetal chamada também de forração pode cumprir bem o papel de cobertura do solo, preservando a umidade bem como a beleza do projeto paisagístico.

Escolhem-se as plantas para as forrações, conforme a insolação e o tipo de solo do local. Após seu estabelecimento necessitam muito pouco de cuidados, fertilizantes e manutenção.

São permanentes, ajudando na retenção de água das chuvas e de regas. Este fator diminui a percolação das águas levando a camada superficial do solo ou encher as ruas e transbordar bueiros, principalmente em áreas com pisos e asfaltos.

Desde que espalhar-se é uma das características das plantas para forrações, a seleção cuidadosa é a verdadeira chave do sucesso. As heras (Hedera helix), por exemplo, além de estender-se pelo chão são capazes de subir muros e árvores, enredando todos com seus ramos e folhas triangulares. Se não é esta a intenção do projeto, evite colocá-las.
Lugares com certo declive costumam ficar esplêndidos com a hera ou então com a vinca-de-flores azuis (Vinca major).
Além de economizar água, mão-de-obra e ser paisagisticamente corretas no que diz respeito à sustentabilidade, as coberturas vegetais são excelentes controladoras de ervas daninhas.

Características gerais:
- Caule herbáceo: é um tipo de caule flexível e frágil, diferenciando-se deespécies arbustivas, pois estas possuem caules lenhosos, mais rígidos e resistentes, devido à presença de lignina.
- Crescimento rápido e mais horizontal: proporcionando um rápido fechamento, escondendo o solo e, como são baixas, não atrapalham a visualização de outras espécies.
- Não resistem ao pisoteio: as forrações não resistem ao pisoteio, como os gramados, devendo-se evitar plantá-las em locais onde haja risco de pisoteio. Algumas como a falsa-érica e a brilhantina, se pisoteadas, quebram seus caules ficando falhas por algum tempo.
- Grande número de espécies com variedades de cores e texturas: diferentemente dos gramados, que possuem poucas espécies, todas verdes e de mesma textura, as forrações são representadas por centenas de espécies, com grande variedade de cores e texturas, permitindo a criação de efeitos bastante interessantes no paisagismo.

- Adaptação a ambientes variados: encontramos forrações para qualquer tipo de ambiente, luminosidade, irrigação, rusticidade.
- Ciclo limitado: algumas espécies de forrações possuem ciclo anual, necessitando serem replantada.

Usos no paisagismo:
- Elemento de integração entre gramados e espécies mais altas: dando continuidade e perspectiva aos elementos vegetais em termos de altura e volumes.
- Acabamento em vasos e jardineiras: utilizadas para esconder o solo e complementar o elemento principal.
- Painéis decorativos: as forrações podem ser plantadas em pequenos vasos, placas de xaxim, muros vazados, placas de madeira ou placas de fibra de coco com molduras de bambu formando painéis decorativos em muros e paredes.

As principais vantagens e desvantagens são:
Vantagens:
* Não ocupam espaço horizontal: são apropriadas para cobrir muros e paredes onde não há espaço para plantio de plantas de maior porte.
* Efeito paisagístico diferenciado: a combinação entre estrutura e planta cria um conjunto que valoriza o ambiente.

Desvantagens:
* Estão sempre relacionados com posição (altura), baixo volume, e grande quantidade de elementos (recipientes) que dificultam a fixação e manutenção.
* Irrigação e adubação mais freqüentes: uma forma de minimizar este fator, é utilizar vermiculita, que absorve água e nutrientes. Deve-se pensar ainda em soluções para drenagem do excesso de água da irrigação ou uso de métodos como gotejamento ou aspersão para minimizar este problema.
* Dificuldade de limpeza e poda: a altura e a quantidade de elementos dificultam estes trabalhos.
* Desprendimento das estruturas: placas de fibra de xaxim ou de coco podem soltar com o tempo, necessitando nova fixação.

- Proteção do solo: em locais inclinados, a forração evita ou diminui processos erosivos, pois fecha rapidamente e seus caules e raízes diminuem a velocidade da água, diminuindo o impacto da gota de chuva e o arrastamento das partículas de solo.

Algumas forrações rústicas, tais como wedélia (Wedelia paludosa), grama amendoim (Arachis repens), hera (Hedera canariensis) e grama preta (Ophiopogon japonicus) possuem algumas vantagens sobre os gramados:
* Menor manutenção: gramados exigem cortes, adubação, cobertura, controle de daninhas, cuja dificuldade aumenta com o aumento da inclinação.
* Rusticidade: terrenos inclinados geralmente possuem menor capacidade de reter umidade, menor insolação e menor fertilidade. Assim, espécies de forrações rústicas desenvolvem-se melhor que as espécies de gramados comerciais, que são mais exigentes.
* Outra forma de proteger o solo está relacionada com a redução de incidência do sol através do plantio de forrações, que acabam abafando certas ervas daninhas indesejadas.

- Bordaduras: são forrações plantadas em linhas, delimitando uma área, realçando-a, ou até servindo para indicar acessos e caminhos.
– Maciços: são áreas maiores plantadas com uma única espécie, formando um conjunto único e coeso.

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Vedélia
Vedélia (Wedelia paludosa)
- Ramagem rasteira muito densa, o que garante cobertura rápida do solo;
- Pequenas flores amarelas praticamente todo o ano;
- Bastante utilizada em canteiros públicos, ideal para revestir taludes e barrancos pela rusticidade.

Grama-amendoim (Arachis repens)
- Folhagem densa verde escura, bastante ornamental;
- Pequenas flores amarelas delicadas nas épocas mais quentes;
- Protegem taludes mais íngremes por formar uma cobertura vegetal densa, com boa fixação das raízes no sol;
- Durante a noite, as folhas se ‘fecham’, o que pode não ser muito desejável em termos estéticos, em locais muito freqüentados neste período.

Grama-preta (Ophiopogon japonicus)
- Folhas finas e lineares;
- Suporta sol pleno, meia sombra e sombra;
- Tolera temperaturas baixas;
- Utilizada como bordadura.

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Para se ter um canteiro de forrações sempre bonito, é imprescindível uma boa manutenção, compreendendo as seguintes práticas:

Irrigação:
A quantidade e o regime de rega são variáveis para cada espécie. No grupo das forrações, existem espécies mais tolerantes à seca, no entanto, todas elas precisam ser bem irrigadas até seu pegamento:
- Pingo-de-ouro; Falsa-érica; Grama-preta; Moréia; Jasmim-amarelo.

Outras, por sua vez, são bastante exigentes na rega, sendo muito prejudicadas esteticamente na sua falta. Normalmente compreendem as espécies mais delicadas, anuais ou bianuais. Alguns exemplos são:
- Impatiens;  Sálvia; Gerânio; Petúnia; Begônia.

Erradicação de plantas daninhas:
Esta prática é mais exigida nas primeiras semanas após o plantio, quando as mudas ainda são pequenas e o solo fica mais exposto, favorecendo seu desenvolvimento. Em alguns casos, quando a forração possui uma folhagem bastante densa, como, por exemplo, a grama-amendoim, ou o pingo-de-ouro, dificilmente aparecerão plantas daninhas, pois são abafadas ou sombreadas. Quando aparecerem, devem ser arrancadas manualmente.

Poda:
As forrações podem ser podadas com alguns objetivos:

- Poda de contenção: retirar todas as brotações que estejam descaracterizando a forma do canteiro ou limitar o crescimento dando forma, como, por exemplo, o pingode-ouro, que utilizado como bordadura ou cerca viva é podado para não ultrapassar uma altura desejada e adquirir uma forma mais definida (quadrado ou arredondado).

- Poda de formação: promover podas anuais (cada espécie possui a época adequada), para incentivar novas brotações. Bastante recomendável para espécies reptantes ou que ficam muito densas, como, por exemplo, a grama-amendoim e o dinheiro-em-penca.

- Poda de limpeza: remoção de flores, folhas e ramos, secos ou doentes, tanto pelo aspecto estético como pelo fitossanitário.

Desbaste:
A remoção de algumas mudas do canteiro de forrações, muitas vezes causa um efeito estético melhor e garante o bom desenvolvimento, sem competição.
O clorofito, por exemplo, pode se entouceirar muito dando uma impressão de sufocamento da planta. Essa prática também pode ser realizada com intuito de multiplicação de plantas, por divisão de touceiras, por exemplo, como grama-preta, clorofito, moréia, etc.

Adubação:
Canteiros bem adubados garantem a beleza das forrações, principalmente daquelas que produzem flor. Portanto, o suprimento de fósforo deve ser garantido. Para adubação de manutenção (no inicio da primavera), pode-se utilizar:
- Adubação de cobertura: 2 vezes por ano (também em janeiro), 100 g/m2 de 10-10-10 em casa aplicação;
- Calagem: 1 vez por ano, 200 g/m2;
- Adubação orgânica: 10 L/m2/ano.

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folha atacada por oídioFolha atacada por oídio

Botrytis ou Mofo-cinzento - Descoloração das pétalas que se cobrem de um mofo cinzento e depois apodrecem.
Begônia, mini-ixora, gerânio, orquídeas-terrestres, etc.

Oidio - Manchas brancas de aspecto aveludado. Com a evolução da doença, essas lesões setornam grandes massas pulverulentas atingindo toda a extensão da folha, que, amarelece e murcha.
Zínia, violeta, verbena.

Ferrugem - As plantas severamente atacadas perdem água rapidamente, tem a área fotossinteticamente ativa reduzida e morrem precocemente.
Gerânio, antúrio, gladíolo, etc.

Podridão-das-raizes - Plantas ficam amarelecidas, há queda das folhas e seca progressiva dos ramos até a morte.
Sálvia, Amor-perfeito.

Antracnose por Colletotrichum gleosporioides - Necrose e queda do tecido foliar. Podem atingir grandes extensões da área foliar.
Antúrio e caeté.

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