Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Glossário’

Aeróbico – ser ou organismo que vive, cresce ou metaboliza apenas em presença do oxigênio.

Autótrofos – seres vivos, como as plantas, que produzem seus próprios alimentos à custa de energia solar, do CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos = nutrir.

Banco de germoplasma – o mesmo que banco genético. Expressão genética para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes.

Biocenose – conjunto equilibrado de animais e de plantas de uma comunidade.

Biodegradável – substância que se decompõe pela ação de seres vivos.

Biodiversidade – representa o conjunto de espécies animais e vegetais viventes.

Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce.

Biomassa – quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa determinada área, e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número.

Biota – conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente.

Biótico – é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.

Chorume – resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor.

Ciclo vital – compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos.

Clímax – complexo de formações vegetais mais ou menos estáveis durante longo tempo, em condições de evolução natural. Diz-se que está em equilíbrio quando as alterações que apresenta não implicam em rupturas importantes no esquema de distribuição de energia e materiais entre seus componentes vivos. Pode ser também a última comunidade biológica em que termina a sucessão ecológica, isto é, a comunidade estável, que não sofre mais mudanças direcionais.

Clorofila – pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina do sangue dos mamíferos, solúvel em solventes orgânicos. Capta a energia solar para realização da fotossíntese.

Cobertura morta – camada natural de resíduos de plantas espalhadas sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas.

Decompositores – organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que saprófitas.

Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do grego: oikos = casa, moradia + logos = estudo.

Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. Os ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.

Epífitas – plantas que crescem agarradas a outras plantas, tais como as orquídeas, musgos, líquens, bromélias, etc.

Espécie pioneira – espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de plantas em razão da ação do homem ou de forças naturais.

Fator ecológico – refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.

Fitoplâncton – conjunto de plantas flutuantes, como algas, de um ecossistema aquático.

Fotossíntese – processo bioquímico que permite aos vegetais sintetizar substâncias orgânicas complexas e de alto conteúdo energético, a partir de substâncias minerais simples e de baixo conteúdo energético. Para isso, utilizam-se de energia solar que captam nas moléculas de clorofila. Neste processo, a planta consome gás carbônico (CO2) e água, liberando oxigênio (O2) para a atmosfera. É o processo pelo qual as plantas utilizam a luz solar como fonte de energia para formar substâncias nutritivas.

Habitat – ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos. Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um determinado organismo, é seu habitat. O habitat constitui a totalidade do ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat porque tem um determinado nicho ecológico.

Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência.

Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.

Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade de fabricar alimento usando a energia da luz solar.

Simbiose – associação interespecífica harmônica, com benefícios mútuos e interdependência metabólica.

flor10

Ácida - Diz-se de uma substância (solo, mistura para vasos, água, etc.) com um valor de pH inferior a 7,0. A acidez é sinal de falta de calcário ou de outra substância alcalina. V. também neutra e pH.

Alcalina – Diz-se de uma substância (solo, mistura para vasos, água, etc.) com um valor de pH superior a 7,0. A alcalinidade pode ser devida à presença de calcário. O contrário de ácida.

Alterna - Trata-se de uma forma de inserção das folhas num caule. As folhas alternas nascem isoladamente a diferentes alturas, mais ou menos segundo uma disposição alternada de um lado e outro do caule. Vt. oposta.

Antera – A parte da flor onde se encontram os grãos de pólen (as células sexuais masculinas). A antera situa-se geralmente na extremidade de um longo filete. O conjunto filete-antera constitui o estame.

Anual – Planta que germina, floresce, produz semente e morre no intervalo de um ano. Vt. bienal e vivaz

Arbusto – Planta de pequeno porte que apresenta caules lenhosos permanentes que normalmente se ramificam a partir da base, em vez de possuírem um só caule ou tronco.

Aréola ou Auréola – Órgão próprio da família das Cactaceae. Lançamento lateral modificado, a aréola tem em geral a forma de uma almofada com pêlos e/ou espinhos. As aréolas emitem flores e rebentos; cada aréola floresce apenas uma vez.

Árvore – Planta lenhosa com um tronco principal bem definido entre o solo e os primeiros ramos.

AtarraqueVt. desponta.

Axadrezado – Diz-se de pétalas e de folhas variegadas que apresentam um desenho quadriculado ou reticulado em cores contrastantes.

Axila – O ângulo formado pela folha ou pelo pecíolo com o caule que o suporta. Designa-se por axilar qualquer gomo situado numa axila.

Bainha – Qualquer estrutura tubular protetora que envolve outro órgão da planta. Ex: a bainha que constitui a base de uma folha e que abraça total ou parcialmente o ramo ou o caule.

Bienal – Planta que germina, floresce, produz sementes e morre no intervalo de dois anos. Vt. anual e  vivaz.

Bigenérico – Refere-se a um híbrido resultante do cruzamento entre progenitores pertencentes a dois gêneros distintos. Vt. intergenérico.

Bolbilho ou Bulbilho – Pequeno bolbo imaturo que certas plantas bulbosas formam na base dos bolbos maduros ou nos caules. Este termo usa-se por vezes sem grande rigor para designar tubérculos minúsculos, como os de algumas begônias, ou rebentos folhosos com bases pequenas, como em certos fetos.

Bolbo ou Bulbo – Órgão de armazenamento de reservas nutritivas, geralmente subterrâneo, e comparável a um gomo na medida em que contém, em embrião, as folhas e por vezes as flores da planta. os bolbos, que permitem que numerosas plantas suportem longos períodos de inatividade total (dormência), apresentam frequentemente uma membrana protetora (túnica).

Bráctea – Folha modificada, frequentemente fazendo parte de uma flor, e cujo aspecto pode ser o de uma folha ou de uma pétala; é por vezes muito colorida e duradoura.

Caduca – Diz-se da folhagem que cai anualmente no final de um período de crescimento ativo e que, após o período de repouso, se renova.

Cálice – Invólucro externo de uma flor que pode ser constituído por sépalas livres ou soldadas numa estrutura única. O cálice é em geral resistente, de cor verde, e protege a corola, que se encontra no seu interior. Em algumas plantas, contudo, apresenta-se intensamente colorido e assemelha-se à corola.

Casca – Invólucro exterior dos caules, troncos, frutos, tubérculos, sementes, etc. Muitas plantas enraízam mais rapidamente a partir de estacas com um pouco de casca (designadas por estacas lenhosas).

Cavalo – Ramo ou tronco em que se enxerta a planta que se quer propagar.

Clorose – Estado das plantas no qual as folhas se tornam anormalmente descoloridas, esbranquiçadas ou amarelas e que em geral se deve a carência de minerais essenciais, principalmente ferro.

Colo – Zona na base ou no centro de uma herbácea vivaz de onde partem rebentos e raízes. O colo é, na planta, o ponto de contacto entre rebentos e raízes.

Coluna - Corpo em que as partes masculina e feminina da flor se encontram fundidas. A coluna é uma característica essencial para a identificação das orquídeas.

Composta – Refere-se principalmente a uma folha formada por dois ou mais limbos, embora este termo possa também designar flores ou frutos constituídos por várias partes semelhantes. O contrário de simples.

Cormo – Órgão subterrâneo rico em reservas formado na base intumescida do caule, geralmente protegido pela túnica, escamas de consistência semelhante à do papel.

Corola – É habitualmente a parte mais decorativa da flor. Pode ser constituída por pétalas livres ou soldadas formando uma estrutura única. Ao contrário do cálice, normalmente verde, a corola pode apresentar várias cores.

Costas – Em geral, linha em relevo que percorre órgãos e partes vegetais formando ressalto.

Cotilédone – A primeira folha ou folhas que emergem após a germinação e cuja função é nutrir a jovem planta nas primeiras fases do seu crescimento. Com frequência, os cotilédones diferem no aspecto das folhas que nascem depois, assim como das folhas adultas.

Cristado – Com cristas ou em forma de crista. Designa uma excrescência de aspecto anormal em forma de crista que pode surgir em determinado ponto de uma folha, caule ou flor. Entre as plantas de interior encontram-se alguns fetos de folhas cristadas e certos tipos de cactos e algumas suculentas de caules também cristados.

Cultivar – Designação atribuída a uma variedade originada não espontaneamente mas por cultura. Os nomes dos cultivares são expressos numa língua moderna, e não em latim, e devem escrever-se entre aspas simples. Vt. variedade.

Desponta – Remoção do gomo terminal de um caule, promovendo assim o desenvolvimento a partir de nós situados noutros pontos do caule. Esta operação, também designada por atarraque, destina-se a estimular o aparecimento de folhagem mais densa e/ou a produção de botões. Embora esta operação possa ser feita com o indicador e o polegar, deve recorrer-se de preferência a uma lâmina afiada.

Digitada – Significa à letra «em forma de dedos» e aplica-se para descrever um folha com três ou mais folíolos emergindo de um único ponto do pecíolo.

Disco - Extremidade muito dilatada do caule na qual estão inseridas as peças florais. O disco é uma característica da inflorescência (capítulo) das plantas da família Compositae.

Dobrada – Diz-se da flor que apresenta pelo menos duas camadas completas de pétalas. Vt. singela e semidobrada.

Dormência – Estado temporário de inatividade total. Esta palavra tem uma interpretação muito ampla entre os botânicos. Contudo, no seu sentido mais restrito, considera-se que uma planta se encontra não apenas em repouso, mas em estado de dormência, quando a sua parte aérea murcha (e por vezes também as raízes, como acontece com grande número de bolbos).

Entrenó – Porção de3 caule entre dois nós.

Epífita – Planta que no estado selvagem cresce sobre outra ou em rochas. As epífitas seguram-se aos suportes por meio de raízes aéreas e absorvem o alimento da atmosfera ou das fendas onde se alojam. As epífitas, entre as quais se destacam as bromeliáceas e as orquídeas, não são plantas parasitas.

Espádice – Tipo de inflorescências mais comuns nas plantas da família Araceae formada por uma espiga de flores unissexuais e eixo carnudo envolvida por uma bráctea ampla, não raro colorida. Vt. espata.

Espata – Bráctea ou folha modificada, grande, por vezes intensamente colorida, que envolve ou suporta a espádice em plantas que pertencem à família Araceae.

Esporângio – Órgão produtor de esporos. O mesmo que soro.

Esporão ou cálcar - Nas flores, o esporão é uma projeção oca, geralmente cônica ou tubular, contendo néctar para atrair os insetos polinizadores. Este termo designa também um ramo curto portador de gomos florais como nas hóias.

Esporo – Minúsculo corpo reprodutor unicelular dos fetos e dos musgos. Os esporos dos fetos encontram-se em formações acastanhadas salientes (esporângios ou soros) na página inferior das frondes.

Estaca – Uma porção de caule, folha ou raiz, ou por vezes toda uma folha, retirada de uma planta e tratada de forma que produza raízes e eventualmente se transforme numa nova planta.

Estame – Unidade do androceu (parte masculina da flor). Compõe-se geralmente de filete e antera.

Estigma – Porção superior do pistilo (órgão feminino da flor) que recebe o pólen e geralmente se torna muito viscosa quando a flor está apta a ser polinizada.

Estilete – A haste que liga o ovário ao estigma no pistilo de uma flor. O estilete, de comprimento e largura variáveis, é inexistente em alguns tipos de flor.

Estiolado – Termo aplicado a plantas cujos caules se tornaram longos e finos com folhas pequenas, frequentemente descoloridas, em geral devido a luz inadequada ou, especialmente no caso de plântulas, a aglomeração excessiva.

Estípula – Apêndice em forma de folha ou de escama que certas plantas apresentam na base do pecíolo.

Estolho – Caule rastejante que enraíza nos nós e assegura a multiplicação da planta.

Estomas ou estômatos – Poros respiratórios microscópicos situados, na sua maioria, na página inferior das folhas.

Fauce – Abertura de uma corola campanulada, afunilada ou tubulosa. Designa também a região interna em que o limbo da corola se liga ao tubo do cálice.

Filete - Qualquer órgão filiforme; mas utiliza-se principalmente para designar, numa flor, o eixo do estame terminado pela antera.

Filho – Certas plantas emitem como que miniaturas suas que podemos chamar filhos.

Flor – Órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina (estame) é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes.

Folha – Órgão em que o processo da fotossíntese gerador de energia é levado a efeito graças à clorofila (substância verde). Um pequeno número de plantas não apresenta folhas (por exemplo, cactos). A folha completa inclui: bainha, pecíolo e limbo.

Folíolo – Qualquer segmento de uma folha composta. Vt. pina, pínula.

Forçagem – Processo que tem por objetivo provocar o desenvolvimento das plantas fora da época própria, recorrendo para isso a meios artificiais, em geral calor e luz.

Fronde – Usa-se principalmente como termo de alternativa para folhas de fetos (simples ou compostas). Vt. composta, pinulada, ráquis.

Gavinha - Trata-se de uma adaptação de uma folha ou de um ramo destinados a segurar certas plantas trepadeiras. É um órgão filiforme emergindo da axila da folha. Em algumas plantas são os pecíolos que desempenham o papel das gavinhas.

Gloquídio – Pêlo minúsculo, farpado e rígido que se encontra em tufos em certos cactos (opúncias, por exemplo), em vez de, ou juntamente com, espinhos lenhosos. Tal como estes, os gloquídios emergem das aréolas do cacto.

Gomo – Ponto vegetativo geralmente protegido por escamas sobrepostas. O gomo foliar contém folhas em embrião. O gomo floral, ou botão, contém, em embrião, flores ou grupos de flores.

Herbácea – Diz-se da planta de consistência tenra, não lenhosa. Embora o termo se aplique principalmente às plantas vivazes cuja parte aérea murcha completamente no Inverno, pode ainda designar qualquer tipo de planta cujo caule nunca se torna lenhoso.

Híbrido – Planta resultante do cruzamento entre dois progenitores diferentes (que podem ser de diferentes variedades, subespécies ou espécies de um único gênero, ou mesmo formas diferentes de gêneros muito próximos). Geralmente, não é possível cruzar plantas de famílias diferentes.

Indumento- Escamas, pêlos ou partículas minúsculas que cobrem a folhagem e/ou outras partes da planta e que lhe conferem aspectos vários.

Inflorescência – Termo genérico para designar a parte floral de uma planta. Embora tecnicamente se aplique a qualquer flor em qualquer caule, emprega-se mais vulgarmente em relação a conjuntos de flores, tais como capítulo, cacho, espiga e umbela, entre outros.

Intergenérico – Diz-se de um híbrido resultante do cruzamento múltiplo entre progenitores distintos. Por vezes, designam-se por intergenéricos os híbridos que têm apenas dois progenitores, embora neste caso seja mais correcto classificá-los como bigenéricos.

Involuto - Côncavo como uma calha. Emprega-se geralmente para folhas compridas e estreitas com margens viradas para cima, e ainda para descrever caules que apresentam uma canelura num dos lados formando uma depressão.

Labelo – Parte da corola que é geralmente diferente dos restantes segmentos e constitui em geral o segmento inferior da flor. O labelo é uma característica de todas as orquídeas.

Látex - Suco leitoso produzido por certas plantas, como as eufórbias e alguns ficus. Pode ser venenoso.

Lenhoso. Diz-se do tecido que se torna rijo. Os caules lenhosos são em geral vivazes.

Limbo – Porção expandida de um órgão, em particular de uma folha. Designa aquilo a que vulgarmente se chama folha.

Lobo – Qualquer porção (geralmente, embora nem sempre, arredondada) de um órgão, como uma folha ou pétala, que apresenta recorte profundo.

Mamilo – Excrescência ou protuberância arredondada num órgão de uma planta. Os mamilos são particularmente abundantes nos caules de numerosos cactos, constituindo uma característica de algumas espécies.

Margem – A beira ou a linha que delimita um órgão de uma planta; este termo aplica-se principalmente à orla da folha.

Monopodial – Diz-se de um caule que continua a crescer a partir de um único ponto vegetativo, ramificando-se muito raramente; este termo aplica-se, sobretudo em relação às orquídeas.

Muda – Planta jovem obtida da germinação da semente ou de estacaria, não apresentando ainda ramificações do caule, mas que se encontra suficientemente desenvolvida para poder ser envasadas.

Nervura - Veio de tecido condutor, em particular uma folha. As nervuras são em geral mais pronunciadas na sua página inferior. Quando se situa no prolongamento do pecíolo, a nervura diz-se central ou em folhas compostas ráquis.

Nervura central – Nervura geralmente saliente em relação à superfície da folha e  que a percorre longitudinalmente, dividindo-a em duas partes iguais.

Neutra – Diz-se de uma substância ( solo, mistura de envasar, água, etc.) que não é nem ácida nem alcalina. (Na escala pH o neutro corresponde ao índice 7,0).

- O local, num caule ou num ramo, de onde emergem folhas e lançamentos laterais. Os nós são frequentemente designados por articulações e apresentam-se por vezes intumescidos. Um nó pode ter perdido a respectiva folha.

Olho – Em horticultura, uma palavra com dois significados diferentes. Um olho pode ser um gomo num caule ou num tubérculo. E um olho é também o centro de uma flor, especialmente quando esta é rodada e a cor do centro contrasta com a do resto da flor.

Ondulado – Com margens que ondulam como as de um folho; embora este termo se possa aplicar à pétalas e à sépalas, usa-se principalmente com a do resto da flor.

Oposta – Emprega-se este termo para designar a inserção das folhas num caule. Neste caso, as folhas nascem duas em cada nó, em lados opostos do caule.

Ovário – Porção do pistilo que suporta os óvulos.

Pecíolo – O pé de uma folha. Uma das partes que compõem a folha (as outras são a bainha e o limbo).

Pedúnculo – O pé da flor.

Pendente – Que pende, suspenso.

Perianto – Os invólucros da flor, isto é, o conjunto do cálice e da corola que envolve os órgãos de reprodução.

Período de crescimento ativo – O período em cada doze meses (não necessariamente coincidentes com o ano do calendário) em que uma planta emite novas folhas, aumenta de tamanho e, em geral, produz flores.

Período de repouso vegetativo – O período em cada doze meses em que uma planta se mantém relativamente inativa, conservando a sua folhagem, mas manifestando poucos ou nenhuns sinais de desenvolvimento.

Persistente – Diz-se da folhagem que ao longo do ano não cai, nem mesmo durante o período anual de repouso, se o houver. O contrário de caduca.

Pétala – Cada uma das partes que compõem a corola da flor.

pH – É o índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade solo, mistura de envasar, etc. A escala de pH é utilizada para medir a acidez ou a alcalinidade de qualquer destas substâncias. Esta escala vai de 0 a 14, sendo a água pura (pH 7,0) o padrão.

Pina – Folíolo de uma folha ou fronde pinulada.

Pínula – Cada um dos segmentos (folíolos) de uma folha recomposta, tripinulada ou tetrapinulada.

Pinulada ou penada – Diz-se de uma folha composta que apresenta dois ou mais folíolos (pinas) inseridos sobre um eixo no prolongamento do pecíolo. Em algumas folhas compostas – nas dos fetos em especial – cada pina encontra-se por sua vez dividida em outros folíolos (pínulas), tomando a folha, neste caso, o nome de recomposta ou bipinulada. Noutras, os folíolos secundários apresentam-se ainda divididos, designando-se a folha então por tripinulada ou tetrapinulada.

Pistilo – Órgão feminino da flor. O pistilo compõe-se normalmente de ovário (onde se desenvolvem as sementes), estilete e estigma.

Plântula – Plantinha nascida há pouco, diretamente resultante da germinação da semente.

Pôla - Rebento de caule que se insere na base do tronco próximo do colo e que emite folhas e raízes próprias.

Polvilho ou pruína – Pó muito fino, de natureza cerosa, em geral de cor esbranquiçada ou azulada, que reveste certas folhas e frutos.

Ponto de crescimento ou ponto vegetativo – Ponto da planta onde, como consequência da atividade das células aí localizadas, se produz um fenômeno de crescimento .

Proeminências longitudinais – Termo que designa umas saliências longitudinais na superfície dos caules dos cactos.

Pseudobulbo – Um falso bolbo. Numa orquídea epífita, o pseudobulbo consiste num caule espessado que emerge do rizoma a intervalos e serve de órgão de armazenamento – não muito diferente, afinal, de um bolbo à superfície -, muitas vezes ostentando folhas e flores, se as houver.

Quilha - Crista em forma de V semelhante à quilha de um barco que surge numa das páginas de uma folha ou de uma pétala devido à existência de uma canelura na outra página.

Raiz aprumada – Raiz que se desenvolve penetrando mais ou menos verticalmente no solo, em particular se é a única ou a principal raiz da planta.

Raízes aéreas – Raízes que se desenvolvam no ar, emitidas por caules aéreos. As funções destas raízes são, frequentemente, a de segurar a planta  a árvores ou a outros suportes e a de absorver a umidade do ar.

Ráquis – Eixo central de uma folha composta, constituí um prolongamento do pecíolo. Designa também o eixo de um cacho de flores.

Rebento ou broto – Uma nova planta produzida naturalmente por uma planta adulta, em geral na base desta, como acontece com os bolbos, bromeliáceas, cactos e outras suculentas. Os rebentos arrancam-se facilmente para propagação.

Recomposta ou binipulada – Diz-se da folha em que, sobre o eixo que se encontra no prolongamento do seu pecíolo, estão inseridos outros eixos; sobre estes são também inseridos os folíolos.

Resistente. Diz-se das plantas que conseguem sobreviver ao ar livre durante todo o ano numa latitude em que geralmente ocorre um período anual de frio intenso. O contrário de sensível.

Rizoma – Caule carnudo, geralmente (mas nem sempre) horizontal e subterrâneo, que dura mais de uma estação de crescimento e que é, com frequência, um órgão de armazenamento de reservas. Normalmente, o rizoma emite raízes subterrâneas para absorverem o alimento, e ainda lançamentos aéreos.

Roseta – Disposição das folhas em que estas irradiam a partir de um centro, quer em hastes individuais (como nas saintpáulias), quer sobrepondo-se em espiral (como em grande número de echevérias e bromeliáceas).

Sarmento – Caule ou ramo lenhoso, longo e flexível, que se eleva apoiando-se em suportes vários.

Semidobrada – Diz-se de uma flor com mais de uma camada de pétalas, mas com menos do que as que se encontram numa flor dobrada.

Sensível – Diz-se da planta susceptível de ser afetada pelo frio, especialmente no Inverno, a uma dada latitude. A maioria das plantas de interior é sensível dentro dos limites da zona temperada. O contrário de resistente.

Sépala - Cada uma das partes que compõem um cálice.

Séssil – Sem bainha nem pecíolo; diz-se das folhas ou flores que emergem diretamente do caule.

Simples – Diz-se das folhas não divididas em folíolos. O contrário de composta.

Simpodial – Diz-se de acaules ou de rizomas em que os pontos vegetativos sucessivos (pseudobulbos ou nós, por exemplo), produzem inflorescências anuais e que o desenvolvimento ulterior se processa por ramificação.

Singela – Diz-se da flor que apresenta uma única camada de pétalas ou de lobos da corola.

Sinuado – Com margens recortadas num mesmo plano, sendo esse recorte irregular (no que difere de ondulado); embora este termo se aplique geralmente a folhas, pode também ser utilizado para pétalas e mesmo sépalas.

SoroVt. esporângio.

Subarbusto – Planta vivaz, lenhosa na base, mas apresentando caules de consistência herbácea.

Substituição superficial da mistura – Consiste em substituir uma camada de mistura retirada de um vaso por igual quantidade de uma nova mistura. Esta operação pratica-se normalmente como alternativa para a mudança de vaso com plantas que cresceram já demasiado para serem transplantadas para vasos ou recipientes maiores.

Suculenta – Qualquer planta, em geral oriunda de regiões relativamente secas, que apresenta caules carnudos e/ou folhas que podem armazenar água.

Terminal - Diz-se do gomo, ramo ou flor de um caule ou de uma planta situados no ponto mais elevado e geralmente central.

Torrão – O conjunto formado pelas raízes de uma planta e a mistura a que aderem num vaso ou em qualquer outro recipiente.

Transplantação - Operação que consiste em mudar os rebentos ou mudas dos vasos ou das caixas onde se obtiveram para outros recipientes em que possam ser plantados individualmente ou mais espaçados. Genericamente significa o mesmo que envasamento.

Tubérculo – Palavra utilizada para designar órgãos carnudos de vários tipos onde se acumulam reservas nutritivas. Por outras palavras, um caule dilatado acumula alimento para a planta, a fim de que esta possa resistir ao frio e/ou à seca. Os tubérculos caulinares podem ser subterrâneos ou desenvolver-se à superfície do solo; por vezes, encontram-se até em caules aéreos. São os gomos (olhos) existentes nos tubérculos que dão origem a novos rebentos.

Tubo do cálice – Nas corolas em que as pétalas se encontram unidas, a união das suas unhas denomina-se tubo do cálice.

Túnica – Invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, de numerosos bolbos e de cormos.

Variedade – Planta que difere da espécie original. O termo variedade, tal como o empregam os botânicos modernos, refere-se apenas a variantes que surgiram espontaneamente. Contudo, a palavra aplica-se com frequência a variantes obtidas por cultura que, em rigor, se deveriam designar por cultivares. O nome das variedades propriamente ditas é expresso em latim e sem aspas.

Variegado – Diz-se das folhas (e por vezes das flores) que apresentam riscas ou manchas ou qualquer outro desenho numa coloração diferente do verde habitual.

Verticilado – Três ou mais folhas ou flores irradiando de um único nó, como os raios de uma roda.

Vivaz – Planta que vive durante três ou mais estações, em geral por tempo indeterminado.

Vivíparas - Plantas nas quais se observa o seguinte fato: os embriões não possuem fase de vida latente e, portanto, vão-se desenvolvendo mesmo dentro da semente. Assim, quando a plântula se desprende da mãe, já se encontra bastante desenvolvida.

borboletinhas-azuis1

Conceitos

muda planta

• Muda – material de propagação vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de plantio.
• Muda-de torrão – muda com as raízes envolvidas por porção de terra devidamente acondicionada.
• Muda-de-raíz-nua – muda com raízes expostas, devidamente acondicionadas.
• Viveiro – área convenientemente demarcada para a produção de mudas.
• Viveiro a céu aberto - área livre demarcada para o plantio de mudas.
Viveiro rústico – com cobertura e laterais protegidas com material rústico (folhas de palmeiras etc.)
• Planta matriz – planta original com bons atributos genéticos de onde se extrai as hastes (garfos e borbulhas) para a propagação vegetativa.
• Propagação vegetativa – processo de reprodução assexuada.
• Produtor de mudas – pessoa física ou jurídica que produza sementes ou mudas por meio de semeadura ou plantio, assistido por um responsável técnico.
• Enxertia – método de propagação vegetativa para substituição da copa de uma planta visando a melhoria genética.
• Porta-enxerto ou cavalo – parte da enxertia que fornece as raízes,
• Enxerto ou cavaleiro – parte superir da enxertia que force a copa.
• Clone – planta ou conjunto de plantas genéticamente iguais à planta matriz.
• Estaquia – método de propagação vegetativa pelo enraizamento de estacas.
• Estaca – parte caulinar(pedaços do caule) usada para enraizamento.
• Alporquia – processo de multiplicação de plantas por enraizamento dos ramos antes de serem destacados da planta matriz ou planta-mãe.
• Pé-franco – muda obtida de semente, estaca ou raiz, sem o uso de enxertia.
• Muda-de-raíz-nua – muda com raízes expostas devidamente acondicionadas.
• Muda-de-torrão – muda envolvida por porção do solo devidamente acondicionada.
Muda seminal – originária de semente.
• Muda clonal – originária de um clone.

jardinagem

- A -

Abaxial – face inferior ou dorsal das folhas.
Acume –
ponta aguda e comprida.
Acuminado –
agudo, aguçado, pontiagudo; terminado em, ou provido de acume.
Adaxial –
face superior ou ventral das folhas.
Adnato –
ligado a alguma coisa de que parece fazer parte, que nasce junto de; fusão de diferentes partes, como labelo e coluna.
Aecial –
estado esporífico dos fungos destinado à multiplicação zigótica.
Alba –
variedade branca de uma flor.
Anamórfico – estado assexuado, conidial ou clonal dos fungos.
Androceu –
conjunto dos órgãos masculinos da flor, conjunto dos estames.
Antera —
porção dilatada, sacular, que se acha no ápice do filete do estame e que encerra os grãos de pólen.
Antracnose –
infecção fúngica caracterizada por manchas de coloração castanha-marrom, arredondadas ou irregulares, sobre as folhas ou pseudobulbos.
Aquinada – diz-se das Cattleya e Laelia que apresentam as pétalas manchadas, lembrando a Cattleya intermedia var. Aquini.

- B -

Bifoliada – que apresenta duas folhas num só pseudobulbo.
Botão –
a flor antes de desabrochar; pode ser usado também para a pequena saliência que nos vegetais dá origem a novos ramos, folhas ou flores.
Bráctea –
folha geralmente modificada, em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência.
Bulbo traseiro –
um velho pseudobulbo, frequentemente sem folhas, simpodial, que ainda está vivo e pode ser usado para propagação de uma nova planta.

- C -

Cálice – invólucro exterior da flor periantada, composto por sépalas livres ou concrescidas/fundidas, total ou parcialmente.
Cápsula –
o fruto que contém as sementes das orquídeas, frequentemente com milhares e até mesmo milhões de sementes.
Caule –
parte de uma planta que suporta as folhas e as flores, com forma, organização e dimensões extremamente variáveis.
Clamidósporo – célula especial rica em nutrientes e de paredes espessas produzida por algumas espécies de fungos, destinada a resistir a condições ambientais adversas.
Cleistogamia –
polinização que ocorre antes da flor desabrochar.
Cleistogâmica –
flor que se autopoliniza, sem estar aberta inteiramente.
Clone –
Todas as diversas manifestações vegetativas (divisões, propagação meristemática, etc.) de uma única planta de orquídea, cultivada originalmente de uma só semente.
Coalescência –
junção de várias manchas ou lesões, normalmente fúngicas, formando uma área maior e contínua.
Colo –
parte da planta situada entre a haste principal e as raízes, no nível do solo.
Coluna –
nas orquídeas, estrutura constituída pelo concrescimento de filetes e estigmas, órgão sexual, localizado na parte superior do labelo, podendo ou não ser envolvida por este.
Conidial –
estado assexuado, vide anamórfico.
Coriáceo –
de consistência semelhante à do couro.
Coroa –
A parte central da roseta de folhas de uma orquídea monopodial, como Phalaenopsis, da qual novos brotos se elevam.
Corola –
invólucro floral, por dentro do cálice, geralmente a parte mais vistosa das flores, de cores variadas, formada por um ou mais segmentos livres ou concrescidos, as pétalas.
Cromossomo –
Corpúsculo em que se divide o núcleo celular no curso da mitose; cada espécie vegetal ou animal possui um número constante de cromossomos, que transmitem os caracteres hereditários de cada ser e constituem unidades definidas na formação do novo ser.
Cruzamento –
a progênie que resulta da transferência de pólen de uma planta para a flor de outra; o ato em si.
Cultivar –
em orquídeas, uma planta específica cultivada de uma única semente; deve ser designada com aspas simples em seu nome. Ex.: Cattleya labiata var. ametistina ‘Canoinha’.
Cultura de tecidos –
ver Meristemagem.

- D -

Decídua – diz-se da planta cujas folhas caem em certa época do ano ou após amadurecimento, com novas brotações após um período de repouso.
Diandras –
diz-se da planta que apresenta dois estames no androceu da flor.
Diplóide –
planta com duas séries cromossomas, também conhecida como 2N.
Divisão –
forma de obter novas plantas pelo corte do rizoma de uma orquídea simpodial (ex. Cattleya) em partes contendo pseudobulbos e rizomas, com gemas vivas, ou corte de uma parte superior do tronco de uma orquídea monopodial (ex. Vanda).
Dormência –
um período de entorpecimento e repouso durante o qual não ocorre crescimento vegetativo, comumente após um período de crescimento ou a perda de folhas; normalmente requer temperaturas mais baixas e menos água.

- E -

Ectoparasita – parasito que se situa na parte externa do hospedeiro.
Ensiforme –
em forma de espada.
Epífita –
diz-se de uma planta que vive sobre outra, mas sem parasitá-la, ou seja, sem retirar dela nutrientes, que lhe são providos pela chuva, pelo ar e detritos disponíveis. Pode viver sobre outros tipos de suporte.
Equitante –
diz-se das folhas conduplicadas quando as mais velhas envolvem as mais novas da mesma gema ou do mesmo broto (a palavra vem do latim equitare, cavalgar, montar sobre), como no conhecido Oncidium equitans, agora renomeado como Tolumnia, ou na Maxillaria equitans (ex Marsupiaria matogrossensis).
Espata –
bráctea que fica na base de uma inflorescência, em geral membranosa, que protege a flor em botão.
Espécie –
um conjunto de plantas ou outros seres vivos muito semelhantes que parecem ter um ancestral tão proximamente relacionado que suas características definitivamente os separam de qualquer outro grupo; várias espécies formam um gênero.
Espécime –
indivíduo representativo de uma classe, de um gênero, de uma espécie, etc; pode indicar também a espécie que tipifica um gênero.
Espemogônio –
órgão produtor dos gametas sexuais masculinos.
Esporos –
formação geralmente unicelular e uninuclear, capaz de germinar em condições determinadas, reproduzindo, vegetativa ou assexuadamente, o indivíduo que o formou; propágulo dos fungos.
Estame –
órgão masculino da flor, onde se encontram a antera e os sacos polínicos, que encerram os grãos de pólen.
Estômato –
estrutura microscópica existente na epiderme das folhas e caules, constituída basicamente de duas células que se afastam e se aproximam, permitindo uma abertura pela qual se efetuam trocas gasosas entre a planta e o meio e absorção de água ou sua exsudação.

- F -

Fauce – abertura do tubo da corola, do labelo em orquídeas.
Ferrugem –
infecção causada por determinados fungos, caracterizados por altas taxas de reprodução; no herbário do Instituto Biológico de S.Paulo existem mais de 11.000 espécies de ferrugens coletadas no Brasil.
Filiformes –
em forma de fios.
Fimbriado –
em forma de franja, principalmente com relação a segmentos finamente recortados.
Flabelado –
em forma de leque; flabeliforme.
Flâmea, flameada –
diz-se da flor que apresenta as pétalas coloridas, da cor de chama, imitando o labelo; é um tipo de pelória.
Florífera –
diz-se de planta que floresce frequentemente.
Fonte de inóculo –
tecidos ou órgãos de plantas sobre os quais os fungos produzem propágulos de disseminação e dispersão.
Forma lepto-
ferrugem que produz teliosporos hialinos os quais germinam sem qualquer período de repouso.
Fotossíntese –
síntese de materiais orgânicos a partir de água e gás carbônico, quando a fonte de energia é a luz, cuja utilização é mediada pela clorofila.
Frasco –
vasilha, normalmente de vidro transparente, usado para germinação de sementes ou micropropagação de meristemas de orquídeas (e outras plantas) em laboratório.
Fusiforme –
com a forma de fusos, como alguns pseudobulbos.

- G -

Garganta – a parte mais interna de um labelo tubular de orquídea.
Gênero –
um conjunto de orquídeas ou outros seres classificados juntos porque apresentam características similares e um presumível ancestral comum; há cerca de 900 gêneros naturais de orquídeas e cerca de 600 outros intergenéricos, poucos nativos, a maioria feitos pelo homem.
Gineceu –
a parte feminina da flor; conjunto de pistilo, que por sua vez é formado de ovário, estilete e estigma.
Grex –
termo usado para referir toda a progênie de um específico cruzamento.

- H -

Hábitat – lugar onde um determinado o– lurganismo vive ou habita.
Haste –
parte da planta que sustenta alguma outra.
Herbário –
coleção de espécimes de plantas que passaram por um processo de prensagem e secagem, ordenadas de acordo com um determinado sistema de classificação e disponíveis para referências e outros fins científicos.
Hialino –
destituído de cor, transparente.
Híbrido –
A progênie (descendência) resultante da união de duas diferentes espécies (o que seria um híbrido primário), ou de uma espécie e um híbrido, ou de dois híbridos (um híbrido complexo).
Híbrido natural –
aquele que ocorre na natureza, sem interferência do homem.
Hifas –
qualquer filamento de um micélio.
Higrófito –
vegetais adaptados à vida em ambientes de elevado grau de umidade.

- I -

In situ – locução latina que significa “no lugar”.
Inflorescência –
qualquer sistema de ramificação (racimo, panícula ou escapo) terminado em flores.
Intergenérico –
Cruzamento entre dois ou mais gêneros, resultando um híbrido intergenérico.

- K -

Keiki – São plântulas que emergem nas hastes florais ou mesmo na base de determinados gêneros, como Phalaenopsis e Dendrobium, inicialmente com folhas e raízes, que, com determinado tamanho, podem ser retiradas e replantadas, constituindo uma nova planta. A palavra tem origem no Havaí e se pronuncia “quêiqui”.

- L -

Labelo – a terceira pétala de uma flor de orquídea, maior e mais vistosa, modificada pela evolução num labelo (com a forma de lábio) quase sempre um atrativo lugar de aterrissagem para polinizadores.
Litófila –
orquídea ou outra planta que cresce ou se desenvolve sobre rochas; rupreste, rupícola.
Lobo, lóbulo –
recorte pouco profundo e arredondado.
Lobos laterais –
os dois lobos de cada lado do lobo central de um labelo trilobado.

- M -

Mandaiana – diz-se da variedade de Laelia purpurata que não apresenta estrias na fauce, normalmente de cores suaves no labelo.
Mericlone – u
ma cópia exata de uma orquídea, salvo alterações genéticas, feita em laboratório pela técnica de propagação de tecidos meristemáticos; como um cultivar, deve ter seu nome escrito entre aspas simples.
Meristema –
tecido que se caracteriza pela ativa divisão de suas células e que produz as novas células necessárias ao crescimento da planta; ex. gemas, pontas de raiz e outros. Pode ser usado como sinônimo de mericlone.
Meristemagem –
técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropropagação meristemática, merismática.
Micélio –
talos dos fungos, composto de filamentos, ditos hifas, destituídos de clorofila.
Micorriza –
associação íntima de raízes de uma planta com as hifas de determinados fungos, necessária à germinação simbiótica de sementes de orquídeas.
Microcíclica –
ferrugem de ciclo curto que produz somente espermagônios e teliosporos.
Microesclerócio –
grupo de células ou de hifas enoveladas, formando um corpúsculo compacto, produzido por certas espécies de fungos, destinado a resistir a condições ambientais adversas.
Mitose –
divisão celular em que o núcleo forma cromossomos e estes se bipartem, produzindo dois núcleos filhos com o mesmo patrimônio original.
Monofoliada –
que apresenta apenas uma folha por pseudobulbo.
Monandra –
diz-se da planta que apresenta um só estame no androceu da flor.
Monopodial –
tipo de ramificação lateral em que o eixo principal mantém-se retilíneo e uniforme, gerando ramos menores que ele; ex. Vanda, Phalaenopsis, etc.
Multiflora –
que apresenta muitas flores; multifloral.

- N -

Néctar – Líquido açucarado que as orquídeas e outras plantas segregam em várias partes, denominadas nectários.
Nectário –
estrutura glandular que produz néctar, podendo ser de diversos tipos, localizados na flor (nectários florais) ou fora delas (nectário extraflorais).
Nematóide –
verme cilíndrico que apresenta espécies capazes de parasitar plantas.
Nó –
um ponto de junção ou encaixe, numa inflorescência, caule ou pseudobulbo, de onde podem emergir uma haste floral, folhas ou mesmo raízes; o espaço entre dois nós consecutivos é chamado de entrenó.
Nomenclatura –
vocabulário de nomes.
Nomenclatura binomial –
expressão de dois nomes, em latim ou grego latinizado, método científico de nominar seres existentes, com o primeiro termo (com inicial maiúscula) um substantivo significando o gênero e o segundo um adjetivo (com inicial minúscula) significando a espécie. Deve ser grafado em itálico. Ex.: Homo sapiens, Canis domesticus, Cattleya labiata, Tyrannosaurus rex.

- O -

Ovário – a parte do pistilo que contém óvulos.
Óvulo –
unidades contidas no ovário, a célula ovo que se transforma na semente.

- P -

Panduriforme – que tem formato de viola ou violino. Ex. Coelogyne pandurata.
Panícula –
inflorescência do tipo cacho composto, em que os ramos vão crescendo da base para o ápice, assumindo uma forma aproximadamente piramidal.
Patógeno –
organismo que tem a habilidade de produzir doenças.
Pedicelo –
haste que suporta uma flor (e mais tarde um fruto) numa inflorescência; o mesmo que pedúnculo.
Pelória – a
nomalia vegetal, comum nas orquídeas, em que uma flor zigomorfa (com um só plano de simetria, simetria bilateral) mostra tendência a se tornar actinomorfa (com várias simetrias radiadas, ou seja, que permite sejam traçados vários planos de simetria); ex. típico: Cattleya intermedia var aquini.
Pelórico –
que apresenta pelória; peloriado.
Pétala –
segmento que compõe a corola, invólucro floral por dentro do cálice; podem ser livres ou concrescidas e geralmente formam a parte mais vistosa da flor, com cores as mais variadas; em orquídeas, os três segmentos que se posicionam entre as três sépalas, um deles modificado como labelo.
Picnídio –
estrutura globosa e microscópica onde são produzidos os esporos de alguns fungos.
Plântula –
pequena planta recém-nascida; uma orquídea nova, que ainda não floriu; seedling.
Pólen –
espécie de fina poeira que esvoaça das anteras das plantas floríferas e cuja função é fecundar os óvulos, representando, assim, o elemento masculino da sexualidade vegetal.
Poliplóide –
planta com um número de séries de cromossomas maior que dois e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma.
Propagação vegetativa –
a criação de novas plantas mediante divisão (corte) formação de keikis, ou métodos meristemáticos, mas não por semente.
Propágulo –
qualquer estrutura, conjunto de células ou mesmo gemas especiais que servem à propagação ou multiplicação vegetativa de uma planta; organela de reprodução.
Pulverulento –
coberto ou cheio de pó; semelhante a pó.

- R -

Racimo – inflorescência indefinida na qual as flores são pedunculadas e se inserem no eixo a distância considerável umas das outras; o mesmo que racemo ou cacho.
Raiz –
órgão de fixação do vegetal ao solo ou onde esteja ancorado, por onde retira água e nutrientes, com variáveis morfologias interna e externa; no caso das orquídeas epífitas, as raízes não absorvem nutrientes dos hospedeiros.
Raiz nua –
método para despachar uma orquídea, retirada do vaso e com as raízes limpas de substrato.
Reniforme –
com a forma de rim.
Ressupinado –
órgão ou segmento vegetal que está invertido em relação à posição normal; em orquídeas, aquelas flores cujos labelos estão posicionados para baixo em relação ao eixo da inflorescência.
Ressupinar –
ato ou efeito de tornar ressupinado; no caso da grande maioria das orquídeas, o labelo está voltado para cima dentro do botão da flor.
Rizoma –
caule que se desenvolve horizontalmente, sobre o solo ou substrato, de onde emergem os pseudobulbos das orquídeas simpodiais.
Rostelo –
parte estéril do estigma das orquídeas que se projeta em ponta.
Rupestre –
orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupícola.
Rupícola –
orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupestre; ex. Laelia rupícolas.

- S -

Saprófito – organismo que vive da matéria orgânica morta.
Seedling –
Plântula, uma orquídea nova ainda não florida.
Self –
orquídea obtida pela fertilização da mesma flor, aplicando-se o seu pólen sobre o próprio estigma.
Semi-alba –
variedade de orquídea com pétalas e sépalas brancas e labelo colorido.
Sépala –
segmentos que compõem o invólucro exterior (cálice) da flor periantada, podendo ser livres (cálice dialissépalo), como em Cattleya, ou fundidos total ou parcialmente em uma só peça (cálice gamossépalo), como em Paphiopedilum, Masdevalia e outras.
Sépala dorsal –
aquela que se posiciona na parte superior da orquídea.
Sépala lateral –
aquelas duas que se apresentam nos lados, apontando para baixo, formando um triângulo com a sépala dorsal, na maioria das orquídeas.
Septo –
parede que separa os segmentos das hifas ou de esporos dos fungos.
Sibling –
orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma sementeira.
Simpetalia –
fenômeno de concrescimento de pétalas em maior ou menor extensão.
Simpodial –
tipo de ramificação lateral em que o eixo não prevalece, sendo substituído por outro ramo, que, posteriormente, será substituído por outro, horizontalmente, de forma mais irregular que na ramificação monopodial; no caso das orquídeas, o tipo de crescimento dos rizomas que, após crescimento de um pseudobulbo e sua floração, abrem uma gema na base do pseudobulbo e iniciam novo crescimento, sempre seguindo horizontalmente, em frente ou irregularmente.
Sinsepalia –
fenômeno de concrescimento de sépalas em maior ou menor extensão.
Sistêmico –
assim são chamados os inseticidas, fungicidas e outros pesticidas que, quando aplicados, são absorvidos pelas folhas e vegetações, atuando de dentro da planta.
Substrato –
o meio, o material ou mistura de materiais usado para se plantar uma orquídea, envolvendo suas raízes e onde essas podem se desenvolver adequadamente; no Brasil, são mais comuns o xaxim em fibra (raízes de samambaia), esfagno (musgo), coxim (fibras de coco), cascas de pinhos e outras madeiras, piaçava ou piaçaba (fibras de folhas de determinadas palmeiras) pedaços de carvão, cascalho fino, etc. Para orquídeas terrestres e rupícolas há outros substratos, que incluem terra, areia, compostos orgânicos etc.

- T -

Teleosporo – tipo de propágulo (esporo) dos ficomicetos que possui a capacidade de se movimentar na água.
Terete -–
que tem forma cilíndrica, redonda; teretiforme.
Tereticaule –
que tem caule cilíndrico. Ex. Vanda teres, hoje reclassificada como Papilionanthe teres.
Teretifoliado –
que tem folhas de seção circular.
Terrestre –
em orquídeas, aquelas que vivem no solo ou no pouco substrato, normalmente detritos vegetais, sobre o solo.
Tetraplóide –
planta com quatro séries de cromossomas, também conhecida como 4N e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma.
Triplóide –
planta com três séries de cromossomas, também conhecida como 3N e que dificilmente pode ser cruzada.

- U -

Uniflora – que apresenta uma só flor.
Unifoliada –
que apresenta apenas uma folha por ramo ou, em orquídeas, no pseudobulbo.
Urediniosporo –
esporo clonal ou assexual das ferrugens.

- V -

Variedade – uma subdivisão de uma espécie que agrupa plantas com uma forma diferenciada que se transmite à progênie.
Vaso coletivo –
Muitas plântulas, ou “seedlings”, plantadas junto num único vaso, antes de atingir um tamanho que permita serem replantadas individualmente.
Vela –
unidade de medida de intensidade luminosa.
Velame –
células de paredes espessadas e cheias de ar, absorventes, que envolvem as raízes das orquídeas epífitas e que têm um papel protetor e também de reservatório de água; velâmen.
Viscoso –
que tem visco, que é pegajoso, grudento; o mesmo que visguento e víscido.

- X -

Xaxim – tronco de determinadas samambaias arborescentes, cuja massa fibrosa é utilizada como substrato para cultura de orquídeas e outras plantas.
Xerófito –
vegetais adaptados, morfológica ou fisiologicamente, à vida em ambientes secos.