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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

Ao planejar um jardim, é necessário avaliar uma série de fatores além da estética, para escolher as espécies vegetais mais adequados. Diferenciar nativas e exóticas é mais um desses fatores.

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De forma simples, pode-se definir nativas como plantas oriundas do país onde é cultivada. Por exemplo, diversas espécies de bromélias (Bromeliaceae), helicôneas (Heliconeae) e palmeiras (Palmae) são nativas do Brasil.

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Enquanto aquelas originadas de países diferentes do lugar de plantio são denominadas de exóticas. Com isso, em território brasileiro, boca-de-leão (Antirrhinum majus), maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) e hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) são consideradas plantas exóticas.

O uso das primeiras é o mais indicado, já que sendo cultivadas em seu ambiente de origem estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas regionais, desenvolvendo-se bem.
A probabilidade de um resultado melhor com seu uso não se compara com a de exóticas. Além disso, ao escolhê-las, contribui-se para sua preservação e também para a conservação da biodiversidade local.

Os riscos
No entanto, o emprego se exóticas não é proibido, desde que haja o cuidado de plantá-las num lugar que ofereça suas exigências de temperatura, luminosidade e umidade. Como necessitam de tempo para aclimatação, é recomendado usar um número pequeno dessas espécies.

Deve-se ter cuidado para não exagerar, pois é muito importante valorizar as plantas nativas dos ecossistemas do país. Outro cuidado primordial, é a contenção do avanço das exóticas, impedindo que se tornem invasoras.
Muitas delas quando introduzidas em uma nova área se adaptam tão bem que acabam originando descendentes férteis. Então, eles se reproduzem, alastrando-se e, assim, representando uma ameaça para a flora original, o que pode provocar sérios impactos ambientais.

A União internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) já considera as exóticas invasoras como a segunda causa mundial de redução da biodiversidade. A primeira é a destruição dos habitats pelo homem.

No Brasil, é exigido um laudo de análise de risco para importação e consequente introdução dessas espécies. No entanto, já há muitas delas disseminadas em todo o território nacional, como a maria-sem-vergonha e o lírio-do-brejo (Hedychium chrysoleucum).

Vantagens
Muitas exóticas aparecem de forma negativa, representando uma ameaça a ecossistemas locais, seja alastrando ou trazendo novas doenças. Porém com controle, é possível utilizá-las sem prejuízo.

O recomendado é a escolha de espécies que exijam condições mais próximas às encontradas em sua região de origem, o que facilita sua aclimatação. Vale destacar ainda que as arbóreas se adaptam mais facilmente do que as herbáceas.

No Brasil, árvores exóticas são comumente utilizadas na arborização urbana. Cássia imperial (Cássia fistula), flamboyant (Delonix regia), ficus (Ficus spp) e jacarandá-mimoso (Jacarandá mimosaefolia) podem ser admirados com frequência nas ruas brasileiras.

No entanto, também é possível encontrar espécies nativas típicas, como ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), mulungu (Erythrina mulungu), pata-de-vaca (Bauhinia forficata) e pau-ferro (Caesalpinia férrea).

É necessário valorizar mais as plantas nativas, nada contra a introdução de exóticas, desde que sirvam como complemento.

Jardins compostos por nativas apresentam manutenção mais fácil, já que exigem menos cuidados devido a sua adaptabilidade. Além disso, elas criam áreas verdes mais naturais, pois são amostras dos biomas locais.

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A umidade relativa do ar (quantidade de vapor d´água existente na atmosfera) nunca deve estar abaixo de 30%, caso contrário, as plantas se desidratarão rapidamente, o que, aliás, também ocorre conosco.

Em dias quentes, a umidade relativa do ar é menor, por isso é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mas também o próprio ambiente.
Num jardim, com muitas plantas e solo de terra a umidade relativa é bem maior do que numa área sem plantas com piso de cimento.

Nunca molhe as plantas quando as folhas estiverem quentes pela incidência da luz solar, pois o choque térmico pode causar pequenas lesões que servem de porta de entrada para doenças. Molhe pela manhã ou no fim da tarde, quando o sol estiver no horizonte.

Se precisar molhar durante o dia, espere uma nuvem cobrir o sol por cerca de 10 minutos para que as folhas esfriem. Somente, então,borrife as folhas, pois umedecê-las é extremamente benéfico.

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regas

·  Não deixar o solo secar ou ficar encharcado no início do desenvolvimento da planta.

·  Não irrigar nas horas mais quente do dia.

·  Observe se as folhas das plantas ficam murchas ou caídas, mesmo com irrigação adequada, o que pode ser indício de espécie não adaptada ao local.

·  Para plantas sensíveis a doenças, não irrigue por aspersão.

·  Para economizar água coloque cobertura morta com palha de arroz, serragem.

.  Terra nos canteiros deve estar sempre bem solta e não muito argilosa.

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cachepos

Morar em casas e apartamentos pequenos e cercados por cimento e asfalto por todos os lados não é mais desculpa para não se ter um canto verde, nem que seja um belo arranjo floral. Há diversos tipos de plantas e flores que podem se adaptar a varandas, mesas, flancos e onde mais a imaginação e a habilidade do proprietário da casa permitir. Basta que para isso haja um habitat adequado para a planta em questão. É aí que entram os vasos, cachepôs, jarros e floreiras.

Tão importante quanto a escolha da flor ou planta ideal é a opção por vasos que supram a necessidade de suporte vital. O primeiro passo é determinar o perfil do morador – isso mesmo, o seu perfil – e sua disposição em manter determinados arranjos.

Se a preferência for por arranjos florais montados com flores de corte, um vaso ou jarra de vidro ou cerâmica com tamanho compatível à mesa, banqueta ou suporte. Impermeáveis, fornecem beleza ao colorido das flores, além de não deixar a água escapar. Não se esqueça de comprar flores frescas, em lugares de boa procedência e colocá-las harmonicamente, tendo o cuidado de cortar o caule em diagonal dentro d’água.

Se preferir uma planta viva por mais tempo e quiser plantá-la em um substrato ajustado às suas necessidades, opte por vasos cerâmicos; permeáveis, são perfeitos para flores e plantas que necessitam de solo facilmente drenável. Coloque sempre um prato debaixo do vaso, para evitar encharcamentos inconvenientes. Lave e higienize este suporte periodicamente.

Se o solo em que sua planta preferida precisa ser mais úmido, pode-se pensar em vasos de cerâmica vitrificada, de plástico ou uma personalizada floreira construída por você, impermeabilizada com membranas asfálticas e com sistema de drenagem suave. Estas floreiras são perfeitas para o plantio de flores, ervas aromáticas e certos arbustos.

Cachepôs são alternativas mais amplas, para quem quer ter o prazer de ter uma “mini-floresta”. Alguns projetos paisagísticos comerciais utilizam-se de cachepôs para plantar até árvores de médio e grande porte devidamente condicionadas por profissionais especializados.

Não podemos nos esquecer dos bonsais e ikebanas. Ritualísticos e plasticamente belos, são arranjos feitos para ser acondicionados em vasos cerâmicos ou pequenos cachepôs para contemplação e exercício de paciência.

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