A adubação adequada é algo fundamental para o cultivo satisfatório de qualquer espécie vegetal, especialmente das orquídeas.
Ao contrário do que os colecionadores iniciantes imaginam, a adubação é algo simples, que acrescenta pouco trabalho à manutenção das plantas.
Primeiramente vamos nos atentar aos três elementos químicos mais importantes para o desenvolvimento das plantas (macronutrientes):
N = Nitrogênio; P = Fósforo; K = Potássio
O nitrogênio (N) é fundamental para o crescimento das partes vegetais. Já o fósforo (P) é responsável, basicamente, pelo bom enraizamento, enquanto o potássio (K) está relacionado ao vigor da floração.
As fórmulas de adubos são elaboradas a partir da manipulação de porcentagens desses elementos principais. Mas não podemos esquecer que as plantas necessitam de vários outros (micronutrientes) em menor quantidade.
Adubação Química
As orquídeas normalmente apresentam períodos de floração distintos: brotação, floração e enraizamento. Portanto, a ênfase em determinado elemento químico acompanhará, para favorecer, o processo em que se encontra cada planta.
Fórmulas para crescimento (teor maior de Nitrogênio):
Exemplo: NPK 15-00-00; NPK 30-10-10
Fórmulas para enraizamento (teor maior de Fósforo):
Exemplo: NPK 04-14-08; NPK 15-15-30
Fórmulas para floração (teor maior de Potássio):
Exemplo: NPK 12-12-36; NPK 15-15-30
Para quem não está familiarizado com o processo das orquídeas, é recomendado um adubo equilibrado, tipo 20-20-20.
A adubação mais prática seria a foliar (adubo líquido, diluído e borrifado sobre as folhas). No caso desse tipo de adubação é importante que:
1. A adubação seja realizada no final da tarde ou a noite (período de melhor absorção do adubo, que evita também queimaduras nas folhas, que seriam potencializadas pela exposição do adubo à luz solar).
2. A face posterior das folhas absorvem melhor o adubo.
3. A aplicação de adubo, em dose superior da indicada pelo fabricante, pode ser fatal para muitas orquídeas. Doses menores de adubo são extremamente benéficas quando aplicadas com maior regularidade.
4. Deve-se preferencialmente usar água desclorada (fervida ou deixada em descanso por algumas horas) para diluição do adubo.
5. Não se deve aplicar o adubo foliar em conjunto com inseticidas, fungicidas e/ou outros produtos químicos.
6. Pode-se adicionar 1 gota de detergente neutro por litro de água adubada. Esse procedimento ajuda na absorção do adubo pela planta.
As perguntas são sempre as mesmas: como cuidar dos meus cactos? Quando devo regar? Cacto é de sol ou de sombra?
Para esclarecer as dúvidas, umas dicas básicas bem interessantes para saber cuidar dos cactos.
1 – Regas – Jamais encharque os cactos, isso é importantíssimo.
Durante o período de crescimentos, os cactos precisam de mais água do que no período de dormência.
Como regra geral, só deve ser regados quando o solo estiver seco da rega anterior. Tenha sempre certeza que os furos de drenagem não estão obstruídos.
Durante o período de dormência (inverno) as plantas devem ser regadas. Excesso de água causa danos as raizes. Em caso de dúvidas é mais seguro esperar alguns dias, tenha em mente que cacto em ambiente natural passam por longos períodos de secas e eles não são “projetados” para se desenvolverem em solos constantemente molhados.
2 – Luminosidade - Os cactos devem ser cultivados em um local iluminado.
A maioria dos cacto se desenvolvem melhor quando recebem pelo menos algumas horas de sol pleno por dia durante a época de crescimento.
Isso não quer dizer que eles não crescam em uma janela virada para o norte, mas se desenvolverão mais devagar e menores. Em todo caso, pode-se deixá-lo perto de uma janela.
Não espere que um cacto no meio da sala irá crescer de forma adequada. Cacto que não receber luz o suficiente, irá “estiolar”, irá enfraquecer ao se esticar em busca de luz e apresentará cores verde claro ou em casos extremos amarelo/branco.
A região “estiolada” é muito mais fina que o normal e será sempre visível mesmo após o cacto voltar a crescer em condições ideais. Não coloque mudas jovens expostas diretamente ao sol. Se elas se tornarem rosa/roxa estão recebendo muita luz.
3 – Fertilizante – Sempre utilize um fertilizante especial para cacto.
Fertilizantes líquidos podem ser usados borrifados somente na faze de crescimento ativo. Use um fertilizante com baixos níveis de nitrogênio como NPK na formulação 5-10-10 ou similar a cada 2-3 meses. Os fertilizantes para cactus disponíveis também servem desde que tenham baixos níveis de nitrogênio.
4 – Solo - Os cactos ocupam diversos ambientes, com grande variação no tipo de solo. Portanto, não existe um substrato ideal que atenda as necessidades de todas as espécies. Como regra geral podemos dizer que quase todos os cactos precisam de boa aeração e boa drenagem. Todo substrato tem, basicamente, dois componentes. Parte é de constituintes minerais – basicamente responsáveis pela aeração e drenagem – e parte orgânico – relacionado à nutrição das plantas.
Para cactos de regiões secas, seguem algumas sugestões de substratos: a) Sugestão 1:
- 1 parte de substrato orgânico.
- 2 partes de substrato mineral.
- A cada litro/kg de terra, uma colher de farinha de osso.
b) Sugestão 2:
- 1 parte de terra vermelha ou de barranco.
- 1 parte de esterco de gado muito bem curtido ou húmus de minhoca. (preferencialmente).
- 1 parte de areia grossa de rio.
- 1 parte de carvão vegetal triturado.
c) Sugestão 3:
- 2 partes de carvão vegetal triturado.
- 3 partes de areia grossa.
- 2 partes de composto vegetal.
- 1 parte de cinza de fogueira.
- 2 partes de terra vermelha ou de barranco.
- 1 parte de substrato pronto comercial (vermiculita/terra vegetal/adubo químico).
d) Sugestão 4:
- 2 partes de areia grossa.
- 2 partes de terra.
- 1 parte de adubo orgânico.
Para cactos de regiões úmidas (epífitos). Sugestão:
- 2 partes de fibra de coco ou cascas de árvores triturados.
- 1 parte de esterco de gado bem curtido ou húmus de minhoca.
- 1 parte de areia grossa.
- 1 parte de terra preta.
5) O vaso certo
Quando for trocar de vaso, troque por outro um pouco maior que o atual. Se o cacto vier sem um vaso, olhe o tamanho da “bola de raízes” (rootball) e use um vaso que seja cerca de 1 cm maior dos lados e o fundo.
Um vaso muito grande pode levar ao encharcamento do solo e irá danificar a raiz. Certifique-se sempre de haver furos no vaso para que ocorra a drenagem.
Se tiver de escolher entre vasos de plástico ou argila, considere que nos vasos de argila, você terá de regar duas vezes mais do que nos de plásticos. Para iniciantes, os potes de argilas são os mais indicados pois drenam o solo mais rápido evitando o encharcamento do mesmo. Sob condições de muito calor os vasos de argila podem se tornar inviável por secar muito rápido o solo.
6) Como regar seus cactos
Para se prevenir o surgimento de pontos na haste e nas raízes, as regas devem ser feitas preferencialmente por baixo do cacto. Coloque o vaso com o cacto em cima de uma tigela ou pote e adicione água na tigela. O solo irá absorver a água por baixo e manterá a haste seca.
Descarte a água que sobrar após alguns minutos (se sobrar). Em caso das plantas estarem a pleno sol e a rega for feita por cima, poderão ocorrem queimaduras, visto que as gotas atuam como mini-lentes concentrando os raios solares.
7) Fique atenta contra as pragas
A maioria dos insetos são brancos / cinzas, de cerca de 3 mm de largura. Plantas infectadas geralmente ficam cobertas com uma substância de aspecto viscoso que é deixada pelos insetos.
Pequenas infestações podem ser controladas sem o uso de pesticidas, simplesmente removendo a parte infectada com um estilete ou bisturi. Não recomendamos o uso de álcool no tratamento dessas plantas. Pode ser utilizado uma solução de 1 colher de sopa de água sanitária patra 10 colheres de sopa de água. Borrife nas plantas, desde que elas não estejam ao sol. Essa solução só deve ser guardado, caso sobre, por 24 horas, após esse tempo se sobrar no borrifador, pode jogar fora e preparar outro, aplique na planta de 15 em 15 dias.
Grandes infestações podem ser tratadas com inseticida, sempre observando as normas de segurança e regulamentos locais sobre o uso de inseticidas.
Não mover a planta durante o aparecimento de brotos e floração
Se você quiser que os seus cactos apresentem flores, você não poderá movê-lo ou virá-lo durante a formação dos brotos. Choques fortes durante a formação podem fazer que os cactos perca todos os brotos.
9) Só para ter certeza que você não esqueceu: Não regue demais o seu cacto!
Não se preocupe, cactos são uma das plantas mais fáceis e resistentes de serem cuidadas. Em caso de dúvida se deve ou não regar, apenas não regue. Seria exagero dizer que cactos se desenvolvem mesmo quando negligenciado, mas existe uma certa verdade nisso.
Uma das primeiras dúvidas que surge quando decidimos iniciar uma coleção de orquídeas diz respeito ao ambiente propício ao seu cultivo. Se você não dispõe de espaço externo, com alguns cuidados pode cultivar suas orquídeas dentro de casa ou até no apartamento, é só construir prateleiras junto a janelas bem iluminadas, protegidas no lado de fora por uma tela, para que os vasos recebam sol filtrado.
Mas se você possui espaço disponível no quintal, um orquidário é sem duvida a melhor opção para suas orquídeas. Apesar de parecer difícil, ou caro, é possível construir um orquidário eficiente a um custo relativamente baixo.
O ideal é que a fachada principal esteja voltada para a face Norte (no hemisfério Sul), o que garante melhor luminosidade e proteção do vento sul. A cobertura também deve inclinar-se nesse sentido, para facilitar o escoamento da chuva. A estrutura é feita geralmente de concreto ou madeira tratada.
Sobre quatro pilares assentam-se as vigas no sentido Norte-Sul, e, sobre elas, os caibros, no sentido Leste-Oeste. É também possível usar um ripado, onde as ripas deverão ser colocadas no sentido Norte-Sul, para impedir a incidência direta do sol.
Há diversas opções para a montagem da cobertura e das laterais, desde o ripado até a tela de nylon. O importante é manter um nível de sombreamento de 50 a 70%, que pode ser conseguido com o uso de tela plástica tipo sombrite. Este espaço deverá abrigar orquídeas que precisam de diferentes quantidades de luz.
Portanto, plantas que gostam de muito sol ficarão suspensas junto ao teto, fazendo sombra sobre as bancadas planejadas para abrigar as plantas mais sensíveis. Peças de madeira devem receber duas demãos de verniz com filtro solar. Para evitar a proliferação de pragas, devem ser limpas e envernizadas periodicamente. Uma vez por mês, as pedras do solo devem ser desinfetadas com uma solução de sopa de cloro e água.
Algumas dicas de construção e funcionamento do orquidário, que irão facilitar sua empreitada:
Primeiro passo: Escolha o local.
Um dos aspectos mais importantes para o sucesso de seu orquidário, independentemente do tamanho ou de suas características, é a iluminação. Para garantir uma iluminação adequada é importante escolher um local que receba o sol da manhã.
Segundo passo: Determine o tamanho
Ao contrário do que possa parecer, nem sempre construir o maior orquidário possível é o ideal. Para a saúde de suas plantas, o local deve ser mantido sempre limpo e livre de insetos e pragas, portanto, quanto maior, mais trabalho você terá. Tenha em mente que considerando-se um espaço médio de aproximadamente 4×5 metros é possível montar um orquidário com capacidade para acomodar até 200 orquídeas. Imagine o tamanho aproximado que sua coleção terá e atenha-se a ele.
Terceiro passo: Escolha a cobertura.
Num clima como o nosso, uma boa solução é construir a cobertura com ripados de madeira, bambu ou telhas, de modo que os raios solares sejam filtrados, proporcionando luz na medida certa. No mercado há ainda o sombrite, uma tela especial para proteger as plantas do sol excessivo. Esse material chega a filtrar 70% dos raios solares, criando uma atmosfera ideal para a maioria das orquídeas, já que deixa os ambientes bem ventilados e protegidos tanto do sol como de insetos e outros animais, além de ser mais barato que a madeira.
Quarto passo: Construa um espaço com condições diversificadas.
Lembre-se, nem todas as orquídeas são iguais e, portanto, necessitam de condições diferentes. Para que todas encontrem as condições perfeitas para seu desenvolvimento, construa seu orquidário com a possibilidade de explorar diferentes espaços. Os exemplares maiores, que necessitam de bastante aeração junto às raízes, podem ficar pendurados, para isso pense em caibros mais resistente. Uma bancada ou prateleira central é um bom lugar para as mudas recém plantadas ou em fase de crescimento. Na parte de baixo, apoiadas em blocos, podem ficar as espécies que gostam de mais sombra, como os cimbídios.
Na maioria das orquídeas, o botão floral cresce em posição vertical. Mais tarde, no entanto, ele se deita e faz a chamada ressupinação, um movimento de 180 graus, destinado a colocar o labelo na posição horizontal – como se fosse uma plataforma ou uma pista de aterrisagem – com vistas a facilitar ao máximo o trabalho dos agentes polinizadores. Existem alguns gêneros de orquídeas, é verdade, como o Epidendrum e o Hormidium, cujas flores não fazem esse movimento. Por isso mesmo são de dispersão mais difícil, na medida que seus polinizadores precisam fazer verdadeiros malabarismos para visitá-las, descobrir a antera e levar o pólen das políneas para o estigma.
Em qualquer caso, se tudo der certo, após a polinização a flor se fecha. Aí, mal comparando, é como se estivesse grávida. O ovário começa a se desenvolver e, muito lentamente, em cerca de um ano, transforma-se num fruto do tipo cápsula, que conterá de trezentas a quinhentas mil sementes. Sementes diminutas, quase microscópicas, constituídas apenas do embrião, sem nenhuma substância nutritiva de reserva para vir a ser utilizada nas primeiras fases de um eventual desenvolvimento. Em todo caso, são sementes tão leves, que poderão facilmente poderão ser carregadas a longas distâncias pelo vento.
As orquídeas são capazes de sintetizar substancias orgânicas com base em inorgânicas e, portanto, conseguem produzir o seu próprio alimento.
Como a maioria das plantas, as folhas das orquídeas contêm um pigmento verde chamado clorofila, essencial para a sua nutrição. Quimicamente, a clorofila é semelhante à hemoglobina, o pigmento vermelho encontrado no sangue. É este pigmento que, nas plantas, capta a energia do sol.
Ao atrair as minúsculas partículas de luz chamadas fótons, uma parte da energia que absorvem é usada para “quebrar” as moléculas de água (H2O) presentes nos tecidos vegetais, separando o oxigênio (O) do hidrogênio (H). O oxigênio é então liberado na atmosfera, enquanto o hidrogênio reage com o dióxido de carbono (CO2) existente no ar, convertendo-se em açúcares e amidos, com os quais a orquídea supre uma boa parte das suas necessidades alimentares.
Algumas pessoas, quando estão começando a mexer com jardinagem, exemplo, não são espécies de orquídeas? A resposta é não. O detalhe que mais caracteriza a flor da orquídea talvez seja a sua coluna, o conjunto formado pelos órgãos sexuais masculino e feminino. Enquanto nas outras plantas estes órgãos são completamente separados, nas orquídeas formam um conjunto único que recebe até um nome diferente: Ginostêmio.
Além disso, a flor da orquídea tem três sépalas (as peças do cálice) bastante desenvolvidas, que se alternam com igual número de pétalas. São as sépalas que envolvem e protegem a flor em botão, mas, enquanto na maior parte das flores são de cor verde, nas orquídeas tornam-se tão coloridas quanto as pétalas. Uma das pétalas, aliás, é sempre muito diferente das outras duas e recebe o nome de labelo. É desse labelo, sempre mais forte e mais colorido, que exala o perfume destinado a atrair os insetos polinizadores.