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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

phal equestris

Luz
As orquídeas são plantas que dependente da luz em maior ou menor grau para a sua sobrevivência, desta maneira tendem a procurar locais onde possam ter adequado suprimento de luz.
No Brasil praticamente não existe problema de insuficiência de luz, na verdade o que temos é o excesso de luz solar, fato que deve ser levado em consideração quando iniciamos uma coleção de orquídeas. A maioria das orquídeas não suporta a luz solar direta sobre as suas folhas e brotos.

A luminosidade em excesso prejudica a fotossíntese, provoca o endurecimento dos brotos e a interrupção do crescimento. Da mesma maneira deixa as folhas e os pseudobulbos amarelos e enrugados, provocando um processo gradativo de definhamento podendo chegar a morte.
As queimaduras nas folhas e brotos advindos do excesso de luz, além de outras lesões, ainda podem ser o caminho para entrada de vírus, bactérias e fungos.
Já a falta de luminosidade enfraquece o tecido das folhas e dos pseudobulbos, tornado-os de consistência entre coriácea e lenhosa, e a floração pode não acontecer.

Intensidade de Luz
De acordo com a necessidade de luz, as plantas de uma maneira geral podem ser classificadas em três grupos distintos:

Heliófilas
São as plantas que necessitam de exposição direta ao sol, por isto são encontradas nas partes mais altas das matas e florestas, mais precisamente no “teto” das mesmas. Como consequência, possuem como característica a cor mais amarelada, devido à menor concentração de clorofila nas folhas, apresentando um PCF (Ponto de Compensação Fótico) mais elevado. Como exemplo de orquídeas temos: Vanda teres, Anselias, Laelias rupicolas, Dendrobiuns, entre outras.

Umbrófilas
São plantas que vivem na parte intermediária das matas e florestas, recebendo menor quantidade de luz. Como característica marcante, possuem uma cor verde mais viva e intensa, em função da maior concentração da clorofila, responsável por absorver rapidamente a pouca luz que chela até elas. Estas plantas possuem um PCF (Ponto de Compensação Fótico) mais baixo. Como exemplo de orquídeas temos: Microorquídeas (sua grande maioria) e as cattleyas aclandie e violacea.

Tolerantes
São plantas capazes de modificar seu PCF (Ponto de Compensação Fótico) de acordo com a localização das mesmas nas matas e florestas, dando a elas uma maior flexibilidade quanto à luminosidade, o que não significa que suas variações de luminosidade possam ser extremas. Nas orquídeas temos como exemplo: as Cattleyas guttata, granulosa, amethystoglossa, entre outras.

PCF (Ponto de Compensação Fótico) – Todas as células da planta que possuem cloroplastos realizam fotossíntese durante o dia, produzindo carboidrato glicose, quebrando por todas as células vivas da planta, produzindo ATP (energia para o metabolismo) durante 24 horas do dia, Esse processo é chamado respiração aeróbica, cuja taxa é constante durante todo período. Assim a fotossintese alimenta a respiração, fornecendo glicose e oxigênio. A respiração, por sua vez, libera CO2 água, usados pela fotossíntese.

Luz em Orquidários
Num mesmo orquidário podemos ter plantas que gostam de muita luminosidade, outras de meia luminosidade e um terceiro grupo que prefere áreas com pouquíssima luminosidade. Para que possamos ter estes três ambientes distintos num mesmo orquidário, temos então que cria-los através da colocação de coberturas de telas (sombrite) com diferentes graduações de luminosidade.

Desta maneira podemos então ter:
* Plantas cultivadas em local com bastante luminosidade, sombrite com 20 a 30% de sombra, isto é, as plantas recebem entre 80 e 70% de luminosidade.
Exemplos
Epidendruns, das espécies crassifolium ou mosenii;
Laelias rupículas e Brassavolas;
Laelias Anceps e Lobata;
Oncidiuns, como, pumilum jonesianum e flexuosum;
Bifrenaria Tyrianthina; • Vandas e Ascocendas;
Cattleyas Walkeriana, Lodigesii e Nobilior.

* Plantas cultivadas em local com meia luminosidade, sombrite com 50% de sombra, isto é, as plantas recebem 50% de luminosidade.
Exemplos:
Cattleyas e Híbridos afins;
Coelogynes e outras Laelias;
Dendrobium, das espécies desinflorum, farmeri e afins;
Oncidiuns, como – cruciatum, sarcodes e afins;
Sophronitis cernua e coccínea;
Laelias purpurata e Tenebrosa.

* Plantas cultivadas em local com pouca luminosidade, sombrite com 70% de sombra, isto é, as plantas recebem 30% de luminosidade.
Exemplos:
Micro-orquídeas;
Stanhopeas e Miltônias;
Bifrenarias e Afins;
Pabstia e Zygopetaluns;Paphiopedilun; Cattleya Aclandiae; Sophronitis mantiqueirae;
Orquídeas de folhas finas e espécies terrestres do interior de nossas florestas.

Finalmente podemos afirmar que a luz influi de outras formas mais complexas, como por exemplo, é sabido que as plantas em alguns casos procuram os raios de sol da parte da manhã, outras da parte da tarde e outras não são muito específicas neste caso. O comprimento do dia, e, por conseguinte da noite influi decisivamente no ciclo da vida das orquídeas.

Temperatura
Fator que está intimamente ligada à questão da luz e luminosidade. Em larga escala a temperatura influi dando origem a uma estratificação de altitude. A vegetação e de forma direta a flora orquidológica varia a medida que subimos a encosta de uma montanha.

Assim as espécies que existem nas matas de encosta e ao nível do mar vão sendo substituídas por outras a medida que nos afastamos destas áreas e nos dirigimos ao interior e com aumento da altitude. Nos campos de altitude, as espécies principalmente terrestres que ocorrem são totalmente diferentes das de baixada.

O fator que sofre maior variação em relação atitude é sem sombra de dúvida a temperatura, principalmente no período noturno. Em função deste detalhe é que se explica a grande dificuldade em ser realizar o cultivo de espécies em locais montanhosos e ao nível do mar, pois se torna impossível a substituição das condições naturais de frio noturno nas baixadas. Mesmos as espécies mais resistentes que consigam sobreviver, dificilmente florescerão, pois para tal necessariamente precisam da alternância de temperatura.

De modo geral, a temperatura considerada ideal e adequada para o bom desenvolvimento das orquídeas é em torno de 25º C. Entretanto, a grande maioria delas, inclusive espécies e os híbridos podem tolerar temperaturas que variam entre 10 a 40º C.

As orquídeas originarias da Ásia (Vandas e Phalaenopsis) e as da bacia amazônica preferem temperaturas bastante elevadas.

Orquídeas dos gêneros Odontoglossum, Miltonia, Cymbidium e Paphiopedilum, entre outros preferem temperaturas amenas. Orquídeas originarias de lugares frios, como as Masdevalias e Draculas (região andina) e um grande número de orquídeas terrestres dos Estados Unidos e Europa, preferem temperaturas mais baixas.

Água
As chuvas prolongadas e regas excessivas são a principal causa do apodrecimento das raízes, porque estas, escondidas no substrato dos vasos, no qual as orquídeas são plantadas, recebendo água em excesso e sem a necessária aeração, acabam por entrar em decomposição devido à expansão de fungos e bactérias no meio favorável a essas moléstias. É preciso abrigar as plantas do excesso de chuvas, com uma cobertura de plástico ou vidro a pelo menos três metros de altura e que permita a indispensável ventilação, ou transportá-las para um lugar abrigado, nos dias de chuva. O substrato dos vasos deve estar sempre ligeiramente úmido, mas nunca encharcado. Uma rega abundante pela manhã, é o bastante para manter o substrato úmido por vários dias, dependendo da localidade e da umidade ambiente, é possível que uma ou outra planta, precise de nova rega no dia seguinte, mas de modo geral, deve-se molhá-las, somente quando o substrato estiver seco.

No verão, as regas deverão ser mais freqüentes, pois o substrato seca mais rapidamente, mas no inverno, devem ser mais espaçadas, talvez uma vez por semana ou até menos, dependendo novamente da região e da umidade ambiente.

Quase todas as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso. A fase inicial de crescimento se caracteriza pela aparição do broto e das raízes. A fase de crescimento ativo é o desenvolvimento deste broto em pseudobulbo (caule) e folhas. É nesta fase que a planta precisa ser aguada e adubada com maior freqüência.

Quando o crescimento desacelera, a planta entra na fase de repouso vegetativo e sua necessidade de rega diminui bastante. Depois vem a maturação com formação ou não da flor. Uma das maiores dificuldades do cultivo é a freqüência da rega. Cada gênero e, às vezes, cada espécie têm exigências peculiares.

De uma maneira geral, rega-se abundantemente até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o substrato (material onde ela está vegetando) seque. Embora esta regra não seja válida para todas as orquídeas, a possibilidade de errar é menor, pois é mais fácil matá-las pelo excesso de água do que pela seca.

As espécies do gênero Cattleya, as mais populares, precisam deste tipo de rega. Já as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium, Paphiopedilum, devem ter o substrato sempre ligeiramente úmido. Uma planta maior, por ter uma área maior de evaporação, exige uma rega mais constante.

Observa-se que diversos fatores vão fazer com que o substrato seque mais depressa ou mais lentamente:
- Seu tipo (fibra de coco, piaçava, cascalhinho, casca de coco);
- Material e tamanho do vaso;
- A intensidade da luz;
- A temperatura;
- A circulação do ar;
- A umidade ambiente.

O vaso de plástico ou cerâmica vitrificada vai secar mais lentamente, pois não sendo poroso, não há evaporação. O vaso de argila seca mais rapidamente. Uma maior circulação de ar e/ou uma elevação da temperatura fará com que a evaporação se processe mais rapidamente, provocando uma queda de umidade.

Não se deve manter os vasos diretamente sobre pratinhos, pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação chegue até as raízes. Pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas.

Plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante três semanas e só quando começarem a surgir às raízes, voltar a regar normalmente.

As plantas em flor precisam de menos água e depois da floração, é necessário reduzir mais ainda a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar todo o ciclo.

Finalmente podemos ainda citar:
As orquídeas perdem muito pouca água por transpiração;
O velame das raízes se hidrata, com a umidade relativa alta (como o sal de como o sal de cozinha em dias úmidos).

Para matar uma orquídea por excesso de água basta apenas uma semana, para matar a mesma orquídea por déficit de água necessita-se pelo menos uns 6 meses.

Por tanto se deve administrar água com muita cautela, pois não há um padrão de rega pré-estabelecido, devendo se chegar há um equilíbrio tendo em conta a tabela abaixo.

Mais Água
Lugares muito iluminados
Temperatura alta
Umidade baixa
Forte corrente de ar
Vaso pequeno
Vaso poroso (argila/barro

Menos Água
Lugares pouco iluminado
Temperatura baixa
Umidade alta
Baixa corrente de ar
Vaso grande
Vaso não poroso

A acidez e a alcalinidade têm ação preponderante sobre a absorção das substâncias nutritivas. O excesso de um ou de outro pode produzir alteração do sistema radicular e dos caules e folhas. As plantas só absorvem os nutrientes numa faixa estreita de pH e esses valores variam dentro de certos limites para cada espécie vegetal.

Além disso, geralmente o meio ácido dificulta a dissolução de certos sais. Sabe-se também que a acidez excessiva pode, por outro lado, solubilizar quantidades exageradas de sais de manganês, ferro, zinco, cobre e alumínio, o que torna o meio tóxico para as plantas.

Parece que só na faixa de pH compreendido entre 6 e 7 os sais são solubilizados nas quantidades ideais e entre 4 e 9, a absorção é possível. A alcalinidade alta, por sua vez, insolubilizando o ferro, o manganês, etc., cria as deficiências desses minerais.

O pH ideal para a maioria das orquídeas está na faixa de 6,2 a 6,5.

Fatores que Afetam o pH.
* O Substrato – Inerte ou não inerte (pedras, xaxim, fibra de coco, casca de pinus);
* A qualidade da água;
* Os Fertilizantes:
- Nitrogênio a base de nitrato de amônia baixa o pH;
- Nitrogênio a base de nitrato de cálcio eleva o pH;

Umidade
A umidade relativa do ar tem papel preponderante na distribuição das orquídeas, tanto no clima em geral como nos microclimas. As orquídeas têm acesso a umidade através da chuva e da própria umidade atmosférica.

Para as orquídeas consideradas epífitas a umidade atmosférica é mais importante do que as chuvas, pois ela lava de forma muito rápida o substrato, sendo utilizável por um tempo muito reduzido. Por outro lado a umidade atmosférica permite maior tempo de contato da água com as orquídeas, além de um recebimento em maior uniformidade.

Nas espécies consideradas terrestres, a chuva é essencial, pois a água é geralmente absorvida pelas porções subterrâneas das mesmas.

Quando falamos em umidade em relação as orquídeas, devemos considerar dois tipos de umidade. Umidade do Ar e a Umidade do Substrato.

As orquídeas são plantas que em geral estão mais bem adaptadas as condições de umidade relativa um tanto elevada, sendo o ideal entre 80 a 90%.

Nas regiões onde o clima é seco aconselha-se manter o piso do orquidário permanentemente molhado, o que ocasionará um aumento da evaporação da água e no aumento da umidade atmosférica no orquidário.

No que diz respeito a umidade do substrato, a preocupação deve ser no sentido de se evitar o encharcamento do material utilizado como substrato por períodos prolongados, pois caso isto ocorra as raízes poderão sofrer com a falta de oxigenação e conseqüentemente irão apodrecer, levando a planta a morte.

Ventilação
As orquídeas epífitas estão adaptadas a uma brisa suave e constante no seu habitat natural, desta maneira devemos criar em nossos orquidários as condições de ventilação e arejamento necessários para o bom desenvolvimento das mesmas.

As orquídeas cultivadas em vasos e penduradas no teto do orquidário se desenvolvem melhor que aquelas colocadas sobre mesas ou bancadas, pois, ficam sujeitas a uma ventilação maior e conseqüentemente com o ambiente mais arejado.

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Existem inúmeras diferenças entre o cultivo de plantas num jardim e o cultivo de plantas em vasos, mas a principal delas é a necessidade do transplante no cultivo em vasos. Veja quando e como realizar esta tarefa.

O cultivo de plantas em vasos permite ter dentro de casa as mais variadas espécies. É claro que para manter as plantas bonitas e saudáveis é preciso alguns cuidados especiais, principalmente com relação à luminosidade, temperatura, adubação e regas. Mas, existe também um outro fator fundamental, que muitas vezes é esquecido: o transplante.

No jardim, as raízes das plantas têm espaço e liberdade para crescer e podem buscar na terra toda a água e nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Mas nos vasos essa liberdade fica limitada. Com o tempo, mesmo com adubações regulares, a qualidade do solo fica prejudicada e o espaço para a expansão das raízes torna-se pequeno. Daí a necessidade do transplante.

Mas, como saber quando transplantar nossa plantinha? Alguns sinais podem indicar o momento certo. Eis alguns:
. Raízes saindo pelos furos de drenagem;
• Partes das raízes aparecendo na superfície da terra;
• O vaso começa a ficar pequeno em relação ao tamanho da planta;
• Florescimento escasso ou inexistente;
• Aparecimento de folhas muito pequenas ou defeituosas;
• Raízes formando um bloco compacto e emaranhado.

Passo-a-passo, para não errar
Para facilitar o trabalho com o transplante de plantas, faça tudo planejado, em etapas:

1 – No dia anterior ao transplante, de preferência à noite, comece os preparativos: regue todas a plantas que serão transplantadas, para facilitar a retirada do vaso. Limpe bem os vasos que serão utilizados. Se for utilizar vasos novos de cerâmica ou barro, mergulhe-os num tanque cheio de água até que parem de soltar bolhas. Isso ajuda a limpá-los bem e impedem que absorvam a umidade da mistura de terra que será colocada.

2 – Antes de iniciar o trabalho, escolha um local sombreado. Separe todas as plantas que necessitam de transplante e deixe todo o material necessário à mão (vasos, ferramentas, mistura de solo, cascalho para ajudar a drenagem, etc).

3 – Prepare a mistura de terra ideal para o replantio e reserve. Coloque cascalhos para drenagem no fundo do vaso, de forma que não obstruam totalmente o furo, prejudicando o escoamento do excesso de água.

4 – Coloque uma parte da mistura de solo no fundo do vaso e reserve.

5 – Agora é a hora de retirar a planta do vaso. A terra um pouco umedecida facilita o trabalho. No caso de haver muita compactação, afofe a terra superficialmente e passe uma faca de lâmina comprida entre o vaso e o torrão.

6 – Se a planta estiver num vaso pequeno, coloque a mão espalmada por baixo das folhas, cobrindo a superfície da terra e firmando as hastes entre os dedos. Vire o vaso para baixo e, para facilitar, bata-o levemente na beirada de uma mesa ou balcão. Normalmente, a planta sairá com facilidade, mas se isso não acontecer, evite puxá-la com força. Volte o vaso na posição inicial e tente soltar o torrão passando a faca novamente. Se houver nova resistência, quebre o vaso.

7 – Para retirar uma planta de um vaso grande, passe a lâmina de uma faca longa entre o torrão e o vaso. Deite o vaso na mesa e bata levemente com um pedaço de madeira nas laterais para soltar o torrão. Segure a planta com uma das mãos e vá virando o vaso lentamente, batendo devagar em toda a superfície. Quando perceber que o torrão está solto, puxe a planta delicadamente com o vaso ainda deitado.

8 – Com a mistura de solo já firmada no fundo do novo vaso, posicione o torrão da planta bem no centro. Na maioria dos casos, o topo do torrão deve ficar entre 2 e 5 cm abaixo da borda.

9 – Continue a colocar a mistura de solo, pressionando-a nas laterais para firmar bem a planta. Espalhe mais um pouco da mistura por cima e observe que a terra deve cobrir as raízes, sem encostar nas folhas inferiores. Para eliminar as bolhas de ar e acomodar a terra, bata o vaso levemente sobre a mesa e depois pressione a superfície com os dedos.

Misturas de solo paras vasos ou jardineiras
Mistura rica em matéria orgânica
- 1 parte de terra comum de jardim
- 1 parte de terra vegetal
- 2 partes de composto orgânico

Ideal para plantas como: licuala ou palmeira-leque (Licuala grandis), camélia (Camellia japonica), cróton (Codiaeum variegatum), cica (Cycas revoluta), gardênia (Gardenia jasminoides), lantana (Lantana camara), planta-camarão amrelo (Pachystachys lutea), azaléia (Rhododendron xsimsii), flor-de-cera (Hoya carnosa), calceolária (Calceolaria herbeohybrida), petunia (Petunia x hybrida), calendula (Calendula officinalis), margarida (Chrysanthemum leucathemum).

Mistura argilosa
- 2 partes de terra comum de jardim
- 2 partes de terra vegetal
- 1 parte de areia

Ideal para plantas como: papiro (Cyperus papyrus), gladíolo ou palma-de-santa-rita (Gladiolus), narciso (Narcissus poeticus), bastão-do-imperador (Nicolaia elatior), prímula (Primula obconica), gloxínia (Sinningia speciosa), estrelitzia (Strelitzia reginae, copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), calla (Zantedeschia aethiopica ‘Calla’).

Mistura arenosa
- 1 parte de terra comum de jardim
- 1 parte de terra vegetal
- 2 partes de areia

Ideal para plantas como: palmeira-bambu (Chamaedorea elegans), planta-camarão vermelho (Beloperene guttata), buxinho (Buxus sempervirens), caliandra ou esponjinha(Calliandra), bico-de-papagaio ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hidrangea macrophylla), ixora (Ixora chinensis), giesta ou vassoura espanhola (Spartium junceum), primavera (Bouganvillea spectabilis), lírio-da-paz (Spatiphylum wallisii), espada-de-são-jorge (Sanseveria trifasciata), lança-de-são-jorge (Sanseveria cylindrica), onze-horas (portulaca grandiflora).

Mistura areno-argilosa
- 1 parte de terra comum de jardim
- 1 parte de terra vegetal
- 1 parte de composto orgânico
- 1 parte de areia

Ideal para plantas como: palmeira-rápis (Rhapis excelsa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias fruticosa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias guilfoylei), gerânio (Pelargonium sp.), gerânio pendente (Pelargonium peltatum).

farol

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1. Não vá com muita sede ao pote. Orquidófilos experientes recomendam que você se inicie comprando plantas que se adaptem a seu espaço e clima, que sejam resistentes e baratas, porque, no início, quase todos deixam morrer muitas plantas.

2. Tenha clareza sobre o seu objetivo. Você quer ser produtor, comerciante ou colecionador? Definida a sua meta, associe-se a um grupo de orquidófilos de sua cidade. Muitos problemas podem ser evitados, se você tiver com quem trocar idéias.

3. Visite muitos orquidários para ver qual o modelo que serve a seu espaço, clima, bolso e objetivo. Mas, atenção, não tome muito tempo do orquidófilo, a não ser que vá comprar plantas. Lembre-se de que ele tem compromissos. O ideal é ligar antes.

4. Saiba que a maior parte das orquídeas floresce uma vez por ano. Se quiser ter flores o ano inteiro, compre plantas floridas em meses diferentes. E nunca, nunca compre planta sem nome. Depois, dá o maior trabalho pra descobrir.

5. Há também flores que podem durar de 2 a 3 meses, em compensação, outras murcham no dia seguinte. A média é de uma a duas semanas. Informe-se sobre a duração da flor, se isto for importante para você.

6. Não caia na tentação de comprar flores que gostam de frio, se você mora em lugar quente e vice versa, a menos que possa bancar um controle de temperatura em seu orquidário.

7. Quase todo iniciante quer se aventurar na técnica do cruzamento de orquídeas, sementeira, meristema, etc. Saiba que esta é uma aventura que exige dinheiro, conhecimento, estudo, tempo, dedicação e que existem muitos laboratórios idôneos para os quais você pode enviar sua semente para reprodução por baixo custo. Entretanto, se sua intenção é produzir para vender, leia a respeito e faça estágios com produtores. Nada como o dia-a-dia para aprender. Um cruzamento deve sempre visar ao aperfeiçoamento da espécie, por isso é necessário conhecimento.

8. Não compre bandejas de mudinhas da mesma planta, a menos que tenha muito espaço e tempo para cuidar delas. Se sua intenção é revender, pode levar muito tempo até que ela dê flor. Desde a semeadura, uma orquídea leva cerca de 5 a 6 anos para florir. Se quer colecionar, não vai ter graça nenhuma ver sempre a mesma flor, a menos que esteja com intenção de trocar.

9. Embora os nomes das orquídeas sejam complicados, não há como escapar, comece a chamá-las pelo nome. Você tem que saber de cor os nomes de suas plantas. É um ótimo exercício para a memória e evita muita confusão na hora em que for referir-se a elas. No começo é difícil, depois todos se acostumam.

10. A alegria do verdadeiro orquidófilo está em ver sua planta desenvolver-se. Antes de ver a flor, há muitos detalhes para acompanhar. Uma nova raiz ou muitas raízes parecendo uma macarronada é uma festa, um ou mais brotos despontando numa planta que estava desenganada é uma grande vitória, um botão de uma flor que ainda não vimos é um sucesso. Mas há pragas a serem vencidas, há muito o que estudar do clima de onde vem a planta, se quer adubo ou não, se quer sol direto ou meia sombra, se quer muita ou pouca água. Enfim, para se ter plantas saudáveis é preciso estar atento aos detalhes, elas falam pelo comportamento, aliás, como todos nós. Se observássemos em nossas relações familiares e com amigos os detalhes do que não se fala, talvez fôssemos mais felizes. E por falar nisso, procure incluir sua família. O trato com as plantas pode aproximar e ensinar muito.

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Uma das melhores maneiras de saber quantas vezes durante uma semana deverão ser regadas as plantas é a observação diária. Não existem maneiras de se generalizar a quantidade das regas pois cada espécie tem uma necessidade diferente das demais. Além disso, a cada localização corresponde uma exigência de umidade maior ou menor.

Através de uma observação mais cuidadosa qualquer pessoa poderá perceber facilmente quando uma planta requisita água e qual a quantidade que a satisfaz com equilíbrio.

Podemos apenas elucidar quais os sinais evidentes de falta ou exceção de água, que são os seguintes:
Falta de água
Folhas murchas;
Terra ressecada 5 cm abaixo da superfície
Vasos ressecados com pontos esbranquiçados;
Folhas sem brilho;
Folhas enroladas.

Excesso de água
Pontas de folhas e brotações queimadas;
Superfície da terra nos vasos brilhando;
Paredes dos vasos com excessiva formação de limosidade;
Talos enrugados e sem brilho;
Queda de folhas verdes.

Cabe ainda um alerta sobre as regas, ou seja como proceder corretamente. As plantas de folhas peludas (violetas, begônias etc.) devem ser molhadas apenas através da terra sem que seja atingida a folhagem.
As avencas, samambaias, shefleras etc. deverão ser molhadas a partir das folhas, com pulverizador, até a terra dos vasos com uso de regador.
Não é muito recomendado o método de regar as plantas através da colocação de água apenas nos pratos dos vasos, pois nem sempre ocorre uma absorção satisfatória da umidade pelas raízes.

chuva