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Posts para categoria ‘Cactos e Suculentas’

Aeonium_undulatum

Resistente e fácil de cuidar, o aeonium é um daqueles exemplos perfeitos para incluir na lista de plantas para ter em casa. O gênero botânico Aeonium pertence à família vegetal das Crassuláceas.

Essas plantas herbáceas perenes são denominadas como suculentas e abrangem cerca de 40 espécies diferentes.

O aeonium negro (Aeonium Zwartkop – Aeonium arboreum híbrido), por exemplo, tem folhagem que vai muito além do verde, fazendo com que a planta se destaque em meio às outras e criando um contraste interessante. Suas flores são amarelas e brilhantes em forma de estrela.

Aeonium Negro (Aeonium Zwartkop - Aeonium arboreum hibrido

Com origem nas Ilhas Canárias e na África, os aeoniuns são tidos como “imortais” – seu nome deriva do grego “aionos”. No entanto, na prática não são exatamente imortais, embora tenham uma resistência excelente ao excesso de sol e à falta de água.”

Como cuidar do aeonium
Seu melhor ambiente de cultivo é à meia-sombra. Ele precisa de muita luz, porém não suporta sol direto entre as 11h e as 17h. Portanto, escolha um ambiente com iluminação natural abundante para cultivar o seu exemplar.

O aeonium prefere clima quente e úmido e é indicado para uso em maciços. É uma ótima opção para jardins rochosos.

Aeonium-arboreum3
Aeonium em vaso
A planta suporta solos mais secos, que devem ser arenosos e drenáveis. Quando plantada em vaso, a mistura de solo recomendada é de uma parte de terra comum de jardim, uma de terra vegetal orgânica e duas partes de areia média lavada. A rega do aeonium pode ser feita apenas uma vez por semana.

Dia-de-Chuva

Senecio-herreianus

É inquestionável o sucesso que os colares de suculentas fazem junto aos colecionadores. Existem tantas variedades de suculentas com contas em formatos diferentes, que torna-se impossível resistir à tentação de ter um colar de cada tipo.

Estou falando sobre a suculenta colar-de-azeitona, também conhecida como suculenta colar-de-melancia, uma planta originária da África, podendo ser encontrado vegetando em regiões quentes, secas e rochosas da Namíbia, mais ao sul do continente. Assim como diversos outros colares, esta é uma suculenta pertencente à família botânica Asteraceae.

As folhas do Senecio herreianus apresentam um formato fusiforme, com a superfície mais elíptica e alongada, assemelhando-se a uma bola de futebol americano, em miniatura.

Estas estruturas também apresentam fendas longitudinais, de aparência translúcida, que funcionam como pequenas janelas fotossintetizantes. As folhas da suculenta colar-de-azeitona têm uma superfície reduzida, devido ao formato cilíndrico, que visa diminuir a perda de água.

Por outro lado, esta geometria dificulta a absorção de luz para a realização da fotossíntese. Para contornar este problema, estas janelas translúcidas permitem que a luz atinja as células internas das folhas suculentas do Senecio herreianus, otimizando o processo de produção de energia.

Senecio_herreianus

A suculenta colar-de-azeitona não é uma típica espécie de sombra. Embora possa ser cultivado dentro de casas e apartamentos, o Senecio herreianus precisa de bastante luminosidade, com algumas horas de sol pleno diariamente, para que possa se desenvolver bem e florescer. Em ambientes muito sombreados, a planta tende a ficar estiolada, com um grande distanciamento entre as folhas.

O melhor ambiente para o cultivo do colar-de-azeitona é aquele que apresenta uma condição de meia sombra, com bastante luz difusa e algumas horas de sol direto, no início da manhã ou final da tarde. Convém evitar expor a planta ao sol mais intenso, nas horas mais quentes do dia.

Este é um belíssimo exemplo de suculenta pendente. No entanto, nas fases iniciais de desenvolvimento do colar-de-azeitona, convém evitar que o vaso fique com apenas um ou dois raminhos raquíticos pendurados.

Seu crescimento será mais lento, desta forma. O ideal é enrolar o caule da planta sobre a superfície do vaso, dando várias voltas. Desta forma, os segmentos vão se enraizando e produzindo novas brotações, enchendo mais rapidamente o recipiente.

Somente após este procedimento, com uma touceira bem robusta, os ramos podem começar a pender para fora do vaso. Espécimes bem cultivados da suculenta colar-de-azeitona ficam belíssimos em vasos suspensos, assim como acontece com outros colares.

O Senecio herreianus aprecia um solo bem aerado, pouco compactado, de natureza mais arenosa. Esta condição pode ser obtida através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. Lembrando que a areia da praia não deve ser utilizada, por conter elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das raízes do colar de azeitona.

Senecio herreianus

Caso o cultivador prefira praticidade, pode adquirir substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, já prontos para o uso.

A suculenta colar-de-azeitona pode ser cultivada em vasos de plástico ou barro, sem maiores problemas. Esta é uma espécie que não vai bem em terrários fechados ou bacias de suculentas, sem furos no fundo.

É importante que os recipientes tenham um bom sistema de drenagem, que pode ser composto por argila expandida ou pedrisco. Uma manta geotêxtil, posicionada por cima desta camada, ajuda a reter o substrato, impedindo que ele escoe junto com a água das regas.

As irrigações do Senecio herreianus devem ser moderadas, de modo a permitirem que o substrato seque completamente, durante os intervalos entre as regas. Podemos perceber que o momento de dar água chegou através do peso do vaso, que se torna mais leve, quando o solo em seu interior está bem seco.

Além disso, podemos fazer a aferição do nível de umidade com a ponta do dedo, pressionando levemente a terra.

A adubação da planta deve ser bem leve, de manutenção, do tipo NPK. Esta é uma planta habituada a solos pouco férteis, de modo que uma fórmula desenhada para a nutrição de cactos e suculentas é suficiente para garantir um bom desenvolvimento e floração da planta.

Senecio-herreianus

Convém evitar o excesso de nitrogênio na fertilização, já que este elemento estimula a formação de tecidos vegetais mais estiolados e frágeis.

A suculenta pode ser multiplicada facilmente, através de segmentos retirados da planta mãe. Há quem coloque estas pequenas estacas em recipientes com água, para que produzam novas raízes. No entanto, basta colocá-las na terra, em um vaso preparado com o substrato adequado, para que enraízem e gerem novas mudas.

É importante manusear esta planta com cuidado, já que as folhas são bastante frágeis. Durante os replantes, principalmente, a tendência é que o colar de azeitona fique todo desmantelado. Sendo assim, é sempre bom evitar intervenções muito drásticas.

Embora a suculenta colar-de-azeitona não seja considerada uma planta venenosa, existem estudos que identificaram algum grau de toxicidade nas folhas desta e de diversas outras espécies de Senecio, principalmente se ingeridas em grande quantidade.

Senecio herreianus

Portanto, é sempre bom manter o Senecio herreianus longe do alcance de crianças e pets. Por ser uma planta geralmente cultivada em vasos suspensos, esta é uma tarefa bem tranquila.

Para quem aprecia os colares de suculentas, esta é uma espécie que não pode faltar na coleção. Com seu formato diferenciado, em relação às tradicionais folhas completamente esféricas que estamos mais acostumados a encontrar, o colar de azeitona ou melancia é uma excelente opção de diversificação, causando um grande impacto visual, quando bem cultivado.

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plantacoração (Medium)

Os nomes populares das plantas suculentas costumam ser tão surpreendentes e criativos quanto suas aparências. A suculenta coração-partido, cujo nome científico é Corpuscularia lehmannii é um exemplo clássico desta combinação de um aspecto vegetativo único e inusitado com um apelido simpático e original.

Em países de língua inglesa, a suculenta coração-partido costuma ser chamada de ice plant (planta gelo), graças ao formato simétrico e anguloso de suas folhas repletas de água. De longe, a Corpuscularia lehmannii parece, de fato, ser constituída por inúmeros cubinhos de gelo.

Além disso, olhando atentamente para cada folha suculenta, sempre disposta aos pares, de forma diametralmente oposta, percebemos a semelhança desta anatomia com aquela encontrada no famoso cacto-pedra, que não é um cacto verdadeiro, apelido das cobiçadas suculentas do gênero Lithops..

Esta semelhança não é uma mera coincidência. Tanto a planta gelo como o cacto-pedra fazem parte da família botânica Alzoaceae, que também abriga outra simpática planta suculenta, popularmente conhecida como rodinha do sol (Aptenia cordifolia).

Como muitas outras espécies cultivadas com fins ornamentais, a suculenta coração-partido é originária do continente africano. Ocorre predominantemente em algumas regiões da África do Sul, em locais de solos arenosos, rochosos, expostos a elevados níveis de luz solar.

Nestas áreas, a suculenta coração partido pode ser encontrada com as raízes apoiadas sobre as fendas entre rochas. Trata-se de uma planta adaptada aos climas quentes e secos de regiões semi áridas.

coração partido

Infelizmente, é cada vez menor o número de exemplares de coração partido encontrados nativamente, nestas localidades sul africanas. O grande interesse ornamental que esta planta exerce sobre os colecionadores estimula sua coleta predatória.

Além disso, o avanço das áreas urbanas e a poluição do meio ambiente contribuem para a ameaça de extinção da espécie Corpuscularia lehmannii, em seu habitat original.

O coração-partido é uma planta de pequeno porte, bastante compacta, ideal para aqueles que dispõem de pouco espaço para o cultivo de suas plantas. A planta gelo só não é perfeita para o cultivo em apartamentos porque exige um nível mais intenso de luminosidade, mais difícil de ser alcançado, em ambientes internos.

A planta desenvolve-se perfeitamente em varandas e coberturas ensolaradas, além de se beneficiar da luminosidade abundante que incide sobre as floreiras localizadas na parte externa das janelas de casas e apartamentos.

Ainda que esta planta gelo possa ser cultivada em ambientes sombreados, apenas com luz indireta, sua aparência fica mais bonita e compacta quando exposta ao sol pleno. Quando a luz é insuficiente, a planta fica estiolada, com um maior espaçamento entre os pares de folhas, além de perder sua bela coloração cinza azulada.

Corpuscularia--Lehmanni

Um cuidado especial deve ser tomado ao transferirmos a  suculenta coração-partido que esteja acostumada a ambientes internos para uma localidade sob sol pleno. Esta mudança deve ser feita aos poucos, de forma gradativa, principalmente em locais de clima muito quente e seco.

Mesmo sendo uma espécie suculenta que aprecia o sol, a Corpuscularia lehmannii pode ter suas folhas queimadas pelo excesso de insolação direta, se não for aclimatada corretamente.

Outra desvantagem do cultivo dentro de casas e apartamentos é que, sob estas condições, raramente a suculenta coração partido irá produzir flores. Estas estruturas são amarelas e lembram pequenas margaridas. São semelhantes àquelas encontradas na rosinha de sol.

As florações da planta concentram-se nos meses de verão e outono e precisam de uma boa luminosidade para acontecerem, preferencialmente com várias horas de sol direto por dia.

A suculenta coração-partido aprecia um solo semelhante àquele encontrado em seu habitat de origem, na África, de natureza mais arenosa, pobre em matéria orgânica.

Diversas marcas comercializam substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, que são opções práticas e seguras, para quem não quer errar na mão. No entanto, é simples fazer um substrato caseiro, bastando misturar areia de construção e terra vegetal, em partes iguais. Não há a necessidade de adicionar composto orgânico à mistura.

Corpuscularia lehmannii2

A montagem do vaso para o cultivo da planta partido precisa seguir alguns passos fundamentais para evitar que o excesso de água cause o apodrecimento de suas raízes.

O vaso, seja ele de plástico ou barro, precisa ter furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por qualquer material particulado, que pode ser pedrisco, cacos de telha ou argila expandida.

Antes de colocar o substrato por cima desta camada, convém posicionar uma manta geotêxtil, para evitar que o solo arenoso escape durante as regas. Há quem reutilize filtros de café, com esta finalidade.

O coração-partido deve ser mantido seca, a maior parte do tempo. Esta é uma planta que tolera longos períodos de estiagem, de modo que as regas não podem ser frequentes. A melhor forma de sabermos a hora certa para regarmos é através do peso do vaso.

Somente quando ele estiver bem leve, o substrato em seu interior estará suficientemente seco. Além disso, podemos aferir o nível de umidade do solo colocando o dedo sobre a terra e afundando levemente.

A adubação da Corpuscularia lehmannii não precisa ser muito intensa. O fornecimento de uma formulação inorgânica, do tipo NPK, com macro e micronutrientes, é suficiente para a manutenção da suculenta coração-partido.

Existem fertilizantes próprios para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas. É sempre bom evitar o excesso de adubação, uma vez que os sais minerais contidos nos fertilizantes podem ficar acumulados no solo, danificando as raízes da planta.

Corpuscularia lehmannii

Embora a suculenta coração-partido possa ser multiplicada através de sementes, este é um processo demorado e incerto. Felizmente, é fácil obter mudas desta suculenta, através do plantio de segmentos retirados da planta principal.

Estas estacas costumam se enraizar rapidamente, produzindo novas plantas. Por fim, existe a possibilidade de obtenção de mudas através das folhas de coração partido. Basta destacar algumas e colocá-las em um berçário de suculentas. Em pouco tempo, estas estruturas começarão a se enraizar.

A suculenta coração-partido é uma valiosa adição à coleção de todo apaixonado por estas plantas rechonchudas. No caso desta espécie botânica, o charme fica por conta da aparência geométrica e angulosa das folhas, que em outras plantas costumam ser arredondadas.

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Hoya kerrii

Popularmente conhecida como cacto-coração, a espécie botânica Hoya kerrii não é, de fato, uma cactácea. Ela pertence a outra família, chamada Apocynaceae, da qual  também faz parte a famosa flor-de-cera (Hoya carnosa). Neste sentido, um apelido mais apropriado para esta espécie seria planta-coração.

A planta apresenta raízes e um caule fino e comprido, com o aspecto de trepadeira, de onde surgem diversas folhas em forma de coração. Elas podem ser completamente verdes, que correspondem à forma tipo da espécie, ou apresentar bordas mais claras, em creme e amarelo, características da forma variegata da Hoya kerrii.

O cacto-coração é nativo do sudeste asiático, ocorrendo originalmente em países como Tailândia, Laos e Vietnã. Atualmente, é cultivado em todo o mundo como planta ornamental, fazendo bastante sucesso entre os colecionadores. Sua origem tropical nos dá várias dicas de como podemos cuidar desta curiosa espécie de planta suculenta.

Por definição, esta é uma planta que não tolera baixas temperaturas. O cacto-coração desenvolve-se bem em ambientes internos, onde as temperaturas são mantidas constantes ao longo de todo o ano.

No entanto, dentro de casas e apartamentos, é importante garantir que a Hoya kerrii seja exposta a bastante luminosidade, ainda que indireta. O ideal é que a planta coração receba algumas horas de sol direto por dia, no início da manhã ou no final da tarde, para um desenvolvimento mais vigoroso.

Hoya kerrii

Quando cultivada em áreas externas, deve ser protegida do frio intenso, geadas, ventos excessivos e sol direto nas horas mais quentes do dia.

A inflorescência da Hoya kerrii é bastante parecida com a produzida pela sua prima mais popular, Hoya carnosa, conhecida como flor-de-cera. Ambas são esféricas, compostas por um pequeno guarda-chuva formado por delicadas flores brancas, em forma de estrela, bastante perfumadas. O cacto coração costuma florescer durante os meses do verão.

Como toda suculenta, o cacto-coração é capaz de armazenar grandes quantidades de água em suas folhas, de modo que as regas devem ser bem espaçadas, realizadas apenas quando o solo estiver bem seco. Ainda que não seja um cacto verdadeiro, a Hoya kerrii também detesta o excesso de água em suas raízes.

Devido ao seu ritmo lento de crescimento, o cacto-coração não necessita de um esquema muito intenso de adubação. Caso o intuito seja estimular a floração, um adubo mais rico em fósforo pode ser aplicado, na estação que antecede a floração, a primavera.

Ao contrário da flor de cera, no entanto, são as folhas as estruturas que mais fazem sucesso, no caso do cacto-coração.

Hoya-kerrii-Variegata

Ainda que seja uma suculenta, a Hoya kerrii é originária de regiões de clima tropical, motivo pelo qual não se faz necessário um substrato muito arenoso. O cacto coração desenvolve-se bem em um substrato próprio para plantas epífitas, comumente utilizado no cultivo de orquídeas, geralmente composto por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco.

À esta mistura pode ser adicionado um solo rico em compostos orgânicos, em partes iguais, de forma que o material resultante não fique muito compactado.

O cacto-coração é uma planta muito versátil, podendo ser cultivado sob a forma pendente, em vasos suspensos, que se tornam bastante decorativos, com suas cascatas de corações. Alternativamente pode ser conduzida através de treliças de madeira, como uma planta trepadeira. Neste caso, o crescimento é direcionado para cima.

A melhor forma de se multiplicar o cacto-coração é através do método de estaquia, bastando plantar separadamente segmentos de seu caule. Este procedimento é facilitado em função da produção natural de raízes aéreas ao longo da planta madura.

Outra alternativa, como já mencionado, é destacar folhas de seu caule, desde que elas tenham as gemas em suas extremidades, e aguardar pela formação de novos brotos. As espécies do gênero Hoya, de um modo geral, são conhecidas por liberarem uma seiva leitosa, do tipo látex, quando cortadas.

Hoya kerrii

Ainda que esta substância não seja tóxica para animais de estimação, é prudente evitar o contato com ela, já que a situação pode causar reações alérgicas.

O cacto coração é uma planta resistente e de fácil cultivo, ainda que apresente um crescimento bastante lento. O principal desafio, no entanto, é encontrar uma muda verdadeira de Hoya kerrii, que não seja apenas uma folha espetada em um vasinho enfeitado.

A procura vale à pena, já que esta é uma planta única, que abrilhantará a coleção de qualquer aficionado por cactos e suculentas.

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