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Posts para categoria ‘Cactos e Suculentas’

Sedum multiceps

Existe uma belíssima árvore, de porte imponente, que é originária do deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Ao avistá-la pela primeira vez, ainda no século XIX, um grupo de mórmons decidiu batizá-la como árvore de Josué, Joshua tree, em referência ao patriarca bíblico.

Curiosamente, a Sedum multiceps é incrivelmente semelhante a esta árvore histórica. O pequeno detalhe é que a planta  possui apenas alguns centímetros de altura.

Por este motivo, em países de língua inglesa, a planta suculenta Sedum multiceps é conhecida como miniature Joshua tree, árvore de Josué em miniatura, ou pygmy Joshua tree, árvore de Josué pigmeia.

Outro nome popular, comumente utilizado para designar esta espécie botânica, é pigmeu Joshua tree, misturando português e inglês. Portanto, para evitar confusões, o melhor é sempre recorrer ao nome científico em latim, Sedum multiceps.

A semelhança entre estas duas plantas é uma mera coincidência, uma vez que elas pertencem a famílias botânicas diferentes. A verdadeira Joshua tree, cujo nome científico é Yucca brevifolia, faz parte da família Agavaceae, ao passo que a suculenta chamada de pigmeu Joshua tree, Sedum multiceps, é integrante da família Crassulaceae.

Informalmente, a espécie Sedum multiceps também costuma ser chamada de estrelinha gorda ou suculenta pompom, por motivos óbvios. Trata-se de uma suculenta que faz um enorme sucesso junto aos colecionadores, ainda que não seja muito fácil encontrá-la, no mercado.

O grande atrativo do Sedum multiceps é sua forma de crescimento, que vai transformando a planta em um minúsculo bonsai, à medida que as folhas mais antigas vão secando e caindo, mantendo apenas as rosetas em forma de pompons nas extremidades dos caules, de aparência lenhosa.

Suculenta ponpom

Como se não bastasse tanta beleza e delicadeza, esta miniatura da árvore de Josué ainda floresce. Ao longo dos meses mais quentes do ano, durante o verão, pequenas flores amarelas, em forma de estrelas, são formadas a partir dos ápices de algumas ramificações.

A espécie Sedum multiceps é bastante antiga, tendo sido descrita formalmente em 1862. A mini Joshua tree é originária da África, ocorrendo exclusivamente na Argélia, ao norte do continente, em regiões de clima quente e seco, vegetando sobre rochas de calcário, onde forma extensos tapetes.

Esta é uma suculenta que pode ser cultivada tanto em áreas externas, em jardins de inspiração desértica, plantada diretamente no chão, ou em vasos, dentro de casas e apartamentos.

A suculenta Sedum multiceps aprecia locais com bastante luminosidade, desenvolvendo-se bem tanto sob sol pleno como em ambientes de meia sombra, com luz difusa e indireta, na maior parte do dia, e algumas horas de sol direto, no início da manhã ou no final da tarde.

É interessante notar que o aspecto do pigmeu Joshua tree sofre modificações, de acordo com os níveis de luminosidade aos quais a planta é exposta.

Sob uma condição de sol pleno, as rosetas em forma de pompons ficam mais fechadas, assumindo uma forma mais esférica. Já em ambientes de meia sombra, estas estruturas apresentam uma forma mais aberta, aumentando em diâmetro.

Exatamente por este motivo, convém proteger a planta do sol muito intenso, principalmente durante o verão, nas horas mais quentes do dia. O ato de fechar as folhas consiste em uma forma de proteger a planta da perda excessiva de água, sob estas condições climáticas mais estressantes.

A suculenta Sedum multiceps desenvolve-se mais ativamente durante os meses de outono e inverno, ao contrário da maioria das plantas que estamos acostumados a cultivar.

Sedum_multiceps

Por este motivo, a planta pode ser regada frequentemente, ao longo de todo o ano, sempre tomando um extremo cuidado para evitar o excesso de umidade no solo, que pode causar o apodrecimento das raízes.

Neste sentido, o vaso para o cultivo do Sedum multiceps deve ter furos no fundo e uma camada de drenagem, que pode ser feita com argila expandida, brita ou pedrisco. O solo deve ser bem aerado, facilmente drenável e pouco compactado.

Substratos arenosos podem ser obtidos através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. Alternativamente, misturas prontas para o uso, próprias para o cultivo de cactos e suculentas, podem ser compradas em lojas de jardinagem.

Por estar acostumada a solos pouco férteis, a suculenta Sedum multiceps não precisa ser adubada intensamente. Uma formulação do tipo NPK, própria para a manutenção de cactos e suculentas, pode ser administrada durante a fase de crescimento, nos meses mais frios do ano.

7_ Sedum multiceps

Sua multiplicação é bastante tranquila, uma vez que esta suculenta está constantemente emitindo novas ramificações, espalhando-se pela superfície do vaso.

Basta destacar alguns segmentos do caule, deixá-los descansando por algumas horas, para que o corte seja cicatrizado, e plantá-los em um novo vaso. Também pode ser propagado através de sementes, caso o cultivador tenha paciência para aguardar alguns anos, até que as plântulas atinjam a maturidade.

Ao contrário de muitas suculentas, que vão ficando feias, pescoçudas e desgrenhadas, com o passar do tempo, esta miniatura da árvore torna-se cada vez mais exótica e interessante, ao longo dos anos, já que seus caules vão adquirindo a aparência de troncos envelhecidos, como um bonsai de proporções nanométricas.

janela-café

Cleistocactus winteri

Os nomes populares das plantas, particularmente dos cactos e suculentas, costumam ser bastante confusos e, frequentemente, sobreposições ocorrem. É o caso do cacto rabo de gato, cujo nome científico é Cleistocactus winteri.

Este último é bastante importante para termos certeza quanto à identidade da planta em questão. Outras espécies de cactos podem ser popularmente chamadas de rabo de gato. Há, ainda, a possibilidade de que os animais se misturem, sendo que muitas pessoas se confundem quanto aos diversos rabos existentes no mercado, de gato, rato ou macaco.

O cacto rabo de gato faz parte da categoria de cactos pendentes. Ainda que este seja o apelido mais comumente adotado, aqui no Brasil, a espécie botânica Cleistocactus winteri costuma ser chamada por outro nome, em países de língua inglesa.

De modo geral, os diferentes gêneros e espécies da família botânica Cactaceae ocorrem exclusivamente no continente americano. O cacto rabo de gato, Cleistocactus winteri, é originário da Bolívia.

Seus caules, quando jovens, são colunares, tornando-se pendentes à medida que se elongam. Estas estruturas são cobertas por delicados espinhos amarelos, pouco agressivos, que conferem um aspecto dourado ao cacto. Quando bem cultivada, esta planta pode atingir até um metro de comprimento.

Cleistocactus winteri

As flores do cacto rabo de gato são surpreendentes. Como se não bastasse o aspecto exótico dos longos caules, em forma de caudas douradas e felpudas, a espécie Cleistocactus winteri ainda produz delicadas flores na coloração salmon, que se abrem como pequenas trombetas.

Quando vistas de cima, lembram mini margaridas alaranjadas. Estas estruturas costumam surgir ao longo de todo o caule, em plantas adultas, preferencialmente durante os meses mais quentes do ano, na primavera e verão.

Ao contrário das florações de outros cactos pendentes, conhecidas por durarem apenas uma noite, aquelas produzidas pelo cacto rabo de gato podem ser apreciadas por vários dias, sendo que os botões florais vão desabrochando de forma sequencial.

Para que as flores durem mais, e fiquem bonitas por mais tempo, convém evitar molhá-las, durante as regas. O excesso de umidade pode favorecer a proliferação de fungos que comprometem a aparência das florações. Ainda assim, esta é apenas uma questão estética.

Já o excesso de água nas raízes do cacto rabo de gato pode levar ao rápido apodrecimento destas estruturas, fenômeno que frequentemente se alastra por todo o caule, destruindo a planta.

Quando isso acontece, a única solução é cortar a parte superior, antes que seja atingida pela doença, e plantá-la separadamente. Esta também é uma forma de se propagar o cacto rabo de gato.

No entanto, é extremamente importante que a parte seccionada não seja plantada imediatamente. É necessário aguardar alguns dias, em um local bem seco e arejado, até que o ferimento esteja bem cicatrizado.

Só então a estaca pode ser plantada em um outro vaso, com substrato novo. No início, é importante regar com parcimônia, até que as raízes se desenvolvam.

Também é bom lembrar que, tanto no caso de um corte para salvar a planta da podridão, como no caso de se pretender multiplicar a planta, a base remanescente, enraizada no vaso, ficará com uma cicatriz bem desagradável, do ponto de vista estético.

Para evitar acidentes com o excesso de regas, o ideal é plantar o cacto rabo de gato em um solo arenoso, bem drenável e pobre em nutrientes, que mimetize aquele encontrado em seu habitat de origem.

Cleistocactus winteri

O substrato em questão pode ser comprado pronto, geralmente vendido como solo próprio para o cultivo de cactos e suculentas, ou preparado em casa, através da mistura de terra vegetal e areia grossa.

É importante evitar o uso da areia de praia, que contém elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das raízes.

Assim como acontece com outras cactáceas de aparência semelhante, o rabo de gato cresce de forma relativamente rápida. Isso vale também para as raízes, que precisam de bastante espaço para um bom desenvolvimento.

De tempos em tempos, é aconselhável realizar replantes, para renovar o solo e dar mais espaço para o crescimento do sistema radicular.

Ao contrário do que costumamos imaginar, nem todos os cactos adoram passar o dia torrando sob o sol pleno e inclemente do deserto.

Existem muitas espécies de cactos de sombra, de hábito epífito, que estão acostumadas à vida em florestas, expostos somente à luz filtrada proporcionada pelas copas das árvores

Embora este não seja o caso do cacto rabo de gato, a espécie Cleistocactus winteri também não se dá bem com o sol direto, principalmente durante as horas mais quentes do dia, no verão.

Em regiões de clima muito quente, convém proteger a planta da incidência dos raios solares com uma tela de sombreamento. Alternativamente, este cacto pode ser cultivado em um local com bastante luminosidade indireta, recebendo o sol pleno apenas no início da manhã ou no final da tarde.

Por esta razão, é mais fácil cultivar o cacto rabo de gato dentro de casas e apartamentos, já que sua exigência quanto à luminosidade é menor, quando comparada à requerida por outras cactáceas. O mesmo ocorre com o cacto rabo de macaco, que tolera ambientes de meia sombra.

Cleistocactus winteri

Ainda assim, quanto mais luminosidade indireta puder ser fornecida a estas plantas, melhor será seu desenvolvimento. A luz também é fundamental para que estes cactos floresçam a contento.

cacto-flor

Echinopsis-pachanoi

O cacto San Pedro, também conhecido como cacto São Pedro ou wachuma, é tradicionalmente consumido com fins medicinais, há milhares de anos, em diversas culturas, principalmente no continente sul americano. Além disso, em alguns países, o cacto San Pedro tem um papel religioso, sendo considerado sagrado.

Os cactos sagrados, como o Echinopsis pachanoi é assim conhecido por produzir substâncias com propriedades alucinógenas, do tipo alcaloides, dentre os quais a mais conhecida é a mescalina.

Consumido em rituais religiosos, feitos pelos os antigos povos indígenas que habitavam a América do Sul, o wachuma é considerado um meio de elevar o estado de consciência.

O cacto San Pedro ocorre nativamente em uma vasta região ocupada pelos Andes, em países como Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru. A espécie Echinopsis pachanoi está adaptada à vida em regiões de altitudes elevadas, em localidades situadas a 2.000 metros acima do nível do mar.

Diversas espécies do gênero Echinopsis são largamente cultivadas e comercializadas como plantas ornamentais.

Em diversos países da América Latina, a espécie botânica Echinopsis pachanoi é conhecida por diferentes nomes populares, tais como sanpedrillo, huachuma, achuma, wachuma ou cactus de San Pedro.

Em países de língua inglesa, esta cactácea é popularmente chamada de San Pedro cactus, assim como no Brasil.

É importante não confundir o cacto San Pedro, Echinopsis pachanoi, com a tocha peruana, Echinopsis peruvianus, uma vez que são espécies distintas, mas com morfologias muito semelhantes.

Echinopsis pachanoi1

Esta é uma planta de porte colunar, que apresenta um crescimento rápido, podendo atingir seis metros de altura, quando cultivado em áreas externas e ensolaradas. Diversos ramos laterais podem ser produzidos, a partir da base da planta principal.

As flores do cacto San Pedro são brancas, com múltiplas pétalas, desabrochando apenas durante a noite. A floração é extremamente curta e não passa de dois dias.

No entanto, grandes touceiras bem formadas de Echinopsis pachanoi podem produzir diversas flores ao longo de semanas.

Quando comparado à maioria das outras cactáceas, que requerem elevadas temperaturas para se desenvolverem bem, o cacto San Pedro é mais tolerante ao frio, por ser de origem andina, habituado às temperaturas mais baixas das regiões de altitudes mais elevadas.

O cacto San Pedro cresce ativamente e aceleradamente durante os meses mais quentes do ano, na primavera e verão. Neste período, as regas podem ser mais frequentes, mas o solo não pode ficar encharcado por muito tempo.

Também é durante esta fase de metabolismo mais ativo que o Echinopsis pachanoi deve ser fertilizado.

A adubação pode ser administrada mensalmente, com uma fórmula NPK, própria para a manutenção de cactos e suculentas. Durante o inverno, quando o crescimento do cacto San Pedro é mais lento, a adubação pode ser suspensa e as regas reduzidas.

Além da fertilização inorgânica, através do fornecimento de sais minerais, este é um cacto que se beneficia de solos mais férteis.

Neste contexto, um bom substrato para o cultivo do cacto San Pedro deve conter uma parte de terra vegetal, uma parte de composto orgânico, que pode ser esterco curtido ou húmus de minhoca, e uma parte de areia grossa de construção, um terço de cada material.

É sempre bom evitar o uso da areia da praia, que contém elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das raízes.

Echinopsis pachanoi-4

O vaso ideal para o cultivo do Echinopsis pachanoi é aquele que tenha um peso suficiente para evitar o tombamento da planta, cujo centro de gravidade é muito elevado.

Geralmente, vasos de barro, cerâmica ou cimento são boas opções, desde que tenham furos no fundo e uma camada de drenagem.

É importante que o vaso não seja muito grande, em relação ao tamanho da planta. Ele deve ser proporcional, evitando o uso de uma grande quantidade de substrato, que demora mais para secar e pode causar o apodrecimento das raízes.

Para que o substrato arenoso não escape pelos furos, durante as regas, uma manta geotêxtil pode ser posicionada sobre os pedriscos da camada de drenagem.

Muitos cultivadores têm reaproveitado os filtros de café usados, para esta finalidade. O importante é que o material deixe a água escoar livremente, ao mesmo tempo em que retém o substrato e as raízes do cacto San Pedro.

Existem diversas variedades desta cactácea, que podem apresentar espinhos mais ou menos agressivos. Há, inclusive, exemplares que quase não apresentam espinhos.

Este detalhe é importante de ser observado, caso o cacto San Pedro fique em um local de passagem de pessoas, ou em ambientes visitados por crianças e pets.

Ainda neste sentido, deve-se evitar que estes pequenos curiosos façam a ingestão acidental do Echinopsis pachanoi. Como bem sabemos, trata-se de um cacto rico em substâncias alucinógenas, que não podem ser consumidas indiscriminadamente.

Ainda que prefira o sol direto dos ambientes externos, o cacto San Pedro pode sofrer queimaduras, caso exposto a uma radiação solar muito intensa, nas horas mais quentes do dia.

É aconselhável protegê-lo desta situação, principalmente no verão, em localidades onde as temperaturas costumam ser muito elevadas. Sempre lembrando que o Echinopsis pachanoi é uma espécie andina.

Por este motivo, o cacto São Pedro pode ser uma boa opção para o paisagismo de ambientes internos.

Echinopsis pachanoi

Caso seja cultivada em vasos, dentro de casas e apartamentos, é importante que esta cactácea receba bastante claridade, com o maior número possível de horas de sol diárias. Esta é uma excelente opção para jardins de inverno, varandas e coberturas.

Caso falte luminosidade durante o desenvolvimento do cacto San Pedro, a planta tenderá a se tornar estiolada, crescendo de forma mais acelerada, porém, ficando com o caule mais fino e frágil.

O excesso de nitrogênio na adubação também tende a provocar o estiolamento do Echinopsis pachanoi.

A multiplicação do cacto San Pedro pode ocorrer através de sementes, que são surpreendentemente consideradas de fácil germinação e cultivo, ou através de estacas retiradas da planta principal.

Neste caso, é importante deixar o segmento cortado descansando, em um local fresco e sombreado, por alguns dias, até que o ferimento cicatrize.

Ainda que possa ser um pouco controverso, devido aos elementos químicos nele contidos, o cacto San Pedro, ou cacto São Pedro, é uma magnífica planta ornamental. Suas majestosas colunas tornam-se o ponto focal em qualquer ambiente, seja uma sala ensolarada ou um jardim de inspiração desértica.

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Os amantes de plantas suculentas, particularmente as cactáceas, costumam ter adoração por estes longos cactos colunares em forma de caudas de animais. Dentre eles, o cacto rabo de macaco é, sem dúvida, o mais popular.

Trata-se da espécie botânica Hildewintera colademononis, que também pode ser encontrada como Cleistocactus colademononis.

Sua característica mais marcante é a superfície coberta por espinhos longos, finos e macios, cuja aparência nos remete à cauda de um animal peludo. Apesar da grande quantidade de espinhos, estas estruturas não são agressivas, de modo que o cacto rabo de macaco pode ser manuseado sem maiores problemas.

No topo do post uma foto de quando a planta ainda é bem jovem. Com o tempo, o cacto rabo de macaco vai se alongando, fazendo jus ao seu apelido, e adquirindo a característica de uma planta pendente.

Cada coluna pode atingir grandes proporções, além de se ramificar com facilidade, gerando novas mudas. O aspecto de uma touceira madura, bem cheia e encorpada, é de uma beleza espetacular.

Como se não bastassem os longos caules peludos, que podem ultrapassar os dois metros de comprimento, o rabo de macaco ainda pode produzir belas e vistosas flores avermelhadas, bastante ornamentais.

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A espécie botânica é endêmica do departamento de Santa Cruz, na Bolívia, mais especificamente da província Florida. Isto significa que, em todo o mundo, o cacto rabo de macaco só é encontrado nativamente nesta localidade.

Trata-se de uma planta cujo hábito de vida se assemelha ao de famosos cactos epífitos, de porte pendente, tais como o cacto sianinha (Selenicereus anthonyanus) cacto macarrão (Rhipsalis baccifera) ou a flor de maio (Schlumbergera truncata),

No entanto, no caso do cacto rabo de macaco, o termo mais apropriado refere-se ao seu crescimento epilítico, litófilo ou rupícola, já que a planta cresce pendente, aderida às rochas que se elevam em meio às florestas bolivianas adjacentes. Quanto mais madura esta cactácea se torna, mais longos ficam seus caules.

Além disso, os abundantes espinhos também vão se tornando mais compridos, com o passar dos anos, de modo que uma planta madura adquire um interessante e exótico aspecto densamente peludo, na coloração branca.

A aparência é similar à fase jovem do cacto cabeça de velho (Cephalocereus senilis), só que os pelos do cacto rabo de macaco são mais longos e bem penteados.

Contrariando a imagem típica que temos dos cactos, torrando sob o  sol pleno, o rabo de macaco não pode ser exposto aos raios solares de forma direta, principalmente nas horas mais quentes do dia, durante o verão.

Esta cactácea aprecia um local com bastante luminosidade, mas indireta ou filtrada por uma tela de sombreamento. Sob estas condições de cultivo, o cacto rabo de macaco apresenta um rápido crescimento, alongando-se com facilidade.

Hildewintera Colademononis

Para que a planta se desenvolva de forma apropriada, é importante fornecer-lhe um substrato bem aerado, rapidamente drenável, típico para o cultivo da maioria das cactáceas.

Existem misturas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas. Alternativamente, pode-se misturar terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais.

O vaso para o cultivo do cacto rabo de macaco pode ser de plástico ou barro. O importante é que ele não seja muito pequeno, já que as raízes precisam de espaço para crescerem e garantirem um bom desenvolvimento da planta.

Também é essencial que o recipiente tenha furos no fundo e seja montado com um sistema eficiente de drenagem, composto por pedrisco, brita ou argila expandida.

Para que a terra e areia não fiquem escapando pelos furos, pode-se posicionar uma manta geotêxtil sobre esta camada, antes da adição do substrato arenoso.

Como acontece com todas as suculentas e cactáceas, as regas devem ser feitas com moderação, de modo a não deixar o solo encharcado por muito tempo. Como uma regra geral, devemos regar apenas quando o substrato estiver bem seco, independentemente da periodicidade.

Durante o inverno, quando o cacto rabo de macaco se desenvolve mais lentamente, e a evaporação diminui, em função das temperaturas mais baixas, é aconselhável reduzir a frequência das irrigações.

Ainda que se adapte bem dentro de casas e apartamentos, o cacto rabo de macaco precisa de um bom nível de luminosidade para que possa produzir suas belas florações avermelhadas.

O ideal é posicioná-lo próximo a uma janela bem iluminada, protegida do sol direto nas horas mais quentes do dia. Uma adubação mais rica em fósforo também irá estimular a planta a florescer.

Outro fator que ajuda na floração é a clara demarcação das estações do ano. No caso do rabo de macaco, é importante que a planta passe por um período mais frio, durante o inverno, para sinalizar que sua floração ocorrerá nas estações seguintes, primavera e verão.

A propagação do cacto rabo de macaco é relativamente simples, podendo ocorrer através de sementes ou cortes da planta principal. Neste último caso, é importante que os segmentos seccionados descansem por algumas horas ou dias, até que o corte fique bem cicatrizado.

Para se evitar infecções fúngicas ou bacterianas, a canela em pó pode ser salpicada nas áreas cortadas. Somente então, estas estacas podem ser normalmente plantadas, em um substrato arenoso e apropriado para cactos e suculentas.

O recomendável é que este processo seja realizado durante a primavera, de modo a garantir alguns meses de temperaturas mais altas, nos quais o metabolismo do cacto rabo de macaco está mais ativo.

Hildewintera Colademononis

A multiplicação através de sementes, embora seja mais demorada, é bastante interessante. Ao contrário de outras plantas, que são mais desafiadoras nesta questão, o cacto rabo de macaco pode germinar com facilidade, a partir de sementes.

O maior desafio é ter paciência para cultivar as plântulas até a idade adulta, já que o processo pode levar anos. Existem algumas empresas idôneas que comercializam sementes de cactos, em envelopes lacrados. O pequeno problema é que não sabemos o que nascerá a partir delas, já que são sortidas.

Para quem gosta de plantas diferentes e chamativas, o cacto rabo de macaco é a escolha ideal. Em qualquer ambiente, um vaso suspenso, com os longos caules peludos e pendentes desta cactácea, costuma roubar a cena.

Principalmente quando temos o privilégio de sermos contemplados com as belas florações do rabo de macaco.

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