Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

solos

A qualidade do solo de Bonsai é de extrema importância, pois a dimensão do vaso é muito reduzido e o solo tem de garantir perfeitas condições de cultivo.

Por vezes os solos em que vêm em alguns Bonsai são de baixa qualidade e pouco indicados para o nosso clima, pelo que o ideal é que na próxima época de transplante após a aquisição, o Bonsai seja transplantado.

Um dos fatores mais importantes numa boa mistura de solo é a sua drenagem, a dimensão do grão de solo deve ser sempre superior a 2 mm, rejeitando-se o pó, a mistura de solo varia de país para país e consoante a espécie da planta.

Existem 3 solos japoneses que servem de base a todas as misturas de solo, podendo em alguns casos ser utilizados puros.

akadama1

Akadama
Argila vulcânica japonesa, possui boa granulometria, capacidade de retenção de nutrientes e de drenagem do excedente de água, devido ás suas características físicas não coliga (não faz barro) o que garante estas características por longo período.

No Japão usam-na como “mistura universal” para todas as espécies folhosas, em Portugal poderá secar muito no verão e drenar mal no Inverno (principalmente no 2º ano após transplante).

kanuma1
Kanuma

Solo de origem Japonesa oriunda da zona de Kanuma (terra das azáleas no Japão), a principal característica do Kanuma é ter um p.H. ácido e perpetuar esta acidez por longo período, contrariamente à turfa que se vai neutralizando (alcalinizando) com as regas, esta característica deve-se ao facto de o Kanuma ser ácido por desmineralização térmica, o que reduz a sua capacidade de alcalinização.

Este solo é ideal para acidificar misturas (principalmente em zonas de águas calcárias) e para utilização puro em azáleas e rododendros e todas as espécies que requerem p. H. Ácido.

kyriu1
Kiriu
Solo de origem vulcânica japonês, bastante duro o que lhe reduz a capacidade de retenção de água e nutrientes em relação ao Akadama, tornando-o assim ideal para aumentar a drenagem das misturas de solo e para uso em Coníferas e espécies que requerem alta drenagem.

Keto
Solo de origem japonesa composto por pó de Akadama e pó de turfa, humedecidos e amassados até terem uma textura facilmente moldável.

Esta solo é conhecido pela sua maleabilidade indicada para a criação de paisagens, florestas e em estilos diversos de Bonsai, sempre que seja necessário fazer a fixação do solo a rochas, criar barreiras, etc…

Em Portugal as misturas podem variar de região para região, dependendo também dos objectivos desejados para a planta, quando queremos acelerar o crescimento de uma planta adubando-a mais fortemente devemos aumentar a drenagem (grão de maior diâmetro), desta forma teremos que regar mais, logo poderemos adubar mais sem risco de salinizar o solo.

Como misturas ideais para o nosso clima apresentamos as seguintes :

Mistura universal para Bonsai
Ideal para todas as espécies de Interior e Exterior (excepto coniferas e azáleas), constituida por :
Akadama
Kyriu (ou outro componente que assegure a drenagem sem alterar o p.H.)
Turfa (de boa qualidade)

Mistura para coníferas

mistura-para-coniferas1
Indicada para todas as coniferas e espécies que necessitem de grande drenagem, as quantidade de cada um dos componentes podem variar consoante a espécie (mais Kyriu nos pinheiros e mais Akadama nos Juniperus), normalmente mistura-se :
Kyriu
Akadama

Mistura ácida
Indicada para Azáleas e rododendros, bem como todas as espécies acidófilas, esta mistura pode ser substituida por Kanuma puro ou mistura-se :
Kanuma
Akadama

vasos-bonsai

A palavra Bonsai, é constituída por 2 caracteres, os quais significam ” arvore em vaso”, pelo que a importância do vaso nesta arte, é (quase ! ) igual à da planta .

Da mesma forma que, por motivos horticulturais e estéticos, nem todas as arvores e arbustos se podem utilizar em Bonsai, não é qualquer vaso que serve para Bonsai.

Horticulturalmente
O vaso de Bonsai tem de ter determinadas características químicas e físicas que permitam o cultivo por longos períodos de uma arvore no seu interior, este objectivos são conseguidos com a utilização de grés de elevada qualidade e processos de fabricação específicos.

Quimicamente
O vaso não pode reagir com o Bonsai, ele deve manter uma intima relação com ele (pelo que os vasos nunca são esmaltados por dentro), fazendo a retenção e troca dos nutrientes com a planta, mas perpetuando a capacidade de os “libertar” de forma a não “salinizar” o solo.

Fisicamente
Os vasos de Bonsai são de grande resistência, tem que conseguir suportar elevadas amplitudes térmicas protegendo as raízes das plantas e ao mesmo tempo resistir à pressão delas no seu interior sem se deformar.

Esteticamente
“O vaso para o Bonsai é como uma moldura para um quadro”:  ele deverá realçar a beleza da planta, sem lhe roubar a atenção, diferentes estilos de Bonsai requerem diferentes tipos de vasos.

bonsai-

O processo de transplante em Bonsai, é uma das fases que requer mais sensibilidade, tanto no que diz respeito à sua realização como aos cuidados a ter após a mesma. Apoiado em métodos horticulturais e artísticos específicos da técnica de Bonsai, é indispensável para o saudável desenvolvimento da árvore.

Teoricamente ele deve ser realizado aproximadamente de dois em dois anos em plantas folhosas e de três em três para coníferas, de Fevereiro a Março para espécies de exterior e dupla localização e de Abril a Maio para as espécies de interior.

Material necessário para o transplante
Vaso;
Redes de drenagem;Arames de fixação;
Solo indicado para a espécie;
Tesoura para podar a copa e tesoura para podar raízes;
Alicate corte de Raízes (se formos cortar raízes muito grossas);
Vitaminas para o pós transplante.

Primeiro passo:
Preparar o vaso colocando-lhe redes a tapar os furos de drenagem e arames de fixação, para podermos prender a planta após transplante (durante cerca de 3 meses), desta forma vamos garantir que a planta não vai ficar com as raízes expostas ao ar provocado por um vendaval ou outro processo.

Depois começamos por remover totalmente o solo antigo, que já se encontra desgastado, sem capacidade de drenar o excesso de água, de reter nutrientes e de permitir a respiração das raízes.
Durante o transplante é analisado o estado de saúde das raízes da planta e são- lhe cortados cerca de 1/3 das raízes (dependendo do estado das mesmas).

O corte das raízes vai permitir criar espaço para que a planta se desenvolva até ao próximo transplante e vai estimular a divisão radicular.

Na altura do transplante tem de se podar fortemente a planta, em algumas espécies dependendo da altura do ano pode mesmo ter de se remover todas as folhas, aproveita-se sempre esta operação para modelar a planta, através da poda e de arames, se necessário.

Não é obrigatório trocar o vaso em cada transplante, só o devemos fazer quando após retirado o solo velho e cortadas as raízes nos apercebemos que o espaço livre não vai ser suficiente para o saudável desenvolvimento até à próxima época de transplante.

Quanto mais velha é a planta, menores vão sendo os “aumentos” de vaso, mas devemos respeitar sempre os intervalos de substituição de solo.

Em alguns casos podemos mesmo ter de optar por uma redução do vaso, optando por um que se enquadre melhor esteticamente, o vaso utilizado tem sempre de ser especifico para Bonsai, pois só estes reúnem as características físicas e químicas indispensáveis a manutenção e sobrevivência do Bonsai.

Tendo em conta que regra geral a planta ainda se encontra no solo original, aconselhamos a transplantar o seu Bonsai na próxima época de transplante a seguir a sua aquisição.
Embora possa parecer complicado, o transplante quando realizado por uma pessoa experiente e numa planta saudável, é um processo praticamente sem riscos.

Cuidados após o transplante
-
Após ter transplantado o seu Bonsai durante aproximadamente um mês deve:

- Protegê-lo do sol direto nas horas de sol forte.

- Protegê-lo dos ventos fortes.

- Redobrar a atenção com a rega, não permitindo que a planta passe por longos períodos de sede, mas deixando a camada superficial do solo secar ligeiramente entre regas, para que as raízes da planta possam respirar e não apodreçam por excesso de água.

- Interromper o processo de adubação, só o iniciando quando a planta demonstre Ter recomeçado o seu normal crescimento ( nunca começar a adubar antes de decorridos os 30 dias).

- Aplicar uma vitamina em dose após transplante, que facilitará a produção de novas raízes.

flores em série

Lecanopteris

Lecanopteris

São conhecidos como Planta Formiga, Samambaia Formiga e Antiferns

Lecanopteris são Samambaias (Fetos) Pré-históricas da Família Polypodiaceae, são epífitas habitam o Sudeste Asiático até Nova Guiné, são plantas raras mesmo em seus habitat, vivem em ambientes com alta umidade, as Florestas Tropicais do Sudeste Asiático, local que chovem muito.

Samambaias do gênero Lecanopteris são conhecidas como planta formiga, samambaia formiga, possui forma bizarra, a maioria das espécies tem o rizoma cavernoso e oco, onde na natureza são habitadas por formigas vivendo em mutualismo com a planta, ambos se beneficiam, a formiga arrumam um lugar seco para viver , e a planta retira os nutrientes dos materiais deteriorados que as formigas acumulam dentro da planta, essa teoria foi estudada e provada através de testes com material radioativo usado nos estudo, onde a planta absorveram esses nutrientes deixados pelas formigas.

Estas plantas atualmente fazem bastante sucesso, e são muito procurados pelos Europeus e nos EUA, por serem samambaias de pequeno porte e de formas bem diferentes das samambaias tradicionais, ocupando pequeno espaço para o seu cultivo. S

ão de tamanho moderado, o rizoma é rasteiro ou bulboso, pouco ou bem ramificado e na maioria da espécie é cavernoso, a folha é simples ou ramificada. Atualmente são conhecidas 13 espécies, as mais conhecidas são, Lecanopteris sinuosa, L. pumila ,L. mirabilis, L .spinosa, L luzonensis, L. carnosa, L. crustacea, L .celebica, L. deparioides, L. lomarioides, L. balgooyi.

.curtisii

Lecanopteris curtisii é bem parecido com o Lecanopteris deparioides, alguns acham que são a mesma espécie, possuem coloração azul esverdeado, é um dos mais belos devido a sua coloração, habitam as florestas úmidas da Indonésia e Malásia.

.lomarioide

Lecanopteris lomarioides, os rizomas são densamente cobertos por placas, de crescimento irregular, é o mais vistoso de todas as espécies de Lecanopteris, ainda muito raro em cultivo, habitam as florestas úmidas da Indonésia e Malásia.

.luzonensis

Lecanopteris luzonensis, esta samambaia formiga é bem parecida com L.carnosa, mas de tamanho maior, seu rizoma parecem que foi passado cera, parte nova tem coloração verde e gradativamente tornam escuro, quase preto, habita a Ilha de Luzon, na Filipinas.

.mirabilis

Lecanopteris mirabilis, é um dos mais bonito Lecanopteris, é bem diferente , não possui rizoma oco, é a unica da espécie que não tem o rizoma cavernoso, o rizoma é achatado, parecendo placas que sobrepõem formando túneis onde são habitados por formigas, habitam as florestas úmidas da Indonésia e Malásia.

carnosat

Lecanopteris carnosa, esta espécie é a menor da espécie, muito parecida com Lecanopteris luzonensis e Lecanopteris pumila, todas as três espécie possuem rizoma rastejante e parece que foi passado um cera, quando o rizoma envelhece ficam escuros, quase preto, habita somente a Ilha de Sulawesi na Indonésia

celebica

Lecanopteris celebica, esta samambaia possuem rizoma irregular de coloração verde, as áreas velhas embora ainda viva fica com uma coloração castanho, bastante raro em cultivo, habitam floresta da Indonésia e Malásia.

crustaceat

Lecanopteris crustacea, o rizoma são cobertos por placas e crescem por toda direção, é um dos mais fáceis de cultivar habitam florestas úmidas da Indonésia e Malásia.

deparioidest

Lecanopteris deparioides, é muito parecido com o L.curtissii possuem coloração azul esverdeado e parece que foi passado uma cera, rizoma rastejante, habita floresta úmidas da Indonésia e Malásia.

pumila

Lecanopteris pumila, é outra espécie epífita que habitam as florestas úmidas da Indonésia e Malásia, possuem rizoma igual do Lecanopteris luzonensis, um pouco maior em tamanho, a parte velha tornam escuro quase preto, sua cultura é bastante fácil.

sinuosa
Lecanopteris sinuosa
, o rizoma são ramificados e finos é um dos mais fáceis de se cultivar, são pouco exigentes, a sua dispersão geográfica é bem grande , Malásia peninsular a Taiwan e até a Península de York na Austrália, tem crescimento rápido é o mais tolerante a alta temperatura.

spinosa

Lecanopteris spinosa, é o menos conhecida da espécie, rarissima em cultivo, habitam florestas úmidas da Indonésia e Malásia.

Cultivo – Devemos cultivar estas espécies, em local onde o grau de umidade elevado em torno de 70%, pode se deixar o vaso em um pratinho com água para manter a umidade e uma boa ventilação.
Substrato: Aqui no Brasil o substrato mais fácil de adquirir é o musgo sphagnum já seco, também uma mistura do musgo com pó de coco na proporção de 1:1 é um ótimo substrato, deve estar sempre úmido nunca deixar secar totalmente.
Temperatura:
Gosta de ambiente com temperatura em torno de 24 a 27ºC.
Luz: Estas samambaia formiga gosta de luminosidade média em torno de 30% de luz, cultivadores europeus, usam luz artificial (tubo de luz fluorescente), obtendo bastante sucesso .
Água: Nunca deve deixar o substrato secar totalmente, usar pelo menos uma vez ao mês um adubo líquido, os Lecanopteris respondem muito bem ao adubo, fortalecendo o seu crescimento, isto substitui os nutrientes que a planta estaria retirando da sobra de detritos deixados pela formiga, como ocorre na natureza, muito usado é o adubo osmocote que são bolinhas cheio de adubo, que liberam os nutrientes lentamente.

borboletinhas