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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

bonsai_azalea

Irrigação: Com certeza é a tarefa mais importante e fundamental de ser realizada para o bem estar da planta, e sem sombra de dúvidas é a principal causa de óbito destas plantas. O bonsai por estar plantando em vasos, possui pouca quantidade de substrato e por conseqüência retém um volume pequeno de água, sendo necessário um cuidado constante para a manutenção do nível adequado de umidade. No verão o fator evaporação age com maior intensidade, portanto deve-se molhar o bonsai mais vezes, sempre que a superfície do solo estiver secando.
Quantidade de água:

1. Em excesso: Vasos capilares ficam entupidos, podem causar a morte da planta (a possibilidade é remota), além de acelerar o crescimento da planta além do desejado;
2. Em falta: Raízes capilares secam e morrem, aliada as altas temperaturas causam a morte da planta.

Deve-se molhar as plantas diariamente, dependendo do calor, duas vezes a três vezes ao dia. Molhar sua planta deve ser um hábito regular, pois só assim conseguirá ver a real necessidade de seu bonsai, observando a umidade do solo e controlando a quantidade de água.

Adubação: O verão é uma estação onde a adubação é primordial, pois é a época de crescimento da planta (período entre o final da primavera e o final do verão).
É preciso primeiro saber o que significa NPK, pois sempre estamos vendo nas embalagens de adubos e em geral não temos noção de seu significado e uso.
N é Nitrogênio, responsável pelo crescimento das folhas/planta.
P é fósforo, ajuda no crescimento da planta e é responsável pela floração e frutificação.
K é Potássio, que serve para o enraizamento e mantém a planta com suas fibras saudáveis.
Quando vemos NPK 12-15-12, que dizer que na composição deste adubo temos 12 partes de nitrogênio, 15 de fósforo e 12 de potássio.
Uma outra questão é o que devemos usar adubos naturais ou químicos? Vamos simplificar: os naturais precisam da ajuda dos microorganismos para liberar nitrogênio, fósforo e potássio, ou seja, vai sendo liberado de acordo com a necessidade da planta, enquanto que os químicos já possuem esses elementos liberados, uma dosagem alta provavelmente será fatal. As plantas morrem mais pelo excesso de adubação do que pela falta.
A dosagem a ser utilizada em caso de adubos químicos é a metade da recomendada nas embalagens, e deverá ser feito a cada 15 dias. Deve ser dado preferência aos compostos que contenham NPK + micronutrientes (nutrientes que a planta requer em menor quantidade: boro, cobre, zinco, molibdênio, cloro, ferro. Embora sejam também importantes para o seu desenvolvimento).
Em relação aos adubos naturais, a preocupação é menor, pois a liberação dos macro e micro nutrientes é lenta, podendo ser espalhado em toda a superfície do vaso.
A escolha é basicamente feita em relação ao custo, o que realmente determina é o que podemos fazer e nem sempre o que queremos.

Poda: Neste aspecto reside a tentação, pois ao ver um bonsai emitir novos galhos/brotações o desejo de trabalhar com ele é quase incontrolável, contenha seus impulsos e pense bastante antes de agir, pois um galho cortado não pode ser colado na planta.
O verão com certeza é a estação de crescimento das plantas, onde um bonsai em suas condições ideais, ou seja, substrato bem composto e com boa drenagem, adubação regular e irrigação habitual, se desenvolve vigorosamente.
Devemos então fazer nossa escolha:

1. Galhos que crescem na base do tronco: Devem ser podados, pois enfraquecem a planta, buscando o alimento que deveria estar sendo levado à copa do bonsai.
2. Galhos que crescem para cima: Se a intenção é engrossar os galhos, aguardar até que esteja na proporção que acharmos conveniente, mas se estiverem modificando a forma que consideramos ideal para nossa planta, deve então ser cortado.

Não podemos esquecer dois cuidados básicos, primeiro que as ferramentas devem estar sempre limpas e afiadas, e segundo colocar uma pasta cicatrizante neste cortes (pode ser usado cola branca, mastique, cera de abelha com própolis ou uma pasta cicatrizante específica para bonsai).

Pragas: Para não correr o risco de perder aquela planta que cuidamos durante muito tempo, que é resultado de nosso trabalho minucioso ou simplesmente foi um presente muito especial, devemos então ter em mente que nosso bonsai é um ser vivo e para tanto necessita de cuidados e atenções. O bonsai está sujeito a pragas (ácaros, pulgões, cochonilhas, etc.) ou doenças (através do ataque de bactérias e/ou fungos), e é necessário saber os principais motivos que causam estes problemas caso desejemos levar adiante esta atração/ paixão pela Arte Bonsai:

1. Descaso: Excesso de água, causando a saturação do substrato e provocando a proliferação de fungos;
2. Adubação/alimentação inadequada ou insuficiente: Planta desnutrida devido ao substrato estar esgotado ou sem adubação, este material não fornece a alimentação adequada ao bonsai, existe carência de nutrientes o que favorece a proliferação de doenças e ataques de pulgões, cochonilhas, ácaros e outras pragas.

Devemos então tomar algumas medidas para evitar essas infestações, mantendo o Bonsai em perfeitas condições de saúde:

1. Efetuar uma adubação/nutrição apropriada;
2. Irrigar regularmente com água que esteja livre de cloro e outros resíduos químicos (utilizar se possível água de chuva, de nascentes, poços, etc.);
3. E exposição diária ao sol (o que favorecerá o desenvolvimento equilibrado das plantas);

Para finalizar deve ser feito dois alertas, não existe a necessidade da aplicação preventiva de produtos químicos nas plantas, pois de que adianta o uso de defensivos se o problema não existe, estaremos sim saturando nossa planta e colocando em risco sua sanidade. E por fim efetuar um controle continuo nas plantas procurando possíveis focos de infestação, e caso seja localizado eliminar através da retirada manual do material atingido, e em último caso aplicar defensivos indicados ao caso após consulta a técnico especializado.

1 – Tesoura básica/tradicional para podas finas e uso geral.

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2 – Tesoura básica/tradicional de cabo longo para podas finas e uso geral.

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3 – Alicate de raiz para podas e acabamentos de raiz.

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4 – Alicate côncavo para cortes cavados nos acabamento de podas.

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5 – Alicate de corte lateral, indicado para corte de galhos mais grossos principalmente em locais de difícil acesso.

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6 – Alicate de Jin, ajuda a entortar o arame e é ideal para fazer o jin.

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7 – Alicate para cortar arame.

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8 – Desfolhador, utilizado principalmente nas plantas caducas.

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9 – Serrote, utilizado para galhos grossos.

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10 – Pinça, indispensável para trabalhos com pinus e para limpeza de plantas em geral.

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11 – Gancho para limpeza de raízes.

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12 – Vassoura, para limpeza de galhos e raízes.

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13 – Raquê com espátula, utilizado para limpeza de raízes.

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Claro que podemos improvisar várias destas ferramentas, ai entra a criatividade.

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ficus (Small)

Nome Comum
Ficus

Nome Científico
Ficus retusa (existem várias espécies, esta é a mais comum, os conselhos são os mesmos)

Família
Moracea

Origem
India e China

Caracterização
As ficus constituem uma família com centenas de espécies (é parente da nossa figueira – Ficus carica), é de folha perene ovalada, sendo apreciada pela sua resistência e emissão de raízes aéreas e resposta às técnicas de Bonsai (nomeadamente aramamento).

Localização
Pode ser localizado no exterior durante a primavera e Verão, mas deverá ser protegido no resto do Ano.

Rega
Regar moderadamente o ano inteiro.

Nutrição
Deverá ser adubada desde a primavera ao fim do outono e vitaminada o ano inteiro, agradam-lhe os reforços com quelatos de ferro.

Transplante
Deve ser transplantada cada 2 anos no fim da primavera (maio/junho) com uma mistura de solo Universal  ( ver Bonsai -  Solos), normalmente se a planta está saudável junta-se o transplante com a defoliação e o aramamento.

Modelação
Suporta Bem todas as técnicas de aramamento, e podas drásticas, normalmente aramamos após defoliar, o que se pode passar desde Maio a Agosto, depois torna-se tarde para defoliar.

Propagação
Por Estaca ou enraizamento aéreo.

poda

A poda em Bonsai desempenha um papel fundamental para a manutenção estética da planta, à imagem das restantes técnicas utilizadas em Bonsai ela reveste-se de métodos específicos da arte.

Através da poda (entre outras técnicas mais) modelamos e mantemos a forma da árvore conferindo o aspecto que “queremos”, obtemos ainda a diminuição da dimensão das folhas e dos entrenós (espaço entre folhas), estimula a densidade da planta (aumenta o n.º de folhas) e redistribuímos a energia no Bonsai.

O principio aplicado na poda de Bonsai è muito semelhante ao aplicado na poda de sebes, cortando os gomos apicais (dominantes) a sua energia estimula gomos axilares, os quais produzem folhas de dimensões mais reduzidas e com entrenós menores, desta forma conseguimos a subdivisão das pernadas o que aumenta a densidade da planta.

Em Bonsai existem diferentes tipos de podas, consoante os objetivos desejados e a espécie a aplicar.

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Poda Radicular - Efetua-se durante o transplante, incide sobre as raízes mais grossas (sustentação) com o intuito de estimular as mais finas (captação).

Nesta poda devemos uma tesoura de poda grossa ou alicates de poda raízes, estes têm um angulo de corte reto (não fica uma concavidade como nos alicates de podar ramos), este tipo de corte estimula emissão de raízes novas na zona de corte.

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Poda de Formação – poda forte que visa a criação de um Bonsai, ou reformulação estética de uma árvore alterando-lhe a sua forma, esta poda consiste em cortar ramos grossos da planta, pode ser realizada com o auxilio de alicates e serras próprias para Bonsai.

Após a remoção da pernada devemos aprofundar o corte com um alicate de corte côncavo que facilitará a cicatrização, nos cortes com calibres superiores a 5 mm devemos aplicar cicatrizantes para estimular a cicatrização e proteger contra fungos e insetos.

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Poda de Manutenção – este tipo de poda incide sobre os crescimento novos da planta, visa a manutenção da forma da planta, a diminuição das suas folhas e do espaço dos entrenós e finalmente o controle das pernadas energeticamente dominantes “fortalecendo” as mais fracas, realiza-se com tesouras e em alguns casos com as mãos.

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Eliminação dos apicais (Metsumi em japonês) – Esta técnica consiste na remoção somente do gomo apical da planta, logo na fase inicial de crescimento da pernada (após emissão de 1 ou 2 pares), desta forma conseguimos manter a forma de um Bonsai por mais tempo e conseguir folhas de dimensões reduzidas.

Esta técnica é especifica para Bonsai esteticamente muito finalizados aos quais nos interessa manter a forma estável o máximo de tempo possível, e em espécies de folha grande e que apresentam um crescimento foliar dominante na brotação Primaveril (ex: ficus, macieiras, Acer, Faias, etc…)

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Poda de pinheiros – os pinheiros são podados na altura em que começam a emitir as “velas” (zona de crescimento dos novos gomos), mas antes destas pararem o seu crescimento e se começarem a alongar as agulhas, ao se realizar a poda (com as pontas dos dedos) nesta fase do crescimento estimularemos a emissão de vários novos gomos subdividindo desta forma a pernada e aumentando a densidade da planta.

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Defoliação – Ainda que não seja propriamente uma poda poderemos agrupá-la neste artigo, ela aplica-se a plantas de folhas grandes e visa reduzir a dimensão da folha e melhorar a coloração outonal (ex. Acer).

Consiste na eliminação total das folhas deixando os (pecíolos das mesmas), aplica-se numa fase de crescimento da planta em que a folha já tenha maturado e os gomos folheares do ano seguinte se tenham formado, em Portugal é em volta do mês de julho.

Muitas vezes aproveitamos esta altura para aramar a planta visto ser mais fácil realizar esta tarefa.

A defoliação quando aplicada parcialmente (removendo as folhas das pernadas mais fortes e deixando nas mais fracas) serve para equilibrar a energia da planta e fortalecer as zonas débeis da planta.

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