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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

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O uso da água na técnica do bonsai

A água é fundamental para a manutenção de um bonsai em boas condições.
Na maioria das vezes que converso com alguém que perdeu um bonsai, verifico que houve descuido na administração de água: esquecimento, viagem, “achei que estava molhado”, etc…
De fato não existe nenhum complicador para molharmos o nosso bonsai desde que verifiquemos alguns pormenores:
a) Clima em nossa região Se você mora em uma região onde o clima é muito quente, deve molhar a sua planta até 3 vezes nos dias muito quentes. Nas regiões mais frias uma é suficiente. Nos dias mais frios conforme a necessidade da planta. Em dias muito frios não se rega.

b) Tamanho do vaso e material de que é feito cerâmica, concreto Alguns Bonsai são colocados em vasos pequenos. Isto propicia um enxugamento mais rápido, assim como o tipo do material usado na feitura do vaso. A cerâmica esmaltada conserva mais umidade que um vaso de concreto, este último é mais poroso.

c) Local aonde vamos deixá-la e o tempo de exposição ao sol. Dependendo do local onde colocamos a nossa planta irá acontecer uma variação na exposição; portanto é importante observarmos qual o tempo de incidência de sol. É com este tipo de observação que vamos controlando a rega do bonsai.

d) Época do Ano: fria, quente? É claro que, quando acontece uma mudança de tempo deverá acontecer uma mudança na quantidade de água. No período de inverno nossa planta precisará de menos água.

e) Tipo de planta Alguns tipos de plantas como Crássulas, Ciprestes, Tuias e Pinheiros aceitam um solo menos úmido, é importante na hora da compra de um espécime solicitar informação geral sobre a planta e, principalmente, sobre a rega.

f) Horário Desde que seja um dia quente, rega-se pela manhã e também a tarde. Como foi dito acima, em dias excepcionalmente quentes devemos regar também no meio do dia. Uma boa hora para climas normais é na parte da tarde, sua planta vai aproveitar a umidade durante a noite. É claro que, em dias seguidos de muito frio não é aconselhável molhar a planta a tarde. O excesso de umidade pode apodrecer as raízes.

g) Como regar Uma maneira prática de medida é regar até a água escorrer pelo furo no fundo do vaso. Muitas vezes, por esquecimento, deixamos de molhar nossa planta por um dia. Quando isto ocorrer, a terra do vaso pode endurecer, e neste caso, devemos molhar a planta por imersão por alguns minutos isto é, colocar o vaso dentro de 1 recipiente com água. No ressecamento da terra acontece um travamento do substrato em redor das pequenas raízes e, quando molhamos da maneira normal a água não consegue atingir aquelas raízes essenciais na alimentação da planta, ocorrendo a perda total da planta. Observe que quando você molha um vaso seco, ou seja, onde não existe umidade, a água não penetra de imediato, ela escorre como se fosse um piso. A pouca água que permanece sobre a superfície do vaso vai dilatando e abrindo poros que absorverão a água; por isto devemos molhar cada vaso demoradamente e com regador de crivo fino. Importante: o vaso para Bonsai tem um furo de bom tamanho na parte de baixo que é para escoar o excesso de água que porventura tenhamos usado, fica então subentendido que não se deve usar um prato para apoio do vaso, isto criaria um acumulo de água dentro do prato e, por conseguinte no vaso.

h) Um teste excelente - Verifique a umidade dos vasos tocando a terra com as costas da mão. É uma boa maneira de sentir a umidade ou secura do composto. É Necessário a umidade no vaso de bonsai. Se você pegar como exemplo qualquer planta na natureza, vai observar que, ao escavar até as suas raízes verificará que elas estão em solo úmido. Não é porque seja um bonsai que devemos manter a umidade mas, porque as raízes devem estar em solo com alguma umidade. Como o bonsai não tem como levar as suas raízes até um solo úmido, você deve proporcionar esta condição. Lembre-se sempre,  úmido não é encharcado.

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formas
Há três técnicas principais para melhorar a forma dos bonsai:
a) A poda
b) A alambragem
c) As pinçagens

A) A poda - Podar é dirigir a formação de uma Árvore.
Com a poda, eliminamos os ramos defeituosos (os que se cruzam) ou os desnecessários (os que saem na zona não desejada do tronco). A melhor época para podar é geralmente no fim do Inverno, quando as árvores estão em repouso e não sai tanta seiva pelas feridas da poda. Para podar devemos utilizar ferramentas adequadas de corte côncavo, que fazem uns cortes limpos e de fácil cicatrizarão. Quando as feridas da poda são de grande tamanho, é conveniente cobri-las com pasta de selagem para garantir a sua perfeita cicatrização.

B) A alambragem - Utilizamos a alambragem para corrigir a inclinação dos ramos.
A alambragem permite-nos utilizar ramos que de outra maneira teríamos que podar. De certa maneira, o arame substitui a força do peso dos ramos nas árvores grandes da natureza. Enrolamos arame nos ramos e no tronco sem apertar demais para que o arame não fique marcado na casca da árvore. Idealmente tem de ficar um espaço entre o arame e o ramo por onde possa passar uma folha de papel. Como os ramos engrossam, devido ao seu crescimento, devemos tirar o arame antes que se “crave” na casca. A arame que se utiliza atualmente é o arame de alumínio anodizado, de cor de cobre velho. Trata-se de um arame extraordinariamente flexível e resistente. A grossura do arame depende da força que tem de exercer para fazer vergar os ramos. De uma maneira geral, os arames grossos vão de 5 mm. ate aos 0′5 mm. A regra de ouro da alambragem consiste em não deixar nenhuma marca na casca.

C) A pinçagem - Chamamos pinçagem ao corte dos ramos finos dos Bonsai.
Ao contrário da poda, a pinçagem efetua-se também durante a época de crescimento das árvores. Com a pinçagem conseguimos aumentar a densidade da folhagem dos Bonsai e diminuir o tamanho das suas folhas. Como as árvores têm diferentes maneiras de crescimento, não devemos pinçar todas as árvores da mesma maneira. Como pinçar as árvores de folhagem perene larga: Árvores que não perdem as folhas no Outono como Ficus, Oliveira, Sageretia, Serìssa, Carmona, Larajeira, Buxo, etc. Como pinçar as árvores de folhagem caduca de um só crescimento anual: Árvores que perdem as folhas no Outono, e que têm uma só brotadura forte na Primavera, como Acer palmatum, Faias, etc. Como pinçar as árvores de folhagem caduca com crescimento ativo durante todo o período vegetativo; Árvores que perdem as folhas no Outono, mas que não param de crescer desde a Primavera até ao fim do Verão, como Ulmeiros, Figueiras, Romãzeiras, Macieiras, Pyracantha, Cotoneaster, Ligustrum, etc. Como pinçar as coníferas de folhas escamosas; Juníperos como as Sabinas ou Zimbros. Como pinçar os pinheiros: Pinus pentaphylia, etc.

barrinha de tulipas (Small)

bonsai
Objetivos:
1
. Correção de nebari: Para plantas com defeitos no nebari, a alporquia pode ser uma solução. Ela pode ser aplicada total ou parcialmente.
Total: Quando substituímos todo o nebari antigo pelas novas raízes oriundas da alporquia. Parcial: Quando realizamos a alporquia somente em um lado da planta, e aproveitamos as raízes que já existem.

2. Correção de defeitos no tronco: Conicidade inversa, tronco longo, tronco reto são alguns dos problemas comuns. Geralmente se usa a alporquia para reduzir a altura de uma planta. Para isso é importante fazer o corte superior exatamente onde pretende-se que fique o nebari. Em casos de conicidade inversa, é preciso fazer o corte acima desse defeito.

3. Propagação: Para propagar uma espécie, ou mesmo para aproveitar uma parte que seria podada. Também pode ser usada para enraizar algum galho com potencial para bonsai. Nesse caso, procure escolher galhos ou troncos que tenham bom movimento, conicidade e galhos ideais. Evite fazer alporquia de material que não vai servir para bonsai. Muitas vezes se faz alporquia em galhos que não tem a mínima chance de se tornarem bons exemplares.

Cuidados: O principal cuidado é a água. Um dia sem água e todo o processo se perde. Para lugares de difícil acesso, usa-se um plástico sem furos fechado dos dois lados. Assim a própria transpiração mantém o esfagno úmido. Após retirar o alporque, evite que ele balance, ou sofra impactos. Quanto mais parado ele ficar, melhor. Aconselha-se uma estufa.

Espécies: A maioria das espécies é passível de alporquia. Contudo algumas espécies demoram mais tempo para responderem, como é o caso das jabuticabeiras e pitangueiras, que podem levar até 2 anos. Fazer uma lista de espécies seria muito complicado. Para facilitar, pode-se dizer que as espécies de casca grossa e muita seiva, e de crescimento rápido, são mais fáceis de enraizarem. Mas isso não é regra absoluta. O Buxus por ex. enraíza em 2 meses.

Material: Uma folha de plástico transparente ou um pote plástico. Arame ou borracha; Estilete limpo; Esfagno (musgo cozido), arreia ou outro material que mantém umidade. Água com enraizador ou vitamina B em gotas.

Procedimento:
a) Como fazer:
1. Selecione e limpe o local que vai receber a alporquia. É recomendado escovar o tronco ou galho;
2. Deixe todo material preparado;
3. Faça o corte da mesma largura do tronco ou galho retirando toda a casca;
4. Amarre o plástico ou pote alguns centímetros abaixo do corte;
5. Ponha o esfagno umedecido na água com enraizador em volta do corte. Não economize aqui;
6. Feche o plástico acima do corte. No caso do pote, não é necessário fechar. Mas precisa estar bem preso ao tronco;
7. Molhe abundantemente.

b) Como retirar:
1. Quando as raízes estiverem aparecendo em abundância no plástico, é Hora de cortar;
2. Retire o plástico com cuidado;
3. Levante cuidadosamente as raízes para ver onde está o antigo corte;
4. Com uma serra afiada, corte alguns centímetros abaixo do corte antigo;
5. Com um alicate “bola” retire toda a madeira até perto das raízes;
6. Plante sua alporquia num pote grande para fortalecer as raízes;
7. Amarre firmemente, para que não haja movimento;
8. Não deixe pegar sol ou faltar água.

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Piracanta - Pyracantha angustifolia

O Bonsai é uma árvore plantada em uma bandeja, cujo desenvolvimento não é interrompido, mas sim controlado e guiado de forma a se obter uma árvore saudável e estilizada. A estrutura física do Bonsai é igual a da árvore na natureza, mas o mecanismo do Bonsai é diferente, e por isso são necessárias técnicas adequadas para se obter às proporções e os objetivos desejados.

Raízes
As raízes das plantas, na natureza, crescem e se desenvolvem de acordo com as necessidades da planta e as condições do terreno, mas no caso do Bonsai, a árvore está confinada em uma bandeja rasa, com dimensões limitadas. A raiz, nessas condições tem seu crescimento restrito e conseqüentemente, o resto da planta tem seu desenvolvimento alterado.
Na natureza, grande parte das raízes serve para fixar a árvore no solo, enquanto nos Bonsai, as raízes de fixação podem ser reduzidas drasticamente. Esta poda de raiz é muito importante, pois promove a renovação da estrutura radicular da planta. Reduzindo-se a massa de raízes mais velhas no vaso, proporciona-se mais espaço para que as raízes novas e vigorosas se desenvolvam. Estas raízes novas e finas têm mais capacidade de absorver a água e os sais minerais, e, conseqüentemente, tornam a planta mais saudável. Na natureza, as árvores velhas apresentam muitas raízes superficiais, por causa da erosão, e no Bonsai este efeito deve ser buscado, expondo-se as raízes mais grossas.

Troncos e galhos
Os troncos e galhos das árvores na natureza têm seu crescimento e desenvolvimento determinado pela necessidade de se tirar o máximo de proveito da luz do sol e para superar outras árvores na competição por este espaço. Seu formato, direção e textura também sofrem influência das forças da natureza, como o vento, a chuva, os raios ou outros danos físicos, causados, por exemplo, por animais. Uma árvore plantada em uma bandeja parecerá apenas um arbusto se não for trabalhada através de diversas técnicas, como a poda e a aramação, para que se consiga o efeito da ação da natureza sobre a árvore.

Folhas
As folhas realizam as mesmas atividades tanto nas árvores plantadas no solo, como nos Bonsai, mas nestes, elas têm que estar localizadas, posicionadas, em quantidade e tamanho necessários para atender tanto a função fisiológica como a estética.
O tamanho, a quantidade, a localização e posição das folhas dependem, entre outros fatores, da água, dos nutrientes e da luz, que devem estar a disposição da planta de forma balanceada. Não há uma regra geral, uma vez que as necessidades variam de acordo com o clima, entre as diferentes espécies e estágio de desenvolvimento da planta. Porém, para se obter folhas menores, pode-se alterar a quantidade e freqüência da rega, da adubação e a exposição à luz. Para se obter os resultados pretendidos, também se usam a poda de folhas, ramos e galhos. A desfolha é uma técnica usada para se conseguir folhas menores e para controlar a grossura dos galhos.
As folhas refletem o estado de saúde da árvore. Quando estão inteiras, viçosas, se desenvolvendo bem, é sinal de que a planta, normalmente, está em boas condições, mas, no caso de apresentarem defeitos, manchas ou outros sinais, indica que algum problema pode estar acontecendo. Nas árvores de folhas caducas estes sintomas se apresentam rapidamente, enquanto na coníferas, demoram um pouco mais.

Flores, frutos e sementes
Assim como nas árvores plantadas no solo, podemos utilizar esta forma de reprodução para conseguir novas plantas, principalmente no caso de plantas difíceis de encontrar ou reproduzir de outra forma. Mas no Bonsai a principal função é estética. Deve-se controlar, através da poda, a quantidade e a localização, lembrando que uma quantidade muito grande pode sobrecarregar a planta.

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