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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

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Originária da América do Sul e pertencente à família Nephrolepidaceae, a samambaia-de-Boston é muito comum nos climas tropicais úmidos, podendo desenvolver-se livremente na natureza, em florestas úmidas e pantanosas, graças ao efeito do vento que favorece a dispersão dos minúsculos esporos.

Nestes ambientes quentes e úmidos, os fetos facilmente se desenvolvem nos troncos de algumas palmeiras. Existem variedades maravilhosas desta planta desenvolvendo-se em plena natureza.

Descrição
A Samambaia-de-Boston tem folhas frondosas e alongadas com 90 cm de comprimento e cerca de 15 cm de largura, que se apresentam a partir do solo em tufos chamados rizomas.

As folhinhas individuais que se distribuem simetricamente de cada lado, ao longo de um veio central, podem chegar a ter 7,5 cm de comprimento e são levemente dentadas nos bordos.

Na parte de baixo destas folhinhas existem duas filas paralelas de pintinhas junto aos bordos, onde se alojam os órgãos que contêm os esporos os quais mais tarde darão origem a novas plantas.

Existem muitas variedades de cultivares desta espécie. Na samambaia-de-Boston  as folhas caem graciosamente para os lados e é também o tipo que melhor suporta todas as condições de cultivo incluindo dentro de casa, onde se for bem tratado, vive todo o ano durante muitos anos.

Algumas espécies são nativas do Brasil, onde a planta é muito utilizada em jardins e na decoração de pátios e mesmo de salas, tendo em geral um porte maior e mais frondoso.

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Cultivo
Requer sombra parcial, sem luz direta quando em exteriores e luz clara, filtrada, quando dentro de casa.

A espécie gosta do solo úmido (mas não em excesso) e rico em matéria orgânica. Este é tolerante à seca, comportando-se melhor do que qualquer dos cultivares mais conhecidos desta espécie, e embora resista bem, apenas terá condições para se desenvolver de forma plena e viçosa, em condições de suficiente umidade do solo e do ar.

Quando cultivado em vasos e não no solo, convém colocar pedrisco entre o vaso e o prato onde o mesmo assenta, por forma a manter sempre alguma umidade, evitando porém, que o vaso entre em contato com a água para que as raízes não apodreçam.

Sempre que a umidade do ar for inferior a 80%, pulverize as folhas do feto mais do que uma vez ao dia e verá que a planta desenvolver-se-á com grande vigor e beleza.

A samambaia-de-Boston desaparece quando sujeito a muito frio e geada, mas reaparece na primavera a partir das raízes anteriores. Contudo, não suporta falta de água e pode secar completamente se não chover ou se a rega for esquecida.

Se notar que as folhas começam a cair é sinal de que a planta precisa de mais água, toque o solo com a ponta dos dedos e sempre que este estiver seco, regue. Caso os veios centrais das folhas fiquem nus e secos, corte-os entre duas unhas, para que o aspecto geral fique mais apresentável e também para dar mais corpo a toda a planta, que sem isso ficará com um aspecto um tanto ou quanto ”desgrenhado”

Propaga-se por divisão das raízes, ou ainda, embora mais dificilmente, por meio dos esporos, e neste caso, nas variedades cultivares o resultado não dará plantas iguais à planta mãe.

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Usos
Em exteriores os fetos podem ser utilizados como cobertura ou revestimento de canteiros, por baixo de árvores frondosas ou de arbustos que providenciem sombra, em geral em locais onde a pouca luminosidade não favorece as plantas mais baixas.

Em condições favoráveis, desenvolvem-se através de raízes que se espalham subterrâneamente e despontam aqui e ali, sem exigir grandes cuidados.

Dentro de casa, tanto a espécie como os inúmeros cultivares que existem podem ser plantados em recipientes adequados para ser pendurados ou colocados em cima de um pedestal, pois as folhas que caiem à volta do vaso proporcionam um efeito decorativo fresco e muito atrativo.

Por essa razão, dão-se também muito bem em casas de banho ou nas cozinhas desde haja umidade no ambiente. Em última análise, um borrifador à mão pode, como referimos antes, fazer milagres.

Características:
A planta é sem dúvida uma planta muito resistente e própria para jardineiros principiantes que queiram desenvolver as suas aptidões sem que no, entanto possuam grandes conhecimentos.

Tem a vantagem de poderem ser plantados dentro ou fora de  casa, já que a vida urbana não nos permite muitas vezes ter uma varanda, para já não falar de um jardim.

Proporcionam um efeito espetacular no parapeito de uma janela onde haja luminosidade, e isto tanto para o exterior como para o interior da sala onde estiverem colocados.

Também se adaptam bem no topo de uma escadaria, ou num balcão, são plantas muito vistosas quando se desenvolvem bem.

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Espécie nativa de matas, mas muito cultivada para dentro de casa, a samambaia é uma grande tendência nos projetos de decoração. Algumas são mais rústicas, outras mais sensíveis, mas todas dão um belo caimento e transformam qualquer cantinho.

Elas são os dinossauros das plantas. São tão antigas que nem se reproduzem por flores, e sim, através de esporos. Aquele processo, de flor sendo polinizada por inseto e virando cápsulas de semente, nem existia e as samambaias já deixavam seus descendentes através daquelas “bolinhas” do verso de suas folhas.

Semente é um termo errado para designar aquela formações que aparecem nas folhas de samambaias adultas mas, é uma forma fácil de explicar pra grande maioria das pessoas, como a planta se reproduz.

Se você acabou de adquirir uma samambaia em um garden center ou floricultura, é bem provável que ela ainda não tenha esporos, já que as plantas comercializadas são quase sempre jovens.

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Samambaia gosta de substrato úmido
Essas plantas não curtem correntes de vento e adoram umidade. Lembra que elas quase sempre eram cultivadas em xaxins? Os antigos vasos desse material mostram o tipo de substrato que uma samambaia ama: poroso, segurava a umidade sem deixar água acumular.

A dica é borrifar água sob as folhagens nos dias mais quentes para manter a planta sempre verdinha e vistosa.

E essa regrinha de evitar vento e boa umidade serve para todos os tipos mais conhecidos e cultivados de samambaias: americana, havaiana, prateada, de metro, andorinha.

A luz certa para a samambaia
Outra particularidade dessa planta: adora claridade. É comum trazer aquela samambaia cheia de ramos e, aos poucos, um dos lados do vaso começa a perder folhas. Isso acontece porque o lado que recebe menos luz do sol acaba definhando.

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A dica profissional é, quando ter uma samambaia toda verde, virar o vaso aos poucos, para que cada parte da planta receba claridade, a cada mês. Se a planta está com todos os lados bem maltratados, com ramos secos, aí, só resta remover os galhos e partir pra uma nova samambaia.

Como regar samambaias
As folhas da samambaia costumam dar uma dica de como está a umidade do vaso: galhos meio molengas, sinaliza excesso de água; com algumas folhas de aspecto seco, falta de água.

A dica é usar a ponta do dedo e, se saiu sujo, está tudo ok. Dedo sai limpo, é hora de molhar a planta. Com um regador, molhe bem a planta e deixe que escoe todo o excesso, inclusive o que fica no pratinho.

Para samambaias, pratos são bom para aparar alguns pingos, não pra servir de reservatório. E, outra dica de outro: não use água fria. Deixe a água descansar por um tempo, para ficar na temperatura ambiente.

Como samambaias são plantas que naturalmente vivem no solo, sob árvores, a água da chuva chega nelas sempre numa temperatura mais agradável, já “temperada”. Regas de imersão é uma ótima técnica, permite regas mais espaçadas e são mais eficientes.

Samambaia pendente

Quando podar e como adubar samambaias
Antes de sair cortando partes da planta que “parecem feias”, observe bem o ramo e as folhas da sua samambaia: corte apenas se estiverem realmente secas, com folhinhas quebrando ao toque.

Quanto menos folhas, menos fotossíntese e todo o processo de recuperação da planta, que já é lento por natureza, será prejudicado. Segure a onda, largue a tesoura e mantenha as folhas intactas.

Adube com cálcio. Todas as plantas precisam desse mineral, mas samambaias amam um pouco mais de cálcio. Adubos mistos quase sempre possuem uma quantidade de cálcio, mas, se quer ir direto à fonte, use farinha de osso ou, mais fácil ainda, cascas de ovos trituradas.

Como tirar mudas de samambaias
A reprodução das samambaias através de esporos é possível, mas é um processo demorado e meticuloso. Mais fácil para nós (que não temos laboratório em casa), adquirirmos plantas já crescidas ou usar o método de divisão de touceira.

Com bastante paciência, remova a planta do vaso e, separe as touceiras, desembaraçando as folhas e evitando quebrar raízes. Nas plantas adultas, é comum encontrar rizomas, (raízes espessas e com uma leve penugem). O rizoma é um caule modificado e bastante útil para a samambaia.

O melhor substrato para samambaias
Como já não é quase impossível encontrar xaxins, sua comercialização é proibida, a turfa faz o mesmo papel para o cultivo das samambaias: um substrato que garante umidade e é bem arejado.

Não use fibra de coco de jeito nenhum: elas odeiam o tanino desse material. Nem mesmo, fibra de coco lavada.

suportes-tripes

Suportes e tripés
Que tal criar o ambiente certo para sua samambaia se desenvolver linda e feliz? Como explicado no começo, permita que as folhas recebam o máximo de iluminação (não é sol direto, tá?).

Se quer a samambaia pendurada na sala, use cordas ou correntes mais longas, para que o máximo de folhas fiquem na mesa altura da janela da sua casa – não acima, nem abaixo. Não adianta pendurar o vaso lá no alto e, apenas uma ponta da samambaia receber sol.

Outro truque esperto é usar tripés: elevam a planta e pode ser disposto em grupos de alturas diferentes. Imagina que efeito lindo causa um trio de samambaias bem verdinhas, juntas. De quebra, a convivência dos vasos bem próximos manterá a umidade do substrato por mais tempo.

Jardim vertical ou cortina verde
Samambaias são perfeitas para fazer jardins verticais ou então, uma cortina verde. Vá de samambaias em cuias, presas numa tela. O efeito cascata verde fica incrível e, como explicado, a proximidade das plantas só fará bem às samambaias.

Se quiser criar um jardim vertical, aproveite e pinte a parede de preto e prefira cuias na mesma cor: os espaços entre as folhas ficarão disfarçados e a composição ganhará unidade.

gotas de chuva

Selaginella picta2

A Selaginella é o único gênero de plantas vasculares da família Selaginellaceae, que engloba numerosas plantas, inclui várias espécies cultivadas como plantas de interior pela sua folhagem decorativa.

Alguns gêneros são mais semelhantes ao musgo ou apresentar um aspecto extremamente ramificado, com caules eretos ou rastejantes.

Outros gêneros parecem mais com pequenas samambaias, com folhas ramificadas e menores, em cujas arestas se encontram folhas minúsculas, visíveis em todo o caule em diversos tons de verde e branco.

Na extremidade do caule, na axila de folhas férteis, existem esporângios que contêm esporos. Embora não sejam fetos (samambaias), as selaginelas se assemelham por produzirem esporos.

Esta espécie é nativa do sudeste da Ásia, principalmente do Vietnã, Laos, Mianmar e Cambodja. É facilmente um dos membros mais impressionantes do gênero.

Selaginella picta7

São plantas rastejantes ou ascendentes, com folhas simples em forma de escamas (microfilas) em caules ramificados dos quais as raízes também surgem.

As hastes são aéreas, rastejando horizontalmente no substrato. Sob condições secas, algumas espécies de Selaginella podem sobreviver à desidratação.

Nesse estado, elas podem rolar em bolas marrons e arrancadas, mas podem reidratar em condições úmidas, ficar verdes novamente e retomar o crescimento.

flores  brancas

chifre-de-veado

Chifre-de-veado (Platycerium bifurcatum), asplênio (Asplenium nidus), avencas (Adiantum raddianum) e rendas-portuguesas (Davallia fejeensis), todas essas plantas fazem parte de uma família muito querida: as samambaias.

Esporos de chifres-de-veados e samambaias
Já viram algum chifre-de-veado com as pontas marrons, como se estivessem enferrujadas? Antes de pegar uma tesoura para cortar as partes escuras ou, borrifar algum produto milagroso, entenda o que são essas marcas.

As pontas marrons do chifre-de-veado não é uma doença, fungo ou queimado de sol na planta. São seus esporos, ou seja, as “sementes” dessa espécie. Como são plantas muito antigas, a sua reprodução não se dá através de flores, frutos e sementes, e sim, por esporos.

esporos

Sabe aquelas bolinhas nas folhas da samambaia? Ou então, as pontinhas marrons nas bordas da delicada folhinha da avenca? São esporos também. As linhas nas longas folhagens do asplênio? Adivinhou.

Como reproduzir avencas e chifres-de-veados
As samambaias são plantas bem antigas (não no sentido “vintage”), e estão em nosso planeta há muitos anos. São de uma época tão longínqua que, “naquele tempo”, os vegetais não se reproduziam através de flores.

Então, como fazer para reproduzir um chifre-de-veado ou uma avenca? O método mais comum é a divisão de touceira, conhecido como reprodução vegetativa. A gente vai lá e, onde tem um montão de caules, separamos um pouco, com raiz e tudo, para plantar em outro vaso.

Não é o meio mais comum na natureza, já que essas plantinhas vivem na Terra antes mesmo de jardineiros saírem por aí, separando touceiras para aumentar a coleção de samambaias.

esporos

Reprodução por esporos na natureza
A forma que essas plantas se reproduzem na natureza é através de esporos. Os esporos seriam o equivalente às sementes “modernas” das plantas, mas é uma forma bem mais antiga de reprodução.

Musgos, que também são plantas “tataravós”, também usam os esporos para criar uma nova geração de sua espécie. Depois de um certo tempo, os esporos ficam “maduros” e se desprendem das plantas, se espalhando através do vento.

Em condições certas de umidade e calor, em algum tempo, surgem novas plantas.

Como tirar mudas de chifre-de-veado ou de asplênios?
O jeito mais fácil e garantido é através de divisão de touceiras. Separe uma parte da planta, garantindo que tenha folhas, caules e raízes e, transplante para um novo vaso.

Com o chifre-de-veado é um pouquinho diferente, já que suas raízes são aquelas largas placas que ficam bem aparentes.

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Escolha uma placa com folhas, e que tenha um tamanho aproximado de um palmo ou uma laranja. Com uma faca, destaque essa placa e prenda-a em uma árvore. Preste atenção para escolher um bom lugar, sem sol forte o dia todo, já que essa família de plantas gosta de lugares úmidos.

Um bom indicador é escolher uma árvore onde já existam outras plantas em seu tronco. Se nascem líquen, musgo, tillandsia ou até mesmo orquídeas, esse é o lugar que o chifre-de-veado vai curtir e crescer feliz.

Chifre-de-veado

Como prender um chifre-de-veado numa árvore
Depois de escolhida a árvore, amarre com cuidado a placa do chifre-de-veado no tronco. Pode usar uma linha de algodão, uma corda fina de sisal ou até mesmo, um truque comum de orquidófilos: redinhas, daquelas que são vendidas com limões ou ainda, uma meia-calça velhinha.

Prenda a placa de uma forma que ela encoste bem no tronco, sem apertar e machucar a planta. Não precisa esfagno ou outro tipo de substrato.

Com o tempo, a planta começa a se agarrar ao tronco e logo você poderá remover as amarras, para que o chifre-de-veado cresça e, quem sabe, comece a ficar com a ponta de suas “galhadas” marronzinhas e cheias de esporos?

Será um ótimo sinal da nossa jurássica planta – na verdade, são do período Devoniano, mas antigas ainda! Essas sim, podem dizer que estão por aqui desde que tudo isso era mato.

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