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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

Punica_Granatum romã

Família: Punicaceae.
Divisão: Angiospermae
Origem: Oriente Médio
Ciclo de Vida: Perene

A importância da romã é milenar, ela aparece nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois se acredita que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora.

É uma arvoreta que atinge de 2 a 5 m, de tronco acinzentado e ramos avermelhadas quando novos. A romãzeira se adapta desde os climas tropicais e subtropicais aos temperados e mediterrânicos. As flores da romazeira são vermelho-alaranjadas e simples, ocorrendo variedades de flores dobradas como a “Legrellei”. Os frutos são esféricos, com casca coriácea e grossa, amarela ou avermelhada manchada de escuro. O seu interior é composto de muitas sementes, cobertas por um tegumento espesso, polposo de cor rósea ou avermelhado, de sabor ácido e doce. É esta polpa que envolve as sementes a parte comestível do fruto.

Sua popularidade no paisagismo tem aumentado muito nos últimos tempos. A utilização da romazeira é usual em jardins de estilo mediterrâneo e é crescente seu cultivo em vasos, adaptando-se aos jardins em varandas e pequenos espaços. A variedade “Nana” (Mini-romãzeira) é a mais apropriada para esta utilização.

romã - Punica granatum

Pode ser cultivada em grande variedade de solos, preferindo os profundos, sempre sob sol pleno. Rústica, tolera moderadamente a salinidade, as secas e o encharcamento. Resiste às temperaturas baixas de inverno e é sensível às geadas tardias de primavera. Multiplica-se por sementes.

Constituintes químicos: alcalóides (peretierina, isoperetierina, metil-isoperetierina, pseudo-peretierina), taninos, Vitamina B1 (tiamina), Vitamina B2 (riboflavina), sais minerais (fósforo, potássio, sódio, cálcio, ferro).
-Casca do fruto: taninos, resina, açucares, pigmentos (antocianinas).
-Flores: taninos, pigmentos (antocianinas).
-Sementes: ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico), vitamina C, água, açucares.

Propriedades medicinais: adstringente, antidiarréica, antidisentérica, antiinflamatório, anti-séptico, antitérmica, antivirótica, diurético, eupéptica, mineralizante, tônico, vermífuga.

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Liquidámbar styracíflua
Árvore de grande porte, atingindo uma altura de 21 metros, originária da América Central, México e no leste dos Estados Unidos.

Sua principal utilização é como planta ornamental pelas folhas similares ao Acer e ao Plátano tendo dentre 5 a 7 lóbulos, muito ornamental pelo colorido das suas folhas no outono. Antes das folhas caírem elas passam do verde para o laranja, vermelhas ou púrpura.

Esta espécie mostra uma boa coloração outonal não somente em climas frios mas também em climas amenos e mais quentes. Um charme especial é a cortiça que se forma no tronco e especialmente em galhos. Sua seiva possui uma tonalidade na cor âmbar, possuindo um gosto doce e bastante utilizado em confeitarias por causa de sua consistência gomosa o que lhe gerou o nome em inglês “Sweetgum”.

Se trata de uma árvore com crescimento rápido para o clima frio comportando temperaturas ainda mais baixas do que o L. ‘formosana’. O Liquidambar se adapta bem em diversos solos mas prefere solos ricos em argila e com boa umidade.

Ele tem um enorme potencial paisagístico ainda pouco explorado. A sua madeira pode ser usado para a fabricação de móveis e compensados.

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Polyalthia_longifolia

Fantástica árvore de crescimento colunar e ramos pendentes com porte entre 10 e 15 m. de altura.

Na Índia, seu país de origem, é bastante usada em paisagismo, plantada principalmente em renques ou grupos ornamentando parques, jardins e alamedas em templos religiosos.

Luz: Pleno sol

Solos: Ricos em matéria orgânica e bem drenados. Em locais de estiagem prolongada deve ser feita irrigação periódica.

Origem: Índia

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Cagaiteira

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A cagaiteira, é uma árvore frutífera natural do Cerrado, pertencente à família Myrtaceae.
Sndo freqüente em áreas com temperaturas médias anuais variando entre 21°C e 25°C e altitudes de 380 a 1.100 m.

Sua distribuição é bastante ampla, sendo mais comum nos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia, em cerrados e cerradões. Aparece com alta freqüência em algumas regiões, formando consideráveis grupamentos.

Constitui-se em uma árvore de porte médio, possuindo de 4 a 10 m de altura, tronco tortuoso e cilíndrico, com 20 a 40 cm de diâmetro e uma casca suberosa e fendada bem característica

Sua copa é alongada e densa, com ramos quadrangulares e glabros, exceto os botões, pedicelos, folhas e ramos jovens que são pubérulos. É uma planta decídua, heliófita e seletiva xerófila. Apresenta folhas membranáceas, opostas, ovadooblongas, simples, curto-pecioladas a subssésseis, glabras, aromáticas e caducas na floração.

As flores, sempre axilares, solitárias ou organizadas em arranjos de três, são hermafroditas e completas, com 1,5 a 2 cm de diâmetro, dotadas de pétalas de coloração branca.

flores da cagaita
No Cerrado, o florescimento da cagaiteira dá-se de agosto a setembro, geralmente sincronizado com o início das primeiras chuvas ou até mesmo antes delas, não durando mais que uma semana. Juntamente com o florescimento surge um fluxo de novas brotações ricas em pigmentação vermelha. No espaço de um mês ocorre o florescimento, produção de nova folhagem e frutificação. As abelhas constituem-se em seus polinizadores preferenciais.

O fruto da cagaiteira é uma baga globosa-achatada, amarelo-pálida, de 2 a 3 cm de diâmetro, contendo de 1 a 3 sementes brancas, envoltas em uma polpa levemente ácida. Apresenta um cálice seco aderido ao fruto, casca brilhante membranácea, mesocarpo e endocarpo suculentos

Suas sementes, de coloração creme e formato oval, achatado ou elipsóide, medem de 0,8 a 2,0 cm de diâmetro. Apresentam superfície lisa e tegumento coriáceo, constituindo-se quase que totalmente pelos dois cotilédones. Apresenta germinação hipógea, com vigoroso desenvolvimento inicial do sistema radicular (Figura 3). Um quilo de sementes contém cerca de 700 a 1600 unidades.

A dispersão das sementes ocorre no início da estação chuvosa, uma estratégia aparentemente ligada ao estabelecimento da espécie. Há evidências de que essa dispersão seja zoocórica, já que a cagaiteira apresenta elevada produção de frutos, podendo oferecer recompensa energética para prováveis dispersores.

Possui um grande potencial produtivo e pouca alternância de produção, podendo-se encontrar muitas árvores com mais de 1.500 frutos na mesma safra. O peso destes varia de 2,0 g a mais de 30 g, com maior concentração entre 6,0 e 14 g, e seu diâmetro, de 2,0 cm a 3,0 cm.

Utilização
A cagaiteira é considerada uma espécie de interesse econômico, principalmente por causa do aproveitamento de seus frutos na culinária. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor de sua polpa. Esse aproveitamento é bastante difundido entre os habitantes do Cerrado, podendo ser encontrados, inúmeros pratos típicos da região confeccionados com essa fruta, com destaque para os doces, geléias, licores, refrescos, sorvetes e sucos.

Seus frutos, porém, quando consumidos em excesso ou quentes, podem causar diarréia e embriaguez. Ainda imaturos podem ser utilizados como forragem para o gado. De sua polpa também são obtidos vinagre e álcool.

A madeira do caule da cagaiteira é pesada, com densidade de 0,82 g cm-2, dura e de textura fina, mas de baixa qualidade, podendo ser usada como mourão, lenha e carvão.

A casca, além de servir à indústria de curtume, é utilizada na medicina popular como antidiarréica. Apresenta considerável quantidade de súber, com uma espessura de 1,0 a 2,0 cm, sendo empregada também na indústria de cortiça.

Suas folhas consituem-se em um excelente pasto arbóreo, convenientemente aproveitado em algumas regiões. Apresentam ainda propriedades medicinais, sendo utilizadas na medicina popular como antidiarréicas, para problemas do coração e também no tratamento de diabetes e icterícia verificaram alta atividade antifúngica no óleo hidrolisado de folhas de cagaiteira no controle de Cryptococcus neoformans

Pelo fato de apresentar florescimento exuberante, concentrado e, quase sem folhas, a cagaiteira se mostra também, como uma árvore de elevado potencial paisagístico.

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