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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

trithrinax brasiliensis
Qualidade das mudas
Quando comprarem mudas de palmeiras, suas raízes devem vir em torrões, envolvidas por estopa ou em potes grandes. Nos dois casos, verifiquem se o torrão está intacto e se a estirpe e o palmito estão bem preservados.

Preparo das covas
As dimensões das covas devem variar com o tipo de solo e com o tamanho da muda e recipiente utilizado. Quanto pior a qualidade do solo, maior deve ser a cova. Normalmente variam de 0,50 x 0,50 x 0,50 a 1,o x 1,0 x 1,0 m.

Preparar a terra com os seguintes componentes- Adubação mineral: 300 g 4-14-8 / cova;
- Adubação orgânica: 20 a 25 litros de matéria orgânica / cova
;- Superfosfato simples: 200 g;
- Farinha de ossos: 200 g / cova;
- Cloreto de potássio: 50 g;
- Calagem: 400 g de calcário dolomítico / cova;
- Vermiculita (se necessário): 2 litros/cova (em locais muito secos);
- Incorpore os componentes com a terra que foi retirada das covas e colocar um pouco desta mistura no fundo da cova.

Plantio da Palmeira
- Retire a planta do recipiente com cuidado, sem desfazer o torrão ou prejudicar a parte aérea;
- Posicione a muda verticalmente, preencha o restante da cova com a terra preparada, de modo que todo o torrão esteja envolvido pela mistura;
- Irrigue abundantemente até o seu pegamento, depois diminua a frequência.

Espaçamento
O espaçamento entre palmeiras é relativo, deve levar em consideração o porte, o volume das folhagens e seu efeito estético no espaço em que ela será plantada, adequando proporção junto de construções ou em áreas livres, extensas ou pequenas.
Uma alameda de palmeiras imperiais, por exemplo, pode ser plantada num espaçamento de 6 a 10 m entre as plantas. Já o Jerivá, pode ser plantado num espaçamento menor, formando conjuntos a cada 1,5 a 2,5 m. O importante é que a copa fique livre para que a planta seja valorizada como um todo.
Em áreas urbanas, as palmeiras são adequadas em avenidas com canteiros centrais, podendo, no caso de canteiro, com mais de 3 m, serem plantadas em 2 fileiras, em zigue-zague e mantendo, preferencialmente a mesma espécie.

Tutoramento
As palmeiras de grande porte devem ser tutoradas, principalmente no caso de transplante de espécies adultas. Isto é feito com o objetivo de mantê-las em posição vertical e evitar que tombe com o vento. Pode ser feito com estavas de madeira ou com arames ou cabos de aço.

Para prender a palmeira ao tutor, pode-se utilizar diferentes materiais, como estopa, feltro, tiras de borracha, tomando-se o cuidado de verificar se não está havendo atrito que possa causar dano à muda. Os materiais não se decompõe naturalmente devem ser retirados quando a muda estiver firme.

Em alguns casos as palmeiras são tutoradas por uma estrutura de cabo de aço, fortemente fixados em estacas no solo (palmeiras adultas, muito altas). O plantio deve ser feito, preferencialmente, na época chuvosa (dia nublado e úmido) ou qualquer época do ano desde que se irrigue na época seca.

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palmeira-de-macarthur

Em geral as palmeiras não ocupam muito espaço, quando comparado às árvores. Ao plantar uma espécie de caule único, devemos pensar no seu efeito, sendo proporcional ao locl onde se pretende destacá-lo.

Espaço mínimo
O espaço de solo para uma palmeira de caule único, deve ser no mínimo de 60X60X60, para que tenha desenvolvimento pleno.

Insolação
Existem espécies para pleno sol (grande maioria), meia-sombra e algumas adaptadas para as duas situações, como a palmeira-de-macarthur (Ptychosperma macarthurii).

Função
As palmeiras são muito utilizadas nos seguintes casos:
- Dividindo ambientes: usadas como fundo ou cercas-vivas. Neste caso, as espécies com caule entouceirado são as mais apropriadas como, por exemplo, areca-bambu (Chrysalydocarpus lutescens), palmeira-de-macarthur (Ptychosperma macarthurii), rabo-de-peixe (Caryota mitis), palmeira-raphis (Raphis excelsi), pinanga (Pinanga kuhnii), camedorea-bambu (Chamaedorea seifrizii), etc.

- Moldura: se utilizada como moldura, na fachada de residências, prédios, etc. devem ser utilizadas espécies de porte mais alto.

Alamedas ou áreas grandes: utilizar palmeiras de grande porte e caule único tais como: palmeira-real, palmeira-imperial, jerivá, seafórtia, flas-latânia, fênix canariensis, rabo-de-peixe, palmeira-de-saia-da-califórnia (Washingtonia filifera).

- Valorizadas isoladamente: nobres ou não, devem apresentar características marcantes por folhas ou estirpe, como: palmeira-triangular (Dypis decary), palmeira-azul (Bismarchia nobilis), washingtonia (Washingtonia robusta), ravenea (Ravenea rivulares), entre outras.

- Plantadas em vasos para ambientes de interior: geralmente compreendem espécies de pequeno porte, formam touceiras, toleram a meia sombra, mas precisam de ambientes bem iluminados e ventilados.

Qualidade estética
Fundamentais em características como:
- Folhagem: mais eretas, curvadas, com folhas inteiras sem muito recorte (palmeira-leque) ou bem divididas em vários folíolos.

- Porte: palmeiras de grande porte, de médio e pequeno porte podem ser utilizadas em vasos, jardins internos entre outros.

- Frutos: a espécie mais utilizada é o coco-anão (Cactus nucifera), largamente encontrada em beiras de praias e projetos com estilo tropical.

Caule: textura, forma e cor da estirpe, muitas vezes são aspectos bastante valorizados esteticamente. Como por exemplo, o tronco da palmeira-traquicarpus (Trachycarpus fortunei), envolto em fibras, de aspecto peludo bastante peculiar, além da folhagem brilhante em leque, muito ornamental.

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Muitos amantes da natureza, imbuídos dos mais nobres sentimentos ecológicos, querem simplesmente plantar o maior número de árvores, flores e arbustos possíveis na área em que vive. Embora bem intencionados, alguns se esquecem de estudar com um pouco mais de profundidade as consequências futuras destes atos. Desde crescimentos radiculares inconvenientes, copas que atrapalham a fiação aérea, frutos que podem ferir transeuntes e causar danos à propriedade, folhas que não se degradam com facilidade até a toxicidade de algumas plantas, cada ato precisa ser previamente planejado para que não haja aborrecimentos com o passar do tempo.

Bauhinia blakeanaFlor da Bauhinia blakeana

Estas recomendações são importantes principalmente quando o assunto é o plantio de árvores em calçadas. Há uma legislação a ser observada e cuidados a serem tomados. E quando se trata de algumas espécies com diversas variedades, é preciso atentar para uma coisa que parece chata mas é essencial ao se escolher uma planta: sua classificação botânica binominal. Um bom exemplo é uma das vedetes do paisagismo urbano: a pata-de-vaca.

Bauhinia forficataBauhinia forficata

A Bauhinia blakeana, de origem asiática (mais especificamente da cidade de Hong Kong), de madeira maleável, que na natureza pode atingir até 12 metros. Nas cidades são podadas para que não ultrapassem os 6 m de altura, pois sua ramificação é intensa. As flores desabrocham no fim do Inverno e perduram por todo o Verão; são púrpuras, tem cinco pétalas, sendo que uma delas se modifica e se assemelha ao labelo de uma orquídea. Uma das principais vantagens do uso da pata-de-vaca Bauhinia blakeana no paisagismo urbano é o crescimento de suas raízes baseado no geotropismo positivo, ou seja, elas crescem para baixo na direção da força da gravidade.

bauhinia-variegata Bauhinia variegata

Contudo, existem outras variedades de pata-de-vaca endêmica da Mata Atlântica, com flores muito parecidas à da variedade asiática e que são pouco utilizadas como solução paisagística: a Bauhinia variegata L. e a Bauhinia forficata. Estas variedades são oriundas do que restou de Mata Atlântica no Sul e no Sudeste e são mais utilizadas na fitoterapia. Os princípios ativos de caules e talos estão sendo estudados por conta de sua aparente eficácia no combate à diabetes. Mas, por favor, não saia fazendo chá de casaca de pata-de-vaca indiscriminadamente! Todo e qualquer medicamento deve ser prescrito apenas por médicos.

Em comum, as variedades de pata-de-vaca são bastante rústicas, tropicais e muito resistentes a algumas mudanças climáticas não muito bruscas. O solo precisa do mínimo de nutrientes necessários à sobrevivência de uma planta e ser bem drenável. Para crescer e florescer com vigor deve ser plantada a pleno sol. A multiplicação é feita por sementes, principalmente a variedade B. blakeana, cujas flores são estéreis.

O nome popular origina-se do formato de suas folhas. Com tonalidade verde-escura e textura levemente coriácea, a folha divide-se em dois lóbulos, e sua separação faz com que ela pareça-se com o pisar de um ruminante. No caso, a vaca.

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xaxim

Nome Científico: Dicksonia sellowiana
Nome Popular: Xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial, feto-arborescente
Família: Dicksoniaceae
Divisão: Pteridophyta
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

O xaxim ou samambaiaçu é uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco, diferentemente das outras samambaias. É resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento, no entanto, é uma planta grande, chegando a 4 metros de altura.

Devido ao seu diferencial, sua utilização no paisagismo é muito interessante. Além de sua beleza singular, serve de suporte e substrato para as mais diversas plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias.

No jardim, deve ser cultivado sempre à meia sombra ou sombra, gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido úmido. Devido ao risco de sua extinção, deve ser utilizada racionalmente e suas mudas devem sempre ser originárias de plantas cultivadas e não das extraídas do ambiente natural.

Aprecia o clima ameno. Multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com um parte do caule.

Ela é uma das espécies vegetais mais antigas e contemporâneas dos dinossauros cujo tronco se extrai o xaxim que conhecemos, aquele vendido em floriculturas e até supermercados e ainda como matéria-prima para a fabricação de substratos.

Planta típica da Mata Atlântica, esta samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção (Ibama), em razão da sua intensa exploração comercial desordenada destinada à jardinagem e floricultura.

No ano 2001, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou a proibir a extração dessa espécie da mata, já que era impossível defender a espécie da extinção. A área de maior ocorrência do xaxim na Mata Atlântica é a Floresta das Araucárias, nos estados do Sul do país e é justamente lá que acontece a maior exploração da planta.

A velocidade de crescimento da samambaiaçu varia, mas costuma ser muito lenta – geralmente ela cresce cerca de 5 a 8 cm por ano. Por essa medida, estima-se que para conseguir um vaso com 40 a 50 cm de diâmetro são extraídas da mata samambaiaçus com idade mínima de 50 anos!

O xaxim foi introduzido em jardins e casas para o cultivo de orquídeas, os orquidófilos foram os primeiros a utilizar o xaxim para o cultivo dessas plantas. Por serem mais baratos que os vasos de barro, o xaxim passou a ser consumido em grande escala.

A difusão por plantas ornamentais dentro de residências em todo canto do país favoreceu o costume e tornou a utilização mais corriqueira, gerando assim um consumo gigantesco e como a espécie demora pra se desenvolver entrou em risco de extinção.

A valorização do xaxim e das samambaias em geral são um comportamento típico da moda, como já aconteceu com outros tipos de plantas em determinadas épocas, como os antúrios, por exemplo, que há 20 anos eram muito procurados no país e a moda é comprar xaxim então todas as donas de casa compram, mas se houver uma conscientização tanto de quem vende como de quem compra, o xaxim poderá ser poupado.

Hoje, existem no mercado produtos alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do coco e resinas, resíduos de borracha e resinas e o mais atual com resíduos de cana-de-açucar e resinas e também substratos como palha de coco, ardósia, casca de pinus e carvão que tentam a todo custo substituir o xaxim, embora as vezes sem sucesso, já que o xaxim caiu nas graças da dona-de-casa.

O substituto do xaxim:
Para aliviar um pouco a exploração da samambaiaçu, uma das alternativas foi a descoberta da utilização da fibra de coco, chamada popularmente por coxim, casca triturada de Eucalyptus grandis misturada com carvão vegetal.

A vantagem do coxim foi comprovada depois de 3 anos de pesquisas e estudos, e como qualquer produto, vantagens e desvantagens aparecem na medida em que é experimentado.

O coxim tem aparência semelhante ao xaxim, facilidade de manuseio, grande retenção de umidade, resistência, durabilidade, boa aeração, drenagem, mesma composição de nutrientes, pH adequado e processo de industrialização mais barato. As desvantagens são que o consumidor tem de ter um pouco de paciência quando o vaso é novo, pois demora a reter umidade, o que faz com que ele deva ser emerso em água durante certo tempo antes da sua utilização.

O coxim apresenta concentração de nutrientes muito alta, que pode não favorecer o desempenho da orquídea. Apesar das desvantagens, o coxim ainda é o substituto mais próximo do xaxim e o importante é sempre pesquisar para aprimorar o produto.

As várias utilidades do coxim:
Tomar água-de-coco é bom, mas como se livrar da casca? Na verdade, da casca do coco, a indústria produz fibras longas e curtas que servem para preencher colchões, compensados, divisórias e bancos de automóveis. No caso das fibras curtas ou o pó da casca, o aproveitamento é para a utilização como adubos orgânicos por serem mais ricos em potássio e nitrogênio.

O uso desse tipo de adubo é feito pelas fazendas que produzem flores, principalmente na região sudeste do país. Para a produção da fibra, a receita é bem simples, pois com apenas seis cocos produz-se 1 quilo de fibra. Ao sair da máquina, a fibra é seca no sol e depois levada a uma prensa que a transforma em fardos de 100 kg prontas para o consumo.

Ao optar por este ou outros produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana nas matas e as orquídeas silvestres.

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