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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

lichia

A lichia é uma espécie de gênero botânico, pertencente à família Sapindaceae. É uma árvore frutífera conhecida popularmente também como lecheria ou uruvaia. Os termos também se aplicam ao fruto da árvore. É natural das regiões quentes da Ásia, sendo encontrada também na África do Sul e México.

Suas árvores tem um porte grande, apesar dos pequenos frutos, e podem chegar a medir até 15 m de altura. Os frutos surgem a partir de cachos, podendo ter aparência coliforme ou oval.

Os mesmos possuem uma polpa com coloração branca e têm uma vantagem extra, já que são ricos em vitamina C. A lichia pode tanto ser consumida em compostas e doces como ao natural.

É uma fruta arredondada que se desenvolve em árvores com galhos e troncos delicados. As folhas da árvore são coriáceas e largas dividindo-se em oito folhas menores.

A casca dessa fruta é vermelha e espinhosa, com uma fruta delicada e branca dentro dela. A semente que é encontrada no fruto pode variar de tamanho conforme a variedade da espécie.

Depois de feita a retirada da semente, é recomendado que seja feito o plantio imediatamente, já que deixá-la em exposição por um tempo maior impedirá seu crescimento. Entretanto, fazer o cultivo da planta por meio de sementes é complicado, pois muitas delas podem não se desenvolver.

A árvore de lichia passa a produzir frutos depois de um período que varia entre de cinco a dez anos, o que torna o cultivo da lichia mais recomendado para os jardineiros mais experientes.

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Cultivo
As sementes de lichia precisam ser adquiridas a partir de viveiros com fiscalização. Caso as mesmas sejam armazenadas de forma incorreta, acabam perdendo sua longevidade com maior rapidez.

Para obter grande viabilidade das sementes, fazendo com que elas durem até oito semanas é preciso que sejam conservadas em lugares úmidos e com temperatura baixa, variando entre os 10ºC e 15ºC.

Para fazer p plantio da lichia tem que se ficar atento ao clima, já que é uma planta bastante exigente à temperatura. Em áreas onde predomina o clima tropical a lichia consegue um pleno desenvolvimento, entretanto apresenta desvantagem na produção, pois não é capaz de render o suficiente.

Em razão disso, esta planta precisa estar num clima seco e frio antes de ganhar suas flores e, após, durante o restante do ano o clima precisa ser úmido e quente.

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Também é preciso que se dê atenção para o fator da precipitação, já que a Lichia só tem adaptação positiva em lugares onde a precipitação está entre os 1250 e ainda os 1700 mm por ano. Em se tratando do solo ideal, ela se adapta bem naqueles mais profundos, que tenham uma boa drenagem e que possuam alto índice de matéria orgânica.

Assim que resolver fazer suas mudas de lichia é preciso que se fique atento quanto ao diâmetro delas, já que é preciso ter entre 1,5 e 2,5 cm e o plantio precisa ser efetuado quando o clima estiver úmido, o que ocorre geralmente nos meses de janeiro a março. Já entre os meses que vão de junho a julho acontece o período de floração da lichia.

Se bem cultivada, a árvore de lichia costuma produzir no máximo 45 quilos de fruta e no mínimo 30, entretanto no Brasil ela pode chegar a produzir até 300 kg durante o ano.

Depois de se fazer a colheita dos frutos é preciso que se tenha atenção quanto aos frutos que acabam perdendo com grande facilidade a coloração vermelha da casca, tornando mais difícil sua comercialização.

Para que isso não corre com facilidade, no decorrer da comercialização e ainda com o transporte é necessário que os frutos sejam mantidos em lugares frios, aumentando a vida útil da fruta na prateleira.

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O Cultivo em vaso
Materiais
*
Vaso com 09 cm
* Terra boa e própria para ser usada na jardinagem
* Lichias que estejam em perfeito estado
* Elástico
* Saco plástico em cor escura
* Fertilizante que possa ser dissolvido em água

Passo a passo
* Primeiro, retire a semente que é encontrada dentro da fruta.
* Encha o vaso que tem a mão com terra para jardinagem estéril. Coloque um pouco de água na terra, para que a mesma escorra por baixo do vaso.
* Nessa terra, faça um pequeno buraco e nele enterre entre quatro e cinco sementes da fruta e ponha mais ou menos dois centímetros de terra por cima, para que a semente fique bem protegida e tenha mais espaço para se desenvolver.
* Ponha o saco plástico em cima do vaso e prenda com a ajuda de elástico convencional.
* Deixe o vaso num escuro e quente. Observe o vaso todos os dias e molhe o solo, se achar que é preciso. A muda da planta deve surgir a partir de duas semanas.
* Retire o saco plástico depois que a planta ter brotado e ponha numa janela onde o sol bata indiretamente.
* Depois que as mudas tenham entre três ou quatro folhas, já podem ser retiradas, e plantadas ao ar livre, usando como base a mesma profundidade que estava no primeiro lugar.
* Deixe a muda da lichia num lugar que tenha bastante iluminação depois de três ou até quatro semanas. Quando perceber que o solo que está plantado a muda está ficando seco, molhe-o com cuidado, e use fertilizante que dissolva em água, conforme as instruções que vêm inseridas no pacote, fazendo isso de duas em duas semanas.

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A muda de Lichia cresce com bastante rapidez e até atingir os 20 cm de altura vai muito bem. Não se desespere se ela não crescer muito mais, além disso, já que isso somente irá acontecer depois dos dois anos, mostrando um crescimento vagaroso e pouco notável.

Mas aproveite a delícia e a beleza dos frutos e tenha uma dessas em casa, especialmente se você tiver um quintal grande e precisar de uma sombra para descansar e ler um bom livro. Além disso, árvores em casa ajudam na renovação do oxigênio, deixam o ar mais puro e leve, e consequentemente favorecem a sua saúde.

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Schefflera actinophylla 228

A árvore-guarda-chuva também é conhecida por outros nomes tais como: brassaia, cheflera, árvore-polvo ou cheflera-da-folha-grande. Essa árvore é classificada também em outras categorias, são elas: folhagens, árvores ornamentais, arbustos tropicais e arbustos.

Adapta-se bem ao nosso clima, o tropical, mas também gosta e pode viver bonita e sem problemas nos climas subtropical, oceânico e equatorial. Porém, não é uma planta originária do nosso país, ela tem origem na Oceania, na Indonésia, na Austrália, em Nova Guiné e em Java e faz parte da família Araliaceae.

Pode-se dizer que ela possui o ciclo de vida perene e que precisa de sol pleno para ficar saudável e bonita, mas também fica bem na luz difusa e na meia sombra. Sobre as características, a altura varia entre: acima de 12 anos, 9 a 12 metros, e antes disso, de 6 a 9 metros ou de 4.7 a 6 metros.

Ela tem um único tronco ereto e ele tem pouca ramificação. As raízes se apresentam superficiais e “agressivas”. Por isso, elas afloram a superfície da terra daquelas que são mais velhas.

As folhas da árvore guarda-chuva se apresentam com as seguintes características: ovaladas e um pouco elípticas, os folíolos são pêndulos, além disso, elas são compostas, digitadas e muito grandes.

A cor das folhas da árvore guarda-chuva é um verde bem escuro e brilhante e a apresenta uma textura que faz lembrar do couro.

A árvore guarda-chuva também tem frutos, que são vermelhos, pequenos e globosos. Dentro deles, você pode encontrar sementes, entre 10 a 12, que parecem ter o mesmo formato de um rim.

Quem gosta mesmo dos frutos e também das flores são as aves silvestres. Elas encontram em ambos um néctar abundante, sem falar que a polpa é muito suculenta.

Sua inflorescência começa no fim da primavera e continua durante o verão. É quando a folhagem aparece ainda mais vistosa e grande.  Sobre as suas características, pode-se dizer que elas são rácemo, isto é, com divisões recobertas de pequenas flores, todas elas, na cor vermelha.

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Curiosidade sobre a árvore Guarda-chuva
Os pássaros depois de saborearem o néctar dos frutos e das flores da árvore guarda-chuva, eles acabam fazendo a dispersão. Porém, a parte curiosa é que uma semente pode germinar bem no galho de uma árvore, o que é chamado de epífitas.

A árvore Guarda-chuva na ornamentação e no jardim
A árvore guarda-chuva pode ser usada para enfeitar um jardim, simplesmente assumindo o papel de árvore. Porém, ela pode ser usada de outras formas e por isso, é chamada de versátil.

Outra maneira de ter um exemplar da espécie e conduzindo-a em vasos, enquanto ainda são mudas jovens e neste caso, elas passam a ser um perfeito ornamento. Nesta fase, elas possuem uma folhagem linda que é perfeita para usar em vasos. E como ela não gosta de muita luz, não tem problema nenhum deixá-la dentro de casa, pelo contrário.

Se optar usá-la em um vaso dentro de casa, procure deixá-la em um lugar que pegue pouco sol ou de dia ou da tarde, mas que ela não esteja sujeira a correntes de ar. Também é importante que ela não fique em um ambiente com ar condicionado.

A árvore guarda-chuva, além da primeira espécie, pode ser encontrada em mais duas, a chamada “Nova”, que tem como principal característica os folíolos com recortes ou a variegata, que se apresenta com os folíolos com manchas creme.

É uma planta considerada de fácil propagação e por isso é dita como invasiva em determinados casos.

Schefflera actinophylla

Cultivo
Como já foi dito o tipo de luminosidade que a árvore guarda-chuva gosta, agora vamos somente reforçar dizendo em que tipo de luminosidade ela deverá ser cultivada, que é na meia sombra ou no sol pleno.

Outra coisa muito importante é a preparação do solo, que precisa ser enriquecido com matéria orgânica, fértil, e que seja drenável. Falando em irrigação, no primeiro ano ela deve ser feita regularmente. Todas essas indicações também servem para o cultivo em um vaso.

A árvore guarda-chuva não é uma planta que se adapta fácil, uma vez fora do clima e da luminosidade que ela precisa, ela perde o brilho das folhas. Por outro lado, é considerada uma árvore rústica, na prática significa que é muito difícil que ela adoeça.

Apesar de preferir o calor, ela até que suporta o frio, quando o mesmo não persiste por um longo período. O mesmo serve para os períodos de estiagem, se forem curto ela suporta. Porém, quando o frio é muito forte, e diante de geadas fortes, ela não suporta.

Por isso, não vale a pena tentar plantá-la em um jardim cujo o clima do lugar não é o ideal para ela. Prefira os locais com clima temperado.

Para completar, se você quer saber como multiplicar a árvore guarda-chuva, isso pode ser feito com alporques, sementes ou estaquia dos ramos.

Schefflera

O que é alporques ou alporquia
Fazer alporques significa estimular a planta para que as raízes cresçam mais rápido e forte, e isso se faz, enrolando um pedaço de ramo ou musgo, com um pedaço de plástico, que precisa ter sido umedecido antes. Espere passar um tempo para ver que serão formadas raízes, e daí elas podem ser retiradas para serem plantas.

Dia-de-Chuva

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A palmeira-sagu é uma planta arbustiva e lenhosa, que é largamente utilizada no paisagismo, pela beleza singular formada pelo conjunto das folhas brilhantes e longas, dispostas em coroa.

É também conhecida como Sagu, Cica, Cicas, Palmeira-samambaia e Cica-elegante. Sua origem  é da Ásia – Índia e Sri Lanka e pertence à família Cicadaceae, uma família da plantas com características pré-históricas.

Apesar do nome e do aspecto, ela não apresenta parentesco com as palmeiras nem com as samambaias. O nome científico circinalis, do latim “espiral”, é uma referencia aos folíolos que são enrolados quando jovens.

Na maioria dos exemplares de palmeira-sagu o tronco é simples, mas em plantas mais velhas podem ocorrer ramificações. Ele apresenta casca grossa e rugosa, de cor castanha, que pode servir de suporte para epífitas, como orquídeas.

As folhas são pinadas, de cor verde clara e muito longas, com cerca de 1,5 m de comprimento. Os folíolos são lineares, tomentosos, opostos e pendentes, dando à folha um lindo aspecto plumoso. Os mais basais são reduzidos à espinhos.

As plantas macho produzem cones alongados, de cor creme a marrom, com cerca de 30 cm, que surgem no topo da coroa. Já as fêmeas produzem sementes globosas, de cor marrom ou alaranjadas e muito tóxicas, localizadas em folhas especiais do tipo esporófilo, de cor marrom e muito pilosas que crescem no topo da coroa.

As sementes ainda são recobertas por uma camada esponjosa que lhes permite flutuar na água. A polinização é pelo vento e por insetos.

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No jardim a palmeira-sagu geralmente ganha lugar de destaque, como ponto focal. Sua aparência tropical, elegante e escultural é ideal para a entrada da casa, ou isolada em gramados bem aparados.

Pequenos bosques formados pelo plantio de três ou mais exemplares também causam um efeito bastante interessante. Ainda pode ser aproveitada em linhas, emoldurando caminhos. Devido ao crescimento lento a palmeira-sagu pode alcançar preços elevados.

Apesar disso é bastante longeva, rústica e resiste a pragas e doenças, demandando pouca manutenção.

Quando jovem a palmeira-sagu pode ser plantada em vasos e conduzida em interiores, desde que bem iluminados. Suas folhas também são aproveitadas cortadas, entrando na composição de arranjos florais.

De hábitos tropicais, a palmeira-sagu revoluta necessita de uma boa dose de sol diariamente para viver bem vistosa, não precisa ser necessariamente sol direto durante todo o dia, porém é aconselhável várias horas por dia, o que dificulta o cultivo em interiores, que precisam ser bem abertos para a entrada de luz.

Tal qual a maioria das palmeiras, é aconselhável misturar muita areia grossa e fertilizante orgânico ao solo antes do plantio, isso para que ele fique com uma boa drenagem e alta fertilidade. Apenas tome cuidado para caso o solo já esteja altamente adubado, pois o exagero também não é bom para a planta.

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Como cuidar
Irrigue diariamente de forma a manter o solo sempre úmido, porém sem nunca encharcá-lo, a alta drenagem caso você misturou areia ao solo ajudará um pouco a não errar a dose.

Devido ao lento desenvolvimento dessa planta, desde que ela esteja suficientemente hidratada ela provavelmente não apresentará problemas por falta de nutrientes ou excesso de ramos mortos, logo, excepto se ela contrair alguma doença como fungos ou cochonilhas, o trato da Cica será bem simples.

Cultivo
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Plantas adultas e bem estabelecidas podem resistir bem à estiagem. No entanto, se o período seco ocorrer no momento em que as folhas estão imaturas, a planta pode sofrer danos. Não tolera geadas ou encharcamento do solo.

Sua multiplicação é feita por sementes postas a germinar em substrato mantido úmido, preferencialmente em estufas. A germinação ocorre em 8 a 12 semanas.

Note que as sementes só serão férteis se as plantas fêmeas forem cultivadas próximas de alguma planta macho. Outra forma de multiplicar a espécie é através da separação das pequenas mudas que se formam no tronco da planta mãe.

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Problemas mais frequentes e suas causas:
Pontos brancos ou amarelos nas folhas da cyca, escamas cerosas ou algodonosas, teias finas.
Causa: Cochonillhas, aranha-vermelha ou fungos (Alternaria ou Cercospora). É um dos problemas mais freqüentes em Cicas, geralmente é causada por excesso de regas, combinada com falta de luminosidade e drenagem deficiente.

Folhas com extremidades amarronzadas ou queimadas.
Causa: Ventilação insuficiente. Mude a planta para um local mais ventilado.

As folhas perdem a cor e secam.
Causa: Falta de luminosidade, frio ou excesso de umidade.

Folhas com extensas manchas descoloridas.
Causa: Congelamento por geadas, neve ou frio intenso. Neste caso é melhor prevenir, protegendo a planta com mantas ou plásticos. A planta emitirá novas folhas saudáveis na primavera e verão.

Folhas jovens e brotações novas amarelando.
Causa: Adubação em excesso ou substrato muito pobre em nutrientes.

Folhas adultas, inferiores, amarelando.
Causa: Adubação ou irrigação demasiada.

Queimaduras nas folhas.
Causa: Mudança muito brusca de luminosidade e umidade. Geralmente quando a planta sai de um viveiro sombreado ou de ambientes internos e a colocamos sob sol pleno. Agroquímicos aplicados sob sol quente também podem provocar queimaduras nas folhas.

Pequenas manchas amarelas e extremidades das folhas secas.
Causa: Carência de potássio (K). Neste caso convém aplicar uma suplementação com cinzas (sem sal) ou adubos químicos ricos neste elemento.

Folhas jovens retorcidas.
Causa: Falta de luminosidade.

Folhas jovens retorcidas e folhas velhas com pontos brancos e pretos.
Causa: Doença viral – nepovírus (mosaico). Não há cura.

Escamas do tronco caindo, bolinhas cor-de-café pulverulentas no tronco.
Causa: Ataque de cupins. A aplicação de inseticidas específicos nos túneis, seguido de ensacamento da planta (impede que os cupins fujam e auxilia na ação do produto).

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O Pau-Brasil é uma das espécies mais antigas que existem na nação brasileira, sendo o seu título extraído da mesma, de tão abundante que era a sua utilização quando as terras tupiniquins foram descobertas pelos portugueses. O pau-brasil, mesmo que muito raramente, ainda é encontrado na Mata Atlântica brasileira, sendo conhecida como uma leguminosa nativa da região.

O pau-brasil possui diversos nomes populares, todos eles incorporados ao tupi-guarani, língua típica dos indígenas que aqui habitavam em sua maioria quando os colonizadores colocaram os primeiros pés em nossas terras.

São eles: arabutã, ibirapiranga, ibirapitanga, ibirapitá, orabutã, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e o famoso pau-rosado, por causa da sua coloração típica no tronco.

A tonalidade escura da sua madeira acabou gerando o seu nome: “Brasa”. Para outros, o significado vem da região da toscana, já que a madeira do pau-brasil era muito utilizada para tingir móveis venezianos. Todos os seus nomes em tupi, conhecidos popularmente em território brasileiro unicamente, podem estar relacionado ao tingimento do tronco da espécie: “vermelho”. Realmente, o Pau-Brasil tem muita história para contar.

O Pau-brasil e a sua história
Há quem diga que a comercialização do Pau-Brasil para diversos fins, foi a primeira atividade comercial praticada na Terra de Santa Cruz, nome pelo qual os portugueses, recém chegados ao Brasil, chamavam estas terras. O Pau-Brasil era uma espécie muito predominante, especialmente nas florestas vastas que existiam no país, antes mesmo dos colonizadores colocarem seus pés por aqui.

Se desenvolvendo ao longo do litoral, o Pau-Brasil era muito abundante na região que hoje é conhecida como Rio de Janeiro, A exploração do produto era tanta, que muitos navios portugueses eram atacados, para influenciar o contrabando da espécie para outros locais da Europa.

No que diz respeito ao comércio, o Pau-Brasil era utilizado para o tingimento de tecido, conferindo uma qualidade superior aos mesmos, já que a planta trazia consigo uma cor vermelho mogno, muito usada também para a fabricação de móveis europeus, sendo muito utilizada na prática de marcenaria.

Com o tempo, o pau-brasil foi sendo extinto, tamanha era a sua exploração pelos litorais brasileiros e no seu habitat natural. Hoje em dia existem diversos projetos para a conservação desta espécie história, investindo até mesmo em seu replantio. Atividades como a exploração da cana-de-açúcar e do café também acabaram deixando o comércio do pau-brasil de lado, voltando interesses econômicos para os novos produtos recém descobertos.

Atualmente, a madeira do pau-brasil é considerada uma das mais luxuosas, já que não apodrece e mal é ataca por insetos. Tamanha é a sua importância e valor, hoje em dia a espécie só é utilizada para a fabricação de móveis finos, arcos para violinos, canetas e jóias valiosas.

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A flor do Pau-brasil
Mesmo que a utilização da espécie no comércio por causa da sua valiosa madeira tenha sido o que realmente movimentava as estruturas do Brasil, nada era mais belo do que ver as flores do pau-brasil crescerem em meio a Mata Atlântica.

A espécie floresce apenas uma vez por ano, o que torna a sua flor muito mais impecável, sendo rara e muito apreciada.

A flor possui as suas quatro pétalas, grandes, chamativas e de coloração bem marcante. Em tonalidade amarela, a flor do pau-brasil possui pétalas delicadas, na periferia do caule, e mais uma no centro, de coloração mais avermelhada.

Esta combinação de cores quentes faz com que a flor desta planta história seja muito vistosa, além de possuir um odor bastante perfumado. O odor é caracterizado por ser suave, assim como o jasmim.

As flores do Pau-Brasil são tão especiais que permanecem pouco tempo abertas. A sua beleza acaba se mostrando apenas por, no máximo, 15 dias, o que torna a espécie muito mais interessante.

Às vezes, a abertura das pétalas pode durar por dez dias no mínimo, considerando o florescimento por apenas 24 horas. Seu aroma cítrico e adocicado acaba atraindo algumas espécies como abelhas e borboletas, que podem realizar a polinização.

A flor do Pau-brasil, hoje em dia, pode ser considerado um dos presentes que a natureza deixou em seu legado histórico.

Características
A Flor do Pau-brasil nasce dos racemos da espécie, ereta e bem próximo aos ramos apicais. São flores consideradas muito aromáticas por causa do cheiro característico e peculiar.

A mesma possui dez estames e um pistilo, além de um ovário súpero, bastante alongado para a espécie. A pétala vermelha da plantam considerada a mais aromática, se encontra no centro, e acaba gerando uma bela combinação de cores, atraindo seres vivos de várias espécies.

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Produção industrial
Por causa do seu aroma fino, suave e que se assemelha ao Jasmim, a flor do Pau-brasil passou a ser utilizada para a produção de alguns produtos industrializados, como os famosos aromatizantes. Estes produtos e sabões líquidos podem ser fabricados através do extrato das flores de Pau-brasil, embora a espécie esteja bastante extinta.

Muitos fabricantes acabam plantando a espécie para que a flor seja colhida em uma época ideal e assim, inovando na produção deste aromatizante e produtos para o corpo, com o odor especial da flor do Pau-brasil. Vale lembrar que estes produtos são raramente encontrados no mercado e são mais voltados para pequenas produções incluindo as caseiras ou artesanais.

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