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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

Acácia branca

A acácia-branca é uma árvore de pequeno a médio porte, florífera e de muitas utilidades. Também é conhecida pelo nome de moringa. Pertence à família Moringaceae, e é originária dos Himalaias, espalhando-se por diversas regiões tropicais e subtropicais do planeta devido às inúmeras qualidades que possui, principalmente como planta medicinal e alimentar.

Apresenta tronco único e ereto, com diâmetro de 20 a 45 cm, com casca  espessa, de cor cinza esbranquiçada. Apresenta uma copa aberta, com ramos pendentes e delicados, que resultam num formato de sombrinha.

As folhas de cor verde clara, dá ao conjunto delas um aspecto plumoso. Floresce durante o ano inteiro, despontando cachos de flores pequenas, perfumadas, de cor branca-creme. Os frutos são longas vagens pêndulas, que se abrem quando maduros, liberando as numerosas sementes leves e aladas.

Acáacia branca - Moringa oleífera

Seu uso paisagístico ainda é discreto, mas tem grande potencial, devido ao tronco engrossado, de aspecto muitas vezes barrigudo, que confere um certo exotismo ao jardim.

Fornece uma sombra clara, de cerca de 50%, próprio para o cultivo de epífitas e forrações de meia sombra na base. Além disso, floresce o ano todo. Em alguns países, também é utilizada como planta envasada, com o calibroso e escultural caudex evidenciado, da mesmo forma que a Rosa-do-deserto (Adenium obesum).

Deve ser cultivada em solo preferencialmente fértil, profundo, drenável, neutro a levemente ácido, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação.

Moringa oleífera

Ainda assim, ela é capaz de vegetar em diversos tipos de solo, evitando-se os muito secos e os excessivamente pesados e argilosos, sujeitos a encharcamentos. Depois de bem estabelecida, ela torna-se tolerante à períodos de estiagem. Resiste à geadas leves, mas vegeta melhor sob o calor tropical.

Responde bem à fertilização e irrigação suplementar, produzindo mais folhas e vagens. Sua multiplicação é feita por sementes frescas e estaquia de ramos lenhosos ou semi-lenhosos.

caminhogelado

Jambolão – Syzygium jambolanumJambolão – Syzygium jambolanum

Muitos de vocês já devem ter ouvido falar que algumas árvores têm raízes agressivas, capazes de destruir tubulações enterradas, calçadas, pavimentos, muros, etc.

A palavra agressiva é injusta, pois elas não querem o mal, apenas são vigorosas e com crescimento superficial, que engrossam com o tempo e acabam por resultar em efeitos catastróficos nos ambientes urbanos.

O que acontece na verdade você fez uma má escolha das espécies acompanhado muitas vezes de um plantio inadequado. Nem sempre uma árvore bonita, com uma floração espetacular é indicada para áreas calçadas, estacionamentos e pequenos quintais.

Elas são perfeitas para serem admiradas em toda sua majestade em grandes áreas abertas, como parques, praças e fazendas. Tenha em mente, que mesmo as espécies recomendadas precisam de uma área mínima de absorção de água no canteiro para que não apresentem raízes agressivas no futuro.

Além disso, de nada adianta insistir nestas espécies, plantando elas dentro de manilhas de concreto. Você estará desvirtuando a natureza da árvore, prejudicando seu desenvolvimento e ainda assim suas raízes destruirão as manilhas com o tempo, surgindo um pouco mais distantes.

Casuarina - Casuarina_equesitifoliaCasuarina – Casuarina_equesitifolia

Segue abaixo segue uma lista de espécies de árvores comumente encontradas nas grandes cidades, mas que podem representar um grande inconveniente para as construções e pessoas, seja por suas raízes “agressivas”, seja por frutos grandes e pesados, folhas ou flores escorregadias, tronco frágil e suscetível a cupins, entre outros problemas.

Antes de remover uma árvore por qualquer um destes motivos, solicite a avaliação técnica de um engenheiro agrônomo ou florestal para verificar se realmente há problemas ou se haverá no futuro.

Salgueiro-chorão – Salix x pendulina

Salgueiro-chorão (Salix x pendulina)
Copa inadequada para as calçadas, atrapalha os transeuntes. À procura de água, os chorões tem tendência a destruir tubulações de água e esgoto enterradas.

Flamboyant – Delonix regia

Flamboyante (Delonix regia)
Raízes tabulares, muito superficiais e agressivas.

Ficus (Ficus benjamina)

Ficus (Ficus benjamina)
Atinge grande dimensões. Nunca para de crescer. Apresenta raízes superficiais e adventícias.

Paineira-rosa (Ceiba speciosa)

Paineira-rosa (Ceiba speciosa)
Árvore de crescimento vigoroso, grande porte, que apresenta madeira frágil, tronco recoberto de espinhos. Sujeita à quebra.

Pau-formiga - Triplaris americana

Pau-formiga (Triplaris americana)
Madeira leve, raízes superficiais, grandes dimensões e atrai formigas.

Eucalipto (Eucaliptus spp)

Eucalipto (Eucaliptus spp)
A maioria das espécies apresenta grande porte, sistema radicular superficial e derrama natural.

Abacateiro (Persea americana)

Abacateiro (Persea americana)
Árvore de madeira frágil, com tendência à quebra e que pode atingir grandes proporções. Frutos grandes, que provocam sujeira.

Mngueira - Mangifera-Indica

Mangueira (Mangífera indica)
Sistema radicular superficial, frutos grandes que provocam muita sujeira.

Guapuruvu (Schizolobium parahyba)

Guapuruvu (Shizolobium parahyba)
Árvore de crescimento vertiginoso e porte avantajado. Madeira muito frágil, sujeito à quedas e quebra dos ramos.

Abricó-de-macaco - Couroupita-guainensis1

Abricó-de-macaco (Couroupita guianensis)
Os frutos da Abricó-de-macaco são grandes e pesados, verdadeiras balas de canhão. São perigosos e mal-cheirosos. Podem provocar acidentes e muita sujeira.

Pinheiro-do-Paraná - Araucaria-angustifólia

Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifólia)
Árvore nativa de grandes dimensões, seu maior problema é a derrama natural. Em locais com muitos exemplares, é indicado um programa de podas para evitar a derrama. Suscetível a cupins.

Jaqueira- Artocarpus heterophyllus

Jaqueira (Artocarpus heterophyllus)
Árvore de frutos gigantes que podem causar sérios acidentes, caindo sobre automóveis e ferindo pessoas.

Tulipeira ((Spathodea campanulata)

Tulipeira (Spathodea campanulata)
Flores com pólen tóxico às abelhas. Por ocasião da queda, as flores são mucilaginosas e escorregadias. Raízes superficiais.

árvore

Cacho-de-marfim (Buckinghamia celsíssima)

O cacho-de-marfim é uma árvore florífera e muito ornamental. Pertence à família Proteaceae e originária das florestas tropicais ao norte de Queensland, na Austrália.

De porte médio a grande, ela alcança em seu habitat, cerca de 30 m de altura. Já em cultivo, raramente ultrapassa 8 m. Apresenta copa arredondada, com 2 a 5 m de diâmetro, e tronco elegante, de casca marrom a cinzenta.

Suas folhas apresentam-se elípticas, inteiras, de nervura central bem marcada e cor verde-escura, brilhante, com a página inferior esbranquiçada e com textura aveludada.

buckinghamia-celissima

Seu florescimento se dá no verão, despontando longas e cilíndricas inflorescências, do tipo rácemo, pendentes e terminais, com flores de cor creme e estames curvilíneos. Os frutos que se formam em seguida são folículos lenhosos, de cor marrom.

O cacho-de-marfim no paisagismo é uma opção bastante interessante, por sua resistência, baixa manutenção e beleza extraordinária durante a floração. Devido ao seu crescimento restrito em cultivo, é ideal para plantar ao longo de passeios e outras áreas urbanas.

Pode ser utilizada isolada, em renques ou formando pequenos grupos. É bastante atrativa para os insetos no florescimento e fornece sombra aprazível durante o ano inteiro. Ainda rara em cultivo no Brasil, está no entanto, demonstrando boa adaptação ao nosso clima e solos.

Seu cultivo deve ser sob sol pleno, em solo drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação. Não tolera solos encharcados, mas é bastante exigente em água.

Cacho-de-marfim (Buckinghamia celsíssima)

Assim não é muito adequada a áreas com chuvas irregularmente distribuídas, com períodos secos muito marcados e longos. Tolera sombreamento parcial. Não resiste a geadas fortes, principalmente quando jovem, mas depois de bem estabelecida é capaz de tolerar geadas eventuais.

O frio e a carência de água reduz o crescimento da planta, que pode não ultrapassar o porte arbustivo.

Esta espécie dispensa podas, mas pode ser podada sem problemas, por quem desejar lhe impor um formato específico. A multiplicação é feita por sementes, mas principalmente por estaquia dos ramos semi lenhosos. O florescimento se inicia cerca de 3 a 5 anos após o plantio.

folhas caindo

Liriodendron_tulipifera_Fall

O tulipeiro é uma árvore decídua, florífera, de grande porte, com uma bela variação estacional, e bastante interessante para o paisagismo das regiões subtropicais e temperadas do sul do Brasil.

Da mesma família das magnólias (Magnoliaceae), ela é originária do leste dos Estados Unidos, e o único representante ocidental do gênero Liriodendron, que engloba apenas duas espécies.

Sua copa é cônica a colunar e pode alcançar 50 m de altura, embora geralmente fique na faixa dos 20 a 30 m. Seu tronco não raramente atinge 2 m de diâmetro. As folhas são largas, simétricas, alternas, de cor verde clara no verão, e vão gradativamente adquirindo um lindo tom amarelo no outono, antes de cair.

_tulipifera

As flores parecem com tulipas, são terminais, solitárias e com o formato de taça. As pétalas tem cor amarelo esverdeado, com raios na cor laranja e longos e grossos estames. Elas surgem no fim da primavera, mas mais frequentemente no verão e produzem abundante néctar que atrai muitos polinizadores. Os frutos que se seguem são curiosos cones, escamosos, de cor marrom.

No paisagismo é própria para regiões serranas, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde a variação das folhas pode ser plenamente admirada. No entanto, em regiões não tão frias, pode se desenvolver bem, tornando-se muitas vezes com florações menos abundantes.

Apesar das lindas flores, elas se tornam discretas em meio à vistosa folhagem. Por seu majestoso porte, o tulipeiro é adequado para grandes áreas, como amplos jardins residenciais, fazendas, parques públicos, etc.

tulipeiro

As flores verde-pálido, raramente brancas, apresentam uma banda alaranjada nas tépalas. São perfeitas, solitárias, terminais, com pedúnculos fortes, de 2,5 a 5 cm de comprimento, em forma de copo. Antes da abertura, o gomo floral está enclaustrado numa cobertura constituída por duas brácteas triangulares que caem quando a flor abre.

O cálice é constituído por 3 sépalas, imbricadas, reflexas ou soltas, deixando espaço entre si, venosas, decíduas precocemente. A corola em forma de taça, com 6 pétalas, com 5-6 cm de comprimento, colocadas em duas filas,  marcadas na base com uma mancha amarelo-alaranjado.

Jamais deve ser plantado à sombra de outras árvores, pelo contrário, ele é uma espécie de escolha para produzir uma farta sombra no verão. Plante-a isolada, em grupos ou fileiras, podendo também margear bosques.

Além de ser uma árvore ornamental, o tulipeiro é também uma excelente produtora de madeira de boa qualidade, flexível, de cor clara e fino grão. Não obstante seu rápido crescimento, sua madeira tem boas características de resistência e é fácil de ser trabalhada.

Liriodendron_tulipifera-22

Nos Estados Unidos, é utilizada para a produção de painéis para acabamento em casas e automóveis, além de móveis e instrumentos musicais, como órgãos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos profundos, drenáveis, férteis, levemente ácidos, com uma boa camada superior de húmus e irrigada regularmente no primeiro ano de implantação.

Em geral não tolera longos períodos de solo encharcado, no entanto as variedades oriundas da Carolina e da Flórida, são mais resistentes a períodos de chuvas. É um tanto sensível ao calor intenso, variações bruscas de temperatura e à poluição, de forma que não é muito indicada para arborizar ruas em grandes metrópoles.

Tolera frio intenso. Evite podas, já que o corte a torna sensível ao ataque de pragas e doenças, devido à difícil cicatrização. É multiplicada facilmente por sementes, além de estaquia de ramos.

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