
Durante o mês de junho o Manacá da Serra apresenta seu impressionante florescimento. Mas isso não é novidade, pois a floração dessa árvore nativa do Brasil é espetacular, praticamente não se vê as folhas da planta que ficam cobertas pelas flores.
O Manacá da Serra é uma árvore de porte mediano e pertence à família das melastomatáceas que reúne uma grande quantidade de espécies de quaresmeiras ornamentais, algumas arbustivas, outras arbóreas, mas a grande maioria com floradas exuberantes. Ainda falando sobre o Manacá ele apresenta uma copa de formato arredondado com ramagem abundante com folhas elíptico ovaladas, lisas, com três nervuras bem visíveis na superfície.
O destaque dessa planta são as flores que são grandes, numerosas e muito vistosas aparecendo durante os meses de novembro a março. O mais interessante é que essas flores vão mudando de cor e passam por várias tonalidades, ao desabrocharem são brancas, posteriormente rosas e finalmente roxo escuras. A quem a a observa causa a impressão de que a planta produz flores de três cores. Vale lembrar que essa variação de cores ocorre também em outras espécies, um exemplo típico é o Manacá de Cheiro (Brunfelsia uniflora) que causa até certa confusão por ocasião da procura dessa planta por parte dos compradores. A designação como sendo da serra refere-se ao fato da planta ser nativa principalmente na Serra do Mar.
Os frutos do Manacá-da-Serra são ovalados e quando maduros (secos) soltam grande quantidade de sementes que são minúsculas, quase que um pó. Existem outras espécies de Tibouchina e produzem flores que mudam de cor, mas a que mais se destaca é a T. mutabilis e que é a mais propagada também.
A propagação do Manacá da Serra sempre foi feita através das sementes, mas atualmente os viveiristas desenvolveram técnicas de propagação vegetativa através de estaquia e as plantas obtidas por esse sistema já florescem bem pequenas, já nas primeiras brotações.
Essa mudança no método de propagação causou até uma confusão na definição da espécie, pois nomearam a planta como Manacá da Serra Anão, o que está errado, pois a espécie é a mesma só que florescem mais precocemente.
Dicas de cultivo: O plantio dessa árvore deve ser feito em covas bem espaçosas com substrato bem solto e enriquecido com bastante matéria orgânica procurando dar ao mesmo as mesmas características do solo sob as matas. Não deixar faltar umidade que é fundamental aos Manacás, sendo bastante recomendável manter uma cobertura morta (mulching) ao redor do caule.
Em solos muito compactados as dificuldades para desenvolvimento são bem maiores. Em mudas obtidas por estaquia os cuidados devem ser ainda maiores já que o sistema radicular é mais frágil.
As adubações podem ser feitas integralmente com adubos orgânicos tipo húmus de minhoca, esterco bovino entre outros.
Quando cultivado em vasos a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.


A Pluméria é muito popular no Havaí onde são cultivadas inúmeras variedades e as flores são utilizadas na confecção dos colares típicos usados na recepção de seus visitantes. A Pluméria é conhecida internacionalmente como “frangipani”, é nativa das regiões tropicais das Américas e pertence à família das apocináceas , a mesma das alamandas.
Aqui no Brasil a Pluméria ficou conhecida como jasmim-manga e é muito cultivada em praticamente todas as regiões. As Plumérias possuem caules grossos e roliços com abundante seiva leitosa, recobertos por uma casca lisa em tonalidade bronzeada ou acinzentada. Suas folhas são grandes e elípticas agrupadas principalmente nas extremidades dos galhos e caem parcial ou totalmente no inverno. Suas flores abrem-se em sucessão de outubro a abril e são em forma de funil com consistência cerosa e reunidas em inflorescências terminais.
Há variedades de flores vermelhas, rosas, brancas, alaranjadas e outras, e é comum em quase todas as variações a presença de mais de uma cor na mesma flor. A floração fica mais intensa a partir de novembro.
No Mercado de Flores da CEASA Campinas é bastante fácil encontrar mudas de plumérias nas mais diversas tonalidades de cores, em tamanhos que variam de 90cm até 2m de altura.
Dicas de Cultivo: As plumérias são plantas bastante fáceis de cultivar, requerem plena exposição ao sol preferindo clima tropical, quente e seco, não tolerando geadas ou solos encharcados. Sua propagação é feita principalmente por estacas pois a multiplicação por sementes é bastante lenta.


O chorão-da-praia (Salix babylonica) é o nome uma árvore pertencente à família das Salicaceae ou salgueiros. Originária do Leste da Ásia.
É uma árvore nativa do norte da China, mas cultivado há milênios em vários locais da Ásia, tendo sido disperso pelo homem ao longo da rota da seda até à Babilônia (daí o seu nome científico).
Os ramos novos, pendentes, parecem conotar tristeza e melancolia. Entre as variedades cultivares encontramos o Salix babylonica ‘Pendula’, cujo nome faz referência a tais ramos longos e pendentes quase até ao chão e que lhe proporcionam uma copa arredondada.
É uma árvore de tamanho médio a grande porte que pode alcançar até 20 a 25 metros de alto.
É de crescimento rápido, mas tem uma curta longevidade. É caducifólia, perde as folhas no inverno ainda que, por vezes, durem na árvore até irromperem as novas. É muito pouco exigente com os solos, que apenas têm de ter água suficiente. Aprecia terrenos muito úmidos, sendo capaz de saneá-los absorvendo a água em excesso.
O tronco tem uma cortiça escura que vai rompendo com os anos. Os rebentos são delgados, longos e muito flexíveis, formando uma copa arredondada.
As folhas são lanceoladas de 4 a 10 cm de comprimento, serrilhadas, com a página superior cor verde intensa, a página inferior é mais clara e com pêlos que vai perdendo. As flores são muito pequenas e sem pétalas, formam amentilhos na primavera.
São de cor amarelo-esverdeada. Têm flores masculinas e femininas
Reproduz-se através de estolhos que enraízam facilmente.
Necessitam de climas temperados, suportando bem a seca, salinidade e substratos arenosos. Suporta temperaturas até – 6º C, tendo desaparecido de algumas zonas depois de um período de frio intenso.
A sua expansão deve-se também a introduções motivadas pelo seu valor como planta ornamental.


O Ipê-violeta, conhecido também como ipê-púrpura, é uma árvore esguia, de pequeno a médio porte, bastante comum na região do Vale do Jequitinhonha, nordeste de MG, e no sul da Bahia, porém inexistente em outras regiões do país, mas muito raramente encontrada em viveiros.
As flores são de um roxo bem escuro, com marcas amarelas no interior. Sua floração ocorre em geral sem a presença de folhas ou com poucas delas. Não produz grande quantidade de flores por árvores, mas a floração em geral se repete algumas vezes no período de agosto a outubro.
A espécie é de pequeno porte, 7 a 15 m e flores fortemente coloridas, de cálice externamente roxo-escuro (violeta) e amarelo em seu interior. As folhas são trifolioladas e pontiagudas.
Sua propagação por semente e a germinação é fácil, mas seu desenvolvimento é muito lento fora de seu habitat. Resiste bem a seca e queimadas. Árvore rara e muito adequada para o paisagismo e jardinagem.

Usos: Grande potencial ornamental, inclusive para pequenos espaços devido à pequena estatura da árvore.
Cultivo
Deve ser cultivado em solos bem drenados, a pleno sol. Adaptou-se bem à Região Sudeste.
Origem
América do Sul – Brasil.
Família
Bignoniaceae
Observações: Ainda bastante incomum, sendo cultivado apenas em coleções botânicas e por horticultores especializados.
