Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Adubos e Substratos’

Adubação

fertilizante_azul

Adubo químico ou sintético
Os adubos sintéticos são vendidos em forma de sais simples (salitre-do-chile, sulfato de amônia, superfosfato…) ou em misturas químicas já prontas, em pó, líquido, pastilha ou granulado.
Quando você for procurar nas lojas especializadas, repare que na embalagem estará inscrita uma série de números, como 10-10-10 ou 4-14-8. Esses números indicam a proporção de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) que os adubos contém nessa ordem – o tal do NPK.

Importante:
- De acordo com a legislação brasileira toda mistura só pode ser considerada fertilizante quando a soma dos 3 principais componentes (N-P-K) totalizam acima de
26.
- Numa mistura balanceada a porcentagem de nitrogênio não pode ser maior que 3 vezes e nem menor que a metade da porcentagem de fósforo. Também não poderá ser
mais que o dobro ou menos que a metade da porcentagem de potássio.

Dentro dos limites e com as necessidades definidas, a adubação sintética é muito bem vinda para suas plantas fornecendo a alimentação balanceada para o perfeito desenvolvimento.
Os adubos químicos liberam nutrientes por um período de 1 a 3 meses, portando cuidado para não adubar novamente antes desse tempo, você pode intoxicar a planta provocando disfunções que podem levar o exemplar à morte. Siga sempre as orientações de aplicação e dosagem fornecidas pelos fabricantes.

Adubo orgânico

São compostos de resíduos animais e vegetais. Os mais conhecidos são: farinha de sangue, farinha de ossos, farinha de peixe, torta de mamona, torta de girassol, esterco de gado, de cavalo, de galinha e de porco.
Esses resíduos contêm todos os macros e micronutrientes que as plantas precisam, porém só podem ser aplicados nas plantas após sua fermentação, ou como dizem: deve estar curtido.

Os aditivos orgânicos não liberam todos os nutrientes de uma só vez como acontece com os químicos. Contudo o resultado é muito mais duradouro, pois ativa a criação de vida no meio de cultivo, que permanentemente irá liberar nutrientes para suas plantas.

Escolha preferencialmente compostos orgânicos de fabricantes regulamentados por
entidades certificadoras de produtos orgânicos. Evite utilizar resíduos, principalmente de animais, sem a devida orientação, eles podem conter microorganismos maléficos à sua saúde.

O adubo orgânico Bokashi é uma mistura de diversos ingredientes orgânicos – farinha de osso , torta de mamona, farinha de peixe… que, devidamente fermentados, resultam num excelente e completo adubo para todas as plantas.
O bokashi pode ser aplicado da mesma forma que os aditivos sintéticos, não tem cheiro e libera os nutrientes imediatamente após a sua aplicação.
É um produto totalmente orgânico que irá manter suas plantas bem nutridas, além de manter o meio de cultivo com vida.

janela pássaro

oncidium
As soluções fertilizantes, em decorrência da maior concentração desse ou daquele macroelemento, podem ser de vários tipos, o que se expressa por três números: o 1º indicando a concentração do nitrogênio, o 2º do fósforo e o 3º do potássio.
Assim a fórmula 18-18-18 ou 20-20-20 é aquela em que os três elementos estão equilibrados. Na fórmula 30-10-10, o teor de nitrogênio é três vezes mais alta que o do P ou do K, perfazendo a fórmula 50% de elementos fertilizantes.
Ela é recomendada para as plantas novas (seedlings) desde a germinação até a primeira floração. Também é usada para estimular a brotação de plantas adultas e especialmente recomendada nas culturas de folhagens.
Na fórmula 10-30-20, vê-se uma predominância do fósforo, sendo muito usada na preparação da floração.

Do exposto acima podem-se resumir as condições para escolha da adubação foliar:
a) fase do crescimento ou na brotação - A fórmula mais adequada é a que,no balanço dos nutrientes, o nitrogênio predomina (30-10-10), podendo-se intercalar uma fórmula, isto é, pulverizar ora com uma nitrogenada, ora com uma fosfatada, tendo em vista que o fósforo favorece o desenvolvimento do sistema radicular.
b) fase de floração -
É a que antecede à floração, nesta fase é fundamental um maior percentual de fósforo, elemento básico das boas floradas (10-30-20).
c) fase de frutificação - É a que segue a floração, sendo nutriente fundamental o potássio. É pouco usada na floricultura.

Modo de usar:
A aplicação deve ser criteriosamente feita para seu melhor aproveitamento.
De início impõe-se a regra básica do uso da fórmula certa, em época certa e com a regularidade necessária para que a planta se adapte.Devem-se usar os pulverizadores habituais, capazes de produzir um leque de gotículas bem finas, que molhem uniformemente as duas faces da folha.

Por uma questão pura de economia do adubo, deve-se evitar um excesso de molhagem ou gotas muito grandes, que fazem o escorrimento da solução. É bom lembrar, no entanto, que a solução que escorrer para o substrato, só pode fazer bem, pois as raízes também vão absorvê-la.
A aplicação periódica do adubo é mais indicada, desde que sejam usadas mais diluídas, cuja concentração ótima é determinada pela experiência em cada caso.

O adubo deve ser usado com um agente molhante de boa qualidade.
Para melhor aproveitamento pelas plantas, recomenda-se uma rega na véspera da adubação, para que as plantas fiquem bem supridas de água.A aplicação deve ser repetida cada 7 ou 15 dias, recomeçando as regas normais 24 a 48 horas após a aplicação.
O equipamento deve estar muito limpo, livre de resíduos que possam ser tóxicos para as plantas.
O uso simultâneo do adubo com pesticidas, fungicidas, etc., se não for bem equacionado, pode trazer problemas de incompatibilidade ou de desequilíbrio da fórmula do adubo.
O tratamento regular com o adubo produz crescimento mais rápido e viçoso, melhor floração, aumento da resistência das plantas às doenças e variações climáticas, facilitando ainda a aclimação e o enraizamento.”

Não se pode esquecer que os elementos químicos em pequenas doses são muito favoráveis as plantas, mas em concentrações altas são altamente tóxicos.
Adubações muito frequentes podem, pela evaporação da água do adubo, produzir concentrações altas dos sais, com depósitos nas folhas e raízes com graves consequências. Daí a conveniência de regas com água pura entre as adubações.
A adubação excessiva produz plantas muito fortes, com crescimento vegetativo abundante, com folhagem verde escuro, com muitos brotos novos em detrimento da floração.

Algumas pessoas argumentam ser a adubação foliar muito cara. É necessário lembrar que ela deve ser complementar, sendo as quantidades usadas muito pequenas.
A escolha do adubo é da maior importância.
Os adubos devem ter procedência garantida, e de fornecedores credenciados. Devem ser fácil e completamente solúveis na água, dando solução incolor, límpida, não depositando resíduo, mesmo após 24 horas.

Os produtos químicos usados são de alto custo pois devem ter alto grau de pureza. Cabe lembrar o caso da uréia, adubo de grande valor como fonte de nitrogênio orgânico. Esse tão benéfico elemento, no entanto, tem como contaminante habitual o biureto, substância altamente tóxica para as plantas, especialmente as novas. Outros sais, quando muito puros, podem ter acidez muito alta, queimando as plantas (nitratos, cloretos, etc.)

As plantas recém plantadas, ou mudadas, necessitam de adubação muito reduzida; praticamente só o nitrogênio (N) é exigido. Observem que essas plantas costumam ficar com as folhas amareladas pela falta de nitrogênio.
Não esqueçam que as plantas para absorverem alimento, precisam de água e a umidade do substrato é necessária para termos plantas com bom estado vegetativo.

Uma das grandes vantagens da adubação foliar é que as plantas absorvem aproximadamente 90 % do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros. Enquanto isto, o adubo colocado no substrato perde no mínimo 50%.
Minutos após a aplicação do adubo, ele completa a primeira fase da absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.

,lk,l

amarilis-

Os fatores qye favorecem a absorção do adubo foliar são:
Luz – A energia luminosa é indispensável à absorção foliar.

Umidade do substrato – As plantas com boa disponibilidade de água, mantêm suas células túrgidas e com boa hidratação da cutícula, o que favorece a penetração dos nutrientes. Quando a planta começa a murchar, a absorção foliar diminui drasticamente. Daí evitarem-se as horas mais quentes do dia, quando as plantas estão mais secas, bem como da vantagem de uma rega na véspera da adubação foliar.

Temperatura – A ótima está por volta de 21 ºC.

Ventos – São prejudiciais porque favorecem a rápida evaporação, diminuindo o tempo de contato da solução nutritiva com a superfície da planta.

Umidade do ar - A umidade relativa do ar, quando elevada, favorece a absorção porque mantém a cutícula hidratada e retarda a evaporação da solução, permitindo sua melhor distribuição na superfície foliar.

Solubilidade perfeita - A dissolução rápida e completa dos compostos usados como fonte de nutrientes influi na eficiência da adubação. A boa qualidade dos
sais evita a formação de resíduos, que podem ser injuriosos às plantas.

A concentração da solução – Depende da tolerância de cada planta. Umas suportam concentrações altas, outras não, e podem ocorrer queimaduras nas pontas das folhas novas. Daí, os melhores resultados serem obtido com várias aplicações de soluções mais diluídas.
Horário ideal para aplicação das soluções

Devem ser evitadas as horas mais quentes do dia. Nas nossas condições, especialmente no verão, deve-se evitar pulverizar entre 9 e 16 horas.
Nitrogênio

22

Potinara.-Red

Muitos são os equívocos e dúvidas no que se refere à adubação de orquídeas. Estes equívocos e dúvidas referem-se, principalmente, quanto ao modo de aplicação, se pela irrigação ou foliar, em que época do ano realizar a adubação de forma mais intensa, quais horários e qual a freqüência para realizá-la.
O texto tem por objetivo apresentar algumas informações que contribuirão para uma prática de adubação mais eficiente para as orquídeas, ou seja, um menor esforço associado a um melhor resultado.
O potencial de absorção de nutrientes pelas orquídeas variará de acordo com alguns aspectos, como a idade da folha e o próprio estado nutricional da planta.

Ressalta-se que todo o potencial de absorção de nutrientes minerais pelas folhas das orquídeas é muito aquém da quantidade demandada pela planta em relação à maioria dos nutrientes, especialmente os macronutrientes, que são os requeridos em maior quantidade. Em contrapartida, suas raízes são as mais evoluídas da natureza para absorção destes nutrientes, devido a uma série de adaptações morfológicas e fisiológicas.

A eficiência de absorção varia em função da espécie, de suas necessidades no local onde a mesma evoluiu, ou seja, se há maior disponibilidade de nutrientes, como nos ambientes terrestres sob mata densa ou menor disponibilidade, como nos casos de epífitas sobre árvores do cerrado, neste último caso elas tendem a serem mais ávidas à aquisição destes.
Quanto à adubação foliar, os resultados satisfatórios que são obtidos ocasionalmente, provavelmente, se devem ao fato da lavagem eventual dos sais acumulados nas folhas, após a evaporação da água, para o substrato sob influência das raízes, através das chuvas e regas.

A fertirrigação apresenta-se como a melhor forma de adubação, pois, associa um melhor uso de energia, tempo e produto. Para instrumentá-la, é necessário que a solução água mais adubo seja dirigida diretamente sobre a superfície do substrato, com este previamente umedecido para colaborar com uma maior absorção, uma maior homogeneidade da concentração de adubo ao longo do volume do substrato e, também, para uma diminuição da perda por escorrimento direto do adubo, caso o substrato esteja muito seco, principalmente, se o substrato for a fibra de coco.

Juntamente com a irrigação propriamente dita, a fertirrigação torna-se mais eficiente, se feita em determinados horários. Assim, no geral, o melhor horário para ocorrer a adubação é no final de tarde. Isto se deve ao mecanismo fotossintético das orquídeas de maior representatividade em coleções que determina a abertura de estômatos à noite, ou próxima dela, e, conseqüentemente, propicia a entrada e movimentação de água e nutrientes nas plantas aí. Com isso, a planta estará regada e adubada para uma situação relativamente mais próxima do ótimo de absorção.

Outro ponto que merece destaque,  é a cautela quanto a não promover o excesso de adubação. Portanto, o cultivador também deve ficar atento quanto à necessidade de lavagem do excesso de sais acumulados nos substratos e paredes dos recipientes, geralmente, sinalizados pelo aspecto esbranquiçado dos mesmos, pois, na mesma medida que as raízes são eficientes em absorver, elas também são sensíveis ao excesso de sais. Basicamente, a lavagem se dá com uma rega mais demorada com a mangueira, vaso a vaso, periodicamente, sendo que uma vez ao mês é suficiente. O sintoma mais característico de salinidade alta no substrato é a queima dos ponteiros das raízes, a necrose na região apical.

Outro ponto de significativa relevância é a escolha do tipo de adubo. Dispor de adubos minerais que apresentem altos teores de alguns poucos nutrientes, em geral preocupando-se apenas com o N-P-K, em detrimentos de outros tão importantes quanto, mas em quantidades menores, acaba criando uma maior necessidade de se conciliar aquele adubo com outros, o que muitas vezes torna-se uma atividade pouco prática.

Para escolha do adubo, é importante saber que a quantidade de cada nutriente a planta necessita na adubação depende principalmente da espécie, do atual estágio de desenvolvimento (brotação, floração, etc.), e do quanto seu ambiente já é capaz de suprir, por exemplo, quanto e em que velocidade a decomposição do substrato forneceria de nitrogênio. Todavia, não tendo informações precisas neste grau de refinamento e considerando que, em condições amadoras, tem-se que trabalhar com situações médias, recomenda-se, portanto, conciliar um adubo mineral com uma composição qualitativamente ampla.

É sempre interessante conciliar a adubos minerais, ou “químicos”, com adubos orgânicos ou organominerais, que possuem composição complexa, com gradual taxa de fornecimento de nutrientes às plantas.

Deve ser esclarecido, se a mistura conter cinzas, que são minerais, não caberá mais a denominação orgânica unicamente e que o papel do adubo orgânico ou organomineral é suprir uma eventual demanda não atendida plenamente com o mineral.

Quanto à periodicidade, quando aplicada quinzenalmente, a adubação mineral é considerada satisfatória, durante o ano todo, mesmo no inverno, pois se existe brotação há necessidade de se fornecer nutrientes, e também ocorrendo a “lavagem” mensal do substrato, não haveria grandes problemas de excesso, caso as plantas não estejam em pleno crescimento.

Alguns resultados dessa freqüência são que algumas espécies e híbridos são estimulados a florir mais de uma vez por ano pela adubação, as flores sempre vindo com os brotos novos, e mesmo para aquelas espécies mais “disciplinadas”, que só brotam e florescem em uma época bem definida do ano, a freqüência citada não tem trazido prejuízos. Logo, pode-se afirmar que conciliar a forma de adubação com o tipo de adubo adequado pode facilitar o cultivo de orquídeas e propiciar o alcance de resultados mais satisfatórios.

janel14