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Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o cultivo de nenhuma planta depende de “mão boa”. Isso é um mito. Depende sim de observação cuidadosa, dedicação, conhecimento e satisfação das necessidades das plantas. O cultivo de suculentas não é exceção.

Outro mito é o de que as suculentas não gostam de água. Elas não só gostam como armazenam água! O que deve ser evitado é a rega em excesso.

Nutrientes – No período de desenvolvimento, geralmente primavera e verão, as plantas, principalmente as cultivadas em vasos, necessitam de adubação com NPK. De maneira simplificada, tais nutrientes são responsáveis por:

Nitrogênio (N) – aumentar o crescimento;
Fosforo (P) – desenvolvimento das raízes;
Potassio (K) – encorajar o desenvolvimento de flores e frutos.

Em geral, os adubos devem ser aplicados no plantio e misturados ao substrato na primavera e no verão quando, geralmente, a planta está fora de seu estado de dormência.

Ao adubar sempre se deve ter em mente que a maioria destas plantas vive em locais pobres em nutrientes, portanto, ao utilizar algum adubo, procure sempre colocar menos da metade indicada, evitando assim o enfraquecimento das plantas e o conseqüente aparecimento de pragas e doenças.

Cuidados – É recomendável checar as plantas cerca de duas vezes por mês para tirar a poeira, folhas mortas e verificar sua saúde.

Podas ocasionais beneficiam as plantas.
É recomendável trocar totalmente a terra a cada ano.
Não se deve regar por sobre os espinhos evitando assim fungos e bactérias oportunistas.
As plantas gostam, geralmente, de boa aeração e pouca umidade.
O pH do solo deve estar entre 5.5 e 8.5.

Substrato – Os cactos ocupam diversos ambientes, com grande variação no tipo de solo. Portanto, não existe um substrato ideal que atenda as necessidades de todas as espécies. Como regra geral podemos dizer que quase todos os cactos precisam de boa aeração e boa drenagem. Todo substrato tem, basicamente, dois componentes. Parte é de constituintes minerais – basicamente responsáveis pela aeração e drenagem – e parte orgânico – relacionado à nutrição das plantas. Para cactos de regiões secas, seguem algumas sugestões de substratos:

Sugestão 1:
- 1 parte de substrato orgânico;
- 2 partes de substrato mineral;
- A cada litro/kilo de terra, uma colher de farinha de osso.

Sugestão 2:
- 1 parte de terra vermelha ou de barranco;
- 1 parte de esterco de gado muito bem curtido ou húmus de minhoca (preferencialmente);
- 1 parte de areia grossa de rio;
- 1 parte de carvão vegetal triturado.

Sugestão 3:
- 2 partes de carvão vegetal triturado;
- 3 partes de areia grossa;
- 1 parte de laterita;
- 2 partes de composto vegetal;
- 1 parte de cinza de fogueira;
- 2 partes de terra vermelha ou de barranco;
-1 parte de substrato pronto comercial (vermiculita/terra vegetal/adubo químico).

Sugestão 4:
- 2 partes de areia grossa;
- 2 partes de terra;
- 1 parte de adubo orgânico.

Para cactos de regiões úmidas (epífitos).

Sugestão 1:
- 2 partes de pó de xaxim (fibra de coco ou cascas de árvores triturados);
- 1 parte de esterco de gado bem curtido ou húmus de minhoca;
- 1 parte de areia grossa;
- 1 parte de terra preta.

Vasos

A escolha do vaso depende de vários fatores.
a) Da espécie a ser cultivada:
deve-se conhecer as necessidades específicas de cada planta.

b) Do local de cultivo:
o vaso deve ser escolhido de acordo com o local onde ficará. Por exemplo: numa área com pouca ventilação o vaso deve facilitar a aeração, de modo a não reter umidade demais; da mesma forma, num local com incidência solar direta e prolongada, deve-se utilizar vasos que não permitam desidratação excessiva. (levando em conta o item a). c) Estética: como essas plantas possuem grande variabilidade de formas e cores, devem-se escolher vasos que combinem com essas variações e, ao mesmo tempo, estejam de acordo com o ambiente onde as plantas ficarão. Por exemplo: um vaso verde e redondo pode não ser uma boa escolha para cultivar um cacto verde e redondo!

d) Material
Barro –
boa aeração, retém pouca umidade, grande variabilidade de formatos e tamanhos, aparência agradável, pouco resistentes, custo variável.

Plástico – conserva bem a umidade, boa resistência, leve, facilita a retirada do torrão, baixo custo, várias cores, (furos para drenagem geralmente muito grandes quando presentes)

Cimento – pesado, relativamente frágil, boa aeração, conservação de umidade intermediária entre o vaso de plástico e o de barro.

Xaxim – ideal para plantas epífitas de áreas úmidas. No entanto, o xaxim é retirado de uma planta (a samambaiaçu) que se encontra em perigo de extinção, e sua exploração está proibida. Devem ser, portanto, encontradas alternativas.

barrinha de vasinhos

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