O pinheiro, mais conhecido como pinus entre os criadores de bonsais, é uma das espécies mais apreciadas por colecionadores e amantes dessa arte, bem como uma das espécies mais difíceis de se educar como bonsai. Podem chegar a viver centenas de anos. Aprender o seu manejo é subir um importante degrau no cultivo desta arte milenar.
Os Pinus são árvores que possuem folhas em forma de agulhas e tronco lenhoso, que adquirem aspecto bastante interessante com a idade.
Como cuidar
Como são plantas de exterior, necessitam de exposição ao sol um mínimo de 6 horas diárias. Não se faz necessário o uso constante de adubo, mas podemos usar adubos orgânicos a cada 30 dias da primavera ao outono, não devendo adubar no inverno.
O transplante pode ser feito no final do inverno, a cada 2 anos para plantas novas e a cada 5 anos para plantas mais velhas, removendo-se cerca de 1/3 do torrão. Os solos devem fornecer uma boa drenagem. Devemos ter o cuidado, a cada transplante de repor no fundo do vaso um fungo branco chamado de Mycorrhizas, que vive em simbiose com os pini. Pode-se fazer uso de produto enraizador a base de tiamina no período seguinte ao transplante.
A poda radical deve ser feita no inverno, deixando-se sempre um toco que poderá ser retirado quando estiver seco. Com relação a poda de manutenção, devemos ter em mente que só se desenvolvem galhos a partir de agulhas existentes. Se removermos todas as agulhas de um galho, ele certamente morrerá.
As velas primárias, que surgem do início da primavera ao início do verão, devem ser podadas totalmente em pequenas podas intervaladas de 20 em 20 dias entre os meses de dezembro e janeiro. No local onde foram removidas as velas primárias, irão surgir diversas outras, que são chamadas de secundárias. Após terem crescido cerca de 2 a 3 cm deveremos deixar 2 no máximo e eliminar todas as demais, pois em caso contrário irá formar um calo que ficará desproporcional à planta. Esse crescimento secundário poderá a cada 2 anos ser removido à metade, ou seja, em um ano deixamos crescer e no ano seguinte podamos à metade. A poda das agulhas pode ser feita no início do verão, pinçando as superiores e as inferiores, mantendo-se as laterais, que poderão vir a se tornar novos galhos (bifurcação). Podemos tentar forçar uma brotação interna dos galhos, fazendo uma pinçagem contínua das novas brotações terminais, mas nunca devemos remover todas as agulhas.
O aramamento mais radical deve ser feito preferencialmente no outono, devendo ser retirado no início da primavera. Quando novos os galhos são fáceis de moldar.
A propagação é feita mais facilmente a partir de sementes.