Os pinheiros são árvores pertencentes à divisão Pinophyta, tradicionalmente incluída no grupo das gimnospérmicas. Este artigo se refere apenas às plantas do gênero Pinus, da família Pinaceae.
São nativos a maioria do Hemisfério Norte. Na América do Norte, com diversidade mais alta no México e na Califórnia. Na Eurásia, eles ocorrem desde Portugal e leste da Escócia até o extremo oriental da Rússia, Japão, norte da África, o Himalaia com uma espécie formando a floresta de coníferas subtropical, o (Pinheiro de Sumatra) que já cruzou o Equador em Sumatra. Os pinheiros são também plantados extensivamente em muitas partes do Hemisfério Sul.
No Brasil também são chamados pinheiros, espécies que na verdade não fazem parte da família Pinaceae, como a Araucária (Araucária angustifólia)), mais conhecida como pinheiro-do-paraná. Este pertence a família Araucariaceae, que é pequena e nativa apenas do hemisfério sul. Abrange dois gêneros somente: o Agathis, (natural da Austrália) e o Araucaria que aparece no Chile, Argentina e sul-sudeste do Brasil, em regiões de altitude elevada, ou seja, acima de 500 m.
Os pinheiros são plantas perenes e também produzem resinosos. A casca da maioria dos pinheiros é grossa e escamosa, mas em algumas espécies é escamosa. Os brotos são produzidos em inflorescências regulares, que de fato são uma espiral muito apertada aparentando um anel de brotos que surgem do mesmo ponto. Muitos pinheiros são uninodal, produzindo apenas um verticilo de brotos por ano, (de rebentos no início da época defloração), mas outros são multinodal, produzindo dois ou mais verticilos de ramos por ano. Na primavera os brotos são denominados “velas” porque de cor mais clara, apontam para cima e depois escurecem e arrepiam. Estas “velas” servem para avaliar o estado nutricional das plantas.
Os pinheiros têm quatro tipos de folhas. As mudanças começam com um verticilo de 4-20 folhas de sementes (cotiledôneas), seguida imediatamente de folhas juvenis em plantas jovens, com 2–6 cm de comprimento, simples, verdes ou verdes azuladas, arranjadas em espiral no broto. Estes são substituídos depois de seis meses a cinco anos por folhas protetoras, similares a balanças, pequenas, pardas e não-fotosintéticas, arranjadas como as folhas juvenis; e as folhas adultas ou agulhas, verdes, (fotossintéticas), enfeixadas em grupos de agulhas, cada fascículo é produzido a partir de um pequeno rebento de um ramo lateral no eixo de uma folha protetora. Estes rebentos protetores permanecem muitas vezes nos fascículos como proteção básica. As agulhas persistem durante 40 anos, dependendo das espécies. Se um broto ficar danificado (comido por um animal, p.ex.), os fascículos de agulhas imediatamente abaixo do danificado irão gerar um rebento que poderá então substituir o anterior.
Os pinheiros são monóicos, ocorrendo cones masculinos e femininos na mesma árvore. Os cones machos são pequenos, com 1 a 5 cm de cumprimento, e apenas presentes num curto período (usualmente na primavera ou no outono para outros poucos pinheiros), caindo assim que seu pólen se disperse. Os cones femininos levam de 1,5 a 3 anos (dependendo da espécie) para amadurecer e, depois da polinização, a fertilização pode demorar mais um ano. Na sua maturidade os cones femininos têm de 3 a 60 cm de cumprimento. Cada cone tem numerosas folhas protetoras arranjadas em espiral, contendo cada uma duas sementes férteis. As folhas protetoras mais próximas à base do cone são pequenas e estéreis, sem sementes. A maioria das sementes é pequena e alada para serem dispersadas pelo vento (anemophilous), mas algumas são maiores e possuem apenas uma asa vestigial sendo então dispersadas pelos pássaros. A maturidade do cone é usualmente alcançada quando ele se abre liberando as sementes, mas nas espécies semeadas por pássaros, será necessário que o pássaro quebre o receptáculo do cone para abri-lo. Em outras, que dependem de incêndios florestais, uma grande quantidade de cones depositada ao longo dos anos é aberta pelo fogo no mesmo incêndio que destrói a árvore-mãe, e assim repovoa a floresta.
Os pinheiros se desenvolvem bem em solo ácido e alguns também em solo calcáreo; a grande maioria requer um solo bem drenado ou seja prefere solos mais arenosos, mas uns poucos, como por exemplo o Lodgepole Pine (Pinus contorta) são tolerantes à reduzida drenagem e a encharcamento do solo. Alguns poucos estão aptos a rebrotarem após incêndios florestais, como por exemplo, o Canary Island Pine (Pinus canariensis), e outros, como por exemplo, Bishop Pine (Pinus muricata), necessitam do fogo para regenerar e suas populações, que declinam vagarosamente em regime de supressão de incêndios. Várias espécies estão adaptadas às condições climáticas extremas impostas pelas elevadas latitudes, por exemplo: Siberian Dwarf Pine, Mountain Pine, Whitebark Pine e o Brislecone Pine.
As sementes são comumente espalhadas por pássaros e esquilos. Alguns pássaros são importantes na distribuição de sementes de pinheiro em novas áreas onde eles possam crescer.
Uso
O pinheiro é a espécie comercialmente mais importante para a produção de madeira nas regiões temperadas e tropicais do planeta. Muitos deles são utilizados como matéria-prima para a produção da celulose, que é empregada na produção de papel. Isso porque o pinheiro é uma madeira leve, que possui um rápido crescimento. Além disso, ele também pode é plantado com uma grande densidade populacional e a queda de suas folhas (acículas) produz um efeito alelópatico em plantas de outras espécies ou seja as folhas inibem o crescimento de outras plantas (denominadas de plantas daninhas nas florestas plantadas), o que provoca uma redução na competição por água, luz e nutrientes nas florestas de pinheiros. Um exemplo típico é o da Pinheiro radiata (Pinus radiata D. Don).
A resina de algumas espécies é importante fonte de breu do qual se extrai terebentina e outros óleos essenciais. Algumas espécies têm sementes comestíveis que se podem cozinhar ou assar. Algumas espécies são usadas como árvores de natal e suas pinhas e ramos são largamente usados em decorações natalícias. Muitos pinheiros são também usados como plantas ornamentais em parques e jardins. Uma grande quantidade de espécies anãs é cultivada para plantio em jardins residenciais. Também existe uma longa tradição oriental, especialmente na China e no Japão, e bem difundida entre as culturas ocidentais modernas, do cultivo de miniaturas artísticas das mais diversas espécies de pinheiros, os bonsai, um termo emprestado do idioma japonês.
Os pinhais plantados sempre sofrem acentuado risco de incêndio por causa da camada de acículas secas que se acumulam no solo e porque a árvore possui grande quantidade de resina a ponto de seu material ser explosivo em determinadas condições.
Saturday, 21. May 2011
Boa noite
Desejo comprar sementes de pinheiro canadense, vc saberia informar em qual site poderia encontrar para compra?
Desde já, agradeço…
Abraço