Nome Científico: Licania Rígida
Nome Popular: Oiticica
Família: Crisobalanáceas
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
A Oiticica (Licania rigida Benth), da família Chrysobalanaceae A Oiticica é uma planta típica do sertão nordestino, é uma árvore de espécie ciliar dos cursos de água temporários do Semi-Árido nordestino, sendo encontrada nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e tem grande importância, quer pelo aspecto ambiental de ser uma espécie arbórea perene sempre verde que preserva as margens dos rios e riachos temporários na região da caatinga, quer como espécie produtora de óleo. Durante todo o ano, inclusive nos períodos de seca, comuns às regiões de ocorrência natural dessa planta, mantém-se verde e fornece sombra ao homem e diversos outros animais.
A madeira é branca e de fibras entrelaçadas, muito resistentes ao esmagamento. A planta alcança facilmente 15 m de altura e ramifica-se pouco acima do chão e a copa pode atingir até 15-20 m de circunferência e a inflorescência se dá em espigas racemosas, situadas nas pontas dos ramos, aparecendo no mês de Junho até Outubro.
As folhas, extremamente rígidas e coriáceas, se prestam para polir artefatos de chifre. Das suas folhas, troncos e frutos também se beneficiam as populações que constroem casas, utilizando a madeira, produzindo sabão e /ou combustível para a iluminação a partir do copioso óleo produzido pelos seus frutos e mesmo a produção de superfícies com capacidade de lixamento, pelo uso de suas folhas.
Não obstante à tamanha importância que a Oiticica desempenha sobre a condição humana e fauna no nordeste. Começa a frutificar antes do quinto ano, atinge a maturidade aos dez e pode produzir por mais de cem anos. É importante pelo óleo extraído das sementes, contidas em bagas de 7,5cm de extensão por dois de largura.
A casca do fruto é verde, mesmo quando maduro, mas se torna amarelo-escuro quando seca. Além de ser empregada na indústria de tintas de automóvel e para tintas de impressoras jato de tinta, além de vernizes, biodiesel e na apicultura, a Oiticica também é utilizada como planta medicinal, onde emprega-se o decocto ou macerado das folhas no tratamento do diabetes, e as folhas, extremamente rígidas e coriáceas, se prestam para polir artefatos de chifre.
Rico em iodo, é anticorrosivo, impede a formação de crostas e se usa na produção de borrachas, lonas de freios, tintas e vernizes. Atualmente existem avançados estudos para o aproveitamento de seu óleo na composição do Biodiesel. Em média, um pé de Oiticica produz 75 kg de frutos secos por safra, mas excepcionalmente, foram registrados exemplos com produção de até 1.500 Kg. Por todas essas vantagens também é muito aproveitada no paisagismo.
A floração é contínua até cem (100) dias, período correspondente a abertura da primeira flor até a última. As flores são pequenas medindo de 2 a 5 mm de diâmetro, hermafroditas, amareladas no seu interior, agrupadas as centenas nas inflorescência. A abertura das flores coincide com a época mais seca do ano.
Thursday, 2. December 2010
o conteúdo do trabalho é muito rico, contém imformaçôes muito significante para a valorizaçâo e preservaçâo da oiticica.
Friday, 8. April 2011
e verdade que esa planta serve pra as tachas
e pra emagreser
tomando o chá dela todo dia pela manha
Tuesday, 26. April 2011
É verdade que as folhas da oiticica são boas para abaixar a taxa de açucar no sangue? Aguardo resposta .
Tuesday, 22. November 2011
Achei as informações muito interessantes e de grande utilidade para o conhecimento de nossa RICA flora. O estilo do texto é de facil leitura. Parabens.
Um conhecido sugeriu tomar o cha para baixar o trigricerídos.
Será verdade?
Grata
Thursday, 24. November 2011
A oiticica tem valor comercial. Tem algum levantamento da produção nacional. principalmente do óleo?
Thursday, 26. April 2012
Tema de grande importância, tendo em vista o papel econômico e social que a oiticica já teve para o nordestino. Por que não tem mais?
Os tratos e a colheita da oiticica exigem dispêndios financeiros mínimos em relação a outras culturas, dado o seu caráter perene e sem maiores exigências.
Nasce naturalmente, se desemvolve de forma independente da ação do homem, não exige cuidados e tratos culturais, não oferece perigos por intoxicação, tem uma sombra que nos parece bem mais acolhedora e agradável que a de outras plantas.
Se constitui em elemento essencial e necessário no cenário do bioma da caatinga, contrastando com o caráter inóspito dos demais pontos deste sistema vegetal, se desenvolvendo em áreas de solos mais úmidos que o geral do sertão.
O sertanejo, em seu suplício causado pela seca, sempre diz: onde tem oiticica tem água. É uma exceção que contrasta com os demais elementos do senário nordestino.
Pessoalmente, tive uma marcante experiência no convívio com esta planta, desde a infância até a fase adulta.
Apanhava o fruto em latas que chegavam nas comunidades como embalagem de querosene, que era usado para alimentar as lamparinas e serviam de unidade de medida da colheita, transpontava para casa em lombo de jumentos, espalhava no terreiro para secar e, na véspera do natal, transportávamos em um caminhão para a cidade de Ipueiras-CE, já íamos de carona sobre a carrada para a cidade, onde toda a família já comprava a camisa e demais peças da indumentária para a maior festa da cristandade, com o dinheiro daquele produto. Era abençoado.
Se o investimento em pesquisas que foi feito sobre a mamona tivesse se destinado à oiticica, o retorno teria sido muito maior. A mamona tem um cículo de vida mais curto e exige tratos e outros trabalhos para a colheita.
O agricultor tem muitas outras opções menos dispendiosas e mais rentáveis que a mamona. Ele é simples, porém não rasga dinheiro. E sempre diz que se nascer um pé de carrapateira em seu cercado, arrancará imediatamente antes de matar a sua vaquinha.
Até que enfim li alguma coisa que aponta para algo que representa a realidade como fonte de renda para o agricultor nordestino.
Irineu Pontes.