Toda adubação deve ser feita baseada numa análise de solo, realizada por laboratórios competentes. Mas independente disso, algumas coisas devem ser levadas em consideração na hora de proceder a adubação do seu jardim.
Assim como nós precisamos de alimentos, as plantas também necessitam de uma fonte de energia para crescerem e se reproduzirem. Como nem todos os solos têm nutrientes em quantidade suficiente para isso, devemos fazer esta complementação.
Os nutrientes se classificam em Macronutrientes e Micronutrientes. Os macronutrientes são aqueles que a planta necessita em maior quantidade. São eles o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), o famoso NPK, encontrado nas diversas formulações de adubos, e ainda o cálcio (Ca), enxofre (S) e o magnésio (Mg). Os micronutrientes são aqueles que a planta necessita em quantidades muito pequenas. São eles o cobre (Cu), cloro (Cl), ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), molibdênio (Mo) e o boro (Bo).
Para fazermos a adubação podemos utilizar adubos químicos ou orgânicos, sendo que os primeiros tem uma disponibilidade imediata para as plantas, mas acabam mais rápido e são tóxicos para o meio ambiente. Portanto devemos utilizá-los como “pimenta na comida” , ou seja, em pequenas quantidades.
Os adubos orgânicos têm os nutrientes disponibilizados mais lentamente e duram mais tempo no solo, além de melhorarem a estrutura física do mesmo. Entre os adubos orgânicos mais conhecidos podemos citar os compostos orgânicos. obtidos pela decomposição prévia de restos vegetais; o esterco de gado, coelho e galinha, que também devem ser curtidos antes da utilização; farinhas de osso peixe e sangue; e o famoso húmus, obtido de uma espécie de minhoca conhecida como vermelha da califórnia (Eisenia fetida), sendo considerado um dos melhores adubos naturais.
Muitas pessoas ficam na dúvida na hora de escolher o adubo certo para suas plantas, devido a grande quantidade de formulações existentes no mercado.
Para entender melhor sobre os adubos, precisamos entender o que significa a sigla NPK e onde cada elemento atua no vegetal.
N (nitrogênio): estimula a brotação e favorece as folhas, além de assegurar o crescimento com vigor.
P (fósforo): estimula a floração e frutificação, sendo também importante para fortalecer as raízes.
K (potássio : fortalece a estrutura celular das plantas conferindo-lhes maior poder de resistência à seca e doenças
Quando vemos uma formula de NPK 4-14-8, por exemplo, isto significa que temos o elemento fósforo em maior quantidade nesta formulação, embora existam outras formulações como 10-10-10, indicando que temos quantidades iguais de todos os elementos; ou 16-4-8, quando o elemento em maior quantidade for o nitrogênio. Portanto:
* Quando temos uma planta, cujo principal atrativo são as folhas, devemos usar uma formulação rica em nitrogênio; sendo que isto também vale pra os gramados;
* Quando a intenção é a produção de flores, em pomares, ou após o transplante, quando desejamos um maior desenvolvimento das raízes; a formulação adequada é aquela rica em fósforo (4-14-8);
* E a formulação rica em potássio serve por exemplo, antes do inverno, quando as plantas entram em sua fase vegetativa e precisam de maior resistência.
Em posse destas informações você pode escolher o adubo que melhor se adapta às suas necessidades, lembrando sempre que o adubo químico é um sal, e só deve ser aplicado após as regas ou em dias de chuva não torrencial, pois são higroscópicos, isto é, retiram água do ambiente onde estão, e podem em contato com as folhas ocasionarem a sua queima.