Espaçamento:
O espaçamento depende do efeito que se quer dar ao observador e das características biológicas da espécie. Quanto à questão estética, ou seja, ao efeito que se quer dar ao observador, podemos ter dois objetivos:
- fazer um grande conjunto ou maciço de arbustos;
- destacar cada arbusto.
Por exemplo, se tivermos que plantar 5 buxinhos podados em formato quadrangular com diâmetro de 30 cm, podemos plantá-los num espaçamento de 30 cm, obtendo um maciço de buxinhos, como se eles fossem um único elemento ou plantar num espaçamento de 60 cm, onde cada buxinho será visualizado como um elemento isolado.
Quanto à questão biológica, é comum observarmos arbustos a distâncias muito próximas, o que é incorreto, pois formam uma densa massa emaranhada havendo em alguns casos, a necessidade de transplante.
Além disso, sabemos que com o tempo competirão por luz, nutrientes e água, ficando desuniformes. Quando desejamos fechar um espaço em menos tempo, até podemos plantá-los mais próximos, mas sabendo que deveremos arrancar e transplantar algumas mudas mais tarde.
O melhor é adotar o espaço suficiente para seu desenvolvimento pleno. A distancia dependerá de seu tamanho, densidade e do efeito pretendido num certo tempo.
No caso de cercas vivas:
- Arbustos altos: com mais de 2 m de altura, podem ser plantados de 0,6 m a 1,2 m de uma planta para outra, dependendo de sua forma. Se for de crescimento mais verticalizado, podem ser utilizados espaçamentos menores.
- Arbustos médios: entre 1 e 2,0 m de altura, podem ser plantados a cada 50 cm.
- Arbustos mais baixos: podem ser plantados de 30 a 40 cm de distancia entre uma planta e outra.
No caso de bordadura, podem ser plantados a 20 ou 25 cm de distância, como no caso do buxinho e do pingo-de-ouro.
Preparo das covas:
A dimensão mínima das covas é de 30×30x30 cm, podendo ser maior, de acordo com o porte da planta e tamanho do torrão. A terra retirada das covas deve ser incorporada aos seguintes componentes:
- Adubação mineral: 50 g 4-14-8/cova;
- Adubação orgânica: 4 litros de matéria orgânica/cova;
- Farinha de ossos: 70 g/cova;
- Vermiculita (se necessário): 0,5 litros/cova.
Plantio:
- Remoção de envoltórios: devem-se retirar os envoltórios dos torrões ou seus recipientes. No caso de torrões envolvidos por sacos de estopa, não há necessidade de removê-los, pois se degradam com o tempo além de manter o torrão inteiro no plantio.
- Posicionar a muda e preencher o restante da cova com a terra preparada, de modo que todo o torrão esteja envolvido pela mistura.
- Fazer uma coroa em volta da muda para melhor armazenamento de água.
- Irrigar abundantemente até pegamento, depois diminuir a freqüência.
Transplante de arbustos
Alguns cuidados devem ser tomados nesta operação:
- Existem espécies que são mais sensíveis ao transplante que as outras, ou seja, demoram mais para superar o trauma provocado nas raízes, como por exemplo, a magnólia e a camélia, que devem ter seus torrões bem preservados;
- Um arbusto grande é sempre mais complicado para transplantar que um pequeno, pois o torrão deve ser maior para que não se perca muitas raízes;
- Ao transplantar um arbusto, deve-se preservar seu torrão envolvendo-o num saco de estopa, plástico, ou colocá-lo em algum recipiente.
Uma vez transplantado, deve-se fazer uma poda, cortando o terço superior dos ramos ou até a metade, dependendo do volume das raízes.
A irrigação deve ser abundante até que a planta comece a soltar brotos, pois o sistema radicular ainda estará se recuperando neste período.
Manutenção de arbustos
Assim como a maioria das espécies vegetais ornamentais, os arbustos devem ser mantidos com práticas freqüentes de irrigação, poda, adubação e controle fitossanitário.
O grau de exigência varia de espécie para espécie. A melhor forma de sabermos sobre a rusticidade das espécies é a observação. Por exemplo, plantas utilizadas em áreas públicas e industriais geralmente são rústicas e não necessitam de muitos cuidados.
Irrigação:
A freqüência da irrigação depende da espécie e das condições locais. Algumas considerações importantes:
- Arbustos com folhas caducas como a magnólia não precisam de rega quando estão sem folhas;
- Um arbusto em plena formação consome mais água.
Nos primeiros 3 a 6 meses após o plantio, é imprescindível a rega constante, pois o sistema radicular ainda é escasso, com pouca capacidade de absorver água. Passado este período, com raízes já estabelecidas, ele poderá sobreviver somente com água das chuvas. Mas para ter plantas vigorosas e com florescimento intenso, se deve irrigar com certa freqüência.
Em locais onde o clima for muito seco e não houver possibilidade de irrigação, os arbustos com pouca necessidade de rega podem ser uma boa opção, como por exemplo: clúsia, crássula, agaves, piteiras, etc.