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Posts para categoria ‘Cercas Vivas e Arbustos’

Gunera, Gunnera manicata, Gunnera brasiliensis, , Guarda-chuva, Manicata, Urtigão, Ruibarbo-gigante-brasileiro

Nome Científico: Gunnera manicata
Nome Popular: Gunera, Guarda-chuva, Manicata, Urtigão, Ruibarbo-gigante-brasileiro
Família: Gunneraceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

A gunera é uma planta de textura herbácea e porte arbustivo, com aspecto exuberante que surpreende seus expectadores. Seu caule é rizomatoso, calibroso e revestido por fibras amarronzadas. Diretamente deste rizoma, surgem pecíolos longos, fortes e espinhosos que sustentam as gigantescas folhas desta espécie, que, não raramente, alcançam três metros de diâmetro.

As folhas, além de grandes, são ásperas, espessas e apresentam formato arredondado, com recortes mais ou menos profundos, nervuras bem marcadas e bordos serrilhados. A página inferior das folhas é pubescente e com espinhos acompanhando as nervuras, por este motivo têm uma cor verde mais clara que a página superior.

As inflorescências surgem no verão, também diretamente do rizoma da planta e são do tipo panícula, cônicas, eretas, densas, grandes e com numerosas e minúsculas flores verdes a avermelhadas. A despeito de serem atrativas, geralmente estas inflorescências ficam escondidas sob a folhagem. Os frutos são drupáceos.

A gunera é certamente uma opção de destaque no paisagismo. O apelo escultural e as formas avantajadas desta espécie fazem com que ela mereça amplo espaço para se desenvolver livremente e ser apreciada em toda a sua plenitude. Seu uso comum é como planta isolada, mas isso não impede que se formem pequenos maciços ou renques com a planta em jardins extensos.

Por gostar de terrenos úmidos, a gunera também pode ser plantada na beira de lagos e cursos d´água.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, permeável, enriquecido com matéria orgânica e mantido úmido. Tolerante ao frio e às geadas. Apesar de apreciar o calor e a umidade, a gunera não gosta de encharcamento ou frio.

É possível no entanto cultivá-la em ambientes palustres e regiões de clima temperado. No inverno frio é interessante protegê-la de geadas e neves em estufas ou simplesmente cortando as folhas pela base, que rebrotam com vigor na primavera.

Multiplica-se por sementes e por divisão do rizoma. É necessário cuidado e luvas ao manipular esta planta, devido aos espinhos.

Magnólia

magnólisa

O gênero Magnolia compreende cerca de 120 espécies e inúmeros cultivares e pertence á família botânica Magnoliáceas.
Foi nomeado assim, em honra de um professor francês de botânica, Pierre Magnol (1638 – 1715), e é um dos gêneros mais antigos entre as plantas ornamentais .
A grande maioria destas plantas é originária da Ásia e América do Sul, crescendo em florestas temperadas a tropicais, e nas margens dos rios desde o Himalaia até ao Japão e Malásia, e desde os Estados Unidos até ao Brasil.
Esta espécie em partícula, chegou até nós vinda da zona central da China .

Cerca de 45 espécies de Magnolias encontram-se ameaçadas na natureza, sendo a maioria delas de espécies tropicais.
Estas, por ainda não serem cultivadas para jardinagem, dependem exclusivamente do seu habitat natural, e como tal, ficam mais susceptíveis a qualquer ameaça.
A mais rara de todas estas espécies é a Magnolia pseudokobus, extinta na natureza, e apenas conservada em alguns jardins privados.
Por outro lado, um caso de sucesso é o da Magnolia stellata ou shidekobushi, que por ter sido divulgada como planta ornamental, viu a sobrevivência da sua espécie garantida. Introduzida no comércio, em 1862, é hoje largamente cultivada no Japão. Apesar de ocorrer em estado selvagem em várias zonas, encontra-se, ainda assim, ameaçada pela coleta indiscriminada e pelo desaparecimento do seu habitat.
E cada vez que uma floresta é derrubada, perdem-se incontáveis recursos naturais e exemplares que jamais poderão ser substituídos.

Botânica: Trata-se de um arbusto, ou árvore de pequeno porte, de folha caduca que floresce em meados de Março, dependendo da zona de cultivo e é uma das espécies menores dentro do seu gênero, atingindo geralmente um máximo de 3 metros de altura e 4.5 metros de diâmetro. Comparada com as restantes magnólias que chegam a atingir, algumas delas, cerca de 18 metros de altura , é notoriamente bem menores.
As suas folhas são ovais, de um verde escuro na face superior e de tons mais pálidos no verso e geralmente aparecem ao mesmo tempo que as flores.

Cultivo: Necessita de algumas horas sol para florir bem, e tal como a maioria das magnólias prefere solos bem drenados, ácidos e ricos em matéria orgânica. São plantas que crescem a um bom rítmo, mas por terem raízes mais sensíveis será melhor que a plante num local onde o terreno permaneça intacto.
As suas flores frágeis danificam-se facilmente por ventos fortes ou geadas tardias.
Para propagar esta planta poderemos plantar sementes no Outono, se bem que mais eficaz, será por estacas herbáceas na altura do Verão, que é a altura de maior crescimento vegetativo.

Esta espécie mexicana , “rusticamente” falando , é uma versão maior da C. ígnea. Chamam-lhe de planta dos cigarros. Seu nome é Cuphea ignea e pertence á família das Lythraceae. É mais resistente que a maioria das cupheas, suportando temperaturas e geadas muito ligeiras desde que ocasionais.
O seu habitat natural são as beiras dos riachos do sul do México, mas cresce muito bem em solos normais.

Botânica: O gênero Cuphea é originário das Américas, Central e do Sul e engloba em si cerca de 250 espécies destes pequenos arbustos. Mais particularmente, a Cuphea ígnea chega-nos do México e Jamaica.

Algumas são plantas anuais, outras perenes, semi-arbustos ou arbustos, mas quase na sua maioria, partilham o fato de serem relativamente pequenos (geralmente têm cerca de 1 metro de altura) e por terem caules flexíveis e folhas pequeninas.
As suas flores têm um cálice tubular e comprido, com pétalas circulares e com cores que podem variar desde o vermelho, laranja e rosa até ao branco, consoante as espécies.
Floresce quase durante o ano todo, exceto nos meses mais frios de Inverno.

Curiosidade:
O seu nome “ignea” vem do latim e significa fogo. São flores muito ricas em néctar, principalmente a C. ígnea e a C. micropetala atraindo beija-flores e borboletas para o jardim.
Das suas sementes é extraído um óleo rico em triglicérides de cadeia media, com aplicações similares ás do óleo-de-coco e óleo-de-palma. A vantagem desta fonte é que cresce em locais onde os dois últimos não se desenvolvem.
Existe quem lhe chame flor de santantoninho ou flor-de-Santo-Antônio, é que se virarmos a flor ao contrário, ela se assemelha á imagem desse santo, com as suas vestes compridas e corte de cabelo redondinho.

Cultivo:
Prefere solos úmidos e bem drenados, sol ou sombra ligeira e no Inverno não resiste ás geadas.
Convém também ter alguma proteção contra ventos fortes, já que se trata de uma espécie com caules fracos.
Ter cuidado também, com o sol demasiado forte, pois poderá queimar as pontas das folhas com relativa facilidade.
Se por acaso lhe acontecer, que a sua planta esteja a ficar com poucas folhas e flores, ou com caules demasiado altos (estiolados) coloque-a em um local com mais luz e corte-lhe a pontinha dos ramos, de maneira a que fique mais compacta. Propaga-se muito bem por sementes ou através de rebentos herbáceos.

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Chama-se Estrela de Natal porque sendo uma planta de dias curtos floresce no solstício de Inverno que coincide com o Natal. Também é conhecida como Flor de Páscoa ou Poinsétia. Existe em várias cores mas a preferida é a vermelha.
As folhas vermelhas (brácteas) aparecem a partir do Outono até ao final do Inverno.

As brácteas são folhas modificadas para maior eficiência da planta. Estas folhas modificadas permitem a polinização / reprodução sem deixar de ganhar energia através da fotossíntese e evitam o consumo de energia associado à formação de pétalas coloridas e odoríferas mas incapazes de fotossíntese, porque a planta é polinizada por aves e não por insetos.  As aves não são sensíveis a aromas e são atraídas pela cor vermelha. Acontece o mesmo com as brácteas a que chamamos flores nas buganvílias.

As flores da Estrela de Natal, muito pequenas e amarelas, surgem no interior da coroa formada pelas brácteas vermelhas e não têm valor ornamental.

No seu ambiente natural pode formar um arbusto até 3m de altura. A Estrela de Natal já passou por um intenso melhoramento genético com intuitos comerciais, promovido por produtores profissionais.

Família: Euforbiáceas

Origem: México

Luz: Deve receber muita luz, mas não sol direto, exceto em períodos do dia em que este seja fraco.

Temperatura: Precisa da temperatura amena do interior das casas, de preferência entre os 16º e os 24º. Respeitar um mínimo absoluto de 10º a 15º. Não pode ser exposta ao frio (“nem 1 minuto”) nem a mudanças bruscas de temperatura. A exposição ao frio exterior pode causar um choque térmico irreparável.

Umidade: Necessitam de ambiente úmido. O ar demasiado seco provoca a queda e amarelecimento das folhas.
Pulverizar com água desmineralizada, à temperatura ambiente. Pulverizar as folhas e não as brácteas para que estas não fiquem manchadas. Para aumentar o grau de umidade próximo a planta pode ser deixada num prato com água, com o vaso apoiado numa base de pedras acima do nível da água. Este método é preferível ao da pulverização, se o ambiente não estiver demasiado seco.

Rega: O ponto fraco desta planta é principalmente a rega. O excesso ou a falta de água provocam a queda das folhas. Deixar a camada superficial secar parcialmente antes de regar. A planta recupera melhor da seca do que do encharcamento que apodrece as raízes. Diminuir a rega no Inverno. Na época de floração e crescimento deve ser regada com maior frequência. Idealmente, deve ser regada por baixo colocando o vaso num prato com água durante cerca de 15 minutos.

Outros cuidados: Deve estar abrigada das correntes de ar. Quando comprada deve ser transportada com o plástico protetor e desembalada apenas em casa. Se a comprar com demasiadas flores maduras durará menos tempo. Se as folhas verdes se tornam claras é sinal de que precisa de mais luz. Se as folhas se tornam amarelas ou acastanhadas é sinal de exposição a ar muito seco ou temperatura muito elevada.
O látex (líquido branco leitoso) que surge quando se partem os ramos pode ser irritante para a pele e as mucosas, mas não tem grau de toxicidade superior como por vezes é dito e a lenda lhe atribui. É falso que possa provocar a morte apesar de pertencer a uma família (euforbiáceas) com muitas espécies altamente venenosas.

Sobrevivência e conservação: Não é fácil e é um desafio que pode não resultar à primeira tentativa. Quando a floração termina e a planta entra em fase de repouso / dormência perde as folhas e torna-se muito pouco atraente. A maior parte das pessoas deita-a fora nesta altura. Se a quiser manter bonita até ao próximo Natal pode-a bastante, até 12 cm da base, coloque-a num local um pouco mais fresco e menos luminoso e regue muito pouco.

Recobra os cortes com cera de vela para evitar infecções por fungos na superfície de corte.

Na Primavera seguinte mude de vaso e aumente a rega para estimular o crescimento das raízes. Adube quinzenalmente até ao final da floração com adubo líquido para plantas de interior diluído na água da rega. Os adubos de libertação lenta também são adequados. Para lhe dar forma e vitalidade remova os rebentos que vão surgindo deixando apenas cerca de 5. Se crescer demasiado pode vigorosamente para que fique mais frondosa e evitar o aspecto de arbusto. Existem produtos reguladores de crescimento, mas servem, sobretudo para produção industrial.

No Verão a planta pode ser colocada no exterior mas no início do Outono deve regressar ao ambiente protegido do interior das habitações. Para que floresça no Natal não deve receber luz pelo menos durante 14 horas por dia (escuridão total) a partir do fim de Setembro, início de Outubro. Tape com saco de plástico negro ou caixa de cartão, desde o final da tarde até à manhã seguinte, durante 8 semanas. Com menos horas de escuridão total a planta cresce, mas não dá brácteas vermelhas nem floresce. Durante o dia deve estar exposta a ambiente luminoso.