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Hedera_helix

Existem plantas que, de tão enraizadas (literal e figurativamente) no papel que o ser humano os colocou, tornam-se a definição, mesmo que informal, de substantivos ou adjetivos que caracterizam determinadas espécies.

Embora existam muitos outros arbustos que se prestam a ser trepadeiras, nenhuma tem seu nome associado à esta função desde os primórdios da jardinagem quando a hera (Hedera helix).

Como ela é originária da Europa (também há espécies oriundas da África e Ásia), e foi no Velho Continente que o jardim adquiriu status arquitetônico, nada mais natural que usassem a trepadeira para fins estéticos.

O nome popular é o mesmo da deusa grega do casamento e da fidelidade, embora não haja aparentemente ligação entre os dois nomes.

Hedera helix

Atenção à toxicidade: folhas e frutos, se ingeridos acidentalmente podem vir a causar náuseas, vômitos e diarréias. Além disso, a seiva pode provocar dermatites em pessoas sensíveis aos compostos contidos nela. Redobre a atenção caso haja crianças e animais domésticos em jardins com heras.

O caule semilenhoso da hera ramifica-se com facilidade e vigor por até 30 metros lineares, sendo uma escolha ideal para cercas vivas, muros, treliças, gazebos, pergolados e assemelhados.

Muito da característica trepadeira da hera é de responsabilidade das raízes adventícias (que se originam do caule e não da base dele) que crescem rentes ao caule (o chamado crescimento reptante).

As flores não possuem valor ornamental, servindo como fonte de polinização, atraindo abelhas e borboletas.

Hedera helix1

Já as folhas, responsáveis por uma cobertura verde que permite um excelente nível de privacidade quando usada em cercas vivas, podem ter diversos formatos: espalmadas, cordiformes (no formato do coração gráfico) ou lobuladas, coriáceas (com consistência semelhante ao couro). A cor pode ser única, verde, ou variegada, com manchas brancas.

Vem da Europa a tradição de se podar esculturas com a hera, principalmente quando ela é plantada junto a detalhes arquitetônicos de algumas edificações, como pilastras e vigas, ou até mesmo em conjunto com árvores de copa proeminente.

Muitos criadores de bonsai usam a hera em delicados vasos graças ao seu caráter perene.

As espécies com folhas totalmente verdes podem ser plantadas à meia sombra e sob sol pleno; já as variegadas até aceitam certos níveis de sombra, mas o ideal para o crescimento e vigor de suas folhas é o sol.

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O substrato deve ser fértil e de drenagem eficiente, já que a hera não tolera encharcamentos — recomenda-se o uso concomitante de areia e composto orgânico.

Durante os primeiros dias de vida da hera a irrigação deve ser diária, preferencialmente de manhã, até que as raízes estejam firmes. É resistente a geadas leves; deve-se reforçar a adubação mensalmente

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Begonia_coccinea

A popularmente conhecida begônia-asa-de-anjo ou begônia-escarlate, é uma espécie da família das Begoniaceae. É uma planta nativa da Mata Atlântica do Brasil, mais precisamente dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

É uma planta herbácea florífera, carnosa e pouco ramificada, bastante tradicional nos jardins brasileiros. As folhas desta begônia são espessas e com formato de asas, razão do seu nome popular.

A coloração da folhagem é completamente verde ou, muito comumente, com pontinhos brancos, além de uma leve tonalidade avermelhada dependendo da variedade. As bordas são onduladas e de coloração mais clara.

Suas flores surgem em cachos pendentes durante o ano todo, podendo ser rosas, vermelhas ou brancas. O caule é ereto e pouco ramificado, de textura semi-herbácea.

begonia coccinea

Cultivo
Devem ser cultivadas sob sol pleno ou meia-sombra, em canteiros, vasos ou jardineiras com terra rica em matéria orgânica. É necessário protegê-las da luz solar direta nas horas mais quentes do dia, pois os raios solares podem danificar a folhagem.

Em jardins, podem ser plantadas isoladamente ou em grupos, formando maciços e bordaduras. Existem muitas variedades e cultivares, com folhas e flores diferentes.

As regas devem ser regulares, porém não excessivas, evitando encharcamento. Durante os meses mais quentes, elas devem ser mais constantes, o oposto do período de inverno. A begônia-asa-de-anjo não tolera o frio extremo e multiplica-se por estaquia.

As podas podem ser feitas para conter o crescimento e para formação, evitando os meses mais frios. Pode uma vez ao ano para evitar que a planta fique fraca, ao cortar cada haste com comprimentos ligeiramente diferentes, a planta vai se desenvolver de uma forma arredondada. Não retire os brotos novos e não pode severamente, pois ela pode enfraquecer.

Propagação
Com um alicate de poda limpo, corte uns 13 cm de comprimento da planta e coloque-a em um copo de água em uma janela com luz. Também podem ser mergulhadas em hormônios de enraizamento e colocadas em vermiculita. Uma vez que a raiz aparecer, plante-a em um vaso.

Begonia_coccinea

Adubação
Na aplicação diretamente no solo, independente da espécie, é recomendado usar 200 gramas para cada um metro quadrado. Se for aplicar o adubo misturado na terra para um vaso ou jardineira, a dose é de 5 gramas para cada um litro de terra.

E quando a aplicação é na cova de plantio recomenda-se a dosagem conforme o tamanho da cova: 30×30x30 cm,150 gramas; 40×40x40 cm, 300 gramas; 60×60x60 cm, 1 Kg; e cova de 80×80x80 cm, 2,5 Kg do adubo por cova. Espalhar sobre a terra e regar em seguida, ou misturar o produto junto da terra/solo de plantio, revolvendo-a para que o adubo penetre bem.

Quanto à manutenção, para plantas em vasos, jardineiras e forrações a recomendação é diluir 10 gramas em 1 litro de água e aplicar semanalmente pela rega.

Já para flores em canteiros no solo é recomendado 50 gramas (1 copo plástico de café) para um metro quadrado, com a aplicação do produto sendo feita a cada 15 dias.

marrevolto