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A suculenta rabo de sereia costuma ser chamada, equivocadamente, de cacto rabo de sereia ou cacto rabo de peixe. Muito embora todos os cactos sejam exemplos de plantas suculentas, o inverso não é verdadeiro. Apenas os representantes da família Cactaceae são considerados cactos verdadeiros.

No Brasil, esta espécie recebe apelidos, tais como suculenta cauda de sereia ou suculenta cauda de peixe. Ainda assim, o mais comum é que ouçamos a designação de maior popularidade, suculenta rabo de sereia.

Esta planta tem a aparência típica de uma suculenta comum, formando pequenos arbustos que se espalham pela superfície, como uma forração. Suas folhas são cilíndricas e curvadas para cima.

O Senecio vitalis cristata tem seu caule achatado lateralmente, em forma de triângulo invertido, a partir do qual surgem diversas folhas suculentas e cilíndricas, como uma franja.

Esta morfologia diferenciada, que nos remete ao formato de cauda de peixe, é resultado de uma mutação espontânea, de ocorrência raríssima e natural, que não pode ser induzida artificialmente.

Outro fator que contribui para a raridade e exclusividade da suculenta rabo de sereia é a dificuldade de sua propagação. Nem sempre um pedaço da planta mutante irá se transformar em uma cópia idêntica à progenitora.

O mais provável é que haja uma reversão para a forma tipo. Mas é uma questão de tentativa e erro. Também existe a improvável possibilidade de uma planta tipo espontaneamente dar origem a uma forma cristata. É como ganhar na loteria.

O cultivo da suculenta rabo de sereia segue os mesmos princípios básicos estabelecidos para todas as plantas desta categoria informal. O ideal é tentar recriar as condições climáticas de seu habitat original.

Existem substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, prontos para o uso, à venda em lojas de jardinagem e garden centers.

No entanto, é possível fazer uma mistura caseira, com terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. Vale sempre ressaltar que a areia da praia não é própria para este fim, visto que contém elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das raízes.

O vaso para o cultivo da suculenta rabo de sereia não pode ser muito grande. Quanto maior o recipiente, mais substrato será necessário para preenchê-lo, o que torna a secagem do material mais demorada.

Esta é uma planta que não pode ficar com as raízes úmidas por muito tempo. Por este motivo, as regas devem ser bem espaçadas, ocorrendo apenas quando o solo estiver completamente seco.

No inverno, é importante reduzir a frequência das irrigações. Como sempre, o uso do pratinho sob o vaso deve ser evitado, já que o acúmulo de água pode levar ao apodrecimento das raízes.

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A melhor forma de se aferir a umidade do substrato é através do peso do vaso. Quanto mais leve estiver, mais seco estará o solo em seu interior. Além disso, o toque com a ponta do dedo, afundando-o levemente, ajuda na tomada de decisão.

Caso haja algum indício de que o material ainda está úmido, a rega deve ser postergada. Para facilitar este processo de verificação diária, o ideal é evitar a colocação daquela clássica camada de pedrisco branco, por cima do solo, que tem função apenas decorativa.

A suculenta rabo de sereia não necessita de uma adubação muito elaborada ou rica em compostos orgânicos. Uma fórmula de manutenção, do tipo NPK, especialmente elaborada para a nutrição de cactos e suculentas, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento da planta.

É importante evitar fornecer um fertilizante muito rico em nitrogênio, que tende a induzir um crescimento acelerado da parte vegetativa, resultando em caules estiolados e frágeis.

Outro fator importante para o cultivo bem-sucedido da suculenta rabo de sereia ou rabo de peixe é a luminosidade. Quanto mais luz puder ser fornecida à planta, melhor será o seu desenvolvimento.

No entanto, vale lembrar que as formas cristatas tendem a apresentar um crescimento mais lento. Também vale ressaltar que o sol direto, nas horas mais quentes do dia, pode causar danos às folhas desta planta.

O ideal é uma condição de meia sombra, com bastante luminosidade indireta e algumas horas de sol pleno, no início da manhã ou no final da tarde.

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Não existem relatos de que a suculenta rabo de sereia possa causar intoxicações, caso seja acidentalmente ingerida. Contudo, é preciso manuseá-la com cuidado, já que algumas pessoas podem sofrer reações alérgicas, quando entram em contato com a seiva desta planta.

Acima de tudo, esta é uma suculenta para ser mantida bem longe do alcance de crianças e animais de estimação, já que uma mordida ou um esbarrão podem arruinar a aparência deste raríssimo espécime.

Ainda que seja difícil encontrar uma suculenta rabo de sereia ou rabo de peixe à venda, no mercado, vale a pena conhecer a origem e as características desta planta única, capaz de brilhar na coleção daqueles que apreciam cactos e suculentas.

Muito embora outras espécies possam receber este apelido, o Senecio vitalis, em sua forma cristata, é o mais típico representante cuja anatomia se assemelha à cauda de uma sereia, peixe ou baleia.

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Selenicereus anthonyanus

O cacto-sianinha (Selenicereus anthonyanus) é uma planta originária do México, que pertence a família Cactaceae. O ambiente perfeito para esse tipo de cacto é nas florestas tropicais e chuvosas, onde crescem de forma epífita entre as cascas das árvores, suas folhas ficam dependuradas.

Os ramos do cacto-sianinha são achatados com lóbulos que se intercalam, por isso, os nomes populares de cacto-sianinha e também cacto-zig-zag. Ramos esses, que não superam a medida de 60 centímetros, onde se concentram alguns pequenos espinhos.

Para os pesquisadores, os ramos do cacto-sianinha, possuem uma forma particular que é o resultado de um processo de transição pelo qual passou de deserto para floresta.

Fazendo que o novo ambiente a umidade não fosse mais tão simples e que a luz do sol chegasse com “dificuldade” impedida pela copa das árvores. Foi então, que o cacto desenvolveu o caule delgado e amplo para que conseguisse armazenar água e captar a luz dos raios solares.

Cultivo
O cacto-sianinha possui uma estrutura fragmentada e fina e isso serve para que as folhas se desenvolvam. As raízes são lançadas dos ramos, adventícias, e graças a isso elas podem se fixarem nas árvores, até mesmo em pontos mais alto para captar o máximo de luz solar possível.

As flores do cacto-sianinha são grandes e por isso, se tornam uma bela atração da planta, o tamanho delas pode variar entre 10 a 15 cm, possuem pétalas na cor creme, porém, são vermelhas nas partes mais externas.

O horário de florescimento é uma outra particularidade dessa espécie, as flores costumam abrir ao entardecer, porém, só chegam na sua plenitude junto com o cair da noite.

A noite, é o momento do dia que os insetos noturnos e os morcegos exercem a função de polinizadores. Porém, não se sabe ainda muito sobre a polinização do cacto-sianinha.

Um detalhe que vale destacar é o quanto são perfumadas as flores do cacto-sianinha. Porém, para sentir esse odor é necessário aguardar que a noite chegue, pois durante o dia, ela está fechada novamente e não se sente mais o perfume.

Como é uma planta com hábitos noturnos e que duram um breve período, o cacto-sianinha acaba sendo pouco conhecido pelas pessoas, até mesmo pelos amantes das flores.

Outro ponto que faz com que ela não seja tão popular é a dificuldade no florescimento. Isso só acontece quando a planta está em um lugar que oferece exatamente aquilo que ela encontra no seu habitat natural.

No Brasil, por exemplo, as flores quando aparecem, acontece somente no mês de novembro. Em geral, o cacto-sianinha gosta de claridade, tolera o sol direto somente se for de manhã e suporta a meia sombra.

É uma planta que tem um lindo visual para qualquer paisagem e também pode ser plantada em vasos ou cestas, porém, precisa ter uma ótima drenagem, pois não suporta a umidade em excesso.

Como é uma planta pendente, deve obrigatoriamente estar pendurada, mesmo quando em vasos. As suas raízes são aéreas e isso faz com que ela vá se agarrando e com isso “aumentado” a planta.

Por isso, é uma planta que combina muito com o plantio perto de árvores recantos, muros e pedras. Na parte externa é melhor colocá-la diretamente no solo.

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Propagação
As folhas devem ser cortadas na lateral do caule. É importante tomar cuidado caso seja feito o arranquio para não necrosar o caule da planta. O ferimento no caule é uma porta aberta para entrada de doenças e também para a desidratação da planta matriz.

Se houver um ferimento no caule, deve-se pulverizar o lugar com canela em pó para que seja feita a cicatrização do lugar lesionado. As raízes podem ser formadas pelas bordas e corte da folha.

O plantio das folhas na areia deve ser feito de forma simples. Deve-se fazer um buraco com um lápis, enfiar o caule da suculenta, apertar em volta para firmar e molhar a areia em seguida.

Leva-se em torno de 20 dias para as mudas estarem enraizadas e aptas para o plantio no vaso individual. Após esse prazo deve-se, molhar a areia ou com uma faca, afofar a areia ao redor da muda e puxar levemente para que ela saia com raízes.

Não é necessário lavar a areia que fica grudada no sistema radicular das mudas. Após a formação radicular, as mudas têm condições de absorver os nutrientes que compõe o condicionador de solo e crescer mais saudáveis e bonitas.

Tratos culturais
Solo de crescimento
O solo ideal de cultivo deve possuir alguns fatores que auxiliem no crescimento do sistema radicular e foliar da planta para permitir uma boa produção de flores. É importante que haja matéria orgânica no solo de crescimento, pois possui boa capacidade de retenção de água.

Esta matéria orgânica pode vir em um produto como condicionador de solo ,húmus de minhoca, esterco animal (importante estar curtido, esterilizado e peneirado) ou adubo orgânico.

Além disso, é importante ter uma boa fonte de cálcio (calcário ou casca de ovo moída), fósforo (superfosfato simples ou fosfato natural), potássio (cinzas de churrasqueira peneiradas) e, adubo NPK, formulação de plantio 04-14-08.

Fontes de tortas vegetais (algodão, mamona, girassol, etc.) também são bem vindas desde que se tenha atenção à quantidade, pois costumam serem muito fortes e queimar as plantas. As fontes de fósforo garantem um bom crescimento e enraizamento do sistema radicular.

Selenicereus anthonyanus

Plantio no vaso
Após a muda estar enraizada deve-se fazer o plantio no vaso individual para o desenvolvimento da mesma. O plantio é feito da mesma forma que qualquer planta.

Deve-se colocar um drenante no fundo do vaso (brita, seixo, caco de telha, argila expandida, etc.), completar com o solo de crescimento até a borda, plantar a muda, apertar em volta para firmá-la, molhar e deixar em uma área sombreada até o crescimento e formação de novas folhas e brotos. A

pós o inicio de brotação de novas folhas, deve-se iniciar a adubação foliar nas mesmas para acelerar o desenvolvimento da muda no vaso individual. É importante hidratar a planta pelo menos 1 vez a cada 7 dias.

Adubação
O cacto-sianinha é uma planta que responde rápido quando nutrida de forma adequada. O uso de adubos orgânicos misturados ao solo de crescimento é benéfico ao sistema radicular e foliar.

Para a adubação de manutenção, faça uma reposição nutricional utilizando um adubo mineral nas folhas. Assim a reposição nutricional do adubo manterá o rebrote foliar sem perdas após o amadurecimento da planta.

Se o solo for deficiente em micronutrientes, é necessário usar um adubo foliar completo que contenha estes nutrientes para evitar as deficiências na planta.

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Controle de pragas e doenças
As pragas e doenças do cacto-sianinha geralmente surgem pela falha na nutrição ou irrigação adequada. O pulgão e cochonilhas apresentam seu momento mais agressivo em épocas de escassez hídrica, principalmente no inverno e podem chegar até os vasos pelo vento.

Outras pragas podem surgir, como, lesmas, caracóis e caramujos, devendo-se serem catadas manualmente. As lagartas são extremamente agressivas, devendo ser eliminadas rapidamente. Também é possível encontrar produtos orgânicos específicos para o controle de pragas, como lesmicidas, inseticidas e placas amarelas para atração de insetos voadores.

Uma doença muito agressiva é ocasionada pela bactéria erwinia que causa a podridão negra. O aumento da contaminação da bactéria é diretamente proporcional ao excesso de umidade. Essa doença causa a podridão foliar que pode contaminar todo o vaso.

Tanto as folhas com pragas quanto com doenças devem ser retiradas do vaso assim que forem identificadas e descartadas no lixo.

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