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Peperomia obtusifolia

Apesar de não ser a peperômia mais frequentemente encontrada em cultivo, esta representante vem ganhando destaque nas coleções, tanto em sua forma tipo, completamente verde, como variegata, que traz as cores da bandeira brasileira.

As folhas arredondadas da Peperomia obtusifolia apresentam uma consistência firme, de aparência incrivelmente lustrosa.

A Peperomia obtusifolia pertence à família botânica Piperaceae, o que a torna parente da pimenteira. O habitat nativo da espécie corresponde a uma extensa região que compreende as Américas do Norte e Central.

Esta é uma planta originária do estado americano da Flórida, sendo também encontrada no México e em diversos países do Caribe.

Esta é uma planta típica do chão de florestas úmidas, o que significa que suas folhas apreciam a luminosidade filtrada pelas copas das árvores. As raízes da Peperomia obtusifolia absorvem os nutrientes a partir da decomposição das folhas e detritos que se depositam sobre a superfície do solo.

Estas são características importantes a serem observadas, pois darão as diretrizes principais para o modo de cultivo desta típica planta de interior.

O importante é que bastante luminosidade indireta seja fornecida à planta. A Peperomia obtusifolia pode tolerar algum sol pleno, no início da manhã ou no final da tarde, mas deve ser protegida durante as horas mais quentes do dia, principalmente em janelas e varandas face oeste.

A forma tipo, completamente verde, costuma requerer menos luminosidade, em relação à versão variegata. Quando cultivada em ambientes muito sombreados, esta última pode acabar perdendo as belas nuances em amarelo e creme de suas folhas.

A luz também é importante para que a Peperomia obtusifolia floresça, No entanto, esta não é a parte mais ornamental da planta. Sua folhagem é muito mais atrativa, o que deixa as florações em segundo plano.

Como toda peperômia, esta espécie produz aquelas típicas inflorescências longas, cilíndricas e afiladas, que lembram a cauda de um rato.

Embora seja cultivada dentro de casas e apartamentos, a Peperomia obtusifolia não aprecia ambientes muito secos, principalmente quando estes sofrem a ação de aparelhos de ar condicionado.

Os níveis de umidade relativa do ar ideais para o cultivo desta espécie giram em torno dos 60%. Umidificadores de ambiente e bandejas umidificadoras ajudam a tornar o microclima ao redor da planta mais saudável.

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O vaso pode se apoiar sobre um recipiente raso, preenchido com areia ou pedrisco, e uma lâmina de água no fundo, que não entra em contato direto com as raízes da planta.

Esta é uma espécie que se dá bem em vasos de plástico ou resina, já que estes recipientes ajudam a reter a umidade no solo por um período mais prolongado. O importante é que tenham furos no fundo e uma camada de drenagem, que pode ser construída com qualquer material particulado, como pedrisco, brita ou argila expandida.

A Peperomia obtusifolia aprecia um solo rico em matéria orgânica, como aquele encontrado nas florestas que constituem seu habitat original. Além disso, como sempre, o substrato precisa ser bem aerado, pouco compactado, e capaz de drenar rapidamente a água das regas.

Uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, como húmus de minhoca ou esterco curtido, em partes iguais, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta planta. Substratos adubados, prontos para o uso, também podem ser adquiridos em lojas especializadas.

As regas da Peperomia obtusifolia devem ser moderadas. O solo não pode ficar encharcado por muito tempo, mas também não deve secar completamente, a ponto de se tornar esturricado.

O importante é manter o substrato levemente úmido, regando apenas quando a parte superior do vaso já estiver razoavelmente seca. Para evitar acidentes, o ideal é não deixar o pratinho sob o vaso, para que este não acumule a água das irrigações. No inverno, é importante reduzir a frequência das regas.

Assim como acontece com as peperômias em geral, esta espécie também pode ser propagada através de suas folhas.

Peperomia-Obtusifolia

Basta destacar algumas, da parte inferior dos caules, desde que estejam saudáveis, e deixá-las descansando, por algumas horas, até que os cortes sejam cicatrizados. Depois, elas podem ser colocadas para enraizar, na água, areia úmida ou diretamente no solo.

Além disso a Peperomia obtusifolia também pode ser multiplicada a partir de cortes do caule, que podem ser colocados para enraizarem, da mesma maneira. O importante é ter paciência e saber que, nem sempre, o procedimento é bem-sucedido.

É interessante observar que, quando uma folha variegata é utilizada, isoladamente, no processo de propagação, a muda resultante nasce completamente verde, perdendo a variegação. Já quando um corte da planta é utilizado como matriz, com caule e folhas, a nova muda mantém a característica bicolor original.

A adubação da Peperomia obtusifolia deve ser apenas complementar, já que o substrato contém nutrientes orgânicos. Uma formulação do tipo NPK, balanceada, própria para o cultivo de folhagens, é suficiente para garantir uma boa manutenção da planta.

O ideal é concentrar a fertilização durante os meses mais quentes do ano, quando o metabolismo está mais ativo. Durante o inverno, não é necessário adubar.

As peperômias, em geral, não produzem substâncias que podem causar intoxicações a crianças e pets, caso as plantas sejam acidentalmente ingeridas.

O porte mignon, a beleza das folhagens lustrosas, verdes ou bicolores, e a facilidade de cultivo, em conjunto, fazem da Peperomia obtusifolia uma espécie ideal para casas e apartamentos.

Seu aspecto arbustivo faz um belíssimo contraponto em relação às peperômias tradicionalmente pendentes, ajudando a transformar qualquer ambiente monótono em uma verdadeira selva tropical.

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