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As plantas suculentas do gênero Lithops, popularmente conhecidas como cactos-pedra, estão entre os representantes mais curiosos e exóticos do reino vegetal.

Primeiramente, é importante salientar que, apesar do apelido, o cacto pedra não pertence à família botânica Cactaceae, não sendo considerado um cacto verdadeiro.

Trata-se, na realidade, de uma suculenta de aparência incomum, de aspecto Na verdade, o cacto pedra pertence à família botânica Alzoaceae, a mesma da qual faz parte outra simpática suculenta muito apreciada pelos colecionadores, Aptenia cordifolia, popularmente conhecida como rosinha-de-sol.

Assim como muitos outros membros deste grupo de plantas, os representantes do gênero Lithops são nativos do continente africano, distribuídos em países localizados mais ao sul do território, como Namíbia e África do Sul.

Tanto o nome popular desta suculenta, cacto pedra, como o científico, Lithops, estão relacionados à palavra lithos, que significa pedra, em grego antigo. A aparência pétrea desta espécie de planta não é um mero capricho da natureza.

Esta similaridade tem como função camuflar o vegetal em meio à superfície árida e rochosa sobre a qual ele vive, em seu habitat nativo. Desta forma, o cacto pedra garante sua sobrevivência, escapando de ser devorado por predadores herbívoros, que passam desapercebidos pela planta.

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Além disso, obviamente, a anatomia dos Lithops é concebida de forma a armazenar grandes quantidades de água no interior das duas folhas bastante suculentas, sempre organizadas de forma diametralmente opostas, ao mesmo tempo em que diminuem a perda de água por evaporação, graças à pequena superfície de tecido vegetal exposta à radiação solar.

Com efeito, boa parte da planta encontra-se sob o solo. Além disso, as diferentes espécies de cacto pedra são sempre pequenas, não chegando a 3 cm de diâmetro.

Com o intuito de compensar a pequena superfície disponível para fotossíntese, os Lithops apresentam áreas translúcidas na superfície das folhas suculentas, que funcionam como pequenas janelas, permitindo a incidência dos raios solares no interior da estrutura vegetal.

É a partir da fenda existente no meio do par de folhas do cacto pedra que as hastes florais são produzidas. Também é a partir deste miolo que um novo par de folhas emerge, como podemos observar nos Lithops ao centro da foto de abertura deste artigo.

Com o passar do tempo, as folhas antigas secam e desaparecem, dando lugar às novas estruturas. Curiosamente, a fenda muda de posição, surgindo perpendicularmente em relação à antiga localização.

Trata-se de um processo cíclico de renovação da planta. Durante os meses do inverno, o tecido meristemático no interior do cacto pedra começa a produzir, secretamente, um novo par de folhas. Quando chega a primavera, estas estruturas são reveladas na superfície da planta, substituindo as folhas antigas.

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Embora sejam belíssimos e incrivelmente exóticos, ainda não é muito fácil encontrar Lithops à venda, aqui no Brasil. Este não é o tipo de planta suculenta que costumamos ver em supermercados, feiras, lojas de jardinagem e garden centers.

A forma mais eficiente de se adquirir um exemplar é procurando produtores especializados. Um cuidado importante deve ser tomado quanto à compra de sementes de cacto pedra, principalmente através da internet, que muitas vezes são falsificadas.

Outro grande desafio para aqueles que desejam montar uma coleção de Lithops é mantê-los vivos. Pode parecer fácil cultivar estas plantas suculentas, mas nem sempre é tão tranquilo.

De modo geral, as regras básicas para o cultivo de cactos e suculentas devem ser seguidas. A principal dificuldade, no entanto, é encontrar o regime correto de irrigações, para que a planta não desapareça completamente, devido à desidratação, ou morra afogada, devido ao excesso de regas.

O substrato para o cultivo do cacto pedra deve ser mais granuloso, pouco compactado, e rapidamente drenável. Misturas arenosas próprias para o cultivo de suculentas funcionam bem.

É importante adicionar uma camada de pedrisco fino por cima do substrato, de modo a evitar que a superfície exposta do Lithops fique muito tempo em contato com o solo úmido, após as regas.

Atenção especial deve ser dada à camada de drenagem, no fundo do vaso, que pode ser composta por argila expandida, cacos de telha ou pedregulhos. É melhor dar preferência aos vasos de barro, que são mais porosos e permitem uma secagem mais rápida do substrato.

Para acertar na frequência das regas, é importante conhecer o ciclo de vida do cacto pedra. Os Lithops, em seu habitat de origem, costumam entrar em dormência durante os meses mais quentes do ano.

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Neste período, as regas devem ser bem espaçadas e cuidadosamente controladas. A combinação de calor, exposição solar e excesso de umidade é fatal para este tipo de planta.

Ao contrário do senso comum, é durante o inverno que o cacto pedra tem seu desenvolvimento mais ativo. É durante este período do ano que as novas folhas são formadas, no interior da planta. Sendo assim, pequenas quantidades de água devem ser fornecidas, mas de forma bastante espaçada e controlada.

É durante este período de maior atividade metabólica, durante o outono e inverno, que doses baixas de adubação podem ser fornecidas ao Lithops. Não há a necessidade de fornecimento de adubo orgânico, já que o cacto pedra está habituado a solos rochosos pobres em nutrientes, especialmente matéria orgânica.

Uma formulação do tipo NPK, própria para o cultivo de cactos, pode ser aplicada. Durante o período de dormência, na primavera e verão, não é necessário o fornecimento de fertilizantes à planta.

A exposição à luz solar é outro fator crítico para o bom desenvolvimento do cacto pedra. Esta planta pode ser cultivada em ambientes de sol pleno ou meia sombra, mas com bastante luminosidade indireta.

Quando mantido sob níveis sub ótimos de luminosidade, os Lithops tendem a ficar mais suscetíveis ao ataque de fungos e bactérias. Em regiões de climas muito quentes, principalmente durante o verão, é aconselhável proteger a planta do sol muito forte no período da tarde.

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Infelizmente, esta não é uma planta que se propaga com frequência. Seu desenvolvimento é bastante lento e as novas folhas substituem as antigas, de modo que há sempre apenas um par destas estruturas.

O mais comum é que a multiplicação do cacto pedra ocorra através de sementes, que se formam após a polinização das flores. No entanto, este também é um processo bastante incerto e demorado.

Ainda que seja um desafio encontrar Lithops à venda e mantê-los vivos sob nossas condições domésticas de cultivo, é inegável o apelo que estas curiosas criaturas do reino vegetal exercem sobre os apaixonados por cactos e suculentas.

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Popularmente conhecida como cacto coração, a espécie botânica Hoya kerrii não é, de fato, uma cactácea. Ela pertence a outra família, chamada Apocynaceae, da qual  também faz parte a famosa flor-de-cera (Hoya carnosa). Neste sentido, um apelido mais apropriado para esta espécie seria planta coração.

O cacto coração é nativo do sudeste asiático, ocorrendo originalmente em países como Tailândia, Laos e Vietnã. Atualmente, é cultivado em todo o mundo como planta ornamental, fazendo bastante sucesso entre os colecionadores. Sua origem tropical nos dá várias dicas de como podemos cuidar desta curiosa espécie de planta suculenta.

Por definição, esta é uma planta que não tolera baixas temperaturas. O cacto coração desenvolve-se bem em ambientes internos, onde as temperaturas são mantidas constantes ao longo de todo o ano.

No entanto, dentro de casas e apartamentos, é importante garantir que o cacto-coração seja exposta a bastante luminosidade, ainda que indireta. O ideal é que a planta coração receba algumas horas de sol direto por dia, no início da manhã ou no final da tarde, para um desenvolvimento mais vigoroso.

Quando cultivada em áreas externas, deve ser protegida do frio intenso, geadas, ventos excessivos e sol direto nas horas mais quentes do dia.

A inflorescência da Hoya kerrii é bastante parecida com a produzida pela sua prima mais popular, Hoya carnosa, conhecida como flor de cera. Ambas são esféricas, compostas por um pequeno guarda-chuva formado por delicadas flores brancas, em forma de estrela, bastante perfumadas. O cacto-coração costuma florescer durante os meses do verão.

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Como toda suculenta, a planta coração é capaz de armazenar grandes quantidades de água em suas folhas, de modo que as regas devem ser bem espaçadas, realizadas apenas quando o solo estiver bem seco. Ainda que não seja um cacto verdadeiro, a Hoya kerrii também detesta o excesso de água em suas raízes.

Devido ao seu ritmo lento de crescimento, o cacto coração não necessita de um esquema muito intenso de adubação. Caso o intuito seja estimular a floração, um adubo mais rico em fósforo pode ser aplicado, na estação que antecede a floração, a primavera.

Ao contrário da flor de cera, no entanto, são as folhas as estruturas que mais fazem sucesso, no caso do cacto coração.

Ainda que seja uma suculenta, a Hoya kerrii é originária de regiões de clima tropical, motivo pelo qual não se faz necessário um substrato muito arenoso. O cacto-coração desenvolve-se bem em um substrato próprio para plantas epífitas, comumente utilizado no cultivo de orquídeas, geralmente composto por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco.

À esta mistura pode ser adicionado um solo rico em compostos orgânicos, em partes iguais, de forma que o material resultante não fique muito compactado.

O cacto-coração é uma planta muito versátil, podendo ser cultivado sob a forma pendente, em vasos suspensos, que se tornam bastante decorativos, com suas cascatas de corações.

Alternativamente, a Hoya kerrii pode ser conduzida através de treliças de madeira, como uma planta trepadeira. Neste caso, o crescimento é direcionado para cima.

A melhor forma de se multiplicar o cacto coração é através do método de estaquia, bastando plantar separadamente segmentos de seu caule. Este procedimento é facilitado em função da produção natural de raízes aéreas ao longo da planta madura.

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Outra alternativa, como já mencionado, é destacar folhas de seu caule, desde que elas tenham as gemas em suas extremidades, e aguardar pela formação de novos brotos. As espécies do gênero Hoya, de um modo geral, são conhecidas por liberarem uma seiva leitosa, do tipo látex, quando cortadas.

Ainda que esta substância não seja tóxica para animais de estimação, é prudente evitar o contato com ela, já que a situação pode causar reações alérgicas.

Em resumo, o cacto coração é uma planta resistente e de fácil cultivo, ainda que apresente um crescimento bastante lento. O principal desafio, no entanto, é encontrar uma muda verdadeira de Hoya kerrii, que não seja apenas uma folha espetada em um vasinho enfeitado.

A procura vale à pena, já que esta é uma planta única, que abrilhantará a coleção de qualquer aficionado por cactos e suculentas.

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Euphorbia_Milii

Essa planta pertencente ao gênero Euphorbia consiste em um arbusto perene de até 2 m de altura, bastante ramificado, com longos ramos contorcidos, providos de numerosos espinhos afiados em forma de agulhas, medindo cerca de 3 cm de comprimento.

A planta é semi-herbácea, e apresenta espinhos rígidos e folhas concentradas principalmente na parte superior dos ramos. Possui pequenas inflorescências protegidas por brácteas de coloração vermelha, podendo apresentar variedades de coloração amarela que dependendo da insolação se tornam levemente róseas.

A planta é um arbusto perene que possui látex cáustico e irritante, que pode afetar as mucosas nasal, oral e ocular. Quando entra em contato com os olhos ocasiona conjuntivite podendo causar lesões mais graves levando a perfuração da córnea e cegueira.

Originária de Madagascar, a coroa-de-cristo é muito resistente, considerada de fácil cultivo, sendo utilizada como planta ornamental em jardins e também como cerca viva, devido à presença dos numerosos espinhos.

Apresentam grandes variações de tamanho, indo de cerca de 1,5 até 2,5 m de altura, muito ramificado, com ramos compridos e contorcidos, armados de numerosos espinhos com cerca de 2,5 cm de comprimento.

Suas folhas são alternadas, simples, inteiras, obovadas ou espatuladas, glabras, membranosas e pecíolos curtos.

Euphorbia_milii

As flores são unissexuais, reunidas em inflorescências do tipo ciátio, com pedúnculos longos e brácteas vermelhas ou amarelas. O invólucro campanulado apresenta cinco nectários glandulares apicais. Os frutos são do tipo cápsulas tricoca.

Utilização
Seu uso como cercas vivas é amplamente difundido. Esta planta, além de oferecer proteção, floresce durante o ano todo, apresentando valor paisagístico interessante. Apesar de apresentar espinhos abundantes sua folhagem verde pode ser podada para adquirir o formatos desejado.

Suas flores arredondadas podem ser rosas, vermelhas, brancas ou amarelas. A coroa-de-cristo presta-se como cerca-viva, isolada ou junto ao muro, tornando-se bastante respeitável, inclusive por animais domésticos. Neste sentido, ainda podemos aproveitá-la como bordadura.

Cultivo
Estas plantas devem ser cultivadas a pleno sol, de preferência em solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água.

O seu manuseio deve ser sempre realizado com luvas grossas e com bastante cuidado, devido tanto a presença dos numerosos espinhos, como por apresentar um látex tóxico, que pode provocar irritação nas mucosas dos olhos, na boca e na pele. Multiplica-se facilmente no inverno por estacas.

As inflorescências possuem duas brácteas vistosas que atraem a atenção para a minúscula flor feminina no centro, que é circundada pelas flores masculinas reduzidas a simples estames (este tipo de inflorescência é denominado um ciátio).

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Como plantar coroa de cristo?
Solo:
a coroa de cristo é bastante tolerante quanto ao solo, desde que seja bem drenado. O ideal é um solo bem drenado, leve e moderadamente fértil.

Clima: é uma planta de clima tropical ou subtropical, que não suporta bem temperaturas próximas de 0°C.

Iluminação: luz solar direta.

Irrigação: é uma planta resistente à seca, mas cresce melhor se não faltar água. Por outro lado, o excesso de água prejudica esta planta. Portanto, verifique se o solo está seco antes de fazer novas regas.

Como fazer mudas da coroa-de-cristo?
A coroa-de-cristo pode ser multiplicada por estaquia ou por sementes. Veja abaixo o passo a passo para realizar o plantio das duas formas.

Por estaquia
Pedaços retirados do meio de um ramo da planta normalmente não enraízam, portanto, são usadas apenas as extremidades com folhas.

As pontas de ramos podem ser cortadas com cerca de 10 cm de comprimento e devem ser deixadas em local sombreado por alguns dias para que o corte seque completamente antes do plantio.

Os pedaços de ramos são então plantados em vasos com solo úmido. O enraizamento demora cerca de um mês. Este é o método de propagação usado para obter plantas idênticas às plantas-mãe, especialmente no caso de plantas que são híbridas.

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Plantio por sementes
Esse tipo de plantio é realizado principalmente para a obtenção de novas variedades. As sementes podem ser semeadas em sementeiras, bandejas ou pequenos vasos. A germinação das sementes normalmente ocorre em uma ou duas semanas.

O espaçamento recomendado entre as sementes de coroa de cristo é de 25 a 60 cm, dependendo do tamanho da variedade.

As mudas estarão prontas para o transplante para vasos maiores ou para o local definitivo quando estiverem com 4 a 6 folhas verdadeiras.

Época de floração
As flores da coroa de cristo costumam abrir principalmente durante a primavera e o verão. Porém, por ser uma planta de ciclo de cultivo perene também é comum que ela floresça durante o ano todo, principalmente quando as condições de cultivo são as ideais para a espécie.

O contato com a pele pode causar queimaduras, e a formação de vesículas e pústulas. O contato com a mucosa oral ou no caso de mastigação e ingestão pode provocar salivação, náuseas, vômitos e até diarreia.

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A cravina é uma planta extremamente delicada, que produz inflorescências nas cores rosa, roxa, vermelha e branca. Possui bordas serrilhadas, criando um efeito visual diferenciado e, por esse motivo, é muito utilizada na composição de arranjos e buquês.

As flores da cravina são de uma única cor ou mescladas e deixam qualquer jardim ainda mais bonito quando cultivadas em grupo ou com tonalidades variadas. Além do uso paisagístico, as flores também são comestíveis, assim como a da capuchinha e amor-perfeito.

Características
Consideradas uma planta de pequeno porte, a cravina chega a no máximo 50 cm. Possui odor característico e floresce durante o ano todo, desde que receba os cuidados adequados às suas preferências.

Plantio
O preparo do solo em canteiros deve ser feito revolvendo a terra e acrescentando matéria orgânica, como húmus de minhoca, para garantir mais nutrientes para a planta.

Como plantar cravina em vasos?
A cravina pode ser propagada por sementes ou mudas. Em vasos, faça uma camada de drenagem feita com brita ou argila expandida.

Em seguida, prepare o solo com terra vegetal, areia de construção e terra comum, usando a medida de 1:1:1.

No plantio por sementes indica-se o espaçamento de 3 cm entre elas, mantendo a profundidade de 0,5 cm (meio centímetro) para a semeadura.

A germinação acontece entre 10 a 14 dias e, após um mês, elas podem ser transplantadas ao local definitivo.

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Luminosidade e regas
Para cultivar a cravina também vale a regra comum de exposição ao sol por até 4 horas. Se o cultivo for em vasos em áreas internas, é importante que sejam posicionadas em espaços que recebam bastante iluminação natural.

Época de floração
A cravina é uma planta perene que floresce durante o ano todo em regiões com temperaturas mais altas. Em locais de clima ameno, a floração ocorre no fim da primavera.

Quando o corte é realizado a planta promove uma floração mais abundante e as novas mudas ficam mais baixas e ramificadas.

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