Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




adenium obesum

A Rosa do deserto pertence à família Apocynaceae e seu nome científico é Adenium obesum. A planta, que pode ser encontrada na Tailândia, desertos e na África, se adapta facilmente ao clima seco e quente e consegue viver bem em lugares ensolarados, como é o caso do Brasil.

O cultivo de rosas do deserto desperta muitas dúvidas. Aprenda nesse artigo como plantar, regar, adaptar, polinizar, trocar de vaso, enxertar, podar, adubar e várias outras dicas para cultivar a rosa do deserto com sucesso!

Como plantar rosa do deserto em vasos
O primeiro passo para o plantio da rosa do deserto em vasos é preparar uma receita com substratos que ofereçam uma excelente drenagem. Além de opções prontas, você pode fazer um mix com 40% de areia grossa + 40% de substrato Carolina + 20% de carvão moído.

A areia grossa é indispensável em qualquer que seja o mix, totalizando 40% da mistura, assim como os 20% de carvão, mas o terceiro elemento pode variar.

Por que optar pelo vaso bacia/concha?
A estética e o tipo do tronco (caudex) da rosa do deserto se adapta muito bem aos vasos que sejam de bordas baixas, seja ele quadrado, redondo ou cuia. Esses formatos de vasos contribuem com a oxigenação do sistema radicular da planta, favorecendo o caudex, que engrossa mais rápido do que se estivesse em um vaso profundo.

Além disso, mesmo quando a muda é nova a aparência já é grossa e robusta, passando a impressão de “planta bonsai”, o que é ótimo para uso ornamental na decoração de casas ou ambientes corporativos.

A rosa do deserto pode ser plantada no chão?
Sim! E fica tão linda quanto as que são cultivadas em um vaso, mas a diferença é que as raízes terão mais espaço para crescer e, dessa forma, o caudex não vai engrossar tão rápido.

Nesse caso, a recomendação é fazer o replantio e o levantamento de caudex, para ter uma rosa do deserto bem desenvolvida e com maravilhosos caudex externos.

O transplante de uma rosa do deserto plantada no chão exige mais atenção: cave com cautela e, de preferência, utilizando as mãos, para não cortar raízes grossas ou com belos formatos.

adenium

A rosa do deserto gosta de sol?
Sim, de forma geral, as rosas do deserto amam o sol pleno. Porém, é necessário fazer a aclimatação da planta para viver nestas condições, principalmente quando a muda foi adquirida em garden centers ou com cultivadores que vendem em escala comercial e utilizam um substrato extremamente drenante e sistema de regas constantes.

Para esses casos, ao adquirir uma planta em um bom porte, por exemplo, em um vaso número 15 (pote 15) o ideal é replantá-la.

Depois disso, coloque-a em um local que receba o sol do período da manhã até meio dia, por até 3 meses. Depois desse tempo de adaptação, você poderá movê-la para o sol pleno.

Mesmo com a preferência pelo sol pleno, isso não quer dizer que a rosa do deserto não vai bem em jardins de inverno. É importante que o ambiente receba de duas a três horas de sol por dia e claridade constante. Nessas condições, a rosa do deserto costuma se adaptar bem, ao contrário de áreas internas sem iluminação alguma.

Cultivo
As rosas do deserto podem ser cultivadas por sementes ou estacas. Os troncos grossos com a característica parecida com os grandes Baobás, só podem ser obtidos através do cultivo de sementes.

Um dos segredos para deixar a base do caule interessante é levantar um pouco a planta, deixando a parte superior das raízes exposta a cada replantio, que deve ser realizado a cada 2 ou 3 anos. A planta enraizará normalmente.

Podas de formação devem ser criteriosas para não formar deformidades não naturais e cicatrizes na planta. Use luvas nas podas e manuseio da rosa do deserto, pois a seiva é tóxica.

Ambiente adequado
A planta, assim como os cactos, exige um local ensolarado e com temperatura mínima de 10°C. A rosa do deserto, como o próprio nome sugere, se adapta muito bem às condições de baixa umidade.

Adenium-obesum

Como regar a rosa do deserto?
O termo “deserto” no nome acaba causando confusão quando o assunto são as regas!

A rosa do deserto cultivada em vaso pode ser regada diariamente, desde que o substrato no qual ela está plantada tenha uma alta capacidade de drenagem. Isso significa que em dois segundos a água deve começar a baixar, até vazar pelo fundo do vaso.

A importância do carvão
Devido a necessidade de alta drenagem, costuma-se usar carvão na composição do substrato da rosa do deserto. Esse composto ajuda a segurar fertilizantes colocados no vaso, seja farelado ou fertirrigação, que podem escorrer junto à água.

Regue somente quando o substrato secar totalmente e nunca jogue água nas folhas, botões ou flores, pois pode afetar a floração e deixa o ambiente propício para pragas.

A rosa do deserto pode ficar na chuva?
Em semanas mais chuvosas, a recomendação é retirar as rosas do deserto da chuva, principalmente quando ocorrem por mais de 5 dias seguidos. Nestas situações, faça regas somente quando o substrato estiver totalmente seco.

Como adubar a rosa do deserto
A adubação com bons fertilizantes é necessária para o cultivo das rosas do deserto, a fim de alcançar um bom diâmetro de tronco e floração abundante.

Mas, atenção: os fertilizantes não devem ser aplicados diretamente nas raízes ou quando o substrato estiver completamente seco. Sempre regue antes para evitar queimaduras das raízes e a queda de folhas.

rosa do deserto

O que é osmocote para rosa do deserto?
O osmocote é um adubo de liberação lenta em formato de bolinhas, que lembra muito uma semente peletizada e também ovos de caramujos. Como esse tipo de adubo de liberação lenta não é tão conhecido, muitas pessoas adquirem a rosa do deserto ou outras plantas e realmente confundem com ovinhos de bichos.

Hoje as cores mais comuns de osmocote são: amarelo, verde escuro, verde claro, cinza e azul escuro.

O mix de micros e ou micros e macros nutrientes que compõem as bolinhas são liberados lentamente quando misturados por cima do substrato da rosa do deserto, que pode seguir a recomendação de 3 a 5 meses de adubação, com uma única dose (lembre-se de respeitar a dose recomendada por cada fabricante).

Como fazer a rosa do deserto florir?
Para fazer a rosa do deserto florir, primeiramente devemos verificar ou fazer uma boa correção de solo, de 3 a 6 meses antes de uma adubação para floração.

Ele explica que a planta costuma dar muitas flores, portanto, exige muito fósforo e potássio na adubação, que podem ser encontrados, por exemplo, no Forth Equilíbrio ou em qualquer corretor de solo.

A rosa do deserto precisa dos micronutrientes da mesma forma que os macros, porém, em quantidades menores.

Os fertilizantes de formulação que podem estimular e auxiliar na floração da rosa do deserto são os: 04 14 08, 09 45 15 , 15 09 12. Além deles, elas também amam bokashi e esterco de galinha.

rosa do deserto

Por que não floresce?
Há inúmeros fatores que podem prejudicar a floração em uma rosa do deserto. Os principais motivos são: falta de poda, adubação em excesso sem correção de solo e até mesmo falta de irrigação, visto que muitos cultivadores ainda acreditam que não é preciso regá-la com frequência.

Quando podar a rosa do deserto?
A poda da rosa do deserto pode ser feita uma vez por ano, seguindo alguns princípios do replantio, sobretudo quanto à época mais ativa da planta, que é de setembro a março e também ao uso da canela em pó ou pasta selante após a poda, para evitar contaminação.

Lembre-se que esta etapa é tão importante para boa formação e abundância de flores quanto o replantio.

Como podar a rosa do deserto?
Deve-se retirar, no mínimo, 40% das hastes principais da planta e também os galhos mais finos e ou indesejados que surgiram depois, mantendo, assim, sua forma com galhos na mesma espessura.

Depois da cicatrização da parte superior onde foi feito o corte, surgem duas ou três gemas em cada galho. Eles geram até três novos galhos para dar flores, ao invés de somente um, como estava antes da poda e assim sucessivamente.

adenium-obesum

Como cuidar da rosa do deserto doente?
São vários os fatores que podem levar a rosa do deserto a adoecer e até morrer. O mais comum é a podridão da planta, que acontece, inicialmente, nas raízes ou na parte interna e afótica do caudex.

A parte mais difícil é detectar o problema com antecedência, fazendo a raspagem e tirando totalmente a parte marrom e mole da planta.

Nesse processo, deve sobrar, no mínimo, 40% de seu caudex, para que a planta seja salva. Em seguida, deixe secar na sombra por 24 horas e, após esse período, passe canela em pó e faça o replantio em um substrato esterilizado, de preferência.

Além de ácaros e vírus, a gomose também é uma doença comum em rosas do deserto. A principal característica é o surgimento de manchas marrons enrugadas no caule da planta como um cancro, levando ao apodrecimento total.

Nesse caso, há vários tipos de acaricidas e fungicidas como o Forth Defende, que pode ser utilizado para salvar a planta.

chuvas_2

Aeonium haworthii

As plantas suculentas tornaram-se as queridinhas dos amantes de plantas. De elegantes floriculturas a feiras e supermercados, elas podem ser encontradas em todos os tipos, cores, tamanhos e preços.

Hoje em dia, elas já ocupam lugares de destaque, antes dominados pelas flores. Tem sido bastante frequente o uso de suculentas na decoração de eventos, fazendo parte de bouquets de noivas ou sendo ofertadas como lembrancinhas de festas de aniversário. Já foram parar até em ímãs de geladeira, plantadas dentro de rolhas. É uma febre.

Se analisarmos o volume de buscas que as pessoas efetuam na internet, veremos que o termo ’suculentas’ já ultrapassa em muito as orquídeas.

Este aumento na procura, evidentemente, reflete-se no comércio. Já há, inclusive, espaços reservados às plantas suculentas no meio de algumas exposições de orquídeas. Da mesma forma, as áreas destinadas a cactos e suculentas vêm aumentando nos garden centers e floriculturas.

A beleza, diversidade, exotismo e facilidade de cultivo estão entre as razões para este sucesso das plantas suculentas junto ao público consumidor.

Segue abaixo algumas informações interessantes sobre estas plantas, bem como dicas de cultivo e manutenção dessas apaixonantes.

colar-de-rubi

Classificação das plantas suculentas
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma classificação botânica formal para todas as plantas suculentas. Elas não fazem parte de uma família específica. Diferentes gêneros e espécies, pertencentes a várias famílias botânicas, são popularmente agrupados sob a denominação comum de suculentas.

De forma bastante simplista, plantas suculentas são todas as espécies vegetais capazes de armazenar água em seus tecidos, quer sejam raízes, caules ou folhas. Nestes casos, as estruturas tornam-se mais espessas, adquirindo a aparência típica de uma suculenta. Em latim, sucus significa suco ou seiva.

Todos os membros da família Cactaceae, por exemplo, apresentam esta característica. Portanto, cactos são plantas suculentas. O inverso, no entanto, não é obrigatório. Nem todas as suculentas são cactáceas.

Para exemplificar, cito alguns cactos famosos, tais como o cacto-amendoim (Echinopsis chamaecereus), cacto orelha-de-Mickey (Opuntia microdayse), cacto dedo-de-dama (Mammillaria elongata) e  cacto-dedal (Mammillaria gracilis)

Muito parecidos com os cactos, os membros da família Euphorbiaceae também são exemplos de suculentas. Neste grupo, talvez a representante mais conhecida seja a Euphorbia millii, popularmente conhecida como coroa-de-Cristo.

Kalanchoe marmorata

Características das plantas suculentas
Foi visto anteriormente que todos os cactos são exemplos de plantas suculentas. Por outro lado, nem todas as suculentas são cactos. Afinal, o que faz com que uma planta seja considerada suculenta?

Além do espessamento dos tecidos vegetais, causado pelo armazenamento de água, e a consequente aparência suculenta de folhas, caules e raízes, estas plantas típicas de ambientes áridos realizam a fotossíntese CAM (Crassulacean Acid Metabolism).

Trata-se de um metabolismo diferenciado, que foi inicialmente descoberto em plantas da família Crassulaceae, que visa atenuar os efeitos da falta de água sobre as plantas.

Plantas suculentas que habitam regiões de clima árido apresentam este comportamento evoluído, CAM, no qual os estômatos ficam fechados durante o dia, a fim de evitar a perda de água por evaporação.

Durante a noite, ocorre a abertura destas estruturas, que então permitem a captação de gás carbônico. No entanto, neste período, não há luz para a realização de fotossíntese. O CO2 coletado durante a noite é armazenado sob a forma de ácidos orgânicos.

Durante o dia, quando os estômatos se fecham, estes ácidos liberam o gás carbônico necessário à fotossíntese.

Para evitar a perda de água, muitas plantas suculentas têm um número reduzido de estômatos em suas folhas. Outras, mais radicais, apresentam folhas rudimentares ou ausência total destas estruturas, como acontece com a maioria dos cactos.

Kalanchoe-luciae

Folhas cilíndricas ou esféricas, mais espessas, são características de plantas suculentas.

Além de armazenarem água, estas estruturas apresentam uma geometria que diminui a superfície de exposição ao sol, reduzindo a evaporação da água. Também com esta finalidade, as folhas das suculentas costumam ser cobertas por cera ou pelos.

Muitas espécies de plantas suculentas possuem o termo tomentosa no nome, referente à lanugem que cobre suas folhas, como é o caso da famosa suculenta orelha-de-gato ( Kalanchoe tomentosa) ou da suculenta patinha-de-urso (Cotydelon tomentosa).

Por fim, muitas espécies representantes deste diversificado grupo de plantas suculentas possui a aparência típica de uma rosa-de-pedra. Suas folhas espessas costumam ser organizadas sob a forma de rosetas, de modo muito similar às pétalas de flores petrificadas.

Sempervivum

Vasos e substratos para suculentas
A escolha do melhor vaso para cultivar suculentas passa por uma série de questões inerentes ao ambiente de cultivo e às preferências de cada colecionador.

A suculenta já sofre um grande stress ao ser retirada das estufas de produção, onde as condições climáticas são idealmente controladas, para ficar exposta à toda sorte de maus-tratos no ambiente de comercialização.

Depois, ainda é transferida ao nosso ambiente doméstico, que também é diferente da estufa. Particularmente, acho que um transplante nesta etapa só piora a situação da planta.

Para esconder a aparência não muito bonita do vaso plástico, podemos sempre recorrer a cachepots decorativos. Lembrando que é importante retirar o vaso de dentro destas peças, para que a água da rega não se acumule no fundo.

O material plástico também facilita o desenvase, durante os replantes necessários quando a planta se torna grande demais. Outra vantagem é que o peso é menor, em relação aos vasos de barro. Para quem tem grandes coleções, principalmente em apartamentos, o peso somado de todos os vasos é uma questão a ser considerada.

Por fim, vale lembrar que os vasos de plástico retêm a umidade por mais tempo, em relação aos vasos de cerâmica.

Dependendo do ambiente em que ficam as suculentas, é preciso adequar a frequência de regas, levando-se em consideração a natureza do material com o qual o vaso é fabricado. Independentemente desta questão, o importante é que o vaso possua uma boa drenagem, que impeça o acúmulo de água no substrato.

Substrato este que pode ser composto por diferentes materiais. O importante é que seja bem aerado, não compactado, bastante drenável.

echeveria

A mistura mais comumente utilizada no cultivo de suculentas é a de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Mas há quem adicione esterco curtido, húmus de minhoca e outros elementos orgânicos à mistura.

É importante lembrar que plantas suculentas são originárias de regiões desérticas, de solo arenoso, geralmente pobre em nutrientes. Não é necessário utilizar um substrato muito rico em matéria orgânica, nem utilizar materiais argilosos, ou que retenham muita umidade.

Uma solução segura para quem está iniciando é comprar substratos prontos, especialmente desenvolvidos para o cultivo de cactos e suculentas.

Além da mistura clássica de terra e areia, há quem utilize casca de pinus, carvão vegetal, fibra de coco, perlita, e até mesmo musgo sphagnum. É sempre bom lembrar que, neste caso do musgo, a retenção de água é enorme e as regas devem ser feitas com muita cautela.

O importante é encontrar uma composição em proporções que apresentem uma boa performance no ambiente de cultivo de cada colecionador, levando-se em consideração seu estilo de vida e hábitos de rega.

suculenta-pedra-da-lua

Frequência de regas
Nesta questão de quão frequentemente regar as plantas suculentas, não há uma regra fixa. Não podemos nos prender a uma frequência semanal ou quinzenal. O importante é sempre verificar, com o dedo, o nível de umidade do solo.

Ele só deve receber água novamente quando estiver completamente seco. Outra maneira bastante prática de se perceber que o material no interior de um vaso secou bem é aferindo seu peso. Quanto mais leve estiver, mais seco o substrato estará.

O vaso de plástico, por ser bem leve, ajuda nesta verificação. Com o tempo, vamos nos acostumando a distinguir o peso de um vaso recém-regado, comparado ao de um completamente seco.

Por este motivo, eu particularmente evito colocar aqueles pedriscos brancos decorativos, na superfície dos meus vasos. Eles me atrapalham na verificação da umidade do solo.

Frequentemente, percebo quando uma suculenta precisa ser regada apenas pela aparência da terra, que se torna mais clara e esbranquiçada, aspecto bem distinto de um solo úmido.

Durante as regas rotineiras, no dia a dia, eu evito molhar as folhas e rosetas das suculentas, para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento nos interstícios destas plantas, geralmente bem compactas.

No entanto, uma vez por semana ou a cada quinze dias, principalmente durante os meses mais quentes do ano, eu costumo levar todas para a banheira e dar uma boa chuveirada.

O importante é deixar as suculentas secarem bem, depois do banho. Este procedimento evita o acúmulo de sujeira e, eventualmente, pragas nas folhas das plantas.

Sedum multiceps

Luminosidade para suculentas
Alguns iniciantes têm a impressão de que só é possível cultivar suculentas e cactos sob pleno sol. Isso não é verdade. Muitos gêneros e espécies de suculentas adaptam-se ao cultivo em interiores, desde que próximos a janelas bem iluminadas.

Neste caso, é importante saber quantas horas de sol cada janela recebe, bem como sua orientação. As janelas e varandas com face norte são as mais iluminadas e propícias ao cultivo de cactos e suculentas. Aquelas voltadas a leste recebem o sol da manhã, que também é ótimo.

Janelas face oeste tendem a ser muito quentes, podendo provocar queimaduras em suculentas mais sensíveis. Já as aberturas voltadas ao sul precisam abrigar plantas que necessitem de menos luz para seu desenvolvimento.

Nem todas as suculentas são iguais, no quesito luminosidade. Existem gêneros mais propícios a serem cultivados em ambientes internos, de meia sombra. Também existem aquelas que são mais resistentes ao sol direto.

Antes de montar sua coleção, o importante é avaliar o quanto de luz seu ambiente recebe. Depois desta verificação, basta fazer uma pesquisa e adquirir as suculentas que melhor se adaptam às condições que podemos oferecer.

Além disso, muitos gêneros de plantas suculentas adaptam-se tanto ao cultivo sob sol pleno como à meia sombra. O curioso é que sua morfologia e coloração mudam completamente, dependendo do nível de luminosidade ao qual são expostos. Nestes casos, o importante é fazer a transição gradualmente, de um ambiente para outro.

Aeonium-Sunburst3

A propagação de Suculentas
Plantas suculentas podem ser multiplicadas com grande facilidade e rapidez. Qualquer folha que é destacada da planta mãe pode gerar uma nova muda.

Basta que os segmentos sejam removidos corretamente, antes que comecem a murchar ou secar, e que sejam colocados em um berçário de suculentas.

Além disso, o processo de poda drástica, popularmente conhecida como decapitação, pode gerar uma grande quantidade de novas plantas.

Já o processo de propagação através de sementes é mais difícil e demorado. Existem algumas empresas que comercializam sementes de cactos variados. Sementes de suculentas são mais difíceis de serem encontradas comercialmente.

Embora a germinação ocorra com relativa facilidade, é complicado obter indivíduos adultos a partir de sementes, já que muitos morrem no caminho. Também é preciso ficar atento para anúncios fraudulentos de sementes, principalmente de plantas suculentas alegadamente raras.

Suculentas tóxicas
Apesar de as plantas suculentas esbanjarem beleza e fofura, há alguns cuidados a serem tomados. O perigo mais evidente são os espinhos. Não somente os cactos, mas também várias eufórbias costumam apresentar espinhos agressivos, que podem ferir crianças e animais domésticos.

Além disso, as plantas suculentas podem exsudar um líquido leitoso, quando cortadas. O caso mais típico é o das representantes da família Euphorbiaceae, como a coroa-de-Cristo. Esta seiva branca é tóxica se ingerida acidentalmente.

coroa-de-cristo

Além disso, o simples contato desta substância com a pele pode causar irritações e alergias. Ainda mais perigoso é o contato inadvertido com os olhos e mucosas.

Menos evidentes, mas igualmente perigosas, são as suculentas do gênero Kalanchoe. A planta mãe-de-milhares, popularmente conhecida como aranto, é uma suculenta famosa por causar envenenamento em animais domésticos e até em gado.

É importante tomar cuidado com esta suculenta porque muitos atribuem a ela diversas propriedades medicinais. Contudo, experimentos científicos ainda não comprovaram estas alegações.

Outro exemplo clássico de suculenta tóxica é a espada-de-São Jorge. Vários membros do gênero Sansevieria podem causar intoxicação em crianças e animais domésticos, se ingeridos acidentalmente.

A famosa planta-jade, Crassula ovata, é outra suculenta bastante comum na decoração de ambientes, que pode causar acidentes, graças à toxicidade de seus tecidos vegetais.

planta-jade

Há vários outros exemplos. De maneira geral, plantas ornamentais e suculentas devem ser protegidas do contato com crianças e animais domésticos. É importante fazer uma boa pesquisa antes de adquirir novas plantas, sempre tendo em vista os perigos potenciais para nossos entes queridos.

As suculentas são particularmente perigosas para crianças porque são fofas e suas folhas gorduchas destacam-se com facilidade, sendo um atrativo irresistível para ser colocada na boca. Todo cuidado é pouco.

As suculentas além de belíssimas e decorativas, são relativamente baratas, podendo ser encontradas em qualquer lugar. Como se não bastasse, são plantas de fácil cultivo e ideais para quem mora em apartamento.

Não é necessário fazer um curso ou ler uma enciclopédia para aprender a cuidar de suculentas. Qualquer pessoa que adquira uma pequena planta logo conhecerá os principais cuidados a serem tomados, sem muita frescura ou enrolação.

O único problema destas plantas suculentas é que não é possível parar em uma, duas ou meia dúzia. Sem que percebamos, logo estaremos contaminados pelo vírus e não sossegaremos enquanto não preenchermos cada espaço disponível com uma incrível coleção de plantas gorduchas.

neve

camélia

O gênero Camélia é uma planta de origem asiática, compreende cerca de 80 espécies de árvores e arbustos. Crescem lentamente embora possam alcançar 3 a 4 m de altura.

Trata-se de uma planta muito vistosa e decorativa durante todo o ano, graças às folhas de cor verde e sobretudo pelas flores grandes e que surge, segundo as variedades, em três períodos: outubro e dezembro, dezembro e março e março e maio.

É uma planta com pétalas de cores variadas, porém, as mais populares são a Camellia japonica e a Camellia sasanqua,

Camellia_japonica

As camélias dão-se bem em climas úmidos e de suaves temperaturas durante todo o ano. Devem ser plantadas sob a proteção de muros ou árvores altas, uma vez que não se dão bem com o sol direto.

Perenes, as folhas da camélia se mantêm firmes ao longo de todas as estações do ano. No entanto, as flores (na maioria das vezes, brancas, rosas e vermelhas) costumam aparecer durante o inverno e se estendem até a primavera. Por isso, não fique triste caso a floração não ocorra ao longo do verão ou do outono.

Se você quiser cultivar o vegetal dentro de casa, dê preferência a locais em que o vaso possa receber algumas horas de luz solar.

Camellia-Sasanqua

Assim, sua plantinha vai se desenvolver de forma saudável. Entretanto, evite que ela receba ventos muito fortes, que possam danificar a sua estrutura.

Veja como realizar o plantio de camélias em cinco passos. Confira!

1. Para começar, você vai precisar de um vaso com furos no fundo, com a maior largura que você encontrar. Isso porque, enquanto tiver espaço, a planta vai se espalhando lateralmente e suas raízes não são muito profundas.

2. No fundo do vaso, faça uma camada com juta (ou algum tecido mais grossinho com fibras naturais), adicione pedrinhas e coloque outra camada de juta. Esta etapa vai funcionar como um filtro que impede que a água acumule e apodreça a plantinha.

3. Após a camada de drenagem, adicione o substrato adubado ao recipiente. Não se esqueça de deixar cerca de 2 cm livres até o topo do recipiente.

4. Faça um furo na terra e coloque o torrão da planta com cuidado. Depois, preencha o local com mais substrato para cobrir o torrão.

5. Após o plantio, é recomendado regar a planta em abundância para ajudar no crescimento da raiz.

No caso das regas seguintes, elas devem acontecer quando a terra estiver seca na parte superior e podem ser realizadas com mais frequência em dias de verão para que as raízes não morram.

janel427

episcia-cupreata

Não é muito comum que uma mesma planta destaque-se pela beleza de suas folhagens e florações, ao mesmo tempo. No caso da planta tapete, esta missão é cumprida com louvor.

Além de suas folhas apresentarem estampas de grande efeito ornamental, a planta tapete também é conhecida por produzir delicadas flores avermelhadas, em forma de pequenas trombetas.

O mais interessante deste belíssimo conjunto botânico é que ele pode ser cultivado dentro de casas e apartamentos, em ambientes mais sombreados.

A planta tapete é típica de interiores, sendo de fácil cultivo. A espécie Episcia cupreata pertence à família botânica Gesneriaceae.

A Episcia cupreata é conhecida no exterior como flame violet. Também por este motivo, aqui no Brasil, é possível encontrá-la sob a alcunha de violeta-vermelha.

Ainda que suas flores não surjam com a abundância apresentada pela violeta-africana, a planta-tapete compensa este pormenor com uma folhagem diferenciada, apresentando uma estampa que lembra vagamente aquela encontrada na planta-mosaico ou fitônia

No entanto, as folhas da planta-tapete apresentam uma consistência mais espessa, com uma delicada penugem em sua superfície, assim como as folhas da violeta-africana. Seu porte é herbáceo, prostrado, sendo que a Episcia cupreata é frequentemente utilizada no paisagismo como forração, devido a esta característica.

A planta-tapete é típica da América do Sul, podendo ser encontrada nativamente no Brasil. Seu habitat de origem são as florestas tropicais, onde esta planta é frequentemente vista como uma trepadeira.

Episcia-cupreata1

No cultivo doméstico, a planta-tapete é mais versátil, podendo ser cultivada no chão de jardins, em áreas mais sombreadas, como forração, ou em vasos, na decoração de interiores.

Também é possível cultivá-la sob a forma pendente, em vasos suspensos. Além disso, devido à sua característica de planta trepadeira, esta espécie pode formar belas composições em treliças, inclusive como parte de jardins verticais.

Outra característica interessante da planta-tapete é que ela é capaz de florescer ao longo de todo o ano. Ainda que suas flores avermelhadas sejam as mais comumente encontradas no mercado, é possível termos variedades que apresentam estas delicadas flores tubulares em outras colorações, tais como branca, amarela, rosa ou lavanda.

É durante os meses mais quentes do ano, no verão, que o pico de floração da planta-tapete costuma ocorrer.

A coloração da folhagem exuberante apresentada pela Episcia cupreata também varia bastante, de acordo com o cultivar ou híbrido. Podemos encontrar exemplares com folhas em tons metálicos, prateados ou acobreados, outras mais esverdeadas, sempre com venações contrastantes, em tons mais claros.

O nome da espécie da planta-tapete, cupreata, significa, justamente, da cor do cobre, cúprica, em latim.

Por ser originária de regiões de clima tropical, a planta tapete não se desenvolve bem sob temperaturas muito baixas. Além disso, como está habituada aos níveis de luminosidade filtrada pelas copas das árvores, no solo das florestas úmidas, a Episcia cupreata não tolera o sol direto sobre suas folhagens.

episcia

É devido a este conjunto de características que a planta-tapete adapta-se tão bem ao cultivo em interiores, onde as temperaturas são amenas e constantes, ao longo de todo o ano, e a luminosidade é indireta, geralmente filtrada por cortinas.

No entanto, quando mantida em ambientes muito sombreados, a planta tapete pode recusar-se a florescer. O ideal é que ela seja cultivada em um local próximo a uma janela com bastante luminosidade indireta.

Em sacadas mais ensolaradas, pode ser necessário proteger a planta com uma tela de sombreamento ou colocá-la atrás de outras espécies mais resistentes ao sol direto. Neste tipo de ambiente, convém evitar o excesso de vento, que pode prejudicar o desenvolvimento da Episcia cupreata.

O solo ideal para o cultivo da planta-tapete é o mesmo utilizado para o plantio de violetas africanas. Existem misturas prontas para esta finalidade, à venda em lojas especializadas.

Alternativamente, pode-se preparar uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, de modo que o resultado final seja bem aerado, facilmente drenável e rico em nutrientes.

O vaso de plástico é o mais recomendável, já que este material possibilita a retenção da umidade no substrato por um período mais prolongado. A planta-tapete aprecia um solo sempre levemente úmido, sem encharcamento.

episcia-cupreata

Para tanto, é importante que o vaso tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por qualquer material particulado, como isopor, cacos de telha ou argila expandida.

Sob estas condições, as regas podem ser frequentes, sem excessos. É importante que a frequência de irrigações seja reduzida durante o inverno. Também com o intuito de se evitar a umidade excessiva em torno das raízes, costuma-se aconselhar evitar o uso do pratinho sob o vaso.

Assim como acontece com as regas da violeta-africana, é importante evitar molhar as folhas da planta tapete, durante estes procedimentos.

Ainda que o solo de cultivo da planta-tapete seja rico em matéria orgânica, pode-se complementar a adubação com uma formulação mais rica em fósforo, a letra P do NPK, com o intuito de promover a floração da Episcia cupreata.

Idealmente, a aplicação deste tipo de adubo é mais eficaz no período que antecede o pico de floração da planta, que costuma acontecer no verão. Durante o inverno, não há a necessidade de adubar a planta.

A propagação da planta-tapete é bastante tranquila, graças à particularidade desta espécie de emitir estolões, caules aéreos modificados que produzem novas mudas em suas extremidades.

Ao tocarem o solo, estas estruturas enraízam-se com facilidade e garantem a multiplicação da Episcia cupreata.

planta-tapete-episcia-cupreata

No entanto, quando a planta tapete é cultivada sob a forma pendente, é comum que os cultivadores prefiram manter os estolões intactos, já que eles vão avolumando a touceira, produzindo novos estolões, sequencialmente.

Quando o conjunto todo floresce, produz um espetáculo à parte. Outra forma bastante rápida e prática de se obter novas mudas da planta-tapete é através da simples divisão de suas touceiras.

Outra característica interessante da planta-tapete é que ela não apresenta toxicidade a crianças ou animais de estimação, caso seja inadvertidamente ingerida.

Por não ser tão comum quanto a violeta-africana, a Episcia cupreata é uma excelente opção para diversificar o rol de plantas ornamentais dentro de nossas casas e apartamentos.

Bastante versátil, a planta-tapete vai bem em vasos isolados, jardineiras, cestas suspensas, jardins verticais e, até mesmo, terrários.

noite