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Evidentemente, a lista de plantas suculentas que podem ser cultivadas em locais abertos, recebendo sol direto, é muito extensa. No artigo de hoje falarei de algumas espécies e híbridos resistentes e de fácil cultivo, ideais para quem pretende começar a colecionar plantas suculentas e dispõe de um espaço bem ensolarado, mesmo que seja uma janela ou sacada de apartamento.

Parece até um pleonasmo utilizar o termo suculentas de sol pleno, mas a verdade é que nem todas as plantas inclusas nesta categoria gostam de ficar torrando debaixo do sol direto do meio dia.

Até mesmo as plantas apresentadas na lista a seguir, se acostumadas a um ambiente mais sombreado, poderão ter suas folhas queimadas, caso sejam transferidas repentinamente para um ambiente demasiadamente ensolarado.

Sempre que esta transição for necessária, é aconselhável que a mudança seja feita de forma gradativa, de preferência no inverno, quando a insolação tem menor intensidade. O sol do início da manhã e do final da tarde também pode ajudar neste processo de adaptação.

mãe de milhares

A primeira sugestão de suculenta de sol pleno, é o famoso Aranto. Bastante conhecida por suas alegadas propriedades medicinais, esta planta pode ser tóxica se ingerida por crianças ou animais de estimação.

Também conhecida como mãe-de-milhares ou mãe-de-mil, trata-se da Kalanchoe daigremontiana, ela é perfeita para ambientes ensolarados. Quanto mais luz esta suculenta receber, mais brotinhos ela produzirá a partir das extremidades de suas folhas.

Além disso, sob condições de boa luminosidade, o aranto irá adquirir uma bela tonalidade rosada nas bordas das folhas.

Kalanchoe-blossfeldiana.

A próxima inspiração para um jardim sob sol pleno também pertence ao gênero Kalanchoe. De modo geral, estas espécies de plantas suculentas são ideais para serem cultivadas sob sol direto, sem maiores problemas.

No caso da flor-da-fortuna, também conhecida como calandiva, quando suas pétalas são dobradas, a planta somente florescerá quando exposta a bastante luminosidade direta.

Seu nome científico é Kalanchoe blossfeldiana. Embora seja uma planta suculenta, a calandiva é muito lembrada como uma flor para presentear ou decorar ambientes internos. Há versões com longas hastes, comercializadas como flores de corte.

Kalanchoe-luciae

Ainda dentro do gênero Kalanchoe, temos uma clássica suculenta de sol pleno, popularmente conhecida como orelha-de-elefante. Esta belíssima espécie originária da África do Sul, Kalanchoe luciae, é bastante utilizada no paisagismo de áreas externas, principalmente compondo a decoração de jardins de inspiração desértica.

Fica belíssima em meio a rochas, cactos e outras suculentas de sol pleno. Sob estas condições de cultivo, suas folhas assumem grandes proporções, fazendo jus ao apelido, e adquirindo um belíssimo colorido púrpura nas extremidades.

aloe-vera

Outro gênero botânico bastante conhecido por suas plantas suculentas de sol pleno é o Aloe. Sua representante mais famosa é a popular babosa, Aloe vera. Muitos cultivam esta planta de olho em suas supostas propriedades medicinais.

É comum que a maioria das casas tenha um pé de babosa, para que o sumo de suas folhas possa ser utilizado para tratar queimaduras, em um eventual acidente. Há ainda quem use a substância para hidratar os cabelos.

O fato é que, além destas propriedades, a Aloe vera é bastante apreciada como planta ornamental, principalmente em países do hemisfério norte. Trata-se de uma suculenta de sol pleno bastante resistente, quase indestrutível, que cresce e se multiplica com bastante rapidez.

Para quem mora em apartamentos, o único inconveniente é que a planta pode atingir grandes proporções. Trata-se de uma suculenta bastante versátil, já que pode se adaptar ao cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que fique em um local bem iluminado.

aloe-juvena

Uma suculenta parenta da babosa, que apresenta menor porte e aparência mais agressiva, é a Aloe juvenna, também conhecida como suculenta dente-de-tigre. Esta é uma excelente suculenta para ambientes sob sol pleno, originária do continente africano, mais especificamente do Quênia.

A Aloe juvenna apresenta a vantagem de ser mais compacta, de crescimento predominantemente vertical, encaixando-se melhor nas prateleiras que guardam nossas coleções de suculentas. Também é uma planta que pode ser cultivada em interiores, desde que próxima a janelas ensolaradas.

Na falta de luminosidade, esta suculenta tende a ficar estiolada, adquirindo um porte mais alto e comprido, como um sinal de que busca mais luz.

echeveria elegans

Outro grupo clássico de suculentas de sol pleno é popularmente conhecido como rosa-de-pedra. De modo geral, são plantas com folhas rechonchudas, dispostas em forma de rosetas, muitas pertencentes ao gênero Echeveria.

Quanto mais sol direto estas suculentas recebem, mais compactas e coloridas ficam suas rosetas. No entanto, este é um exemplo de suculenta que pode ter suas folhas queimadas, caso não esteja habituada ao cultivo sob sol pleno.

Estas plantas precisam ser adaptadas gradualmente a um ambiente com mais luminosidade, principalmente em regiões tropicais, de climas muito quentes. Por precaução, convém sempre proteger estas suculentas do sol mais intenso do meio dia, principalmente durante o verão.

Euphorbia-tirucalli1

Uma bela suculenta de sol pleno, que não sofre destes problemas de queimaduras de folhas, até porque tem pouquíssimas, é o popular aveloz, Euphorbia tirucalli.

Quanto mais sol direto esta suculenta receber, mais coloridas ficarão suas touceiras, que adquirem uma tonalidade incandescente, laranja avermelhada. Ainda assim, esta é uma suculenta que pode ser cultivada dentro de casas e apartamentos, desde que em um local bem iluminado.

De modo geral, as suculentas do gênero Euphorbia necessitam de menos luz, quando comparadas às cactáceas.

Euphorbia_Milii

Frequentemente confundida com um cacto, a planta coroa-de-Cristo também pertence ao gênero Euphorbia. Esta suculenta é bastante utilizada em áreas externas, principalmente como bordaduras ou cercas vivas. Existe uma belíssima e delicada versão em miniatura, perfeita para quem cultiva plantas em interiores.

O único cuidado, como sempre, é expor esta suculenta de sol pleno a níveis adequados de luminosidade. No caso da Euphorbia milii, o perigo é a planta se recusar a florescer, principalmente quando mantida dentro de casas e apartamentos.

Além do sol direto, esta é uma suculenta que se beneficia de uma adubação mais rica em fósforo, própria para estimular a sua floração. A coroa de Cristo é incrivelmente resistente e de fácil cultivo, além de se desenvolver de forma acelerada.

Graptopetalum-paraguayense

Outra popular suculenta que vai muito bem sob sol pleno é a planta-fantasma, apelido carinhoso do Graptopetalum paraguayense. Sua aparência empoeirada deve-se à deposição de uma camada de pruína, substância cerosa com o aspecto de um fino pó translúcido.

Ainda que possa ser mantida em ambientes internos, a suculenta fantasma fica mais bonita e compacta em locais que recebem o sol direto. Sob estas condições de cultivo, as folhas desta suculenta adquirem um belo colorido lilás, bem suave.

Com o tempo, os caules vão se tornando mais compridos, vão perdendo as folhas nas regiões mais próximas à base, e finalmente tornam-se pendentes. Uma touceira bem formada da planta fantasma é sempre um espetáculo para os olhos.

Graptoveria ‘Fantome’

Por fim, um representante híbrido de suculenta de sol pleno. Não por acaso, a Graptoveria ‘Fantome’ é resultado do cruzamento de duas plantas já mencionadas ao longo deste artigo, a Echeveria elegans e o Graptopetalum paraguayense. Esta planta miscigenada parece ter herdado os superpoderes dos pais, de forma sinérgica.

A Graptoveria ‘Fantome’ é incrivelmente resistente ao sol direto, além de crescer e se multiplicar com grande rapidez. Esta é a planta mais indicada para a propagação através de suas folhas, que brotam mesmo quando não são colocadas em um berçário de suculentas.

Como mencionado na introdução, poderia citar dezenas de outros exemplos de plantas suculentas que podem ser cultivadas sob sol pleno. São plantas fáceis de serem cultivadas, bastante resistentes às pragas e às intempéries, ideais para quem está começando a cultivar suculentas.

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Aloe aristata

Os nomes populares de vários seres vivos costumam ser um tanto quanto imprecisos, visto que o mesmo organismo pode ser chamado por diversos apelidos, podendo também ocorrer o contrário, quando diferentes espécies acabam recebendo a mesma alcunha.

Não que a taxonomia científica nos livre deste mal, o mesmo fenômeno ocorre com frequência neste universo. A suculenta rabo-de-tatu, por exemplo, é uma planta bastante popular.

Ainda que diferentes indivíduos possam ser assim nomeados, o mais comum é que este termo se refira à espécie botânica Aloe aristata, também conhecida como Aristaloe aristata.

Como uma prova de que a nomenclatura oficial também pode ser confusa, alguns estudiosos agora decidiram que esta planta pertence ao gênero Haworthiopsis. Mudanças desta natureza são bastante comuns, particularmente no âmbito dos estudos botânicos.

Polêmicas à parte, quando se fala em suculenta rabo-de-tatu, o mais provável é que a planta mencionada seja a Aloe aristata. Trata-se de uma prima da popular babosa, cujo nome científico é Aloe vera.

Ainda que ambas as plantas organizem-se sob a forma de folhas suculentas e triangulares, dispostas em rosetas, a suculenta rabo-de-tatu apresenta um porte muito mais compacto, o que torna o seu cultivo dentro de casas e apartamentos mais prático e conveniente.

Vista de longe, e por cima, a Aloe aristata pode até ser confundida com uma suculenta dos gêneros Echeveria ou Haworthia. No entanto, ao observarmos suas folhas com mais atenção, percebemos os detalhes típicos das Aloes, tais como as estruturas em forma de dentes afiados, nas margens laterais.

A suculenta rabo-de-tatu pertence à família Asphodelaceae, que reúne os gêneros Aloe, Haworthia, Haworthiopsis e Gasteria, entre outros. De fato, ao observarmos a planta de lado, temos uma imagem que nos remete à aparência de uma tocha.

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As inflorescências desta espécie também lembram tochas, principalmente devido à coloração alaranjada de suas flores. Outra estrutura característica desta suculenta é a ponta da folha bastante afilada, que lembra um fiapo de tecido.

Assim como acontece com sua prima mais famosa, Aloe vera, a suculenta rabo-de-tatu também costuma ser utilizada como fonte de substâncias emolientes para a pele, principalmente no exterior, graças ao sumo gelificado contido em suas folhas.

No entanto, sua produção é menor, devido ao porte compacto, quando comparado às proporções gigantescas que as folhas da babosa podem atingir.

Típica suculenta do continente africano, a planta rabo de tatu é originária de países como Lesoto e África do Sul. Ainda assim, esta espécie não necessita de sol pleno para um bom desenvolvimento, podendo se adaptar ao cultivo em ambientes internos.

A Aloe aristata contenta-se com bons níveis de luminosidade indireta, vinda de uma janela que receba uma boa iluminação natural. Sua aparência é mais pálida quando cultivada em ambientes mais sombreados. Quanto mais luz a planta  receber, mais escuras ficarão suas folhas.

Como toda suculenta, a planta rabo-de-tatu ressente-se do excesso de regas. O primeiro indício de que a planta está recebendo água demais é observado pelo amarelamento de suas folhas próximas à base.

Além disso, elas ficam mais amolecidas e destacam-se com facilidade, graças à ação destrutiva de bactérias, que se proliferam em razão do excesso de umidade.

Para que não corramos o risco de esta tragédia acontecer, devemos controlar bem a frequência das regas. Elas somente devem acontecer quando o solo estiver bem seco.

aloe aristata

Percebe-se que o momento certo para uma nova irrigação chegou quando o vaso está bem leve, sinal de que o substrato está suficientemente livre de umidade. Além disso, eu costumo observar a coloração da terra.

Quanto mais seca, mais clara é a sua aparência. Por este motivo, minhas suculentas e cactos costumam ser cultivados sem aquela camada de pedrisco branco por cima, que tem função apenas decorativa.

Outro elemento essencial para um bom cultivo da suculenta rabo-de-tatu é o substrato. É importante que tentemos mimetizar a natureza do solo presente nos locais de origem desta planta. O ideal é que ele seja bem aerado, rapidamente drenável, e que não fique muito compactado.

Estas características podem ser encontradas em substratos comerciais, próprios para o cultivo de cactos e suculentas. Alternativamente, pode-se preparar uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais.

Convém salientar que a areia da praia não pode ser utilizada para esta finalidade, por apresentar uma salinidade excessiva, prejudicial às raízes das plantas.

Como a suculenta rabo-de-tatu está habituada à vida em ambientes áridos, que apresentam solos arenosos e pobres em matéria orgânica, não é necessário adubar a planta com muita frequência.

Pelo mesmo motivo, não é preciso adicionar muitos compostos orgânicos ao substrato. Caso o intuito seja estimular a floração da Aloe aristata, uma formulação mais rica em fósforo, a letra P do NPK, pode ser fornecida, nos meses que antecedem o surgimento de hastes florais.

Ainda que não seja o principal atrativo da suculenta rabo-de-tatu, suas flores são bastante chamativas, com uma coloração coral, sob a forma de inflorescências no topo de longas hastes eretas.

As flores da Aloe aristata costumam surgir durante os meses do verão, sendo conhecidas por sua capacidade de atração dos beija-flores. Muitos cultivadores, no entanto, costumam evitar que seus exemplares floresçam, de modo a priorizar o crescimento vegetativo e a aparência compacta das rosetas.

Aloe
Em resumo, a suculenta rabo de tatu é uma planta de fácil cultivo, bastante resistente, que se multiplica com facilidade, emitindo novos brotos a partir da base da planta mãe.

Seu porte compacto a torna ideal para o cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que seja possível lhe fornecer bons níveis de luminosidade. Para quem gosta de suculentas em forma de rosetas, esta é uma valiosa adição à coleção, graças aos exóticos detalhes de suas folhas pontiagudas.

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Kalanchoe orgyalis4

Acho que poucas plantas suculentas ostentem um nome popular tão fidedigno, em relação à sua aparência, quanto a Kalanchoe orgyalis, cujo apelido mais conhecido é colher-de-cobre. Também existe a versão prateada, representada pela Kalanchoe bracteata, que é conhecida como colher-de-prata.

Kalanchoe bracteataKalanchoe bracteata

De fato, o gênero Kalanchoe está repleto de espécies surpreendentes, não somente por suas características ornamentais, mas também pela resistência, facilidade de cultivo e rapidez de multiplicação.

Além da belíssima coloração, as folhas da suculenta colher de cobre apresentam um interessante aspecto aveludado, similar ao encontrado em outra espécie do gênero, Kalanchoe tomentosa, mais conhecida como orelha-de-gato.

As estruturas que se assemelham a pelos recebem a denominação técnica de tricomas, nos tecidos vegetais. No caso da colher de cobre, eles são mais curtos, lembrando um veludo. Já na orelha de gato, eles se apresentam mais longos, conferindo às folhas desta suculenta a aparência de um bicho de pelúcia.

Devido à cor das folhas e à presença dos tricomas, a suculenta colher de cobre é conhecida, no exterior, como cinnamon bear, urso de canela. Além disso, o apelido brasileiro também costuma ser utilizado em países de língua inglesa, copper spoons, colheres-de-cobre.

Uma característica interessante da Kalanchoe orgyalis é que a coloração acobreada de suas folhas muda ao longo do tempo. Elas nascem mais claras, vão adquirindo a tonalidade de canela conforme amadurecem, e acabam apresentando uma coloração mais esverdeada na região mais próxima à base desta suculenta.

colherdecobre

A face inferior das folhas é sempre mais clara. Outra marca registrada desta espécie são as folhas em formato oval, levemente dobradas para cima, em seu sentido longitudinal.

A suculenta colher-de-cobre somente é encontrada naturalmente em algumas regiões da ilha de Madagascar. Em seu habitat de origem, a planta enfrenta a aridez do clima local, vegetando sobre solos secos, arenosos, em meio às rochas. Suas folhas suculentas e pilosas são resultado de uma adaptação a estas condições mais insalubres de vida.

Esta é uma planta bastante resistente, que requer baixa manutenção. Evidentemente, as regas não devem ser frequentes, precisando ser realizadas apenas quando o solo estiver bem seco.

Um bom espaçamento entre as irrigações garante que as raízes da suculenta colher-de-cobre não sejam atacadas por fungos e bactérias, que podem destruir a planta rapidamente.

Por este mesmo motivo, a suculenta colher-de-cobre deve ser plantada em um solo arenoso, pobre em matéria orgânica, bastante aerado e que permita uma drenagem rápida da água.

Kalanchoe orgyalis

Estes requisitos podem ser satisfeitos através da utilização de uma mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. A areia da praia deve ser evitada, já que contêm elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das plantas, de maneira geral.

Para quem gosta de praticidade, existem diversos substratos específicos para o cultivo de cactos e suculentas, já vendidos prontos para o uso.

Não é necessário adicionar grandes quantidades de compostos orgânicos ao substrato, como húmus de minhoca ou esterco curtido, já que a Kalanchoe orgyalis está habituada a solos menos férteis, em seu habitat de origem.

A adubação deve ser apenas de manutenção, havendo formulações inorgânicas, do tipo NPK, apropriadas para o cultivo de plantas suculentas.

Os vasos para o cultivo da suculenta colher de cobre podem ser feitos dos mais diferentes materiais. Contudo, é sempre bom ter em mente que os vasos de plástico tendem a reter a umidade por mais tempo, de modo que as regas devem ser mais espaçadas.

O mesmo vale para os vasos de cerâmica impermeabilizados. Aqueles feitos de barro, por outro lado, são mais porosos e permitem que o substrato seque mais rapidamente. Este material não é muito prático, já que requer regas mais frequentes.

O crescimento da suculenta colher-de-cobre é relativamente lento. Quando cultivada dentro de casas e apartamentos, no entanto, existe a tendência de a planta ficar estiolada, situação em que o crescimento de seu caule ocorre de forma acelerada, com um grande distanciamento entre os pares de folhas, de modo que a suculenta acaba tornando-se pescoçuda.

Kalanchoe-orgyalis
A espécie Kalanchoe orgyalis é ideal para compor o paisagismo de áreas externas, principalmente em jardins rochosos, de inspiração desértica. A suculenta colher de cobre fica belíssima em meio a outras suculentas, principalmente dos gêneros Kalanchoe e Echeveria.

Evidentemente, não há par mais perfeito para esta planta do que a igualmente bela suculenta colher de prata. Para fechar o trio de metais preciosos, nada melhor do que o Sedum Oro, que também adora sol pleno.

Em ambientes internos, contudo, é importante prestar atenção e garantir que a suculenta colher de cobre fique próxima a uma janela bem ensolarada. Esta planta também vai muito bem em varandas  e coberturas que recebam sol pleno.

Na ausência destas localidades, uma floreira posicionada do lado de fora das janelas também garante um bom desenvolvimento à Kalanchoe orgyalis.

A luminosidade é outro fator importante para fazer a suculenta colher de cobre florescer. Ainda que este não seja o objetivo principal da maioria dos cultivadores, a floração desta planta é bastante chamativa, sob a forma de inflorescências em um tom bem vivo de amarelo.

As flores não se abrem completamente, apresentando o formato de um sino. A colher de cobre produz suas hastes florais predominantemente durante os meses da primavera.

A suculenta colher-de-cobre, como outras espécies do gênero Kalanchoe, de modo geral, multiplica-se com bastante facilidade, através de diferentes maneiras. Novos brotos são produzidos a partir da base da planta mãe.

Kalanchoe orgyalis3

Estas mudas podem ser destacadas e plantadas separadamente, gerando novas suculentas. Além disso, é possível destacar as folhas em forma de colher de cobre e colocá-las em um berçário de suculentas, para que produzam novas mudas.

Bonita, versátil e resistente, a suculenta colher de cobre é perfeita para o cultivo em ambientes externos e internos, desde que haja boa luminosidade. Trata-se de uma espécie bastante admirada pelos colecionadores, pela sua aparência e colorido únicos.

barquinho

Crassula-campfire

Ainda que nem sempre percebamos, a maioria das plantas suculentas que cultivamos, com fins ornamentais, pertence à família botânica Crassulaceae.

Vamos destacar uma ilustre representante de um seleto grupo de crassuláceas, conhecidas pela incrível organização geométrica de suas folhas suculentas. São as chamadas stacked Crassulas, ou Crassulas empilhadas.

A Crassula capitella ‘Campfire’ é simétrica e exótica, cujas folhas lembram várias cruzes perfeitamente sobrepostas. Além da geometria raramente encontrada na natureza, esta espécie de planta suculenta é famosa pelo seu colorido único.

Quando expostas à luz solar direta, as folhas da Crassula capitella, outrora verdes, adquirem um esfuziante tom avermelhado, em dégradée, que mistura as cores verde, laranja, pink e escarlate.

Quanto mais luz solar a Crassula capitella ‘Campfire’ recebe, mais coloridas, simétricas e compactas ficam suas folhas suculentas. A luminosidade no ambiente de cultivo é o principal fator determinante para a obtenção de plantas suculentas coloridas, de maneira geral.

No entanto, esta também é uma questão genética. Nem todas as espécies ficarão coloridas quando expostas ao sol.

 Crassula capitella 'Campfire'

A Crassula capitella ‘Campfire’ também pode ser encontrada como Crassula ‘Red Pagoda’, por ser uma versão vermelha deste tipo de suculenta geométrica, em forma de pagoda.

É interessante notar que a Crassula capitella ‘Campfire’ fica avermelhada exatamente nas regiões da planta que recebem sol. Esta é uma planta suculenta nativa do continente africano, ocorrendo em maior abundância em diversas províncias da África do Sul.

A Crassula capitella ‘Campfire’ também pode ser encontrada em algumas regiões da Namíbia e Botsuana. O nome da espécie, capitella, é derivado da palavra em latim capitellum, que significa pequena cabeça.

As flores da Crassula capitella ocorrem sob a forma de pequenas estrelas brancas, de efeito ornamental secundário, quando comparadas à exuberância das folhas suculentas incandescentes.

O néctar das inflorescências tem a capacidade de atrair abelhas e borboletas. As raízes desta planta suculenta costumam ser utilizadas pelos nativos africanos na cicatrização de ferimentos, sendo maceradas e transformadas em pó.

Ainda que possa ser cultivada dentro de casas e apartamentos, em vasos, desde que em locais com bastante luminosidade, a Crassula capitella ‘Campfire’ fica mais exuberante em jardins de inspiração desértica, sob sol pleno, onde forma pequenos arbustos em diferentes tonalidades de vermelho vivo. Pode ser utilizada de forma solitária, como ponto focal, ou em bordaduras.

Crassula-Capitella
Quando cultivada sob condições mais sombreadas, a Crassula capitella tende a ficar estiolada, crescendo de forma acelerada, em busca de luz. As folhas mais próximas à base da planta vão secando e caindo, de forma que a suculenta se torna pescoçuda.

Esta situação pode ser facilmente corrigida através de uma poda drástica, conhecida como decapitação de suculentas. Este processo, além de melhorar a estética da planta, também pode ser utilizado para multiplicar a Crassula capitella, uma vez que o caule remanescente continuará a produzir novas brotações.

A multiplicação da Crassula capitella ‘Campfire’ é bastante tranquila. Esta suculenta produz inúmeros brotos ao longo de seu caule, principalmente na região próxima ao solo. Além disso, as folhas destacadas da planta podem ser colocadas em um berçário de suculentas, onde irão produzir novas mudas com facilidade.

Esta é uma suculenta que aprecia um solo mais arenoso, pobre em matéria orgânica, bem aerado e facilmente drenável. Solos próprios para o cultivo de cactos e suculentas são perfeitos para esta planta.

Alternativamente, pode-se preparar um substrato caseiro através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. O importante é que o vaso tenha um bom sistema de drenagem, de modo a evitar que a água fique acumulada no substrato.

Crassula-capitella-Campfire

O excesso de água faz com que um fungo esbranquiçado se desenvolva na superfície das folhas, arruinando sua aparência. Além disso, a umidade excessiva pode causar o apodrecimento do sistema radicular, matando a planta.

As regas devem ser bem espaçadas, de modo que permitam a secagem completa do substrato. A Crassula capitella ‘Campfire’ não necessita de uma adubação muito elaborada, uma vez que o solo em seu habitat de origem é pobre em nutrientes.

A aplicação de um fertilizante de manutenção, do tipo NPK, é mais que suficiente para um bom desenvolvimento da suculenta. Existem formulações inorgânicas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda no mercado.

Dentro de casas e apartamentos, é possível cultivar a Crassula capitella, uma vez que a suculenta tolera uma situação de meia sombra. Sob estas circunstâncias, é importante que o vaso fique bem próximo a uma janela ensolarada.

Crassula capitella 'Campfire'

Caso a planta possa receber algumas horas de sol direto por dia, ainda que no começo da manhã ou final da tarde, seu aspecto ficará mais simétrico e compacto, com as folhas mais coloridas. Varandas ensolaradas e jardineiras no lado externo das janelas são locais perfeitos para o cultivo desta planta.

Para quem gosta de suculentas coloridas, a Crassula capitella ‘Campfire’ ou Crassula ‘Red Pagoda’ é uma excelente aquisição. Trata-se de uma planta resistente, que se desenvolve vigorosamente e se multiplica com rapidez.

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