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Ao florir, a planta concentra toda sua energia para gerar descendentes, então, precisa direcionar o máximo de nutrientes para fazer haste, encher botões, abrir flores, torná-las atrativas aos polinizadores e, uma vez que elas tenham sido fecundadas, desenvolver as sementes até que se despreguem da planta-mãe e possam enraizar.

E as folhas? Isso é secundário para uma verdinha preocupada em ser polinizada, então, sim, as folhas, como exemplo o manjericão, vão perdendo um pouco do cheiro – e também ficam menores, pálidas, queimadas ou amarelas.

A verdade, no entanto, está ainda mais enraizada nessa resposta: de fato, o manjericão perde uma parte do cheiro ao florescer, mas não tanto que um cozinheiro amador como eu e você sejamos capazes de sentir, especialmente se a planta estiver no sol o dia inteirinho.

Ou seja, antes de se preocupar com as flores (que as abelhas precisam tanto), que tal deixar o pé de manjericão no sol?

Na jardinagem, algumas “verdades” dessas tiram o sono do jardineiro iniciante, que fica dividido entre opiniões divergentes. É verdade que cortar a estaca na diagonal faz a rosa durar mais?

Dá certo regar a orquídea com pedras de gelo? Suculenta precisa ser protegida de chuva? Adubo feito com sobras da cozinha queima as raízes? Vem cá entender o que está por trás dessas questões.

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1Orquídea precisa ser regada com duas pedras de gelo
Prefira o tradicional: regar com gelo é fake news .
Mito: a maioria das orquídeas é de origem tropical, o que significa que gosta de muito calor, queima em temperaturas abaixo de 15ºC e ama umidade, tanto no ar quanto no substrato.

Uma Phalaenopsis ou um Oncidium nem sequer sabem o que é gelo em seu habitat natural, porque neles a temperatura jamais chega a zero.

Além disso, a quantidade de água que derrete de algumas pedras de gelo é muito pequena para hidratar a maioria das plantas adultas encontradas no mercado.

O que fazer então: regue sua orquídea com água abundante, deixando que escorra pelos furos do vaso, até ter certeza de que todo o substrato foi encharcado. Escorra bem e deixe o vaso no sol da manhã. Só molhe de novo quando estiver seco ao toque.

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2 – . Cortar o cabinho na diagonal faz a rosa durar mais
Meia verdade:
o corte em bisel, como se chama esse talho na diagonal, aumenta a área de absorção de água da haste, sim, mas, para dar certo, você teria de cortar com a tesoura, a planta e as mãos dentro de uma bacia com água.

Ao expor uma nova camada de tecido vegetal, o ar penetra nos finos cânulos de irrigação da flor, impedindo que a água do vaso mantenha a haste irrigada por mais tempo. De nada vai adiantar cortar em bisel se você fizer isso fora da água.

O que fazer então: para que seus arranjos florais durem mais tempo, não deixe que folhas fiquem em contato com a água, que deve ser trocada diariamente. Nenhum conservante floral é tão eficiente quanto vaso limpo e água fresca.

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3 - Suculenta não pode tomar chuva
Até pode tomar chuva, mas exige cuidados.
Mito: toda planta pode e precisa de chuva, já que essa é a fonte de água natural para a maioria dos ecossistemas terrestres.

Algumas espécies aguentam passar meses sem rega porque aprenderam a acumular água em seus tecidos — sejam raízes, bulbos, rizomas, tubérculos, folhas, caules, troncos ou flores, como é o caso das suculentas e de muitas outras plantas.

Uma única folha adulta de Echeveria, por exemplo, consegue armazenar até 10 ml de água, o que dá cerca de meio litro só na parte que fica para fora da terra. Com tanta água no corpo, essas plantas geralmente apodrecem com muita água no solo, mas isso não significa que não possam tomar chuva.

O que fazer então: pode deixar sua suculenta no tempo se ela estiver plantada no chão ou num vaso furado com substrato arenoso, mantido ao sol e ao vento, como acontece na natureza. Nos vasos dentro de casa, prefira não molhar as folhas.

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4 - Adubo de sobras da cozinha queima as raízes
Pode ir sem medo: adubo caseiro não prejudica a planta.
Mito: ao bater resíduos vegetais crus no liquidificador e colocá-los no solo, você oferece uma bomba de nutrientes ainda sem processamento, não decompostos, como na maioria dos adubos naturais.

Embora esse material ainda precise se decompor, os fungos, bactérias e micro-organismos do solo farão o processo acontecer, não precisa separar o material para “fermentar” antes de aplicar.

Esse jeito de adubar imita o que a natureza já faz: quando a fruta cai aos pés da árvore, sua casca e caroço, mais fibrosos, ficam na superfície do solo, enquanto seus líquidos nutritivos penetram no solo e, depois de um tempo, adubam a terra.

O que fazer então: regue abundantemente após aplicar o “adubo de liquidificador” e  sempre cubra a terra com uma grossa camada de palha seca, como casca de pínus, folhas trituradas, cavacos de madeira ou serragem, entre outros. Eis o segredo.

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5 - Canela em pó faz a orquídea dar flor
Uma colherinha de canela dá estímulo para dar flores.
Verdade: não se sabe bem o motivo, mas ao polvilhar uma colherinha de canela em pó superficialmente no substrato da Phalaenopsis, a planta ganha um estímulo para dar flores.

O truque quase mágico não funciona com outros gêneros de orquídeas nem tem efeito em plantas cultivadas em ambiente sem sol nenhum, já que a floração está diretamente ligada à incidência de algumas horinhas de sol da manhã.

Mesmo Phalaenopsis com as folhas meio maltratadas são capazes de reagir à canela, desde que tomem sol fraco e sejam regadas direitinho (volte ao segundo item desta lista). Canela em pau não dá muito resultado, já que demora para se decompor no substrato.

O que fazer então: duas vezes por ano, quando sua Phalaenopsis estiver sem flor, polvilhe por todo o substrato uma colher de café de canela em pó. A cada rega, um pouco desse material entrará em contato com as raízes e “acordará” a planta.

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Sophronitiscernua

Esta pequena orquídea alaranjada, de nome científico Sophronitis cernua, é bastante pontual. Todo final de verão, começo de outono, ela dá início aos preparativos para uma bela floração, a cada ano mais abundante.

Durante a época em que não está florida, ela se dedica ao crescimento vegetativo, emitindo novos pseudobulbos. Estas estruturas se esparramam pelo substrato, criando uma touceira de grandes proporções, em forma de tapete.

Quando a floração acontece, o conjunto todo nos proporciona um espetáculo memorável. Dentre as orquídeas do gênero Sophronitis, esta é a mais generosa quanto ao número de flores.

Estas florações, no entanto, em nada se assemelham às clássicas orquídeas vermelhas, representadas pela icônica Sophronitis coccínea. As flores da Sophronitis cernua também são bastante diferentes das grandes florações pink produzidas pela Sophronitis wittigiana, outra parente próxima.

Outro híbrido famoso, a Sophronitis Arizona, também apresenta flores muito maiores e geralmente solitárias, quando comparadas à espécie cernua. Embora a Sophronitis cernua seja assim conhecida desde o século XIX, atualmente há quem diga que nem Sophronitis ela é mais.

Sophronitiscernua

A Sophronitis cernua é uma orquídea presente em vários estados do território brasileiro. Há relatos de que também ocorra na Bolívia e no Paraguai. No Brasil, sua ocorrência concentra-se na região sudeste.

Descoberta em 1828, nas imediações da cidade do Rio de Janeiro, esta espécie foi utilizada por Lindley para descrever todo o gênero Sophronitis. Atualmente, há quem a considere parte do gênero Cattleya, sendo assim classificada como  Cattleya cernua.

A Sophronitis cernua é uma orquídea que aprecia elevados níveis de umidade relativa do ar em seu ambiente de cultivo, de forma similar à condição em que se encontra em seu habitat de origem.

Por esta razão, é tão complicado cuidar desta micro orquídea em apartamentos ou em interiores de modo geral. O ambiente urbano em que vivemos, notadamente os cômodos de nossas casas, costumam apresentar um ressecamento mais acentuado do ar.

A falta de ventilação também é outro entrave para o cultivo de orquídeas como a Sophronitis cernua.

Existem alguns artifícios que ajudam a elevar os níveis de umidade relativa do ar, em ambientes internos. O uso de fontes de água, próximas ao local de cultivo das orquídeas, ajuda neste quesito.

Sophronitis Cernua

Alternativamente, pode-se fazer uso das bandejas umidificadoras. Qualquer recipiente raso pode ser utilizado, até mesmo o pratinho. Contudo, ele deve contar uma camada de areia, pedrisco ou brita.

A lâmina de água fica no fundo e o vaso vai por cima deste sistema. Não há contato direto da água com as raízes da Sophronitis cernua.

Embora apreciem umidade no ambiente, as orquídeas detestam ficar com os pés molhados por muito tempo. Por isso, é fundamental evitar o uso de pratinhos sob o vaso, que acumulam a água das regas.

Estas devem ser espaçadas e somente realizadas quando o substrato estiver bem seco. Como orquídea epífita, o ideal é que a Sophronitis cernua seja cultivada em pedaços de madeira ou troncos de árvore. Nestes casos, as regas precisam ser mais frequentes.

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Dendrobium purpureumalbum-1

A orquídea que não se parece com uma orquidácea. Esta é a impressão que muitos têm, ao se depararem com o Dendrobium purpureum e suas magníficas inflorescências em forma de delicados pompons brancos.

Sem flores, no entanto, esta orquídea tem o aspecto vegetativo clássico de muitas espécies do gênero Dendrobium, com longos e finos pseudobulbos em forma de cana, que vão perdendo as folhas com o tempo e tornam-se levemente enrugados, como se estivessem mortos.

O Dendrobium purpureum, particularmente, fica com estas estruturas em um interessante colorido branco acinzentado, com um aspecto bastante outonal e ornamental.

A orquídea Dendrobium purpureum é nativa das Ilhas Fiji, Moluccas, Sulawesi e Nova Guiné. Seu habitat é caracterizado por úmidas florestas localizadas tanto em regiões costeiras como montanhosas.

As flores do Dendrobium purpureum surgem a partir das gemas localizadas ao longo do pseudobulbos, justamente nas regiões que conectam os diversos segmentos, e que anteriormente eram pontos de inserção das folhas.

Em um primeiro momento, estas estruturas aparentam serem keikis, brotos que costumam surgir em diversos representantes do gênero Dendrobium. No entanto, com o passar do tempo, os pequenos tufos verdes de aparência arrepiada vão se desenvolvendo e revelando delicados botões florais.

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À primeira vista, cada pompom branco parece ser uma flor. No entanto, trata-se de uma inflorescência, composta por centenas de minúsculas flores em forma de trombeta, densamente imbricadas, formando uma semi-esfera.

Sendo assim, o Dendrobium purpureum poderia ser classificado como uma micro orquídea, dado o tamanho diminuto de suas flores.  No entanto, ninguém se refere a esta orquídea como tal, muito provavelmente devido ao tamanho avantajado de seus pseudobulbos, que podem atingir grandes proporções, tanto em altura como em volume da touceira.

O desenvolvimento é rápido, uma vez que vários novos brotos são emitidos simultaneamente. Infelizmente, esta é uma orquídea que emite poucos keikis, ao longo da vida, de tal forma que as chances de multiplicação do Dendrobium purpureum ficam restritas à simples divisão das touceiras.

Além disso, como já mencionamos em um artigo aqui no blog, a propagação de orquídeas através de sementes é um processo bastante minucioso, técnico e demorado.

Trata-se de uma orquídea bastante resistente, que pode florescer em qualquer época do ano. Embora o cultivo da parte vegetativa seja fácil, fazê-lo florescer costuma ser um desafio.

Esta é uma orquídea que aprecia bastante umidade durante a fase de crescimento, necessitando de uma pequena redução nas regas durante o inverno.

Este método é denominado stress hídrico. Quando as temperaturas começam a baixar, no outono, as regas devem ser reduzidas, assim como a adubação. Desta forma, enviamos um sinal fisiológico ao Dendrobium purpureum, de modo que sua floração seja estimulada.

Durante as demais estações do ano, convém aplicar um adubo do tipo NPK, com um maior teor de fósforo, a letra P do NPK. Existem formulações próprias para o cultivo de orquídeas, de diferentes marcas.

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O vaso para o cultivo do Dendrobium purpureum pode ser de barro ou de plástico. Em ambientes mais amenos, com bons níveis de umidade relativa do ar, o vaso de barro pode ser utilizado, já que é mais poroso e permite que o substrato seque mais rapidamente, além de proporcionar um melhor arejamento das raízes.

Como orquídea de hábito epífito, o Dendrobium purpureum precisa ser cultivado em um substrato bem arejado e drenável. Existem misturas à base de casca de pínus, carvão vegetal e fibra de coco, à venda em lojas especializadas.

A troca de vaso somente deve ocorrer quando o material estiver muito velho, entrando em decomposição, ou quando a orquídea começa a sair do vaso, devido ao adensamento da touceira.

A luminosidade para uma boa floração do Dendrobium purpureum deve ser intensa, porém indireta. O ideal é que os raios solares sejam filtrados por uma tela de sombreamento, preferivelmente capaz de reter 50% da luz incidente.

O sol do início da manhã e do final da tarde também pode ajudar a estimular a floração. Apesar de todos os cuidados com as regas, stress hídrico, adubação e floração, há anos em que este Dendrobium se recusa a florescer.

Trata-se de uma planta meio temperamental, ao menos sob o meu cultivo. O lado positivo desta birra é que, no ano seguinte, com muito mais pseudobulbos, a floração se torna ainda mais espetacular.

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O interessante é que, mesmo que um pseudobulbo já tenha produzido flores, ele poderá voltar a fazê-lo, no ano seguinte, a partir de outras gemas adormecidas. Portanto, por mais seca e encarquilhada que esta estrutura esteja, cheia de bainhas brancas ressecadas, não devemos cortá-las. Há sempre a possibilidade de surpresas, em termos de florações.

Infelizmente, as flores do Dendrobium purpureum album ficam abertas por pouco tempo, simultaneamente. Se esperarmos demais para fotografar a inflorescência completamente aberta, veremos que as primeiras flores que desabrocharam já estão secando, ao passo que os últimos botões florais ainda estão fechados.

Ainda assim, o processo todo é um espetáculo. Existem vários outros representantes de Dendrobium que produzem florações desta forma, em diferentes cores, tais como púrpura, rosado ou laranja. Embora sejam orquídeas consideradas de difícil cultivo, é impossível resistir à tentação de colecioná-las.

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clematis

A Clematis é um arbusto escandente, pertence à família Ranunculaceae, nativa do hemisfério norte e ajustadas ao ambiente suavizado, abundante, semi-lenhosa, que pode atingir até 3 m de altitude.

Todo jardineiro de flores deve conhecer o prazer de cultivar clematis. Se você já tem um em seu jardim, provavelmente está planejando como plantar outro.

No mundo existem quase 300 espécies de clematis, muitas das quais florescem em climas mediterrânicos. As clematis de flor grande constituem a maioria de pelo menos 5000 cultivares em todo o mundo.

A Clematis é uma planta perene, designação botânica dada às espécies vegetais cujo ciclo de vida é longo, permitindo-lhe viver por mais de dois anos, ou seja por mais de dois ciclos sazonais. Suas folhas não caem.

Até bem recentemente, havia apenas um punhado de cultivadores de clematis, mas as clematis se tornaram uma planta imensamente popular e, hoje, o centro de jardinagem local médio oferece dezenas de opções diferentes.

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Folhas elípticas e de cor verde-claras
Suas flores são independentes ou aglomeradas que se formam que se agrupam , podemos ter variações no tamanhos e formas, de maneira que podem ser simples ou dobradas.

Suas cores podem ser brancas, amarelas, róseas ou vermelhas, podendo depender da desigualdade e seu perfume é encantador. Brotam da primavera ao outono e convidam beija-flores e borboletas.

Temos aproximadamente de 290 classes desiguais de Clematis e mais de 500 espécies resultantes de hibridizações e adição genética.

As clematis são alpinistas encantadores, geralmente decíduos, que crescem rapidamente e, uma vez estabelecidos, produzirão profusamente flores na primavera ou no verão.

Ela podem ficar em jardins , para isso muitas vezes ficam sustentadas  em caramanchões, pérgulas, cercas, árvores e coroando muros.

Cuidados com a Clematis
Favorável ao Clima: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado. Mas se adapta também em ambientes frios..

Próspera em solos úmidos e bem drenados, diz-se que Clematis gosta de ter a cabeça ao sol e os pés à sombra – portanto, a proteção das raízes durante o calor do dia é essencial para obter bons resultados.

Cultive-os ao lado de um poste, cerca, pérgola ou treliça ou deixe-os subir em um arbusto ou árvore para um delicioso efeito entrelaçado de cottagy.

Clematis cartmanii Joe

O Clematis cartmanii Joe é uma variedade sempre-viva não apegada que produz massas de flores no início da primavera. O cartmanii Joe pode ser usado para derrubar bordas elevadas ou como cobertura do solo.

Algumas pessoas tendem a cultivá-las saindo de chaminés de recuperação e caindo em cascata pelos lados, caindo e caindo no chão. Grandes efeitos podem ser criados com essas clematis versáteis, das quais o cartmanii Joe é um exemplo perfeito.

As flores começam a aparecer em meados de março e permanecem em maio, então a folhagem perene forma muito interesse pelo resto do ano.

Ao selecionar um clematis para o seu jardim, você deve pensar em algumas coisas, como altura madura, forma e cor das flores.

Se você tem espaço para uma vigorosa videira clematis de 10 ou 20 pés, existem muitas que se encaixam. Existem também variedades mais compactas que são perfeitamente felizes em crescer em um pequeno jardim ou mesmo em um recipiente no pátio.

chuva forte