Diversas plantas suculentas do gênero Sedum, pertencentes à família Crassulaceae, possuem a interessante característica de formar delicados tapetes verdes. Várias espécies de Sedum são frequentemente utilizadas como forração em projetos paisagísticos.
Além disso, são uma excelente alternativa para dar acabamento a arranjos, terrários e bacias de inspiração desértica. A estrela do artigo de hoje, o Sedum makinoi ‘Ogon’, conhecido no exterior como golden japanese stonecrop, é uma suculenta belíssima, de aspecto delicado, que pode ser encontrada em diferentes tonalidades de verde.
Como o nome popular em inglês indica, trata-se de uma planta suculenta originária do Japão, podendo também ser encontrada na China. O apelido stonecrop para esta categoria de plantas vem do fato de estas serem tão resistentes que crescem até mesmo sobre pedras.
Pessoalmente, acho esta afirmação um pouco exagerada. De qualquer modo, várias espécies do gênero Sedum costumam ser apelidadas de stonecrop, no hemisfério norte. De fato, contrariando sua aparência frágil, o Sedum makinoi sobrevive em ambientes áridos, com intensa exposição à luz solar direta e pouca água.
A variedade ‘Ogon’ do Sedum makinoi, particularmente, apresenta uma belíssima coloração verde amarelada em suas minúsculas e delicadas folhas suculentas, em forma de círculos diametralmente opostos. Cada folhinha tem um tamanho comparável à cabeça de um alfinete.
Trata-se de uma planta que se espalha rapidamente na horizontal, crescendo pouco em altura. Forma densos tapetes de notável efeito ornamental.
Pequenas flores amarelas, em forma de estrelas, surgem durante o verão, quando o Sedum makinoi é cultivado sob altos níveis de luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, é importante escolher um local bem próximo a uma janela ensolarada.
Este detalhe é essencial para evitar que o Sedum makinoi fique estiolado. Em condições subótimas de luminosidade, as suculentas de um modo geral tendem a crescer exageradamente, ficando com os caules finos e compridos. Este processo é denominado estiolamento.
No caso deste Sedum em particular, a luz solar é importante para manter o aspecto denso e compacto da touceira, que tende a ficar arredondada e muito decorativa, como podemos observar na foto de abertura deste artigo.
Apesar desta predileção pela luz do sol, é bom evitar que seus raios incidam diretamente sobre a planta, durante as horas mais quentes do dia, principalmente na primavera e verão, em regiões de clima quente.
É importante lembrarmos que o Sedum makinoi vegeta sob sol pleno, mas seu habitat de origem localiza-se em países asiáticos do hemisfério norte, onde as condições climáticas são mais amenas.
Sob o calor tórrido dos trópicos, é aconselhável evitarmos o sol direto, durante o verão. O meu exemplar tem se desenvolvido bem próximo a uma janela face oeste, dentro do meu quarto, recebendo boa luminosidade indireta e poucas horas de sol pleno à tarde.
O vaso para o cultivo do Sedum makinoi pode ser de plástico, barro ou cerâmica. O importante é que as regas sejam adequadas de acordo com o material escolhido. O plástico e a cerâmica impermeabilizada tendem a reter a umidade por mais tempo.
Já o vaso de barro permite que o substrato seque mais rapidamente. O ideal é manter a planta no vaso de plástico que vem do produtor. É desnecessário submeter a planta a um stress adicional de replante, assim que chega em casa. Para disfarçar a feiura do vaso plástico, podemos sempre recorrer a cachepots decorativos.
Neste caso, o importante é retirarmos o vaso de plástico de dentro do cachepot, no momento das regas. Ele só pode voltar quando a água tiver escoado bem. O excesso de água, como sempre, é prejudicial para este tipo de planta. O pratinho sob o vaso também deve ser evitado.
A rega somente deve ocorrer quando o substrato estiver bem seco, independentemente da periodicidade. O intervalo entre uma rega e outra vai variar de acordo com o material do vaso e o clima do local de cultivo.
Embora sejam muito utilizados, eu costumo evitar colocar aquela camada de pedriscos brancos sobre a terra dos vasos. Pessoalmente, acho que eles atrapalham a verificação do nível de umidade do solo.
Sem o pedrisco, dá para perceber quando o substrato seca completamente, através da alteração da cor e aparência da terra. Além disso, estes elementos decorativos costumam encardir rapidamente, nunca mais retornando à cor branca original.
A melhor combinação para o cultivo do Sedum makinoi é uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Desta forma, teremos um substrato arenoso, bastante drenável, que seca rapidamente, entre uma rega e outra. Alternativamente, podemos comprar substratos prontos, próprios para o cultivo de cactos e suculentas, em casas especializadas.
Não é necessário adubar o Sedum makinoi em abundância. Quando cultivado em interiores, dificilmente ele florescerá, situação que não demanda muitos nutrientes. Uma adubação básica, de manutenção, do tipo NPK, é suficiente para este tipo de suculenta. Muitos costumam utilizar esterco curtido, torta de mamona, farinha de osso e outros compostos orgânicos como adubo.
Particularmente acho um exagero, principalmente porque estas plantas crescem em ambientes áridos, com solos pobres em nutrientes. Além disso, a decomposição do adubo orgânico exala odores desagradáveis e atrai insetos, situação que não é interessante para quem cultiva suas plantas dentro de casa.
Em resumo, as condições para um bom cultivo do Sedum makinoi são pouca água, substrato bem drenável e bastante luz filtrada.
Ao longo do tempo, os produtores de Sedum makinoi foram desenvolvendo diferentes cultivares, com um amplo leque de cores.
Frequentemente há pessoas confundindo esta planta suculenta com outras de aspecto semelhante, mas que não são suculentas. É comum que o Sedum makinoi seja chamado equivocadamente de brilhantina, o apelido da Pilea microphylla.
No entanto, uma análise mais detalhada das folhas do Sedum makinoi pode diferenciá-lo das plantas acima mencionadas. Apenas elas têm um aspecto suculento e delicado, sendo completamente lisas e brilhantes, sem veios ou nervuras.
É sempre uma grata surpresa constatar a incrível diversidade de cores e formas das plantas suculentas.
De fato, a aparência do Sedum makinoi ‘Ogon’, por exemplo, remete-nos muito mais às delicadas folhagens ornamentais do que às clássicas rosas-de-pedra que costumamos encontrar no mercado.